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Muito se vai gastar

Rui Gomes, em 23.07.22

21312452_L0T3b.pngO Benfica quer muito voltar aos títulos, o FC Porto não pensa senão em revalidá-los e o Sporting CP espreita com a ambição de quem acredita. Tudo isto vai fazer com que a liga 2022/23 seja das mais apaixonantes dos últimos anos, até porque pioneira. Recortada por um Mundial que vendemos aos milhões do petróleo, sem pingo de vergonha.

Também já se percebeu que vai ser gasto muito dinheiro. O clube da Luz já investiu cerca de 49 milhões, o FC Porto vai chegar aos 43 M€ com Veron e o Sporting vai em 33, isto contando com os 10 milhões de Vinagre, que será emprestado. E não vai ficar por aqui. Os encarnados ainda farão mais duas ou três contratações e os dragões Zaracho para número 8 e um guarda-redes. Os leões deverão poupar e novas investidas dependerão de saídas. Resta saber se Amorim resiste a pedir um ponta-de-lança até final de Agosto. Há sempre os empréstimos...

Seja como for, a competitividade também se mede aqui. Rui Costa sabe que precisa de investir. Procura sucesso para alimentar o clube à procura de uma nova identidade. Pinto da Costa sempre pensou mais em ganhar do que nas finanças. Já Varandas gasta menos mas precisa de um leão bem competitivo ou perde o comboio. Ai, decisões, decisões. Que gastem mas não percam a cabeça.

Artigo da autoria de Bernardo RibeiroDirector de Record

publicado às 05:01

Um leão a tempo e horas

Rui Gomes, em 28.03.22

21312452_L0T3b.pngOrganização e planeamento importam bastante numa qualquer entidade, seja ela uma empresa, um clube ou até uma repartição de Finanças. Não podem matar a criatividade, sob pena de se ficar preso às mesmas ideias anos e anos, mas são estruturais e ajudam em muitos momentos. Num clube diria que são primordiais. Claro que não substituem o dinheiro. O vil metal tem imenso poder. Mas uma boa ideia trabalhada a tempo e horas, às vezes mesmo com menos investimento, consegue melhores resultados.

O Sporting de Amorim é o melhor exemplo disso no futebol português nos últimos anos. Com menos do que os rivais, o jovem técnico veio de Braga para construir uma equipa com princípio, meio e fim. Que mesmo quando não ganha tem um racional por trás. E se a época passada conseguiu o título de campeão que hoje parece estar a fugir-lhe, a verdade é que o Sporting em 2021/22 já leva duas provas internas conquistadas. Se ficar por aqui divide com o FC Porto as quatro em que entra. Tendo em conta a história do clube... não é mau.

Artigo da autoria de Bernardo Ribeiro, Director de Record

publicado às 05:01

Que ponham mão nisto

Rui Gomes, em 18.02.22

21312452_L0T3b.pngOntem teve nas mãos uma edição cheia de notícias. Na manchete fica a saber que o clássico vai ter consequências diferentes das habituais. O Estado português parece ter acordado para a vida e as autoridades vão querer falar com quem andou a fazer tristes figuras no Dragão. Mas as conversas, as que consta, serão em tribunal. Não estou a ver daí grandes consequências, mas é bom saber que há alguém que quer por ordem nisto.

De quem ainda não temos nenhumas notícias é do FC Porto e da empresa de publicidade cujos empregados agrediram vários jogadores. Para uma partida que ocorreu na passada sexta-feira parece impossível tanta passividade perante o que o País viu. É esta conivência com a violência que o Estado português tem de travar. Os jogadores já estão castigados. Pepe e Tabata até arriscam uma punição algo exemplar apenas porque escolheram os alvos errados. Já quem estava de fora e agrediu jogadores continua a rir-se. Até agora, o crime compensa.

Sabemos também que João Pinheiro admitiu o erro com Coates mas não pediu desculpa. Pena. Já o observador parece que lhe aponta muita coragem. Deve ter sido por isso que deixou Feddal estar sentado dentro de campo mais de cinco minutos. E o amarelo não foi o único erro. O juiz não foi o culpado da vergonha, mas não façam de nós parvos.

