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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol recusou retirar o cartão amarelo a Bryan Ruiz na partida frente ao Boavista, depois do Sporting ter enviado um requerimento.
O jogador costa-riquenho tinha visto um cartão na partida de domingo frente ao Boavista, no lance que se seguiu à mão de Robson que originou a grande penalidade.
Fábio Veríssimo deu amarelo a Bryan Ruiz depois da falta do costa-riquenho sobre Rochinha. A seguir, o árbitro consultou o VAR, em relação ao lance anterior na área do Boavista e assinalou grande penalidade.
O Sporting fez um requerimento para que o cartão amarelo fosse retirado, mas o Conselho de Disciplina não lhe deu razão. A causa prende-se com o facto de que mesmo com o jogo parado, as acções contra a integridade física de um adversário podem ser na mesma sancionados.
Não tive oportunidade de rever os Regulamentos e reconheço que um jogador pode ser sancionado mesmo com o jogo parado, mas as circunstâncias não foram exactamente essas. O que ocorreu, na realidade, foi que tudo do jogo depois da falta para grande penalidade e até ao momento de Fábio Veríssimo interromper a partida para consultar o VAR foi anulado, quase como se nunca tivesse existido. A falta de Bryan Ruiz integra esse espaço de tempo.
Há dias, num outro jogo que neste momento não consigo precisar, um jogador viu o cartão amarelo por despir a camisola ao celebrar um golo que minutos mais tarde foi invalidado. Face às circunstâncias, gostaria de saber se a sanção se manteve.
"De volta ao Sporting com as forças, 'ganas' e o compromisso de sempre"
(Escreveu o camisola 20 na sua conta do Instagram)
Uma outra consideração sobre a reintegração de Bryan Ruiz que não me veio à ideia pela publicação do outro post sobre o assunto e que, aliás, um leitor já referiu oportunamente.
A decisão da SAD também terá sido influenciada pela nova legislação em vigor, ao abrigo do acordo assinado no início do mês pela FIFA e pela FIFPro, a Federação Internacional de Futebolistas Profissionais, que apresentaria o risco do jogador avançar para um pedido de rescisão unilateral, pelas suas circunstâncias no clube.
Entre as várias medidas colocadas em vigor, destacam-se as que conferem agora maior poder aos jogadores que se encontrem numa situação profissional semelhante à que vive Bryan Ruiz desde de Julho último. Este acordo permite, entre outros, que os atletas abandonem livremente os clubes que persistam em condutas abusivas como, por exemplo, obrigar um jogar a trabalhar sozinho e à margem do plantel. O defesa-central Douglas é agora o único jogador leonino a trabalhar à margem do plantel de Jesus.
Dito isto, recorde-se que o costa-riquenho tem contrato com o Sporting apenas até Junho de 2018. Não havendo renovação do vínculo - e tudo indica que não haverá -, ele fica livre para assinar com qualquer outro clube, a custo zero, a partir de Janeiro. Rescindindo unilateralmente, só lhe permitiria sair de imediato e não ter de esperar até ao dia 1 de Julho.
Parece-me lógico que esta nova circunstância tenha sido o principal motivador da tomada de decisão de Jorge Jesus e Bruno de Carvalho, porventura com maior "peso" do que o desejo de ver o atleta novamente no relvado de "leão ao peito".
Bryan Ruiz voltou a reintegrar a equipa esta segunda-feira, tendo participado num treino do plantel principal.
Não há mais informações neste momento, mas dá para imaginar que esta novidade surgiu a pedido de Jorge Jesus, com a eventual concordância de Bruno de Carvalho.
Recorde-se que o jogador costa-riquenho foi considerado excedentário pela estrutura do Sporting logo no início da época e após o seu regresso da selecção do seu país tem treinado à parte, juntamente com Douglas e outros em semelhantes circunstâncias.
Veremos a explicação "politicamente correcta" que será dada por Jorge Jesus na próxima conferência de imprensa.
