O Sporting anunciou, esta segunda-feira, no seu site oficial, a aparente retirada da acção judicial contra José Eduardo Bettencourt, tendo sido apurado que face às explicações dadas pelo próprio, não houve "qualquer ilícito nos actos de gestão" praticados durante o seu consulado.
O comunicado do Sporting:1 – Apresentar a desistência parcial da acção judicial em curso para responsabilização Cível do Dr. José Eduardo Bettencourt e respectivos membros da sua equipa directiva, por considerar que os argumentos apresentados em sede de audição foram credíveis, esclarecedores e permitem concluir pela não existência de qualquer ilícito nos actos de gestão praticados durante o seu mandato.
2 – As razões para esta decisão prendem-se com a constatação de que existiu total colaboração entre as partes para o esclarecimento e alcance da verdade, tendo ainda sido aceite por parte do Dr. José Eduardo Bettencourt colaborar em tudo o que venha a verificar-se necessário para a salvaguarda, a bem do Sporting Clube de Portugal, de todas as condições associadas a tudo o que esteja relacionado com o Pavilhão João Rocha.
3 – No que ao Sporting Clube de Portugal diz respeito, considera-se digna de referência a postura construtiva do Dr. José Eduardo Bettencout em todo este processo, faltando agora a homologação por parte do tribunal para que a pretensão do Clube seja validada.
4 – Manter a acção intentada contra a Direcção do Engº. Godinho Lopes, sendo o único processo a correr termos, reduzindo o respectivo pedido de indemnização para o valor de 31,6 milhões de euros.
Vamos lá ver se consigo compreender isto. Primeiro avança-se com uma acção judicial, passados muitos meses a pessoa alvo da acção é então ouvida, pela primeira vez, em particular, e, ainda, passado mais algum tempo, desiste-se dessa acção, mas só parcialmente.
A primeira dúvida que surge: se a desistência da acção judicial contra José Eduardo Bettecourt e outros elementos do seu Conselho Directivo é só parcial, conforme indicado no comunicado, qual é a parte que falta ?
Por deconhecer os supostos factos, nem sequer comento o pedido de indemnização no valor de 31,6 milhões de euros a Luiz Godinho Lopes.
Só espero que um dia, um futuro presidente do Sporting venha a ordenar uma auditoria de gestão a "pente fino" ao consulado de Bruno de Carvalho. E quando digo "pente fino", que seja um "pente" mesmo muito fino.
E para evitar a perda de tempo e energia, alerto os usuais para não virem com a usada e abusada tanga "quem não deve não teme", para eu evitar de perguntar que resposta foi dada a João Pedro Paiva dos Santos relativamente à auditoria de gestão que ele solicitou recentemente, e sobre a qual ainda nada de concreto foi ouvido.