Artigo da autoria de Bernardo Ribeiro, Director de Record

publicado às 13:20

Ganhou a melhor equipa

Rui Gomes, em 31.01.22

21312452_L0T3b.pngO Sporting que Rúben Amorim lidera venceu mais um jogo grande, conquistou mais um troféu, revalidou o título de campeão de Inverno. É o quarto dos últimos cinco disputados em solo nacional. A equipa orientada pelo homem que Frederico Varandas e Hugo Viana foram buscar a Braga numa aposta milionária – muito contestada na altura, até por mim inclusive – mudou o paradigma do futebol português. Comparar o que foi antes o Sporting de Silas ou Keizer com a actualidade faz-nos pensar em fenómenos paranormais.

Ganhou a melhor equipa... Mesmo quando estava a perder, o Sporting jogava melhor do que o rival. Os leões nunca perderam a cabeça, voltaram do balneário ao intervalo ainda mais focados e daí à reviravolta com distinto sabor espanhol foi um ápice. Um triunfo incontestado, com números estatísticos impressionantes e dedo do técnico. Uma palavra para os espanhóis deste plantel, importantíssimos. Adán na baliza, Pedro Porro e Sarabia a desequilibrar.

O Benfica está num molho de brócolos. Volta a perder um jogo grande, volta a ser quase banalizado e mostra uma ausência de soluções preocupante para quem tem o plantel mais caro do País. Pior, a equipa de Veríssimo não joga mais do que a de Jesus. Pelo contrário.

Artigo de Bernardo Ribeiro, Director de Record

publicado às 03:34

Frase do dia

Rui Gomes, em 23.01.22

21312452_L0T3b.png

... Na hora da rescisão com o Sporting, os decisores que convenceram Rafael Leão não o protegeram. Pelo contrário, deixaram-no foi entregue aos bichos. Agora vê-se condenado a pagar 16, 5 milhões ao clube de Alvalade. Sim, o jogador não é inocente. Mas o que dizer de quem o acompanhava?

Texto de Bernardo Ribeiro, Director de Record

publicado às 03:16

Um Sporting que acredita

Rui Gomes, em 25.11.21

21312452_L0T3b.pngRúben Amorim já levou este Sporting a fazer várias coisas pouco vistas. Ontem, mais uma. Conseguir o apuramento para os oitavos da Liga dos Campeões a par do Ajax e à custa do Borussia Dortmund. Um feito histórico. E na penúltima jornada. Mesmo que o próprio faça questão de nos lembrar uma noite, também ela brilhante, de Paulo Bento com o Inter, a verdade é que em Alvalade são coisas algo raras. Como o título de campeão conquistado na época passada.

Rúben Amorim é o treinador que fez o Sporting voltar a acreditar. Pela forma como o faz jogar, pela forma como fala, pelos actos que pratica. Não pede centrais: joga com Esgaio. Não diminui jogadores: estimula-os e chama-os à realidade. Não reivindica os feitos todos: dá o devido crédito a quem com ele trabalha. Não se põe ao nível do clube: assume que é um profissional, é solidário com o projecto que lhe apresentaram e assumiu como dele. Ainda não o vimos a perder, mas até à data é quase exemplar.

O Sporting fez um grande jogo. Bateu um Dortmund que mesmo com ausências tem uma equipa de outra dimensão. De Adán a Pote, passando por Coates ou Porro, entre muitos outros, este foi o triunfo de um grupo que dá tudo. E Amorim já avisou para o Tondela. Não perdoa.

Guardei, deliberadamente, este artigo de Bernardo Ribeiro, Director de Record, para fechar um dia de muito debate sobre a última ronda da Liga dos Campeões, ronda esta que permite ao Sporting festejar um feito digno da dimensão histórica do Clube.

publicado às 21:00

Taremi, Coates e Varandas

Rui Gomes, em 25.10.21

21312452_L0T3b.pngEstá montado o circo em redor de Taremi e os penáltis. Como se o iraniano fosse apenas isso. O homem que o FC Porto foi buscar ao Rio Ave é factualmente o melhor ponta-de-lança no futebol português na relação qualidade-preço. É craque e custou 4,7 milhões. Na primeira época de dragão ao peito marcou 23 golos e ainda fez 18 assistências. E nesta vai bem embalado. Discutam lá o que quiserem, mas olhem ao resto. Taremi merece.