Até provas em contrário, é impossível não ridicularizar esta estória aos quadrados do A Bola, através da qual é alegado que a real razão da dispensa de Bryan Ruiz e Schelotto relaciona-se com a suposta recusa de ambos em usar caneleiras nos treinos, acto que Jorge Jesus, segundo a Redacção do jornal, entendeu como desrespeitoso.
"A mensagem que Schelotto endereçou através das redes sociais a Bryan Ruiz nada tem de inocente, até porque ambos foram riscados por Jorge Jesus para esta temporada pelo mesmo motivo. Muito se escreveu sobre as razões que levaram o treinador a prescindir do costa-riquenho (do ítalo-argentino pouco se falou...), de tal maneira que o próprio jogador teve necessidade de emitir um comunicado a esclarecer várias situações.
Sabe a A BOLA que a ruptura entre o treinador e os jogadores aconteceu no final da época anterior, quando Bryan Ruiz e Schelotto desafiaram a autoridade de Jesus. E que tudo aconteceu por causa do uso de caneleiras. Num treino ambos foram chamados à atenção para o uso obrigatório das mesmas, mas o certo é que no dia seguinte, e apesar do aviso de Jesus, Bryan Ruiz e Schelotto voltaram a subir ao relvado sem caneleiras.
O treinador entendeu esse ato como uma falta de respeito em relação à sua liderança perante o grupo e a partir desse momento decidiu que ambos não entrariam nos planos para esta época. E só isto explica o porquê de Jorge Jesus ter abdicado de dois jogadores influentes do plantel, pois Bryan Ruiz, mesmo tendo feito uma época com rendimento inferior à sua primeira, não deixou de ser um jogador influente (foi o segundo melhor nas assistências) e Schelotto tinha renovado recentemente".
Bryan Ruiz emitiu um comunicado para esclarecer algumas questões sobre o seu actual impasse competitivo e as circunstâncias em torno das ofertas que recebeu e recusou:
«Treino individualmente porque não tenho autorização para treinar em grupo, situação que é difícil para mim porque quero e preciso de treinar em grupo para manter o nível, por isso o que pedi foi o aval para treinar na equipa B. Desde que me comunicaram que não contavam comigo na primeira equipa que respeitei a decisão. Na minha carreira aprendi que nenhum jogador está por cima de uma instituição.
Não é segredo algum que Bryan Ruiz tem estado a treinar à parte desde que se apresentou ao serviço esta época, muito provavelmente acompanhado por outros excedentários, a exemplo de Douglas.
Jorge Jesus cedo fez saber que o jogador costa-riquenho não fazia parte dos seus planos e, daí, que não lhe seria permitido treinar com o plantel principal.
Esta semana surgiu Rodolfo Villalobos, presidente da Federação da Costa Rica, a fazer um apelo público para que Bryan seja autorizado a treinar pelo menos com a equipa B, uma vez que ele é um elemento importante da selecção do seu país, que luta pelo apuramento para o próximo Mundial.
Não houve comunicado oficial do Sporting neste sentido, mas segundo consta, o pedido terá sido ignorado, tendo a SAD considerado que o jogador não demonstrou o mesmo respeito que o Clube teve por ele. Fonte anónima terá revelado que Bryan Ruiz teve três propostas no último mercado, financeiramente boas para o Sporting e para o jogador, que este entendeu recusar.
É uma situação muito ingrata para as duas partes e muito embora se compreenda os argumentos do Sporting, a razão não é totalmente sua, uma vez que qualquer jogador não é obrigado a jogar onde não deseja. Pelas notícias que circularam, Bryan Ruiz terá tido ofertas, mas de fora da Europa, nomeadamente do Médio Oriente. Ele terá considerado, não sem alguma razão, que uma mudança para essas partes do Globo dariam por terminada a sua actividade no futebol europeu, onde ele ambiciona permanecer ainda por algum tempo.
Entretanto, treina nas condições referidas e vai recebendo o seu salário, que até não é muito insignificante. Ninguém beneficia com este impasse.
