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A pesada herança

Naçao Valente, em 08.10.21

O presidente Frederico Varandas foi eleito em 2018 num acto ao qual concorreram vários candidatos. Um processo eleitoral realizado de acordo as normas Estatutárias, assumindo assim, legitimamente, a presidência do Sporting Clube de Portugal, por quatro anos.

Tendo em consideração a situação em que se encontrava o Clube, na sequência do ataque à Academia de Alcochete, previa-se que a nova Direcção não teria uma tarefa fácil. A pesada herança que recebeu do 'brunismo', exigia competência, coragem e determinação, para colocar o Clube na via da recuperação.

O Sporting que recebeu então, estava numa situação financeira muito preocupante. Com problemas imediatos de tesouraria, teve que organizar em tempo recorde o lançamento de um empréstimo obrigacionista, que permitisse pagar o que não tinha sido pago em tempo útil. Com o clima deveras hostil e desconfiado, dos meios financeiros, mas com o apoio dos sportinguistas que por norma põem o Clube acima de interesses particulares, o presidente e a sua direcção, levaram a tarefa a bom porto.

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Mas a direcção anterior, demitida na sequência de grave desrespeito aos Estatutos, deixou também uma situação desportiva bastante complicada, em consequência das rescisões que foram apresentadas pelos activos mais valiosos da equipa de futebol profissional. Houve que correr atrás do prejuízo, procurando resgatar alguns desses activos, ou em alternativa, negociar com os clubes que os contrataram para minimizar os estragos. Essas negociações, facilitadas pelos jogadores em causa, e pelos novos clubes a que pertenciam, permitiram recuperar uma boa parte do valor in limbo, com reflexos positivos nas contas do Clube. Porém, nunca se saberá o que se perdeu nessa sangria.

No entanto, a pior herança recebida por esta Direcção, a cereja em cima do bolo, foi o desrespeito pelos resultados eleitorais, por parte de um grupo, cada vez mais minoritário de apoiantes do anterior presidente. Como se verificou em todas as Assembleias Gerais após as eleições e também nas redes sociais e na rua, a contestação atingiu dimensões de extremo cariz antidemocrático, como nunca tinha acontecido no Clube. Esse grupo, de sportinguismo duvidoso, atacou os Órgãos Sociais eleitos, especialmente o presidente, recorrendo ao insulto e à arruaça, com o intuito de conseguir a sua demissão.

Passaram cerca de três anos. Depois de alguns erros no percurso, entrou-se num caminho de esperança e de construção de um Sporting competitivo. Ganharam-se todas as provas nacionais, com relevo para um campeonato que se tinha tornado numa mera miragem. Nas restantes modalidades conseguiram-se muitos êxitos, não só no panorama nacional, mas também no plano internacional, Apesar de uma situação pandémica, com reflexo nas receitas, a situação financeira ficou controlada.

Indiferente à situação descrita, esse grupo, alheio aos interesses do Clube, não desiste do seu projecto de má fé e desestabilização. Aproveitando alguma apatia dos associados, na participação em assembleias gerais, e de alguma ausência de mobilização, conseguiu numa atitude meramente destrutiva, boicotar instrumentos de gestão. Como diz Miguel Braga, não lhes chega ganhar votações, legitimamente, por falta de comparência de muitos sócios. Fazem questão de,  como um grupo antidemocrático, insultar quem deles discorda.

O presidente Varandas pediu mais uma AG, na qual pretende que se clarifique a situação. Das duas uma: ou os associados comparecem como a maioria que são e põem no seu lugar este grupo minoritário e arruaceiro alienado, ou então deixam que eles voltem a assumir o protagonismo que tiveram outrora, com as inevitáveis consequências de mau grado. Os Sócios sempre souberam dizer presente em momentos fundamentais. Acreditemos que o voltem a fazer!

P.S.: Um antigo atleta e treinador de kickboxing do Sporting, de quem não me lembro o nome, manifestou recém-interesse em concorrer a presidente do Sporting. Nada a dizer sobre esse direito, se reunir as condições exigidas. O que causa perplexidade, é o facto de ele ter considerado o mandato desta direcção o pior de sempre. Ou muito me engano ou os testas de ferro do brunismo, já estão a posicionar-se.

publicado às 03:19

O regresso do 'brunismo' é possível?

Naçao Valente, em 01.03.20

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Procurando ser realista, nunca admiti a ideia de o Sporting poder ganhar a Liga Europa. Só uma muito invulgar conjugação de factores extremamente favoráveis, difíceis de reunir, poderia concretizar essa hipótese. E... mesmo assim, teriam de estar os "astros" todos alinhados nesse sentido.

Mas a continuidade nesta prova era bem possível por mais uma ou duas eliminatórias. Se tivesse acontecido, isso teria tido aspectos positivos e negativos. Teria acumulado mais valias financeiras e dado uma maior motivação à equipa. Ao invés, causaria um desgaste físico num plantel curto e de qualidade mediana, com reflexos na competição interna, onde é importante conseguir o terceiro lugar.

Por outro lado, permitiria à actual Direcção ganhar algum sossego, retirando argumentos à oposição, apenas assentes nos maus resultados. Esta saída extemporânea da Liga Europa, pelas razões que têm sido dissecadas, vai servir aos mentecaptos radicais do brunismo, a quem já se juntam outros adeptos descontentes, aumentarem a contestação, continuando a desestabilizar o Clube, convictos de que o regresso do brunismo é possível.