O Sporting foi bem melhor do que o Moreirense mas não fez um grande jogo. Coates foi mais uma vez o destaque, ao apontar o único golo, ele que desde que Rúben Amorim chegou a Alvalade parece ter redescoberto o futebol. Está um senhor capitão, um belo central e goleador. Em anos anteriores, quem diria?

O Sporting parece ter conseguido fazer uma assembleia sem que tenham chovido insultos. Basicamente desta vez os sócios responderam mesmo presente. E a maioria silenciosa calou por completo a minoria ruidosa, que não vai descansar enquanto não fizer cair Varandas e tentar recuperar Bruno de Carvalho. O resultado da AG mostra o que o clube pensa disso. Se o actual presidente conseguisse resolver o tema das claques, o grupinho perdia ainda mais força. Mas não é fácil negociar com quem ainda nem sequer pediu desculpa por Alcochete. É pena.

Artigo de Bernardo Ribeiro, Director de Record

publicado às 03:03

Fenómenos estranhos

Rui Gomes, em 17.08.21

21312452_L0T3b.png

Numa das suas crónicas, intitulada Fenómenos Estranhos, Bernardo Ribeiro, Director de Record, escreve o seguinte:

"Fernando Santos descobriu que João Mário tem valor para voltar à Selecção. Este País tem muitas coisas estranhas e algumas escolhas dos treinadores são uma delas. Fico feliz com o regresso do médio. Era lá que deveria ter estado, no triste Euro que fizemos. O que terá mudado da época passada para esta?".

Todos nós sabemos a resposta à pergunta de Bernardo Ribeiro, mas, ao fim e ao cabo, tendo conhecimento do que a 'casa gasta', e neste caso concreto, no que diz respeito ao seleccionador nacional, será que é surpresa alguma?

publicado às 04:47

Uma entrada de leão

Rui Gomes, em 08.08.21

21312452_L0T3b.pngA época começou bem para o Sporting. Após a conquista da Supertaça frente ao SC Braga, uma entrada de leão na liga com um 3-0 claro e sem espinhas com o Vizela. É apenas a primeira jornada, mas mostra a equipa de Rúben Amorim num momento de forma interessante e a sobreviver sem a classe de João Mário, que o dinheiro levou ao outro lado da Segunda Circular.

Não vai ser uma temporada fácil para o clube de Alvalade. Este ano há Liga dos Campeões e jogos a doer a meio da semana. Há também público nas bancadas. E há rivais mais despertos do que na época passada, em que terão desvalorizado um leão bem mais forte do que o esperado. Amorim sabe-o bem. Tem avisado. Varandas também.

Mas ele e Hugo Viana em termos de reforços não conseguem fazer muito mais do que até aqui. A não ser que as saídas de Leo Messi e Jack Grealish transformem o que parecia ser um ano parado num Agosto louco. Rúben prefere que não haja vendas. Porque sabe que não é fácil substituir Matheus Nunes, Palhinha e muito menos Pote. Os reforços nem sempre justificam o epíteto...

Artigo da autoria de Bernardo Ribeiro, Director de Record

publicado às 03:47

Um triunfo justíssimo

Rui Gomes, em 02.08.21

21312452_L0T3b.pngHouve um bom jogo de futebol e um vencedor inteiramente justo em Aveiro. A Supertaça fica bem entregue aos leões pelo que fizeram, os guerreiros foram dignos vencidos pelo que lutaram. O público já deu um ar de sua graça. O jogo é tão mais bonito com o colorido de quem o ama nas bancadas.

O Sporting entrou bem e teve em Matheus Nunes um bom sucessor para João Mário. Problema é que os leões ainda precisam de vender e o jovem médio é um dos que podem sair. Esse vai ser um dos maiores problemas do campeão esta temporada. A diferença de capacidade de investimento. Ficar só com Ugarte, Bragança, Palhinha e Tabata é um risco. Desportivo, diga-se, financeiramente entende-se...

