Breve discurso de Artur Torres Pereira, este sábado, após ser apossado por Jaime Marta Soares como presidente da Comissão de Gestão:
Está na hora dos sócios despertarem de vez, tomarem os destinos do clube nas duas mãos, para devolver a esperança ao clube e pôr fim a este ciclo que nos envergonha, começando por um presença massiva na AG dia 23 e noutra que ocorrerá o mais cedo possível e que um novo ciclo se abrirá. Tudo faremos para assegurar a normal gestão do clube.
Consideramos que a situação que o Sporting vive é gravíssima, sob todos os pontos de vista, mas o passado é o que é, já não se pode voltar atrás e por isso resta-nos a enorme responsabilidade no presente, com os olhos postos no futuro, para nada disto se volte a passar no Clube do nosso coração.
A prioridade desta Comissão de Gestão é gerir o Clube nos próximos meses até que os sócios ponham um fim, invertam este ciclo e dêem início, através do voto, a um novo ciclo no qual possamos respirar e ter como objectivo finalmente a glória que nos escapa há tempo demais."
A recém-criada Comissão de Gestão é constituída por onze elementos. Reiteramos aqui os seus nomes, além do já referido Artur Soares Pereira:
José Sousa Cintra (ex-presidente do Sporting)
António José Rebelo (ex-vice do Sporting)
Silvino Sequeira (Ex-Conselheiro Leonino e ex-presidente da CM de Rio Maior)
Jorge Lopes Gurita (militar e ex-Conselheiro Leonino)
Luís Marques (ex-jornalista)
António Augusto Gutierrez Sá da Costa (professor universitário)
Alexandre Lopes Celestino Cavalleri (empresário, ligado ao "sponsor" do judo do Sporting)
Rui António Moço (gestor/economista)
Pedro Roque de Pinho Reis (advogado)
José Diogo Ribeiro Leitão (empresário)
A Comissão é suposta assumir a governança do Sporting de imediato, mas como Bruno de Carvalho afirmou que não permitiria a sua entrada em Alvalade, confesso que não sei como este imbróglio vai ser resolvido.
Isso não obstante, o mandato é de permanecer até a crise de liderança ser definitivamente esclarecida. Em princípio, até à realização da Assembleia Geral agendada para o dia 23, e mediante o resultado desta, se necessário, até às próximas eleições.
Li aqui entre leitores algumas manifestações de dúvida sobre o timing da sua criação. A minha leitura do que se pretende é, primeiro e sobretudo, tirar o poder de decisão das mãos de Bruno de Carvalho. Este, com a sua já bem conhecida lunática imprevisibilidade, pode, em sete dias, assumir um número de compromissos que poderão não servir os interesses superiores do Sporting.
Segundo, será uma medida estratégica, em que a Mesa da Assembleia Geral e a Comissão pretendem passar a mensagem aos sócios que a destituição de Bruno de Carvalho e do Conselho Directivo não implicará o risco de o Clube cair num vazio de liderança e gestão.
Agora, tudo dependerá da votação que terá lugar na reunião magna no próximo sábado.