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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
"Não venho atacar ninguém mas dar um grito de revolta. No que é a revolta dos nossos profissionais no fim deste jogo, a revolta dos nossos adeptos e dos que gostam de espetáculos de futebol de qualidade. Aos 40 e tal minutos, o jogo terminou. Não consigo descortinar, nem ver um jogador dos ditos três grandes no campeonato ser expulso como foi o Fransérgio nas duas faltas.
Era um jogo em que estava muita coisa em jogo, muitos interesses... em Portugal temos a perceção de que os lugares de cima estão para os ditos três grandes e isto vai ter de mudar. Os outros clubes têm o direito de lutar e discutir esses lugares. Sei que é muito milhão que está em jogo mas é preciso que dentro do campo haja igualdade.
João Pinheiro é um grande árbitro, dos melhores dos próximos anos, mas tenho de dizer em noventa por cento dos jogos que João Pinheiro nos apita ou está no VAR, o SC Braga tem sido prejudicado. É uma revolta muito grande que todos nós sentimos, os nossos profissionais e os nossos adeptos, mas quero dizer que estamos cá para continuar a lutar, a lutar com estes três por um lugar que o SC Braga também pode ter direito.
Ainda bem que vem aí a centralização porque os milhões vão ser divididos por todos e aí o campeonato tem de ser muito mais competitivo. É aí é que vai acabar o mito dos três grandes, de ter de ser sempre os três no topo classificação".
A transferência de Paulinho é um caso que tem tanto de invulgar como de curioso, no contexto do futebol português. Nem todos nós aceitaríamos as condições que o SC Braga exigiu - pessoalmente, acho alguns dos anexos ao negócio absolutamente ridículos - e que o Sporting acabou por aceitar, para garantir o avançado.
Dito isto, é um não assunto neste momento. Paulinho é leão e só esperamos que venha a justificar o elevado investimento.
Em Braga, no entanto, apesar dos evidentes benefícios financeiros para o clube minhoto, a transferência não está a ser muito bem digerida pelos adeptos. Tanto assim, que a casa de António Salvador - presidente do clube - foi vandalizada poucas horas após a confirmação oficial da transferência.
Face à pressão, o SC Braga sentiu a necessidade de vir a público justificar o negócio:
"Face às contingências dos tempos de incerteza que vivemos, face à vontade há muito expressa pelo jogador e face aos valores envolvidos na transferência, era extremamente difícil - e, no final do dia, um possível erro de gestão administrativa e desportiva - impedir a realização do negócio nos termos e exigências impostas pelo SC Braga. Poucos clubes no mundo poderiam, nos tempos que correm, virar a cara a um negócio desta dimensão. O SC Braga não é excepção".
Na ausência de Carlos Carvalhal, António Salvador foi o porta-voz do SC Braga e fez saber a sua irrisória versão dos factos, como aliás já é seu hábito no que ao Sporting diz respeito.
O principal visado foi o árbitro Tiago Martins, mas ainda deu para menorizar o Sporting Clube de Portugal:
"Estou aqui porque o meu treinador não pode estar cá. Como bem sabem, foi expulso e, conforme os regulamentos, não pode vir à sala de imprensa.
Quero dar os parabéns aos jogadores do SC Braga pelo grande jogo que fizeram, pelo carácter e trabalho que fizeram. Estiveram em campo duas grandes equipas e, como viram, tudo fizemos para vencer este jogo. Em função do campo impraticável na 1ª parte, depois melhorou porque parou de chover, sabíamos que este era um jogo decidido no detalhe. Pena é que o jogo não fosse decidido no detalhe das equipas, mas num detalhe da equipa de arbitragem. O golo começou numa falta que não existe. Se fosse falta, era ao contrário.
Como é possível numa final, uma equipa de arbitragem expulsar os treinadores sem, sequer, os advertir? É de um tom inacreditável chegar ao banco, sem que sequer haja uma advertência. Deu grande satisfação ver um clube como o Sporting a vibrar tanto com uma vitória sobre o SC Braga. Mostra que, às vezes, eles sentem-se pequenos ao lado do nosso clube. Na vida é preciso saber ganhar e perder. Também é preciso saber ganhar".
Em recém-entrevista ao Correio da Manhã, António Salvador, presidente do SC Braga, assegurou que, depois de um período de relações tensas, o Sporting CP tem cumprido o acordo por Rúben Amorim:
“Após a conhecida reunião de Setembro com Frederico Varandas, as coisas voltaram à normalidade. Foi feito um novo acordo e que, em abono da verdade, o Sporting tem cumprido escrupulosamente”.