Artigo de Bernardo Ribeiro, Director de Record

publicado às 03:45

Arrumar a casa

Rui Gomes, em 30.07.21

O Sporting fechou Ugarte. Dá finalmente a Rúben Amorim mais um médio após a perda de  João Mário e fica com o plantel fechado... até ver. Porque por muito que o técnico diga que a ideia é segurar os que estão e não procurar novos reforços, a realidade não é bem esta. Tanto o treinador como a SAD sabem que pode ser preciso vender alguém e, mesmo sem uma eventual saída, os leões gostavam de ter mais um avançado e um central. Não são vitais porque... não há dinheiro para os garantir de certeza. E Varandas e Viana têm sorte no homem que escolheram para treinar: é solidário com o projecto e vai à luta com o que tem. Por muito que seja pouco.

Excerto de um artigo de Bernardo Ribeiro

Nada melhor que ter boa informação e o director do jornal Record aparenta estar muito bem informado sobre o Sporting. Sabe que jogadores a SAD gostaria de ter, além do actual plantel, sabe do dinheiro que o Clube tem disponível e, acima de tudo, sabe que o que há da equipa é pouco.

Com isto, não me dei ao trabalho de rever a sua análise no início da época passada, mas a julgar por esta, deve ter sido do pior.

publicado às 05:02

Medo de ser o melhor

Rui Gomes, em 29.06.21

21312452_L0T3b.pngA opinião no Record é livre. Qualquer articulista que escreve neste jornal sabe bem isto. Acontece não raras vezes numa casa em que a opinião não está à venda alguém defender uma coisa e outra pessoa o contrário pouco mais à frente. Em Portugal é algo que se pode fazer desde 25 de Abril de 1974 e nós por cá vamos aproveitando. Serve a introdução para dizer que estou muito grato a Fernando Santos. Nunca lhe poderei agradecer devidamente a conquista do Euro’2016. Confesso que ainda hoje olho para trás e tudo me parece mentira. A Liga das Nações foi apenas a cereja no topo do bolo. O agradecimento é eterno. E sincero.

Dito isto, estou também muito farto da ideia que defende para a Selecção Nacional. Farto que Portugal tenha medo de jogar bem. Farto que Portugal tenha medo de ser o melhor. Farto de ver Portugal jogar sempre na reacção e nunca no protagonismo. Sei que a Bélgica é muito forte. E até que é a primeira classificada do ranking. Ou que De Bruyne é um dos melhores médios do Mundo. Mas também sei a tristeza que sinto ao ver Portugal reduzido a esta ideia de futebol tacanho. Obrigado, Fernando. Mas já chega.

Artigo da autoria de Bernardo Ribeiro, Director de Record

*** Em nota separada, manchete na capa de Record esta terça-feira... "Fernando Santos firme. Continuidade não está em causa".

publicado às 03:48

Coisas quase normais

Rui Gomes, em 04.05.21

O seleccionador nacional dá hoje uma entrevista interessante ao jornalista Rui Dias. Vale a pena ler. Muitas das ideias importantes para o Europeu estão ali explicadas. E outras nas entrelinhas. Mesmo com *Fernando Santos a tentar fintar o nosso Rui.

21312452_L0T3b.png

Jovane Cabral parece ter convencido Amorim. Espero bem que sim. O extremo/avançado não é um craque dos que apaixona, mas a utilidade no plantel é mais do que evidente. E por muito que lhe custe ouvir isto, a verdade nua e crua é que Jovane corresponde na perfeição ao que antigamente se chamava a ‘arma secreta’. Saltar do banco assenta-lhe como uma luva.

Escreve Marco Ferreira hoje nas páginas de arbitragem e sou obrigado a concordar. O jogo de Alvalade parece não ter tido VAR. O árbitro escolhido já estava longe de ser de primeira linha, mas a equipa completa fez uma das piores exibições que vimos esta época. Escolhas estranhas as de Fontelas para os jogos que decidem o título. Tivessem os leões empatado e teríamos uma semana animada. Ridículo.