Bryan Ruiz não definiu o seu futuro no dia em que o mercado encerrou em vários países, mas ainda tem algumas portas em aberto no futebol europeu. Naquilo que é uma novidade em relação a anos anteriores, o período de transferências em Espanha só termina hoje às 23h00 locais, menos uma hora em Portugal, e o internacional costa-riquenho ainda pode mudar-se para o país vizinho, onde o Levante tem surgido como potencial destino para o jogador que não entra nas contas de Jorge Jesus.
Outra das possibilidades em cima da mesa passa pela Turquia, onde o mercado só encerra no dia 8 de Setembro. Durante o defeso, Besiktas e Trabzonspor foram associados a Bryan e o tempo joga a seu favor pois, durante o dia de hoje, o jogador estará concentrado para o importante duelo entre a Costa Rica e os Estados Unidos, válido para o apuramento rumo ao Mundial 2018. Na conferência de Imprensa de antevisão desse jogo, o jogador foi especialmente seco a abordar o futuro. "Se não acontecer, não aconteceu. Só penso na selecção", disparou Bryan, que ainda teria Roménia, Ucrânia ou Israel como hipóteses, embora já tenha dito aos seus representantes que o seu desejo passa por actuar em ligas mais competitivas.
Integrante da lista de proscritos de Jorge Jesus, Douglas continua, para já, em Alvalade. Nos últimos dias, o Sporting negociou o empréstimo do central com o AEK de Atenas, mas essa possibilidade caiu por terra e deu lugar a uma tentativa de assegurar uma solução interna. No entanto, a hipótese de emprestar Douglas a clubes da I Liga também não obteve sucesso. À semelhança do que acontece com Bryan Ruiz, Douglas ainda pode conseguir colocação em países cujo mercado não encerrou, mas consta que ainda está em cima da mesa a possibilidade de ser reintegrado no plantel às ordens de Jorge Jesus.
Contratado aos turcos do Trabzonspor por um milhão de euros no anterior defeso, o defesa-central era um desejo antigo do treinador do Sporting, que o considerava como o candidato ideal a patrão da defesa. No entanto, Douglas - que tem contrato válido com o Sporting até ao final da temporada 2018/19 - nunca se conseguiu impor de 'leão ao peito' e disputou apenas sete encontros, assumindo-se como um dos "flops" de um pacote de reforços onde também constavam os nomes de Markovic, Campbell, Elias e André.
Segundo avançou a Federação Saudita de Futebol (KSA) através das redes sociais, Bryan Ruiz poderá deixar o Sporting para assinar pelo Al Ahli Jeddah, que alinha no primeiro escalão da Arábia Saudita.
De acordo com a mesma fonte, os dois clubes já terão chegado a acordo, e o negócio deverá render dois milhões de euros aos cofres do Sporting. O atacante costa-riquenho, 32 anos, também é pretendido por Levante e Standard Liège.
Recorde-se que Bryan Ruiz chegou ao Sporting em Julho de 2015, proveniente do Fulham, a um custo de cerca de 1,5 milhões de euros, tendo então assinado um vínculo válido até Junho de 2018.
Um dos vários activos na lista de excedentários de Jorge Jesus para esta época. Nestas circunstâncias, mesmo por valores relativamente modestos, a transferência a título definitivo é a melhor opção.
De acordo com a imprensa espanhola, o Levante tem Bryan Ruiz na sua lista de potenciais reforços para a próxima temporada. Recém-promovido à La Liga, depois de vencer a Liga Adelante, o clube valenciano procura reforçar a equipa de modo a enfrentar o desafio que tem pela frente.
Antes de rumar ao Sporting, Ruiz esteve muito perto de assinar pelo Levante (Janeiro de 2015), por empréstimo do Fulham, mas um erro no registo da transferência impediu que o negócio fosse selado.
Fora dos planos de Jorge Jesus para 2017/18, Ruiz, actualmente a jogar na Gold Cup pela selecção costa-riquenha, ainda tem um ano de contrato com o Sporting. Consta que 5 milhões de euros estão a ser exigidos pelo seu passe.
