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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
«Os sportinguistas gostariam que fosse o FC Porto a ganhar, mas isto não é relevante. Relevante é o Sporting, que até investiu bastante, estar arredado do título, a não ser que aconteça algum milagre. Sporting tem de tirar a lição que deve tirar, o presidente já disse que com ele o Sporting vai ganhar um ou mais títulos e os sportinguistas estão todos esperançados que isso possa acontecer o mais rapidamente possível. O Sporting é grandioso demais para ficar contente só por ganhar ao Benfica e tirá-lo do título.
Mal menor seria o Sporting ficar em segundo, algo que acho muito difícil de acontecer. A minha tristeza é ver o Sporting a jogar e ganhar e dificilmente poder lá chegar. É evidente que o Sporting pode ter influência no título, mas, infelizmente, para outros. Ninguém do Sporting fica só feliz por o Sporting tirar o título ao Benfica.
A relação entre os dois clubes da Segunda Circular atingiu patamares que não têm nada a ver com rivalidade desportiva, mas com o ódio visceral, algo que não é nada positivo para o futebol português».
Carlos Severino, em entrevista a SAPO Desporto.
AFINAL JÁ HÁ CADERNOS ELEITORAIS, COM APENAS 43.600 DOS CERCA DE 160.000 POMPOSAMENTE ANUNCIADOS!!!
Dias Ferreira e Vasco Resende
Surpreendido com as declarações prestadas por Vasco Resende ao jornal Record, Carlos Severino acusou o membro da comissão de "vão das escadas" de Bruno de Carvalho de "falta de nível e pouca vergonha" por aquilo que considera ter sido uma "provocação barata, a cheirar a frete". Em causa está o facto de Vasco Resende ter considerado que a inclusão de Severino havia sido o "maior erro" que Pedro Madeira Rodrigues "tinha cometido" na sua candidatura à presidência do Sporting:
«Tendo a minha mãe com a provecta idade de 88 anos, sempre ouvi da sua boca que devia respeitar os mais idosos. E assim faço, mas como sou filho de boa gente não posso deixar de responder à provocação barata, a cheirar a frete, que Vasco Resende me faz em nome do 40.º lugar no Conselho Leonino do candidato Bruno de Carvalho. Vasco Resende, que foi dispensado de uma emissora onde trabalhei por falta de classe nas suas análises futebolísticas, volta a mostrar uma confrangedora falta de categoria ao dizer que enviou por um amigo um recado ao candidato Madeira Rodrigues a dizer que ‘sou o pior erro da sua candidatura’!
Bom, em primeiro lugar está a dar-me uma importância que eu acho que não tenho. Segundo, ele como apoiante assumido de Bruno de Carvalho tem o descaramento de dar recados ao candidato contra quem vai votar! É preciso ter uma grande falta de nível e pouca vergonha para alguém que tem idade para ter juízo. Resende não precisava de descer tão baixo para garantir um lugarzinho, que não sei se vai conseguir ter, na eleição de 4 de Março próximo».
O movimento eleitoralista `Sporting Campeão´, liderado por Carlos Severino e Sérgio Abrantes Mendes, anunciou, esta quinta-feira, o apoio à candidatura de Pedro Madeira Rodrigues às eleições de 4 de março.
Num jantar realizado em Moscavide, que contou com a presença do próprio Madeira Rodrigues, Carlos Severino, candidato derrotado em 2013, deixou fortes críticas ao trabalho de Bruno de Carvalho em Alvalade.
«O Sporting não pode ser uma escola de aprendizagem do dirigismo. Bruno de Carvalho está a aprender há quatro anos e cada vez está pior. Não aprendeu nada. Estamos a voltar ao Sporting do antigamente, apesar de os dois primeiros anos desta administração terem sido positivos porque o Sporting corria o risco de acabar. O Sporting faz muito alarido, mas os resultados têm sido nenhuns».
Nota: O meu colega Leão Zargo publicará um outro post um pouco mais tarde, onde comentará a candidatura de Pedro Madeira Rodrigues, e apresentará um vídeo do discurso de Carlos Severino no referido jantar.
Algumas considerações do candidato Pedro Madeira Rodrigues em entrevista à TSF:
'SPORTING CAMPEÃO'
Movimento Eleitoral Sportinguista
Apresentação pública, Dia 12 de Janeiro, 20 H, Moscavide, local a revelar brevemente.