Artigo da autoria de Bernardo Ribeiro, Director de Record

NOTA

*Fernando Santos reconhece que errou ao convocar para a fase final do Mundial2018, na Rússia, jogadores que tinham rescindido contrato com o Sporting na sequência da invasão à Academia de Alcochete, ocorrido em maio daquele ano. "Achei, se calhar presunção minha, que levar o Rui Patrício, o William Carvalho, o Bruno Fernandes, o Gelson, os jogadores que tinham rescindido com o Sporting, não seria um problema. Se fosse hoje não os teria levado".

"Pensamos na cabeça deles, e estamos a falar de grandes profissionais, ninguém duvide. O dia a dia deles - não durante o treino, nas palestras, nas refeições - era a pensar no que lhes iria suceder a seguir, se teriam ou não clube, no que iria suceder depois".

"Não foi favorável. Eu achava, na altura da convocatória e durante mais tempo, que aquilo estava ultrapassado, mas...".

publicado às 03:16

O momento do Sporting

Rui Gomes, em 18.04.21

O texto que segue é um excerto da crónica de Bernardo Ribeiro, Director de Record, publicada na manhã de sexta-feira, ou seja, antes do jogo do Sporting com o Farense. Mesmo assim, não deixa de ser interessante e, parece-me, muito pertinente, face ao momento da equipa.

21312452_L0T3b.pngO Sporting vive um momento estranho. Lidera o campeonato com 6 pontos de avanço e parece entregue à tristeza. Provavelmente tem muitas frentes de batalha. Palhinha e a vontade dos rivais em ganhar pontos na secretaria, a palavra de Rui Costa valer mais do que a de Rúben Amorim, a mão pesada do Conselho de Disciplina que pode querer queimar quem ousou fazer-lhe frente e ainda os dois recentes empates, que contribuindo para um facto histórico prestes a acontecer, levaram os sportinguistas à depressão. Custa a entender. Não conheço nenhum adepto do clube que arriscasse a candidatura no início da época. Rúben Amorim fartou-se de avisar que não estava ganho. A equipa é hoje, haja o que houver, uma aposta certa. E acordarem para a vida?

publicado às 05:48

Palavras de capitão

Rui Gomes, em 27.03.21

21312452_L0T3b.pngLê-se a entrevista de Sebastián Coates a Record e percebe-se o porquê de o uruguaio ser capitão de equipa. Não há declarações bombásticas. Não há tiradas para irritar. Há um discurso consciente, sem fugir às perguntas, mas de homem feito e que sabe bem o que pretende dizer. Faz títulos menos sonantes, mas ganha muito o respeito de quem o lê. Porque está ali, de facto, um capitão.

Hoje joga a nossa selecção. Após uma estreia sensaborona frente ao Azerbaijão, claro que esperamos mais e melhor frente à Sérvia. Mesmo que Fernando Santos, no seu estilo resultadista, avise já que prefere ganhar do que ter nota artística. Por muito que ter ido de empate em empate até à vitória final em França tenha sido uma das maiores alegrias da minha vida, confesso que até senti alguma vergonha alheia deste discurso quando olho ao ‘plantel’ nacional. Erro meu, certamente.

Parabéns a Joana Ramos. Mais uma medalha aos 39 anos. Um grande exemplo de vida desportiva. Em tempos de pandemia, bem precisamos de quem nos aponte o caminho. Que retire do léxico a palavra desistir das mais utilizadas. Obrigado pelo exemplo, Joana.

Permitem-me terminar com um abraço ao meu camarada João Lopes. Estamos contigo. Força!

Artigo da autoria de Bernardo RibeiroDirector de Record

publicado às 15:30

Mais perto dos milhões

Rui Gomes, em 22.03.21

21312452_L0T3b.pngTriunfo muito importante e saboroso para o Benfica. A luta pelos milhões é vital para o clube e vencer em Braga era essencial para não perder completamente o comboio. O muito talento do plantel começa finalmente a vir ao de cima. Mais vale tarde do que nunca. E há uma Taça para ganhar.