A anunciada manifestação para o dia 8 de Março, antes de um jogo de futebol, insere-se nessa estratégia. Quanto mais instabilidade semearem, mais dividendos esperam colher. Para esta gente vale tudo. Jogam no desespero e descontentamento geral dos adeptos em função dos resultados e têm em mira aliená-los para a sua causa. A reabilitação do líder deposto está em curso, já de uma forma descarada.

Ainda hoje, numa rádio onde é pregador, o presidente destituido disse com todas as letras que é candidato à presidência do Sporting. Que irá lutar pela sua reintegração como sócio. Para quem tinha dúvidas que este notório oportunista, que deixou o Sporting à beira da falência, queria voltar, como sempre tenho dito, aqui está a prova. E a razão é simples: este personagem não tem outra forma de vida.

Que fique bem claro, que o que move este movimento de contestação, não é o presidente chamar-se Varandas. Até podia ter outro nome, porque perante as mesmas circunstâncias, seria contestado da  mesma maneira. Que fique claro, que o que esta gente alienada quer é repor Bruno e o brunismo. Não lhe interessa mais nada. Que não se iludam aqueles que pensam que com a queda de Varandas se pretende que haja escolha livre. Não, pretende-se mais um golpe, como acontecu no pós-Alcochete. Os cabecilhas destes movimento não têm princípios, valores, ou qualquer moral.

O eventual regresso deste cenário, que ainda me recuso a admitir, atiraria o Sporting para uma decadência imprevisível. Não são sportinguistas, são fanáticos de tipo "religioso" a quem é completamente indiferente as consequências de uma "guerra santa" que em nada se relaciona com futebol. O fanatismo desta gente, para muitos inconsciente, para outros consciente, tem de ser travado. Os sportinguistas iludidos, que tiveram a lucidez de parar a loucura que estava a destruir o SCP, têm de cerrar fileiras. O que está em causa não é esta Direcção, nem meros resultados transitórios. O que está em causa é o Sporting.

Conclusão: as possibilidades objectivas do regresso do brunismo, são muito reduzidas, mas é urgente não continuar a dar motivações a essa minoria.

P.S.1: Esta análise concreta sobre a oposição golpista, não serve de desculpa para os erros cometidos pela Direcção, no aspecto desportivo. É preciso construir uma estrutura forte, com um projecto claro e realista. Esta novela de Silas, sai não sai, de Amorim, entra não entra, já devia ter sido parada pela Direcção, dando total apoio ao treinador até ao fim do campeonato. Mas isso é assunto para outro debate.

P.S 2. : De acordo com os estatutos um sócio excluído pode pedir a readmissão, que tem de ser concedida em AG por dois terços dos votos (Secção V, artigo 29). 

O direito de ser eleito para cargos sociais pertence exclusivamente aos sócios efectivos com pelo menos cinco anos de inscrição ininterrupta na categoria e que nos últimos cinco anos anteriores à data da eleição, pelo menos, tenham pago ininterruptamente as quotas (Secção II, artigo 20).

É considerada como ininterrupta a inscrição de todos os sócios readmitidos se, no acto de reingresso, efectuarem o pagamento total das quotas em atraso, salvo deliberação do Conselho Directivo em sentido diverso.(Secção V, artigo 29).

Desta leitura algo simplificada, pode-se depreender que a readmissão é possível, embora limitada. Depreende-se também que o facto de não ter pago quotas de forma ininterrupta, poderá ser ultrapassado.  

publicado às 05:04

Sem cabeça e sem dimensão

Ricardo Leão, em 08.04.16

 

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«Se não fosse uma atitude pequena do actual presidente em não pensar grande à dimensão do Clube, é evidente que estaria ao lado dele, acima de tudo sou sportinguista. Acho que não tem dimensão nem tem cabeça para estar ao nível do Sporting, à dimensão do Clube».



Luiz Godinho Lopes, ex-Presidente do Sporting

 

publicado às 17:01

Ponte de ligação aos leitores

Rui Gomes, em 01.08.13

 

 

«É tristíssimo o conflito permanente. Podemos discutir quem disparou o primeiro tiro, não podemos discutir de onde vem este discurso dos "assalariados" (terá Haja Luz de ser melhor pessoa do que aqueles que sistematicamente usaram contra ele o mesmo expediente ?), mas se há algo que caracteriza a actual Direcção é que deu o corpo a esta luta intestina. "O Sporting é nosso" dizia-se em letras garrafais na apresentação. De quem mesmo. Pois. "É nosso outra vez". Pois. Só quem não segue o Sporting pôde achar aquilo anormal. Porque o brunismo (o culto da personalidade, conforme foi bem evidente nas últimas declarações do PMAG) está instalado no discurso oficial, que recrimina constantemente e que divide recorrentemente.

Há espaço para a concordância e para a discórdia entre pessoas de bem. Não há espaço para o diálogo quando, da mesma maneira que sugeriam recorrentemente que a não adopção do credo brunista só poderia ser o resultado de um interesse directo, pessoal e obscuro (em que todos eram assalariados ou queriam manter privilégios, ainda que não os tivessem), continuam - agora no poder - a exibir os mesmos tiques que revelam da tal sanha persecutória que criticou. A diferença é que agora fazem-no em representação de todos os sportinguistas. Pense nisso antes de "usar da mesma moeda" retórica sobre aqueles que sofreram do mal de que os acusa.»

 

* Leitor: Aposta na Formação

 

publicado às 09:19

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