Decidi aceitar o repto de muitos sportinguistas para assumir a liderança do 'SPORTING CAMPEÃO'- Movimento Eleitoral Sportinguista.
MAIS INFORMAÇÕES EM BREVE
Quando um ex-candidato à presidência do Sporting - que nada contribuiu à campanha eleitoral salvo ocupar tempo de antena e desviar atenções dos verdadeiros problemas do Sporting - surge a anunciar o seu acordo com as medidas que estão ser tomadas pelo novo presidente, é causa para preocupação. O "Movimento Salvar o Sporting" emitiu o seguinte comunicado:
"O Movimento Salvar o Sporting vem informar que o seu líder, Carlos Severino, ex-candidato à presidência do Sporting, considera que as medidas anunciadas pelo Presidente Bruno de Carvalho para retirar o Clube da subalternidade no futebol e da dependência da banca e outros credores, estão de acordo com aquilo que entendemos ser necessário para salvar o Sporting Clube de Portugal (...)."
Agradecíamos, para já, que o senhor ex-candidato pormenorizasse as "medidas anunciadas", uma vez que nada consta na praça pública até à data. Admite-se, portanto, que ele tem acesso a informação do foro interno do Clube que será, decerto, do interesse de todos os sportinguistas. A sua preocupação, assim citada no último parágrafo do comunicado, em imputar responsabilidades a anteriores direcções pela não participação nas competições europeias é deveras infantil, por ser tão transparente. Aliás, se as conquistas que se tem vindo a registar em diversas modalidades, inclusive do futsal, não advêm do contributo da nova liderança, também o fracasso no futebol não se lhe deve ser atribuído.
Tudo isto, no entanto, apenas serviu como pretexto para chamar a atenção da plateia ao facto de que foi "convidado" por uma "prestigiada editora" para escrever um livro que pretende ser uma "viagem aos últimos 16 anos da vida do Clube". Quem melhor que ele para este fim, sobretudo pela sua já demonstrada objectividade e profundidade de conhecimentos sobre tudo quanto é Sporting !!!... É de prever mais uma extensa lavagem de roupa suja... com fins lucrativos.
José Couceiro lançou duas críticas a Carlos Severino no fecho oficial da sua campanha eleitoral, acusando o candidato da lista A de querer desistir a seu favor a troco de uma posição na estrutura da futura televisão do Sporting. Adiantou, ainda, que pelas declarações amargas que esse candidato lhe está dirigir, o outro candidato (Bruno de Carvalho) terá aceite as condições que ele lhe propôs.
Nem me vou dar ao trabalho de comentar Carlos Severino, um autêntico zero nesta campanha à presidência do Sporting, denegrindo a sua pessoa e o clube que clama amar. Todo o tempo e espaço noticioso que lhe foi concedido, foi um total desperdício.
As declarações de José Couceiro, na íntegra, podem ser lidas aqui.
Vou fazer um enorme esforço para evitar comentar mais declarações do candidato da lista A, Carlos Severino, tão absurdas que são:
«Não sei com que direito é que esta Direcção decidiu renovar com o Zezinho até 2018. Não é que não queiramos o Zezinho, mas esta Direcção não pode criar encargos à futura Direcção. É uma falta de respeito. Neste momento não sei que jogadores são do Sporting. Em Dezembro, o Sporting tinha 100 por cento dos passes do Izmailov e do Pereirinha, agora só tem 100 por cento do Boulharouz. Dos outros desconheço as percentagens.»
Há poucos dias, atribuiu incompetência aos dirigentes cessantes do Sporting por não terem renovado os contratos de alguns jovens atempadamente, agora considera que é uma falta de respeito fazerem-no. E até admira não comentar as renovaçõres de Ricardo Esgaio, Luís Pereira e João Mário. Mais uma vez dispara em todas as direcções sem conhecimento dos factos. A informação sobre o estado dos direitos económicos de todos os jogadors do Sporting estão disponíveis no foro público, se ele se der ao trabalho de averiguar antes de criticar. Aliás, já aqui publicámos a informação em diversos posts. Em resumo, uma candidatura totalmente inútil que apenas serve para o candidato andar de gravata ao pescoço na passarela da vaidade a distrair os menos atentos.
