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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o SC Braga da 4.ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou num empate 1-1. Golo de Pedro Gonçalves, 25'.
EMPATE COM SABOR AMARGO NA CASA DO BRAGA
O Leão desperdiçou soberana oportunidade de se isolar na liderança no campeonato. A equipa entrou forte, rápida, agressiva e decidida na procura do golo cedo, dominando em todas as zonas do campo um adversário que teve muitas dificuldades em acertar as marcações. Após ter conseguido a vantagem, o Sporting posicionou-se no terreno com o bloco mais recuado, dando a iniciativa a um Braga que só por uma vez ameaçou a baliza do Adán, num remate frontal fora da área. Ainda antes do intervalo, Hjulmand volta a meter a bola dentro da baliza do Matheus com um bom remate de ressaca e que poderia ter dado outra história ao resultado final, mas o golo seria anulado pelo VAR por fora de jogo de posição do Pote. Com as substituições a não surtirem efeito no decorrer da segunda parte, a equipa de Rubén Amorim ficou exposta, pondo-se a jeito para jogo partido, a que o Braga aproveitou para procurar a sua sorte, conseguindo o golo do empate com um coelho sacado da cartola, através de um livre frontal que a defesa leonina resolveu oferecer.
DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 4 - Esteve no melhor e no pior, marcou o golo que parecia embalar o leão para a vitória, o seu primeiro no campeonato, após um excelente movimento na área do Braga rematou seco e de surpresa para o Matheus defender com os olhos, até pareceu fácil. Por 2 vezes conseguiu ter espaço para executar o passe letal, que isolava o colega mas...faltou maior rapidez na decisão. No pior, quando foi muito lento a recuperar do fora de jogo e que teve influência decisiva no golo anulado ao dinamarquês.
ANTONIO ADÁN - 3.5 - Foi uma só vez chamado a intervir e que parada, o remate do Ricardo levava o selo de golo, ficou na retina de todos a fantástica defesa com as pontas dos dedos. No livre que resultou no golo sofrido, já sabia que a bola podia entrar ali, com uma reacção mais antecipada e rápida e....!
RICARDO ESGAIO - 3 - Prometeu na primeira parte. Com uma boa leitura do jogo subiu várias vezes no timing certo e apareceu esquecido pelos defesas do Braga na ponta direita, teve tempo e espaço para ir ensaiando o cruzamento ou o último passe, mas nunca passaram de maus ensaios.
OUSMANE DIOMANDE - 4 - Voltou a mostrar a grande qualidade que tem, é um autentico exterminador à sua volta, quer ganhar sempre em todos os lances, necessita todavia melhorar no que tem que fazer depois do trabalho mais difícil terminado, facilita excessivamente no passe simples. Fez a assistência para o golo da equipa.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 4 - Em todo o jogo foi sempre o mais esclarecido da equipa, sempre consciente da importância que era ganhar em Braga. Foi imperial e esteve num nível elevado em todos os lances que disputou, mostrando uma tremenda disponibilidade em ir a todas as bolas.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Deu nas vistas em 2 excelentes cortes, um deles dentro da sua área, matando uma bola que rasgava toda a defesa. Tinha instruções claras para os lançamentos rápidos para as costas da defesa do Braga, para o colega sueco explorar à esquerda, mas foram vários que não chegaram ao destino. Na segunda parte sentiu maiores dificuldades para parar o Simon Banza e o Álvaro Djaló.
NUNO SANTOS - 3 - O Leão parecia ter ali na sua ala esquerda uma arma mortífera, várias vezes galgou terreno em velocidade com a bola colada no pé, mas...o último passe e a decisão foram o seu maior pecado mortal, nunca saíram bem. Ficou sem pilhas e foi bem substituído a meio da segunda parte.
MORTEN HJULMAND - 3.5 - A par de Morita fez uma excelente primeira parte, mandão em toda a sua zona e fazendo boa ligação também nos movimentos atacantes. Num bom remate fora da área meteu a bola na baliza do Braga, o que daria uma vantagem de 2 golos que podia ter mudado a história do jogo, mas o Pote foi lento a sair e estragou a festa.
HIDEMASA MORITA - 4 - Exibição muito conseguida na primeira parte, com muita influência positiva entre as linhas do adversário no meio campo, empurrou sempre a equipa para a frente. Teve queda a pique na segunda parte, perdendo muito do discernimento na hora da decisão, quando o jogo partiu podia ter matado o adversário, teve vários lances de contra ataque com a defesa do Braga totalmente disposicionada e decidiu sempre mal, ou com passe para o espaço errado, ou muito defeituoso e quem não aproveita as oportunidades acaba por ver a equipa sofrer.
