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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Miguel Braga, director de comunicação do Sporting, reagiu à nomeação de Tiago Martins por parte do Conselho de Arbitragem (CA) para o jogo de hoje com o Mafra, para a Taça da Liga:
"Como não acredito que o CA faça provocações ao Sporting vejo um sinal de confiança neste árbitro. Espero que tenha muito mais sorte que nos últimos dois jogos, frente ao Moreirense como árbitro - empate 0-0 em Julho com um agarrão a Coates na área contrária a não ser assinalado nos descontos -, e no clássico como VAR onde não viu a agressão do Zaidu ao Porro, e depois chamou o Luís Godinho que reverteu o penálti do Zaidu sobre o Pote.
Estamos bem tranquilos com os processos em curso. Reclamámos porque tínhamos de reclamar. Não faltámos ao respeito a nada nem a ninguém, e se voltássemos a atrás faríamos o mesmo. Foi uma opinião de revolta, vinda de dentro, por isso encaramos os processos com normalidade. Vamos ver como correm".
O Conselho de Arbitragem emitiu um esclarecimento sobre as instruções dadas aos árbitros para lances como o que resultou na anulação do golo a Doumbia, no jogo entre o Sporting e o Feirense. Sem nunca se referir especificamente ao golo mal anulado a Doumbia, apontou uma "interpretação desajustada" da equipa de arbitragem num lance da 22ª jornada do campeonato.
O termo mais correcto não é uma "interpretação desajustada", mas sim um erro grosseiro e negligente. Perante o cenário de registo, não se deve andar no bico dos pés para evitar ferir sensibilidades, especialmente quando as pessoas em questão foram acentuadamente incompetentes.
Eis o comunicado do Conselho de Arbitragem, publicado no site da FPF:
"O Protocolo VAR define que se uma equipa cometer uma infracção na fase de ataque e, como resultado dessa acção, obtiver golo ou beneficiar de um pontapé de penálti o lance deve ser revertido. Ou seja, o golo ou pontapé de penálti deverão ser anulados e assinalada a falta O IFAB, num recente esclarecimento feito aos árbitros portugueses, definiu que a fase de ataque consiste numa jogada que vá rapidamente na direcção da baliza adversária.
Quando a equipa que desenvolve uma fase de ataque decide recuar em direcção ao seu meio-campo ou a defesa adversária joga a bola passa a ser uma nova jogada, eliminando-se as eventuais infracções técnicas cometidas na anterior fase de ataque. Na 22ª jornada da Liga NOS verificou-se um lance em que a equipa de arbitragem teve uma interpretação desajustada desta indicação do protocolo VAR, o que conduziu à errada anulação de um golo. O Conselho de Arbitragem entende divulgar este esclarecimento para não restarem quaisquer dúvidas sobre a definição de fase de ataque à luz do protocolo VAR.
O CA recorda que a implementação do projecto VAR se encontra em ano de testes, pelo que se torna especialmente relevante a partilha de informação. Só assim todos os agentes e adeptos terão ao seu dispor os dados que lhes permitam compreender esta nova ferramenta ao serviço do futebol".
O jornal Correio da Manhã não será a fonte noticiosa mais credível do nosso milieu, no entanto, reporta hoje uma história interessante sobre a aparente preocupação da Federação Portuguesa de Futebol e do seu Conselho de Arbitragem sobre o que é considerada uma mudança radical na forma de apitar de João Capela no polémico «derby». Muito além de averiguar as circunstâncias em torno das suas decisões mais controversas, diz o jornal que os elementos do CA receberam instruções para analisarem à lupa todos os casos relevantes.
A situação é grave de mais para adiantar conjecturas sem comprovativos, mas tudo isto, confirmando-se, dá para entender que poderão existir dúvidas muito sombrias em relação à actuação do árbitro. O Sporting aguarda o parecer das entidades superintendentes antes de tomar uma posição no sentido de assegurar uma qualquer medida de esclarecimento e, se possível, justiça, sobre o que o clube considera ter sido um indevido comportamento de arbitragem.
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