É óbvio que o Sporting visa defender os seus interesses, mas face às exigências financeiras que está a fazer pelos seus excedentários, sujeita-se a ficar com eles, inactivos, nos seus quadros. Além de Bryan Ruiz, temos Schelotto, Ewerton, Douglas, Marvin Zeegelaar e Luc Castaignos que foram notificados para não se apresentarem na Academia para a pré-época e neste momento nem sequer treinam.
Consta que o Genk está interessado em Castaignos e até já terá apresentado uma proposta de 2,5 milhões de euros por 80 por cento do passe, proposta essa que terá sido rejeitada pelo Sporting, que pretende 3,5 milhões, de modo a recuperar o seu investimento original e ainda um ano de salários.
Pelos vistos, Jorge Jesus tomou a decisão: Bryan Ruiz não faz parte dos planos para a nova temporada. O jogador que está neste momento ao serviço da selecção costa-riquenha, terá sido informado que tem luz verde para procurar clube.
Sendo assim, Bryan Ruiz junta-se ao lote de dispensáveis do Sporting, que inclui Ezequiel Schelotto, Marvin Zeegelaar, Douglas e Luc Castaignos.
Bryan Ruiz chegou a Alvalade em Julho de 2015, proveniente do Fulham, a um custo de 1,5 milhões de dólares. Ainda com contrato até Julho de 2018, o costa-riquenho participou em 42 jogos na época passada, 30 dos quais como titular, acumulando 2700 minutos de jogo (média de 64,2 minutos por jogo), com 3 golos marcados.
O Sporting estará a pedir 5 milhões de euros pelo seu passe.
Além do jogador temos o manequim !
O contrato de Bryan Ruiz termina em 2018 e muito provavelmente pela declaração de Bruno de Carvalho enquanto de férias na Costa Rica "Temos vontade que o Bryan continue e também é essa a vontade dele", consta que renovação está a ser equacionada.
Contratado ao Fulham no Verão de 2015, o jogador costa-riquenho participou em 46 jogos na época passada, 41 como titular, acumulando 3609 minutos de jogo (média de 78,4 minutos por jogo), com 13 golos marcados. O seu rendimento sofreu uma redução na época ainda em curso, com participação em 35 jogos, 27 dos quais como titular, com 2387 minutos de jogo (média de 68,2 minutos por jogo), e apenas 3 golos marcados.
Bryan Ruiz celebra o seu 32.º aniversário em Agosto e já é um dos activos mais bem remunerados do plantel. Por esta razões, entre outras de ordem técnica, não me parece uma renovação recomendável. No entanto, partindo do princípio que Jorge Jesus terá uma palavra forte a dizer sobre a questão, é mais do que provável que o seu vínculo contratual seja prorrogado por pelo menos mais dois anos, possivelmente um garantido e um segundo de opção.
Talvez não por mera coincidência, Erick Sánchez, preparador físico da selecção da Costa Rica, teve isto para dizer:
«Contra o México, foi o quarto jogador que mais correu, em dados relativos às duas equipas; frente às Honduras, e num clima difícil, teve um comportamento exemplar. Está a atingir o seu pico de forma, isto se não tiver qualquer problema físico. Ao ter maior regularidade, Bryan acaba por ter melhores prestações».
Bem... até pode ser verdade que "está a atingir o seu pico de forma", mas considerando as circunstâncias da época, é um caso de muito pouco, muito tarde. Além do mais, no Sporting, não se pode queixar de não ter tido a oportunidade de jogar com regularidade, sendo um dos favoritos de Jorge Jesus.
Bryan Ruiz não consegue ser um jogador consensual, pela positiva, entre sportinguistas, mas evidencia-se de forma notável ao serviço da selecção do seu país. Tanto assim é que a Confederação da América do Norte (CONCACAF) anunciou esta quarta-feira que foi eleito o melhor futebolista do ano de 2016.
Aos 31 anos, Bryan Ruiz conquistou o troféu pela primeira vez na sua carreira e sucedeu ao avançado mexicano Javier Hernández, vencedor em 2015 e que também estava na corrida.
