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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O Benfica - Sporting disputado no Estádio da Luz em 17 de Outubro de 1965 foi o meu primeiro dérbi. Ou melhor, é o mais antigo de que me recordo. Talvez por causa daquela tarde prodigiosa de João Lourenço quando marcou todos os golos da vitória por 4-2 dos leões sobre as águias. Os adeptos sportinguistas, consolados até dizer basta, chamaram-lhe a “Tarde de S. Lourenço”.
Lourenço, contratado à Académica, ia na segunda época no Sporting e jogava a avançado ao lado de Figueiredo, o Altafini de Cernache. Era um jogador muito tecnicista e elegante, oportuno e inteligente na movimentação na grande área, marcando golos espectaculares, nomeadamente em chapéu sobre os guarda-redes. Nesse jogo na Luz marcou ao Melo por duas vezes em chapéu com todas as medidas bem tiradas. Na época de 1965-66 o Sporting foi Campeão Nacional e Lourenço teve um papel importante com os 19 golos marcados nos 18 jogos do Campeonato em que participou.
A revista Ídolos do Desporto (nº 1, 4ª série) chamou-lhe “O Homem-Golo do Sporting”, pela sua eficácia perante a baliza adversária. E com razão, porque, para além de Lourenço, só mais dois jogadores leoninos conseguiram o póquer de golos frente ao Benfica: Fernando Peyroteo (1-4 em 25 de Abril de 1948, no Campo Grande, que garantiu o célebre “Campeonato do Pirolito”) e Manuel Fernandes (no inesquecível 7-1, em 14 de Dezembro de 1986, em Alvalade).
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