É doloroso ver o meu clube ser tão usado e abusado, por tantos, para o avanço do protagonismo pessoal, e nem actos eleitorais são imunes. O de 2011 não foi, como bem sabemos, e o que está em curso só sublinha a consideração.
Seria possível tecer considerações sobre um vasto leque de personagens mas, face o momento, limito-me, nesta ocasião, ao candidato da lista A, Carlos Severino. Além do óbvio - 15 minutos de fama na passarela da vaidade - tenho vindo a tentar compreender, em vão, a razão de ser da sua candidatura. Sucessivos disparates lapidares, acusações em todas as direcções, insinuações de baixa ordem e um concerto de ideias que se distinguem pela sua absurdidade. Como se tudo isto não fosse suficientemente desrespeitoso para com o universo sportinguista, surgiu recentemente a louvar o demissionário presidente da Mesa da Assembleia: «Se Eduardo Barroso não tivesse denunciado o que se passava, quando acordássemos o Sporting já não existiria. Vou para lá (para a tribuna durante o jogo com o Vitória de Setúbal) por respeito a Eduardo Barroso e não para o croquete. Foi Eduardo Barroso que me convidou.» Dá para questionar se Eduardo Barroso quebrou o pacto com o seu associado de 2011, Bruno de Carvalho, já que este também assistiu ao jogo, mas não sentado ao seu lado, ou se a cena se deve a uma qualquer estratégia finória.
Não vou agora revisitar toda a insólita história da conduta de Eduardo Barroso ao longo destes últimos dois anos, nomeadamente como pseudo-comentador desportivo, fórum que ele aproveitou repetidamente para revelar confidencialidades do foro interno do Sporting e denegrir a sua imagem de forma degradante, além de ser cúmplice activo na humilhação do seu clube pelos adversários no programa. Não... não vou revisitar essa temática, mas gostaria que o inconsequente candidato à presidència do Sporting explicasse, em linguagem simples de perceber, a exacta dimensão da contribuição de Eduardo Barroso para evitar que o seu clube já estivesse extinto. O que ele contribuiu no sentido oposto eu bem sei, o inverso é que carece de explição. Pasma - ou talvez não - que esta pessoa se considere apta para ser presidente do Sporting. Só dá para sublinhar o degradado ponto que o clube atingiu.
Hoje foi o dia de Carlos Severino mais se evidenciar, com algumas das suas usuais declarações bombásticas, em entrevista à TVI 24:
«Num espaço de três anos vamos lutar pelo título.»
«O Sporting está a jogar com jogadores de cinco tostões.»
«O Bruno de Carvalho não percebe nada de futebol, como eu e o José Couceiro (percebemos).»
«O Sporting precisa de um presidente à João Rocha.»
«Quero saber se Jesualdo Ferreira aceita proposta sobre formação.»
«Não vou ganhar um cêntimo, não vou ter vencimento, andarei no meu carro. Comigo acabaram-se as mordomias, como o Conselho Leonino e os croquetes.»
E eu a pensar que o Sporting tinha jogadores muito caros mas, afinal, são só de cinco tostões. Já sabia que Bruno de Carvalho não percebe nada de futebol, mas fiquei agora a saber que Carlos Severino percebe. Ainda bem que assim é, para não ser apenas o José Couceiro, entre os três, a perceber.
Definição de croquetes: Pequeno bolo salgado, geralmente clíndrico, feito de ingredientes picados e aglomerados que são panados ou fritos.
Ou sou eu que não tenho uma visão suficientemente alargada das coisas ou, então, é o candidato Carlos Severino que anda a «fumar» qualquer coisa estranha que afecta o seu raciocìnio. Surgiu este sábado a revelar que «há conversas no ar» entre elementos das estruturas sobre uma aproximação entre listas no sentido de constituir uma equipa de liderança com os outros dois candidatos para dirigir o clube. No entanto, só admite este cenário se for ele próprio a liderar.
Como se esta consideração não atingisse, logo à partida, os limites do inimaginável, ainda adiantou: «Nenhuma lista desiste sem contrapartidas. Dou um exemplo: eu posso colocar um dos candidatos na SAD, não preciso de ser eleito.»