Na eleição, o capitão costa-riquenho e avançado do Sporting ficou à frente de Christian Bolano (Vancouver Whitecaps) e Keylor Navas (Real Madrid), seus compatriotas, dos norte-americanos Christian Pulisic (Borussia Dortmund) e Clint Dempsey (Seattle Sounders) e do mexicano Hirving Lozano (Pachuca).
Keylor Navas foi eleito melhor guarda-redes e Óscar Ramirez, seleccionador da Costa Rica, melhor treinador.
No futebol feminino, a norte-americana Alex Morgan venceu o prémio de melhor jogadora e a sua colega compatriota Ashlyn Harris foi considerada a melhor guarda-redes. Amélia Valverde, seleccionadora da Costa Rica, foi eleita melhor treinadora.
O portal turco Futbal Arena reporta que o Trabzonspor já está a negociar com o Sporting a transferência de Bryan Ruiz.
Ainda, segundo a publicação, o actual 13.º classificado da Liga turca oferece três milhões de euros pelo jogador, ao passo que o Sporting estará a exigir cinco milhões de euros.
Bryan Ruiz é um dos nomeados para a eleição de melhor jogador da CONCACAF de 2016 e ontem liderava a votação, com 35% dos votos, embora com o mexicano Hirving Lozano, do Pachuca, com 30%, a aproximar-se. O golo de Campbell aos Estados Unidos também vai a votos para melhor do ano e tal como o colega, o sete leonino lidera a votação (35%). A votação dura até 9 de Janeiro.
Os jogadores do Sporting Bryan Ruiz e Joel Campbell ‘estragaram’ este domingo a festa de inauguração do Estádio do FK Krasnodar, ao marcarem e serem decisivos no triunfo da Costa Rica sobre a Rússia por 4-3.
Ruiz esteve nos três primeiros golos, aos 22, 29 e 45+2 minutos, tendo sido o autor do segundo, com um grande remate de fora da área, enquanto Campbell, que substituiu o companheiro de equipa aos 70, decidiu o jogo, aos 90+2.
São golos como este que Bryan Ruiz precisa de começar fazer pelo Sporting.
Muito indica que Bryan Ruiz vai ser integrado no lote de «capitães» do Sporting para a próxima época, assumindo um estatuto semelhante ao que detém na selecção da Costa Rica, e a exemplo de William Carvalho e Rui Patrício na equipa leonina. Marcelo Boeck era um dos «capitães» no início da última época, tendo saído em Janeiro, assim como André Martins, que deverá sair este Verão.
Na recém-entrevista ao programa Tempo Extra, da SIC Notícias, Jesus desfez-se em elogios a Ruiz, extensíveis à experiência de Coates e Barcos. "O Bryan é um senhor a jogar, em tudo, como profissional e um exemplo para os mais novos. Pode ser um dos capitães na próxima época. Tivemos sorte na contratação. Não conhecíamos emocionalmente o jogador, tal como no caso do Coates e Barcos. São mais velhos, experientes, e com grande sentido profissional. O Bryan é um jogador que do meio-campo para a frente faz qualquer posição. Na formação jogou como ponta de lança. Conhece várias posições, também porque é muito inteligente. Enquadra-se dentro da criatividade táctica da equipa».
Concordo que poderá ser uma boa escolha, até porque a exemplo do que aconteceu com Adrien Silva, o estatuto poderá proporcionar alguma acrescida impulsividade ao seu jogo.
P.S.: É com um grande sorriso que escrevo esta nota, porque me ocorreu que quem não ficará muito satisfeito com esta notícia é o nosso leitor Carlos N.T., definitivamente um não fã do jogador costa-riquenho.
Gostaria de ter a disponibilidade e a disposição para escrever um artigo com a atenção e a profundidade argumentativa que este sensível assunto merece, mas não vou deixar de tecer algumas considerações que me parecem mais pertinentes.