O SC Braga falhou o teste. É bem verdade que esta época já tinha ganho ao Benfica mais do que uma vez, mas este era um encontro em que estava proibido de falhar para aumentar a distância. Disse adeus ao pódio.

João Pinheiro foi decisivo. A expulsão de Fransérgio acabou por marcar de forma indelével um jogo que, provavelmente, teria sido bem melhor. Critério muito dúbio e desmentido no próprio encontro. É dos melhores? Estamos conversados.

Espantosa a reacção do Famalicão à chegada de Ivo Vieira. De facto, às vezes basta um bom treinador para colocar as peças no sítio e começar a ver-se futebol digno desse nome.

Record conta-lhe hoje a história de Dário Essugo. Um dos muitos miúdos lançados por Rúben Amorim numa caminhada que a maioria dos sportinguistas até julgava impossível. Alcochete agradece.

Dez anos sem Artur Agostinho. O Record não esquece. Obrigado.

Artigo da autoria de Bernardo RibeiroDirector de Record

publicado às 17:57

Todos são importantes

Rui Gomes, em 13.03.21

21312452_L0T3b.pngÀs vezes somos tentados a pensar que o que decide os campeonatos são apenas os jogos grandes. Depois vemos esfumarem-se vantagens em menos de um simples fósforo, em jogos com equipas de valor muito diferente. Porque ao contrário de uma Taça, uma Liga não se decide num jogo, mas sim em longas jornadas onde as incógnitas são muitas e os momentos de forma também.

Sporting CP e Benfica têm jogos importantes. Não que os adversários sejam da mesma igualha, mas perder dois ou três pontos frente a Tondela ou Boavista tem o mesmo custo do que num dérbi ou clássico. Os leões têm isso bem presente com o susto que apanharam frente ao Santa Clara. Já o Benfica deve lembrar-se do resultado no Bessa.

Os rivais da Segunda Circular terão de estar no máximo. Os primeiros se querem mesmo ser campeões. Os segundos para pressionarem a concorrência na complicadíssima luta pela Liga dos Campeões.

Amorim e Jesus mostraram ter isto bem presente. São os motores das equipas, para o bem e para o mal.

Sílvio Cervan de uma vez só insultou adeptos do Sporting CP e do Benfica. A oposição incomoda sempre o poder. Felizmente na política não o tratam assim. E ainda bem.

Artigo da autoria de Bernardo Ribeiro, Director de Record

publicado às 13:00

Sérgio disse que era fácil desmontar a equipa do Sporting e demonstrou ter a lição bem estudada. Mas quem comandou os ritmos foram os de Alvalade, que abandonam o Dragão com os mesmos 10 pontos de vantagem sobre o FC Porto.

21312452_L0T3b.png

Comandar o campeonato como tem feito e passar incólume no maior dos testes à liderança até ao momento não é para todos. O trabalho de Rúben Amorim em Alvalade é digno dos maiores elogios. E por muito que ele não queira assumir a candidatura, não há certamente nenhum adepto sportinguista que não seja "obrigado" a acreditar que este ano pode mesmo ser.

A personalidade com que o Sporting CP jogou tendo no relvado sete jogadores sub-23 é impressionante. Diz muito sobre a qualidade da formação e alguns achados como Porro, mas também da confiança que lhes é dada por um treinador que não olha, mas não olha mesmo, a bilhetes de identidade.

Esperava um FC Porto mais próximo do que fez nos dois jogos em Braga, onde foi muito superior até às expulsões. Gostei francamente dos dragões aí e também frente à Juventus. Ontem, para impor a primeira derrota na Liga aos leões, era preciso uma exibição muito semelhante. Talvez seja verdade o que diz Sérgio, que a equipa quis mais ganhar, mas quem impôs os ritmos foi o Sporting. Com uma primeira parte morna e uma segunda em que se soltou. Os portistas tiveram mais oportunidades, mas soube a pouco para quem queria e precisava de virar o tabuleiro. Demasiado pouco, diria. O leão não pode mesmo festejar ainda, mas ficou claramente mais perto.