PAULINHO - 2 - Teve um início forte, com muita garra e velocidade até o golo aparecer. Depois com a equipa a baixar o bloco e o adversário com mais espaço a ter bola, desapareceu, a sua presença deixou de ser útil à equipa e foi bem substituído ao intervalo.
VIKTOR GYOKERES - 3.5 - Voltou a executar bem o seu plano de jogo, a luta impiedosa com a ultima linha defensiva do Braga. Foi implacavelmente marcado e quase sempre em falta, sentindo maiores dificuldades em conseguir espaços. Teve soberana oportunidade para fazer o segundo, isolado na cara do Matheus tentou ainda fazer-lhe uma chapelada, mas o guarda redes brasileiro não foi na cantiga.
MARCUS EDWARDS - 1 - Um problema que o habilidoso inglês não consegue resolver, a perda fácil da bola quando a equipa está disposicionada, é gritante não saber ler o jogo, são excessivas as vezes que continua a perder a bola nos momentos errados. Entrou para ajudar e acabou por trair os colegas que tiveram que correr mais para trás que para a frente, para recuperar posições pelas asneiras que provocou.
GENY CATAMO - 2.5 - Entrou para dar outras soluções diferentes na ala esquerda, mas nunca conseguiu libertar-se da marcação apertada que lhe foi feita, nas raras vezes que conseguiu fugir, não soube tomar a melhor decisão.
DANIEL BRAGANÇA - 1 - Contra todas as expectativas a sua entrada no jogo foi um fiasco, uma nulidade, entrando muito mal na partida, esteve sempre fora dos timings de entrada nos espaços, acabou por forçar o contacto em zona proibida e que resultou no livre que deu o empate ao Braga. Demasiado macio para o que se exigia naquele momento decisivo da partida.
FRANCISCO TRINCÃO - 2.5 - Menos mal, mas também longe do que se esperava e exigia, algumas iniciativas a tentar romper as ultimas linhas defensivas do Braga e que foram travadas em falta e que por isso não comprometeram eventuais contra ataques do adversário, mas pouco ou nada veio acrescentar.
IVÁN FRESNEDA - 1 - Escassos minutos em campo, saiu-se mal logo na sua primeira abordagem falhando uma intercepção, recompôs-se e ainda deu para deixar boas indicações, aparecendo no apoio do ataque a cruzar bolas tensas e com boa direcção.
RUBÉN AMORIM - 3.5 - Um jogo de cima para baixo, a sua equipa teve um início excelente, bem por cima do Braga, controlando-o em todo o campo e praticando bom futebol. Naturalmente chegou à vantagem no marcador e com ocasiões claras para a dilatar, até que chegou o momento de ter que substituir, o síndroma das substituições atacou de novo e a equipa voltou a esvaziar-se, a deixar que o adversário partisse o jogo e com isso a chegou ao empate pela sequência de vários erros. Fez 5 substituições e nenhuma acrescentou, afinal e ao contrário do que imaginaria, tem ainda muito mais trabalho pela frente.
ARTUR JORGE - 3.5 - Com aquela entrada avassaladora do leão e com o golo cedo viu a vida andar para trás, safou-se de não ter levado o segundo e começou a acreditar que a noite afinal podia não estar totalmente perdida e com aquele coelho sacado da cartola do Djalô no livre salvou-a. Deu boa réplica na segunda parte e depois do desgaste que a sua equipa teve na terça feira, na Grécia.
LUÍS GODINHO (Árbitro) - 2 - Não fez uma arbitragem positiva, muitos erros disciplinares e pior que isso cometeu também vários erros técnicos na avaliação das faltas, em ambos os casos o mais prejudicado foi o Sporting. A falta que deu o empate ao Braga não existiu, houve contacto mas sem falta do Daniel, várias foram as faltas claras não marcadas sobre o Gyokeres e foram vários os amarelos por mostrar a jogadores do Braga.
FÁBIO MELO (VAR) - 3 - Uma noite que podia ter saído muito complicada, dois casos bicudos para decidir, a cotovelada do Niakaté ao Paulinho que andou no limite do vermelho e o lance do que seria o segundo golo do Sporting, nas imagens vê-se bem que o Matheus segue sempre a bola sem qualquer impedimento visual, mas como a bola foi na direcção do Pote aceita-se, também muito no limite.
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