Ainda bem que assim é!!!
António Salvador anunciou esta segunda-feira que vai proibir jogadores, treinadores e dirigentes do SC Braga - e ele próprio - de comentar as arbitragens de futebol na próxima época:
"Eu tenho uma ideia para o futuro e o SC Braga vai ser, provavelmente, o primeiro clube a assumir isso: na próxima época, vai proibir jogadores, treinadores, colaboradores, dirigentes e presidente, independentemente dos erros que se vierem a cometer, de falar de arbitragem.
As coisas estão a entrar por um caminho que não sabemos até onde vai chegar e acho que, quanto mais se insistr em falar de arbitragem, pior vai ser para o futebol português. As pessoas ficam mais intranquilas, os clubes ficam mais nervosos.
É minha intenção propor que a proibição de comentar as arbitragens seja incluído no regulamento interno do clube e que se alguém furar essa regra, seja penalizado.
Gostava que todos os clubes em Portugal dessem pelo menos um ano para então se perceber se os árbitros irão ou não ter mais tranquilidade para fazer o seu trabalho ao longo da época. Gostaria que todos os clubes fizessem um pacto e dessem o benefício da dúvida de um ano de tréguas à nossa arbitragem.
Assumo o compromisso de honra de que o SC Braga vai implementar essa medida a partir da época 2020/21".
Não sei bem porquê, mas sinto enorme dificuldade em aceitar este suposto compromisso de António Salvador sem uma boa dose de cepticismo.
Talvez, porque pouco ou nada deste personagem me inspira a acreditar na sua sinceridade, tanto como dirigente ou mero cidadão.
O meu (não pouco) cepticismo não obstante, quais são as probabilidades de os restantes clubes aceitarem este compromisso?
António Salvador, presidente do SC Braga, critica o calendário de jogos da Liga NOS:
"As equipas que estão nas competições europeias deviam ser protegidas. Não foi só o SC Braga que não foi protegido. Na 3.ª jornada há um Benfica-FC Porto com um playoff de acesso à Liga dos Campeões pelo meio (se os dragões ultrapassarem a terceira pré-eliminatória). O SC Braga vai fazer oito ou nove jogos em 22/23 dias. Há que acreditar que as coisas vão correr bem.
É o nosso objectivo entrar na fase de grupos da Liga Europa, não esquecendo que temos responsabilidades no campeonato nacional. Na última década estivemos sempre no top-4. É nesses quatro primeiros lugares que queremos ficar".
O presidente do SC Braga, António Salvador, concedeu este domingo uma entrevista ao jornal Record onde volta a criticar o Conselho de Arbitragem (CA) da FPF, reiterando que há "criminosos infiltrados no futebol":
"Não digo que a minha revolta me vá dar mais força para trabalhar no futuro. O que é preciso hoje perceber-se é que os tempos evoluíram. E em função daquilo que, hoje, tanto o futebol português como o futebol europeu fazem mexer, nós percebemos que o sistema nacional não está preparado para que um clube que vai à Liga dos Campeões, ganhando lá 50 milhões de euros só por marcar presença, deixe de lá estar e permita que esse bolo fique para outra equipa qualquer ou para o SC Braga.
Repare, o nosso clube não conseguiu entrar na Liga Europa mas conseguiu sobreviver. Talvez FC Porto ou Benfica sintam muito maiores dificuldades se falharem a Champions. Esse é que é o problema do futebol português.
Entendemos que existem boas pessoas, competentes, pessoas que lideram e que temos a firme certeza de que são honestas, mas há muito mais por trás de tudo isto que é preciso resolver. O que aconteceu este ano não pode acontecer no futuro.
O FC Porto foi beneficiado na 1.ª volta, o Benfica na 2.ª e o Sporting todo o ano".
"Há criminosos infiltrados no futebol, arbitragem e desporto"
Declaração de António Salvador, entre outras, em conferência de imprensa, logo após o jogo da meia-final da Taça de Portugal entre o SC Braga e FC Porto.
O Sporting terá decido terminar (sendo verdade) com a ligação ao ex-árbitro Pedro Henriques, uma situação comentada por António Salvador, presidente do SC Braga, no rescaldo do jogo entre os dois clubes, na meia-final da Taça da Liga:
"No final do jogo ouvi um ex-árbitro a comentar na SportTV que há falta do Dyego Sousa sobre o Acuña. Esse ex-árbitro é um avençado do Sporting. Como é que é possível um comentador analisar um lance daqueles e dizer que é falta clara. É inacreditável o que se passa no futebol português".
