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Carlos Lopes homenageado em Alvalade

Leão Zargo, em 15.08.23

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Em 12 de Agosto de 1984, Carlos Lopes chegou isolado à meta na maratona dos Jogos Olímpicos de Los Angeles e conquistou para Portugal a primeira medalha de ouro olímpica do desporto nacional. O seu tempo de 2:09:21 vigorou durante seis olimpíadas, tendo sido batido pelo queniano Samuel Wanjiru, com 2:06:32 horas, nos Jogos Olímpicos de Seoul de 2008.

O país acordou para o ver naquela madrugada magnífica, e milhões de portugueses não se esqueceram daquele feito arrebatador. De facto, tudo o que ele fez foi esmagador e ainda hoje é considerado o mais completo atleta da história do atletismo português. Pelo seu espírito inquebrantável raramente falhava nos momentos decisivos.  

No passado sábado, no Estádio José Alvalade, os quase 40 mil sportinguistas ovacionaram calorosamente Carlos Lopes, o fantástico atleta e o verdadeiro leão que se bateu com os melhores do mundo, que nunca se resignou e que porfiou mesmo confrontado com as maiores dificuldades. Como quando foi atropelado na segunda circular alguns dias antes da glória olímpica.

publicado às 14:30

Tenho mantido aqui um debate sobre os ídolos do futebol da actualidade, que geralmente são idolatrados, na minha opinião, de forma excessiva. Nunca gostei de idolatrias. Sei que Cristiano Ronaldo é adorado por muita gente em todo o mundo, pela sua acção na arte do pontapé da bola. Iniciou a sua formação no Sporting, mas fez quase toda a sua carreira no estrangeiro, salvo as participações na Selecção Nacional. Ganhou títulos, prémios, bateu recordes, mas o que também orientou a sua carreira  foi o dinheiro, Tal como outros dos jogadores do futebol moderno. Ainda me lembro de em Espanha Figo ter sido acusado de “pesetero”. Não é culpa deles, mas da sociedade em que vivemos, o que não me constrange a usar o espírito crítico.

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Fiz esta introdução, para fazer o contraponto com um atleta, de outra modalidade, que tem a característica de ser muito mais pobrezinha. Estou a referir-me ao grande Carlos Lopes, na minha perspectiva, um gigante que está ao mesmo nível dos astros do futebol. Vou aqui lembrar que do seu currículo internacional fazem parte, um título olímpico, um titulo mundial e um título europeu, entre muitos outros. Várias vezes esteve no pódio e fez subir a bandeira de Portugal até ao lugar mais elevado. Este atleta se eu fosse idólatra, seria seguramente meu ídolo. Por isso limito-me a reconhecer a sua grandeza, e prestar-lhe a minha gratidão.

Depois de terminar a sua carreira, tinha, em Lisboa, uma pequena loja de desporto, de cuja exploração penso que vivia. Em determinada altura chegou a deputado na Assembleia da República. Creio que mais tarde esteve ligado à estrutura do atletismo do Sporting, Clube que sempre serviu. Homem simples que nunca apresentou tiques de vedetismo, na sua vida como atleta, e muito menos como cidadão. Para mais, foi o último atleta europeu a ganhar aos africanos, que acabariam por se impor como dominantes nas provas de fundo. É com Rosa Mota o atleta que mais honrou o nome do país, na minha apreciação.

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Escrevi este texto, porque li hoje um artigo do escritor Luís Osório, no qual diz que Carlos Lopes está muito doente e quase não sai de casa. De uma forma sentida, presta-lhe uma muito justa homenagem. Escrevi este texto com o mesmo intuito, e onde quero salientar a simplicidade do homem e do atleta que se treinava na Segunda Circular. Não sei qual a gravidade da sua doença, mas desejo-lhe rápidas melhoras e peço aos deuses do desporto, se existirem, que o ajudem neste momento difícil.

A avaliação de quem se salienta por obras valiosas, não deve restringir-se à sua técnica, mas também à sua dimensão humana.

publicado às 04:04

Foto do dia

Rui Gomes, em 12.08.18

 

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Foi a 12 de Agosto de 1984 que Carlos Lopes conquistou a primeira Medalha de Ouro olímpica para Portugal, após vencer a Maratona de Los Angeles!