João Pinheiro. Acabou por passar com distinção num teste complicadíssimo. Foi corajoso, impôs respeito e não falhou em nenhuma decisão importante. Somou pontos.

NOTAS DE RODAPÉ

Palhinha, Coates e João Mário foram enormes no Dragão. Caso se sagre campeão, vai ser difícil a quem escrever a história deste leão não falar muitíssimo neles. Há mais? Sim, curiosamente quase todos, mas estes ontem foram vitais.

Santa Clara com público? Entendo a Liga. E faz-se lá fora. Mas discordo. Em absoluto. Desvirtua a verdade desportiva. Em casa vão ter a ajuda do público e fora o conforto das bancadas vazias. Os outros não são mais fortes ao lado dos seus? Mal.

Comunicar a vinda de árbitros estrangeiros para Portugal no dia do jogo do título é de uma insensatez atroz. Fazê-lo sem falar com a APAF ainda pior. João Pinheiro e Artur Soares Dias não precisavam disto antes do clássico. Muito mau.

Artigo da autoria de Bernardo Ribeiro, Director de Record

publicado às 17:00

Força mental de leão

Rui Gomes, em 20.02.21

21312452_L0T3b.pngApesar da vantagem na Liga NOS e constantes pressões para assumir o favoritismo à conquista do título, Rúben Amorim tem sido muito cauteloso com essa questão. Já foi estratégia comunicacional. Agora é mesmo realidade. O treinador reconhece que é jovem e tem um grupo muito coeso mas a quem ainda falta o hábito de ganhar. E que hoje o principal inimigo do Sporting na busca pela vitória no campeonato é... o próprio Sporting.

Não falo das lutas intestinas em que o clube é pródigo. De brunistas a claques, de anti-Varandas aos muitos que lhe pretendem o lugar, todos têm tido consciência de que o que a equipa menos precisa é de inimigos internos. E têm apoiado com o silêncio responsável de quem discorda das políticas seguidas mas deseja o melhor para o clube. Ou seja, o título de campeão.

Falo da força mental que o grupo vai precisar para enfrentar a segunda volta. A ressaca da primeira derrota. A reacção a um eventual mau momento qualquer, gerado seja pelo que for. Se este tempo de pandemia serve para nos ensinar alguma coisa, é que só os mais fortes mentalmente resistem. É esta fibra que Rúben e o plantel terão de ter até ao fim. Seja jogo a jogo ou a navegar à bolina.

Futebol e tráfico de droga misturados. O nojo que dispensávamos.

Artigo da autoria de Bernardo RibeiroDirector de Record

publicado às 17:00

O candidato inesperado

Rui Gomes, em 06.02.21

Uma jornada fantástica para o Sporting, a última da primeira volta. Os leões aumentaram para 6 pontos a distância para o FC Porto e viram o Benfica falhar na Luz e ficar a 11. E logo voltou à mesa a conversa de ser ou não candidato ao título, algo que Rúben Amorim recusa terminantemente. E depois?

21312452_L0T3b.png

É assim tão importante que o jovem técnico assuma algo que todos já percebemos que é real? Aliás, até o plantel leonino já acredita que está a lutar por coisas maiores do que as que lhe eram pedidas. A época começou com um desnível de investimento tão brutal que o clube de Alvalade parecia ser obrigado a resignar-se à luta por um lugar na Champions. Porque FC Porto e Sp. Braga tinham candidaturas mais musculadas. E ao autodesignado Benfica estratosférico apontavam-se outros voos. Agora...

Foi Rúben Amorim o grande motor da mudança. Finalmente Frederico Varandas acertou na contratação de um treinador. E Hugo Viana em reforços dignos desse nome. Tudo isto regado com ‘putos’ cheios de vontade de jogar à bola como Nuno Mendes, Gonçalo Inácio, Matheus Nunes ou Tiago Tomás. Alcochete agradeceu.

Na Luz as palavras de Rui Costa falharam. 11 pontos. Será altura de o presidente fazer qualquer coisa?

Artigo da autoria de Bernardo Ribeiro, Director de Record

publicado às 14:45

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