Decerto que ainda ninguém esqueceu o último confronto entre os eternos rivais de Lisboa, a 5 de Março, em que o clube da Luz venceu o Sporting, em Alvalade, por 1-0. Entre o muito que engloba este desafio, o maior ponto de convergência tem sido o lance em que Bryan Ruiz cometeu um falhanço quase inacreditável à boca da baliza encarnada.
Este lance, como bem sabemos, impediu o empate que evitaria que o Sporting perdesse a liderança do campeonato, para, tinha o destino, nunca mais a recuperar. A questão fulcral que tem vindo a precipitar debate aceso e a dominar paixões é se de facto o Sporting teria sido campeão com o empate, caso o jogador costa-riquenho não tivesse falhado.
Eis o que Bryan Ruiz teve para dizer sobre este dilema:
«Não podemos ficar a pensar nas chances que falhámos. Fico com o positivo, é certo que perdemos três pontos importantes ali, mas também os cedemos noutros jogos. O que nos faltou foi ganhar mais um jogo, não empatar. Dois pontos separaram-nos do título, mas não sinto que essa chance tenha sido a responsável pelo nosso falhanço na obtenção do título. Mas é claro que há tristeza, obviamente.
Há umas semanas já tínhamos garantido o segundo lugar. Já tenho uma participação na Liga dos Campeões e agora preparo-me para outra. É triste não termos sido campeões, mas no final é importante aquilo que alcançámos».
Creio que a maioria de sportinguistas sente grande apreço por este jogador, pelos seus dotes técnicos, pela sua visão de jogo, pelo seu profissionalismo. Reconhecemos-lhe alguma ineficácia de finalização e também não é o jogador mais veloz do Mundo, no entanto, a sua experiência, e diga-se, inteligência, permitem-lhe contribuir muito mais para o colectivo do que por vezes aparenta.
Na minha opinião, é um futebolista alguns graus acima da média, sem ser um fora de série. Na realidade, se fosse veloz e goleador nato, nunca estaria ao alcance do Sporting, reservado que seria para prestar serviços a um dos clubes galácticos do Planeta.
Com isto em mente e também em análise às eventuais consequências do polémico lance, não será exagero avançar que o Sporting não teria conseguido realizar o campeonato de registo sem a sua valorosa contribuição. Na época, participou em 46 jogos, 41 como titular, acumulando 3707 minutos de jogo (41,1 jogos) e marcando 13 golos. Na I Liga, regista 34 jogos, 32 dos quais como titular, acumulando 2788 minutos de jogo (30,9 jogos), com 8 golos marcados.
Voltando ao lance, não se refuta a importância do empate, caso tivesse sido o resultado final. O ónus de recuperação, e a inerente pressão, colocar-se-ia totalmente sobre o clube da Luz, com consequências imprevisíveis no que à conquista do título diz respeito. Mas também não devemos perder de vista que até este jogo de 5 de Março, já se registava 5 empates, três dos quais caseiros com equipas do "outro" campeonato, e uma derrota; em suma, 13 pontos perdidos. Hipoteticamente, teria sido suficiente evitar apenas um empate, para garantir o titulo.
Por fim, qual é a garantia que as coisas decorreriam como agora se sabe, até à 34.ª jornada, caso o empate tivesse sido assegurado ?... Não pretendo minimizar esse resultado e o falhanço de Bryan Ruiz, mas parece-me injusto atribuir a derrota final a um só golo não concretizado.
«Estamos a lutar jogo a jogo para ultrapassar o Benfica e não podemos perder pontos. Estou concentrado em terminar bem a temporada e alcançar o objetivo, que é ser campeão. Quando terminar a época, vou-me sentar com o meu agente e ver o que é melhor. Para já estou feliz aqui. Encontrei um clube muito importante, um grupo muito bom e onde me sinto muito cómodo».
Sebastián Coates
«Acho que no próximo ano é que vou poder jogar e ter mais oportunidades. Ainda não joguei 90 minutos. Jogo apenas cinco, seis ou dez e assim é muito difícil, é pouco tempo. Mas reconheço que tenho companheiros de equipa que estão num grande momento e a jogar muito bem, respeito a decisão do treinador que não tem forma de os tirar da equipa.
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