Entretanto, foi apurado que Pedro Henriques tinha as funções de dar aulas de arbitragem, formação em redor das regras, comportamentos, sempre ao nível da pedagogia.
A ligação entre o Sporting e Pedro Henriques começou na Direcção de Godinho Lopes e manteve-se com Bruno de Carvalho. Poderá terminar agora (?) por decisão de Frederico Varandas.
Se o presidente do Sporting decidir terminar a ligação entre o Clube e Pedro Henriques apenas em função do ruído precipitado por António Salvador, é muito simplesmente um erro. Esperamos que haja algum esclarecimento.
Este tema está a ser dado relevo apenas e tão só para desviar atenções dos reais problemas do futebol português e, mais concretamento, do afastamento do Benfica e SC Braga da Taça da Liga.
Os comentários de Pedro Henriques ao serviço da Sport TV em nada se relacionam com o Sporting e, na realidade, quando ele opina que houve falta de Dyego Sousa sobre Acuña, tem cem por cento razão. As imagens disponíveis confirmam a exactidão da decisão que surgiu por iniciativa do VAR.
De igual importância, é o facto que Pedro Henriques actualmente não exerce qualquer função oficial no futebol português. O que ele expressa na TV e nos jornais é de idêntica essência ao que é feito por muitos outros comentadores.
António Salvador, presidente do SC Braga, enviou uma carta a Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, a denunciar alegados favores dos árbitros ao Sporting.
Segundo o líder minhoto, o que aconteceu no jogo entre o Belenenses e o Sporting no Restelo, há alguns dias, “foi mais uma machadada na verdade desportiva e mais um retrocesso naquilo que pode e deve ser uma ferramenta de apoio, tendo-se verificado uma vez mais que o VAR só é importante se houver competência de quem o utiliza”.
Na missiva, Salvador quis expor o “sentimento de indignação por factos ocorridos nos jogos em que são intervenientes SC Braga e Sporting, cujas recentes arbitragens têm desvirtuado os resultados e, consequentemente, a classificação.
Questionamos o Conselho de Arbitragem como é possível validar o terceiro golo do Sporting quando existe uma infracção clara no início da jogada por mão deliberada de Ristovski?".
Segundo Salvador, a carta enviada a Fontelas Gomes “não resulta da pretensão de qualquer benefício, mas sim que se reforce o trabalho conjunto para que haja maior isenção, rigor e, acima de tudo, verdade desportiva”.
A acreditar no que é noticiado esta quinta-feira, António Salvador, presidente do SC Braga, não ignorou os insultos de que foi alvo nos últimos dias por parte de Bruno de Carvalho e terá avançado com uma queixa-crime, a título pessoal, contra o presidente do Sporting.
Recorde-se que entre outros adjectivos um tanto ou quanto indelicados, o líder bracarense foi chamado "labrego, trolha, aldrabão e idiota", além da acusação de ser "presidente do benfica b", por Bruno de Carvalho, numa série de textos publicados nas redes sociais.
António Salvador entende que tudo isto consta um crime de difamação.
Há causa para acreditar que este novo processo não incomodará Bruno de Carvalho, se tivermos em consideração o número de casos que foram para tribunal, e com vários ainda a decorrer, durante os seus cerca de cinco anos de mandato.
Entretanto, o presidente leonino diz que espera parecer médico para determinar se vai ou não a Braga assistir ao muito importante jogo deste sábado. Se a sua conduta prévia serve de indicação, a sua presença na "Pedreira" é muito improvável. Bruno de Carvalho é forte no Facebook, mas evita confrontações directas in loco.
Bruno de Carvalho reagiu ao último comunicado do SC Braga com uma discursata que só poder apelidada de chefe de claque, porventura o que ele realmente é, na sua essência, não obstante o cargo que desempenha na muito digna Instituição centenária Sporting Clube de Portugal.
Eis a breve mensagem dirigida a António Salvador, presidente do SC Braga:
"És um labrego, trolha e aldrabão!
Já não te consigo aturar! Vai mandar no G15 e aproveita e vai...
Idiota, aldrabão... Adoras ser o Presidente do benfica b...
Agora faz mais um comunicado...".
Simpatizante ou não da pessoa e indiferente da razão, é difícil de conceber um qualquer sportinguista com o mínimo de sensatez e dignidade não ficar envergonhado com o baixo nível do presidente do Clube.
Isto, digo eu, embora por tudo o que se tem visto e ouvido de há cinco anos a esta parte, nada surpreende.