 

Um dia inesquecível na nossa vida...

 

publicado às 17:14

 

 

Recorda-se onde estava ?

 

publicado às 19:19

 

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Os Heróis de um País

 

Este Europeu de Futebol tem-nos permitido observar um pouco por toda a França, o tal sentimentalismo que emigrantes lusitanos nutrem pela Selecção Portuguesa. Um pouco por todo o mundo, estará sempre um Português disposto a expressar profundo afecto por aquela que considera a sua querida pátria-mãe, grande e gloriosa nação. Um conjunto de memórias selectivas perfazem a essência da nossa paixão pelo País, nunca o atraiçoando pela invisível distância do berço que em pensamento, jamais se abandonou. O monumento de uma memória não se extingue pelo tempo, mesmo que distante aos nossos olhos.

 

Os Heróis do Sporting

 

Em miúdo, o que mais próximo de um herói poderia existir era efectivamente uma Mãe ou um Pai, por qualquer razão universalmente reconhecida. Depois, existiam ídolos que se tornavam heróis. E estes eram aqueles que pisavam humildes o palco dos sonhos; sonhos que todos gostaríamos de realizar, mesmo que apenas destinados aos eleitos: os atletas. Na altura dizia-se que o vermelho era vibrante e que seduzia os olhares, porém o verde encadeado com o branco era demasiado especial. Porque vestir de verde-e-branco, ou “simplesmente” ser do Sporting, estava destinado apenas a quem desejasse entender que valores mais altos imperavam à irracional emoção. Porque a lógica da emoção desprovida de razão, não se confundia com o nosso símbolo. Nem do País, nem do Sporting. Então, ser do Sporting era passado de geração em geração não pela emoção, mas pela razão? Muito provavelmente assim foi com quase todos nós. Como pessoa, adepto e sportinguista, acredito como necessária a existência de uma razão para se gostar de um “conceito” de um clube, como do “conceito” de uma Selecção.

 

Os Heróis de uma Selecção

 

A respeito do que sinto por esta Selecção de Futebol – técnicos e conjunto de jogadores –, infelizmente quase que se remete a indiferença. Por entre diversos motivos que não a ingenuidade, considero uma afronta intelectual a mensagem que este colectivo de técnicos e jogadores transporta para com os concidadãos portugueses. A Selecção é um único valor que permite uma união entre adeptos, classes, cidades e diferenças. E esta Selecção, vive apenas do "vedetismo" da maioria dos que a compõem. Não questiono um mau jogo. Portugal pode garantir a próxima fase independentemente dos dois jogos já praticados. Não questiono os momentos de forma dos jogadores. Depois de uma época de desgaste tremendo, muito se esforçam estes atletas para render o que as suas forças lhes permitem. Mas questiono do que vale a esta Selecção ser a “quarta mais bem cotada” da Europa, quando os resultados são estes.

 

Se existe a pretensão de venderem “por atacado” a ignóbil ideia de que “estamos nesta competição para ganhar” ou termos mesmo de acreditar que estes caprichosos jogadores se tratam de “heróis de uma nação”, estará então na altura de compreenderem que todos terão de fazer, não apenas mais, mas melhor. Se assim não for, então acredito que esta Selecção é apenas composta por vedetas carismáticas, um treinador razoável/fraco e um fútil e questionável conceito de representação nacional. Querem o nosso apoio para serem “heróis”? Sendo que a maioria destes jogadores já passou pelo Sporting, peço-lhes então que se recordem de alguém que vestiu de verde e branco.

 

O Herói de uma Nação 

 

Alguém que correu sozinho numa competição, num continente distante de quem o viu nascer; na oportunidade de uma vida e fora do auge da sua juventude, aos 37 anos este homem simples conquistou o mundo. Sem pedir, sem ansiar, nem mesmo desejar, nesse dia em diante tornou-se conhecido como um herói. Mas já o era, na mente de todos os que se lembram do que lhe custou ter chegado ao Olimpo. Nesse dia, Carlos não correu de verde-e-branco, porque nesse dia todo ele era um País – era a nossa Selecção! Mais do que se confundir com o Sporting, um País nesse dia confundiu-se com Carlos. Como tal, nesse dia o Sporting foi mais uma vez a Nação. Como sempre desejou ser.

