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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
No princípio era o Verbo. Duas balizas, uma em cada extremidade do campo de futebol, ambas com 8 jardas (7,32 metros) de comprimento e 8 pés (2,44 metros) de altura. Os postes têm uma espessura que não pode ser superior a 12 centímetros. Trata-se de uma área de 17,86 metros quadrados por conta do “keeper”, que no início quase que não saía de debaixo dos postes. Hoje em dia até vai marcar penalties na grande área adversária.
As medidas das balizas são as do portão original da Universidade de Cambridge onde o futebol começou a ser jogado e foi assim que decidiram os fundadores da “Football Association” em 1863-1865. Depois, caíram impérios, abdicaram imperadores, guerras dilaceraram o Mundo, mudaram-se as leis, a ciência evoluiu, Elvis Presley abanou as ancas e as mentalidades, transformaram-se os sistemas tácticos do futebol, a preparação física dos jogadores passou a ser para especialistas, os guarda-redes jogam como se fossem defesas, a madeira das balizas pode ser substituída por metal ou por fibra de vidro, mas as medidas continuam a ser as mesmas de 1865.
Por vezes, aqui e ali, lemos opiniões dos que defendem o aumento das balizas em nome da espectacularidade do futebol, nomeadamente por burocratas do futebol. Ou treinadores e jornalistas que consideram que o futebol no início era jogado por dez contra dez jogadores, mais dois que quase que praticamente não saíam da pequena área. O treinador Manuel Machado considera que as balizas foram originalmente concebidas para homens com 1,70 de altura. Agora, guarda-redes que tenha menos de 1,85 chega a ser considerado um anão. E joga com os pés como qualquer outro jogador.
O antigo guarda-redes Gianluigi Buffon, citado ontem no Camarote Leonino, afirmou que “fala-se em aumentar a dimensão das balizas e acho que devíamos começar a pensar seriamente nisso. De longe é muito difícil marcar um golo a um guarda-redes de dois metros”. A este propósito Rui Gomes divergiu ao considerar que a redução de golos deve-se essencialmente aos sistemas defensivos, recordando o que se passa em jogos da 1ª Liga portuguesa, com o que concordo em absoluto. O treino, a estatura e a técnica dos guarda-redes evoluíram, mas o mesmo aconteceu com os jogadores de campo. Buffon esqueceu-se da média de golos no tempo do “catenaccio” italiano nos anos 60.
Há quem considere que uma das razões da força e da universalidade do futebol é o seu conservadorismo através da permanência das mesmas regras simples e entendidas por todos. Aqui entra também o tamanho das balizas. De facto, quando à nossa volta quase tudo muda e evolui a uma velocidade estonteante, é confortável ter algumas coisas que aparentemente permanecem inalteráveis. Apenas aparentemente, na verdade, pois todos sabemos que as célebres “Regras de Cambridge” de 1848 têm mudado, mudado sempre… mas devagar, devagarinho!
Na fotografia, João Azevedo, o “Hércules do Barreiro”, um guarda-redes moderno pela sua agilidade e flexibilidade entre os postes e a prontidão e agressividade a sair da baliza.
No princípio era o Verbo. Duas balizas, uma em cada extremidade do campo de futebol, ambas com 8 jardas (7,32 metros) de comprimento e 8 pés (2,44 metros) de altura. Os postes têm uma espessura que não pode ser superior a 12 centímetros. Trata-se de uma área de 17,86 metros quadrados por conta do “keeper”, que no início quase que não saía de debaixo dos postes. Hoje em dia até vai marcar penalties na grande área adversária.
As medidas das balizas são as do portão original da Universidade de Cambridge onde o futebol começou a ser jogado e foi assim que decidiram os fundadores do “Football Association” em 1863-1865. Depois, caíram impérios, abdicaram imperadores, guerras dilaceraram o Mundo, mudaram-se as leis, a ciência evoluiu, Elvis Presley abanou as ancas e as mentalidades, transformaram-se os sistemas tácticos do futebol, a preparação física dos jogadores passou a ser para especialistas, os guarda-redes jogam como se fossem defesas, a madeira das balizas pode ser substituída por metal ou por fibra de vidro, mas as medidas continuam a ser as mesmas de 1865.
Por vezes, aqui e ali, lemos opiniões dos que defendem o aumento das balizas em nome da espectacularidade do futebol, nomeadamente por burocratas do futebol. Ou treinadores e jornalistas que consideram que o futebol no início era jogado por dez contra dez jogadores, mais dois que quase que praticamente não saíam da pequena área. O treinador Manuel Machado considera que as balizas foram originalmente concebidas para homens com 1,70 de altura. Agora, guarda-redes que tenha menos de 1,85 chega a ser considerado um anão. E joga com os pés como qualquer outro jogador.
Há quem defenda que uma das razões da força e da universalidade do futebol é o seu conservadorismo através da permanência das mesmas regras simples e entendidas por todos. Aqui entra também o tamanho das balizas. De facto, quando à nossa volta quase tudo muda e evolui a uma velocidade estonteante, é confortável ter algumas coisas que aparentemente permanecem inalteráveis. Apenas aparentemente, na verdade, pois todos sabemos que as célebres “Regras de Cambridge” de 1848 têm mudado, mudado sempre… mas devagar, devagarinho!
Na fotografia, João Azevedo, o “Hércules do Barreiro”, um guarda-redes moderno pela sua agilidade e flexibilidade entre os postes e a prontidão e agressividade a sair da baliza.
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