O primeiro a reagir às acusações de Bruno de Carvalho na recém-extensa missiva de Facebook, foi Carlos Pereira, presidente do Marítimo. Agora, é a vez de António Salvador, líder do SC Braga:
"O dr. Bruno de Carvalho foi, aqui há dias, actor num famoso filme, quando divulgou que a sua esposa iria ter um filho. E agora com isto está a querer ser realizador. Realizador de um filme que só ele está a ver, dizendo que há um testa de ferro no G15. A única coisa que ele quer é dividir este grupo de trabalho e nunca vai conseguir, porque este G15 trabalha pela sua cabeça, tem as ideias entre todos os clubes e não são os presidentes do Braga, Marítimo e Belenenses que definem as questões, nem é com o Benfica por trás. Este G15 quer discutir todos os assuntos com todos os clubes. Esse realizador terá de fazer um filme muito melhor para que, com isso, depois possa reinar sozinho".
Bem... ainda o tratou por "dr.", já não é nada mau. Recorde-se que Bruno de Carvalho acusou Luís Filipe Vieira de ser o "guru" do G15, denunciando o que diz serem manobras de bastidores do Benfica junto dos elementos deste grupo, apelidando de "tríade de fiéis escudeiros" os líderes do SC Braga, Marítimo e Belenenses, e António Salvador de "testa de ferro".
Entretanto, Bruno de Carvalho voltou à carga:
"Já percebi que agora, para além de trolha, é agricultor! Deixe lá a Horta de Carnide e veja lá se ganha o próximo jogo. Já basta ser testa de ferro! No próximo jogo tem a hipótese de recuperar os 3... pontos!"
Enfim... tudo conversas que não beneficiam nada nem ninguém !!
Nuno Saraiva, director de comunicação do Sporting, reagiu às propostas apresentadas esta terça-feira por António Salvador, presidente do SC Braga, no âmbito da reunião de 11 clubes da Primeira Liga, para discutir o estado actual do futebol português.
Através de uma publicação nas redes sociais, Saraiva recordou que o Sporting já tinha, em tempos, entregue propostas do mesmo teor à FPF .
"Percebemos hoje a razão de António Salvador não ter ido à sala de imprensa em Vila do Conde. O presidente do SC Braga esteve a ler todas as propostas já apresentadas e entregues pelo Sporting Clube de Portugal à FPF, à Liga, aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República e ao Governo, e que foram repetidas várias vezes pelo presidente.
O Sporting Clube de Portugal fica muito contente que o Braga tenha apresentado estas propostas e esperamos agora que todos os Clubes adiram e as aprovem. E se vier a ser na sequência desta reunião do denominado G-15 e pela mão do Braga não faz mal. O importante é que estas propostas, que afinal são boas, passem a medidas boas e definitivas. E assim, o presidente do Braga sempre pode reclamar o mérito de ser um Salvador...".
"As máquinas de comunicação só são fortes porque contam com a colaboração dos media. Você vê mais algum país onde isto aconteça? Acha normal que não haja um único órgão nacional numa conferência do treinador do Aves, mas que as redacções vão a correr se um director de comunicação levantar um dedo? Tenho de ser muito frontal nesta questão: os directores de comunicação são uma criação dos media, são parasitas dos media, porque se alimentam deles e vivem à sua custa".
António Salvador
O presidente do Sporting de Braga, António Salvador, atribuiu esta quinta-feira "muita da culpa" do que se passa no futebol português à comunicação social e aos três grandes, Benfica, FC Porto e Sporting, em declarações à margem da apresentação do projecto de melhoria das acessibilidades e funcionalidades do Estádio Municipal de Braga:
"Isto não nos leva a lado nenhum, não beneficia a imagem do futebol português. É um alerta e um pedido de regular algumas situações. Muita da culpa do que se passa é da comunicação social e naturalmente dos três grandes, pois dificilmente se conseguem entender. Todos devem meter a mão à consciência.
Que haja regulamentação para as palavras, para os debates e que, dia após dia, não se adense mais esta crispação entre clubes e adeptos. E que se faça como se fez em Espanha e Inglaterra onde há regulamentação para penalizar os clubes, os dirigentes e os adeptos que entrem nessa onda de crispação.
Só com o Estado e os agentes do futebol do mesmo lado é possível haver regulamentação para pôr termo a esta onda de violência".