 

Nesse dia aprendemos algo que desejamos que os nossos jogadores também aprendam – só quando estamos sozinhos, sentimos medo, estamos em clara desvantagem, e mesmo assim somos trabalhadores, humildes e honestos, conseguimos nos tornar em Heróis. Foi isto o que Carlos nos ensinou.

 

publicado às 10:00

 

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Carlos Lopes falou à Agência Lusa, à margem da Gala dos Mestres e dos Campeões, na Expocentro, em Pombal, num evento promovido pela Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) para homenagear os atletas que conquistaram medalhas em Jogos Olímpicos, Campeonatos do Mundo e da Europa:

 

«Acredito que é possível trazer medalhas e em muitas modalidades nos Jogos Olímpicos Rio 2016, nomeadamente no atletismo, judo e canoagem. Não será nada fácil, mas acredito nos valores da representação portuguesa. Não ganha medalhas quem quer, mas quem trabalha para esse objectivo.

 

A Federação Portuguesa de Atletismo devia organizar mais vezes este tipo de eventos. É importante para os mais jovens sentirem o significado das medalhas e se sentirem inspirados, especialmente em ano Olímpico».

 

O lendário Carlos Lopes, com quem tive a honra de privar em várias ocasiões ao longo dos anos e de o ver correr em dois Jogos Olímpicos; Montreal em 1976 e Los Angeles em 1984. Já relatei aqui no blogue há cerca de três anos, creio, a história da minha filmagem dos seus 10 mil metros em Montreal e como a minha saudosa Madrinha perdeu os carretéis a caminho do hotel. Ainda hoje não sabemos como foi possível que entre os diversos eventos que eu filmei então, só a sua corrida para a medalha de prata foi perdida. Tenho no meu escritório um quadro grande, com a dedicatória de Carlos Lopes, da sua famosa foto ao cortar a meta da maratona de Los Angeles.

 

Uma das ocasiões em que nos encontrámos, foi em Toronto, Canadá, sensivelmente duas ou três semanas depois dos Jogos de Los Angeles, onde ele se encontrava para ser homenageado. O Carlos causou grande alarme no primeiro dia da sua estada, ao desaparecer do hotel sem qualquer palavra aos responsáveis pela sua visita, que até chamaram a polícia. Como treinava diariamente, não teve meias medidas; foi correr os seus 18 quilómetros nas ruas da vasta cidade de Toronto e, milagrosamente, não se perdeu. Com o percurso completo, não se atrapalhou, chamou um táxi e regressou ao hotel. Recordo estarmos a jantar, salvo erro no dia seguinte, e a rir da  sua (impensada) iniciativa.

 

publicado às 04:43

Carlos Lopes, medalha de ouro

Leão Zargo, em 12.08.15

 

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Os Jogos Olímpicos de Los Angeles e o dia 12 de agosto de 1984 ficarão para sempre associados à primeira medalha de ouro do desporto português, com a vitória de Carlos Lopes na Maratona masculina. Eram 3.10 horas da madrugada em Portugal (2.10 horas nos Açores).

 

No final, o atleta comentou para os jornalistas: “Se foi dura a Maratona? Não, foram os 42 km do costume. Nunca tive medo de ser derrotado. Nervoso estava Moniz Pereira. Nunca o vi assim. Nervoso de mais. Estou feliz, o professor merecia esta medalha. Decidi não me preocupar antes dos 37 km, a partir daí sabia que tinha de dar forte e feio, foi o que fiz.”

 

publicado às 21:14

A liderança do atletismo do Sporting

Rui Gomes, em 10.07.13

 

 

 

Eusébio foi um extraordinário jogador de futebol, tanto em representação do Benfica como de Portugal.

 

 

 

 

 

Carlos Lopes foi, de igual modo, um extraordinário atleta do Sporting e de Portugal.

 

 

Tenho enorme respeito e admiração por Carlos Lopes, pelo atleta que foi. Ao longo dos anos tive o privilégio de assistir "in loco" a provas suas - inclusive de dois Jogos Olímpicos - e de privar com ele em diversas ocasiões - até já publiquei fotos nossas aqui no blogue.

 

É um excelente "rapaz", mas parafraseando a mensagem de um amigo meu: «Entregar-lhe a liderança do atletismo do Sporting é o equivalente de entregar a liderança do futebol do Benfica a Eusébio.» Dito isto, pese esta minha opinião que não visa desrespeito, gostaria de saber o parecer do prof. Mário Moniz Pereira. Este, porventura, pelo cavalheiro que é, evitará o tema.

 

publicado às 21:08

Estórias de Alvalade - Alhinho

Rui Gomes, em 01.06.13

Dando seguimento às incidências do jogo de 29 de Outubro de 1972 entre o Sporting e o Leixões, em que houve invasão de campo e agressões ao árbitro Carlos Lopes. O evento visto pelo jogador do Sporting, Alhinho:

 

«Foi um dos episódios que mais me marcaram em Alvalade. Aquele dia não correu bem ao árbitro e os adeptos perderam a paciência. Um pontapé de baliza mal assinalado foi a gota de água. Os adeptos começaram a saltar a vedação do lado da bancada nova, que ainda era peão, e desataram a agredir o árbitro. Eui fui o primeiro a chegar ao pé dele. Quando o homem já estava deitado no chão a levar pontapés na cabeça de quanto era lado. Deitei-me em cima dele e ainda levei algumas por tabela. Depois chegou o Yazalde e os outros colegas e tudo se acalmou. Quando o homem se levantou, deitava sangue da boca, do nariz e dos ouvidos. Acho que lhe salvei a vida. Fizemos um cordão e lá o retirámos do campo.

No final dessa época, o Sporting deslocou-se a Espanha para participar no torneio de Sevilha, onde também estavam o Benfica e duas equipas espanholas. No dia de folga fui dar uma volta ao El Corte Inglês e, num dos corredores, dou de caras com o senhor Carlos Lopes. O homem nem me deu tempo para estender a mão, "Oh Alhinho, estás bom pá ? Olha, deixa-me agradecer a grande ajuda que me deste naquele dia, já tinha tentado entrar em contacto contigo, mas não consegui, até disse ao teu sogro lá em Coimbra para te agradecer o facto de me teres protegido.", Respondi-lhe que não se preocupasse, que o mais importante era a saúde dele, mas havia ali qualquer coisa que não batia certo. O Carlos Lopes em Espanha ? É que naquele tempo não era muito habitual encontrarmos portugueses no estrangeiro. Não resisti e perguntei-lhe: "Mas o que´é que estás a fazer em Sevilha ?". O homem, com um ar orgulhoso, disparou convicto, "ora, Alhinho, vim ver o meu Benfica !.»

 

* Do livro "Estórias d'Alvalade" por Luís Miguel Pereira. 

publicado às 22:04

Arquivo do Passado (21)

Rui Gomes, em 10.05.13
 

 

Setembro de 1984: Em comvívio com Carlos Lopes escassos dias após a sua histórica conquista da Medalha de Ouro nos Jogos Olimpicos de Los Angeles - 12 de Agosto de 1984 - em que correu os 42,195 km da maratona em 2:09:21, um recorde Olímpico que perduraria 24 anos, vindo apenas a ser batido nos Jogos de Peking em 2008. Um dos aspectos mais impressionantes desta proeza deve-se à sua idade, 37 anos, e ao facto de ter corrido os últimos 7.2 kilómetros numa incrível velocidade de 2 minutos 55 segundos por kilómetro. Um verdadeiro campeão !

 

publicado às 00:38

Parabéns Carlos Lopes

Rui Gomes, em 18.02.13
O antigo atleta do Sporting e Campeão Olímpico, celebra hoje o seu 66.º aniversário. Estamos juntos nesta foto, escassos dias após a sua célebre vitória em Los Angeles em 1984. 
 

publicado às 20:54

Memórias (2)

Rui Gomes, em 19.11.12
___  Carlos Lopes  ___
Jogos Olímpicos de Los Angeles - 12/08/1984 - Medalha de Ouro

publicado às 01:47

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