Quem o diz é António Salvador - presidente do SC Braga - ao ser questionado sobre negociações com o Sporting, à margem de uma recepção na Câmara Municipal de Braga:
«Não há que esconder, há negociações, estão a decorrer e, em breve, penso que as coisas ficarão resolvidas. Tanto Jefferson como Ricardo Esgaio são nossa pretensão e têm perfil de jogadores para lutar pelo título. Se não tivessem, não estávamos em negociação com o Sporting sobre a transferência de Rodrigo Battaglia».
Pelos vistos, um negócio apenas à espera de ser oficializado, que verá o médio argentino - já aqui referido num outro post - viajar para Alvalade a título definitivo. Tudo indica que em sentido contrário irão Jefferson e Ricardo Esgaio, o primeiro provavelmente por empréstimo e Esgaio definitivamente. Consta, ainda, que além dos jogadores, o Sporting terá de pagar entre 3 a 3,5 milhões de euros.
«Se o Conselho de Arbitragem não faz nada para os erros que se fazem por esses campos fora, eu pedia ao Ministério Público, às entidades judiciais, para verem o que se passa no jogo. Ou os árbitros erram e têm de ser punidos pelo Conselho de Arbitragem, ou se deixa passar, e têm de entrar as entidades judiciais, e, de facto, apurar o que se passa para tanto erro. Peço ao Ministério Público que entre em campo, porque esta é uma liga desvirtuada.
No final do jogo de ontem em Alvalade, António Salvador - presidente do SC Braga - apressou-se na procura dos microfones para culpabilizar a arbitragem pela derrota diante o Sporting:
«Há um lance que, por infelicidade, foi assinalado e não existe e é capital para ressuscitar o Sporting. Há outro lance que o Slimani deveria ter vindo para a rua, aos 86 minutos, quando dá uma chapada ao Vukcevic, e de certeza que se tivesse sido expulso não tinha feito o golo da vitória. Ouvi muito ruído durante a semana sobre o que aconteceu na Taça e o que aconteceu na Taça foi um jogo limpinho, limpinho, algo que este não foi.
Estiveram aqui duas grandes equipas, dois grandes clubes que proporcionaram mais um grande espectáculo de futebol. O importante é realçar o grande carácter dos jogadores do SC Braga e um grande jogo de futebol. Hoje mais uma vez mostramos ao país que somos uma grande equipa, que sabe jogar futebol, que se bate com qualquer equipa.»
Na realidade, tendo em consideração os casos de registo no jogo da Taça de Portugal, esta afirmação do presidente bracarense nem merece resposta. A minha análise do lance em que a grande penalidade foi assinalada, desde o primeiro minuto, é que foi uma decisão correcta de Jorge Sousa. Já o incidente com Slimani, quanto muito, poderia ter merecido um cartão amarelo. É por de mais evidente que o jogador do SC Braga "embelezou" a queda, após breve pausa, precisamente pela tentativa de precipitar a expulsão do avançado do Sporting.
Em abono da verdade, no entanto, todos os intervenientes no futebol português, sem excepção, com mais ou menos razão, recorrem à mesma "música" quando derrotados. Sempre foi assim e, lamentavelmente, creio que sempre será.
A minha curiosidade pelo artigo que divulga as declarações de António Salvador, à margem de um almoço, esta quarta-feira, que juntou alguns elementos dos vencedores da Taça de Portugal de 1966, não foi despertada por qualquer interesse no discurso do presidente minhoto, mas sim pela nota de abertura da Rádio Renascença:
«O presidente do Sporting de Braga não acredita que a instabilidade que se apoderou do universo sportinguista se venha a traduzir em facilidades para o emblema minhoto, na final da Taça de Portugal.»
Mas que "instabilidade" é esta, pergunto eu ?... Sabemos que existe, há muito, a situação "instável" entre presidente e treinador, mas daí a "instabilidade que se apoderou do universo sportinguista" vai uma longa distância. Eis a declaração de António Salvador:
Temos que nos preocupar connosco. Não acredito que essa instabilidade vá existir no domingo. Todos os jogadores vão querer entrar em campo para vencer. Vamos defrontar uma grande equipa mas estes jogadores (do SC Braga) têm uma crença enorme e uma fé inabalável para esse jogo. Vão entrar com vontade de ganhar e fazer história. No domingo, será muito mais do que um clube. É uma cidade e uma região envolvidas em prol de um jogo de futebol que toda gente quer vencer. Os adeptos serão os primeiros dar força à nossa equipa. Os jogadores têm essa vontade enorme de vencer.
Esperamos que os jogadores tenham plena consciência de que vão ter pela frente um adversário determinado e que será necessário o seu melhor desempenho para conquistar a Taça de Portugal.
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