Bem, se alguma coisa a vida nos ensina, especialmente nos tempos que decorrem, é que tudo e mais alguma é possível, mas duas preponderantes hipóteses escapam a minha imaginação: a primeira, Carlos Severino como presidente e, a segunda, Bruno de Carvalho abdicar do objectivo que tão obcedamente persegue, por todos os meios, de há dois anos a esta parte. Nem dá para prever o parecer de José Couceiro.
Quanto à referência à SAD, quererá ele dizer que aceitaria, como hipotética contrapartida, ser nomeado para uma função na SAD pelos dirigentes eleitos ?... É possível, mas improvável, mesmo sem saber qual a função que desempenharia.
Se a última campanha eleitoral já agradou pouco, com o passar de cada dia afigura-se cada vez mais maravilhosa, comparada a esta, que, em grande parte, ainda não ultrapassou a barreira da demagogia avulsa e da diabolização do passado.
Ainda relativamente às recém-críticas que dirigiu a Jesualdo Ferreira, Carlos Severino recusou retratar-se: «Eu não me posso retratar de nada, porque o que disse está dito. Volto a afirmar que, relativamente a isso, foram dois presidentes da Assembleia Geral (do Sporting), aliás o actual e um ex, que, na segunda-feira, afirmaram que os jogadores estavam a ser pressionados e que parecia até que estavam a ser desvalorizados... Se o professor, por quem em tenho todo o respeito, diz que me enviou uma carta... se receber essa carta entregá-la-ei aoos meus advogados.»
Os candidatos devem ter o bom senso de distanciarem a campanha eleitoral da equipa - atletas e técnicos - mas, à parte dessa consideração, escapa a imaginação como é que Carlos Severino pensa «ganhar pontos» centralizando-se nessa temática. Além do mais, se a sua base de referência são os dois usuais «papagaios» televisivos das segundas-feiras, vai de mal para pior. Com que então um treinador já não pode «pressionar» os seus jogadores ?... Se ele não o fizer, a quem pertence essa obrigação ?... E, se o fizer, está a desvarolizá-los ?... Deu para ver contra o FC Porto que os dois atletas visados sentiram-se «pressionados e desvalorizados».
Carlos Severino em campanha eleitoral recorre a todos e quaisquer meios para vender a sua «banha da cobra». Todos nós sabemos que a situação financeira do Sporting está em péssimas condições - mas não pior da dos outros - e se ele for eleito deve levar a cabo uma auditoria e, então, pronunciar-se sobre os resultados da mesma. Agora - admitindo até que sou eu que não estou a ver as coisas com clarividência - parece-me desnecessário discursar nos termos extremos por que ele optou, com insinuações muito graves. Primeiro foi a ida a Alvalade com a Polícia Judiciária, seguido pelas insólitas críticas a Jesualdo Ferreira, e agora é:
«O Sporting está completamente falido, está insolvente, não pode cumprir com os critérios de fair-play financeiros da UEFA.»
«É uma situação muito negra, de grande desgraça.»
«Este prejuízo é tão preocupante que pergunto onde está o dinheiro das receitas».
Mais drama, mais insinuações, mais do negro sobre tudo. Se está ssim tão mal, qual o porquê da sua ansiedade por assumir o poder ?... E não me diga que é somente pelo amor ao Sporting. Sem varrer as coisas para debaixo do tapete, fica a ideia que deveria ter um discurso mais construtivo e sem arrastar, ainda mais, a imagem do Sporting pela lama. Dito isto, é possível que o problema seja a minha visão das coisas...
Na conferência de imprensa de antevisão ao clássico com o FC Porto, Jesualdo Ferreira respondeu às críticas do candidato Carlos Severino: «Acho que o recado tem o endereço errado, pois não me revejo nessa personalidade que me quiseram colocar. Dirigi uma carta ao senhor candidato convidando-o a esclarecer publicamente e convenientemente essa matéria. Não é a questão de criticar os jogadores, mas o que foi dirigido directamente à minha pessoa. Deve ser engano. Não me revejo naquela personalidade. Não vi lá o meu nome. A carta seguiu do meu advogado para ele no sentido de ele esclarecer publicamente o que disse.»
Como já aqui escrevi, é de lamentar que o candidato em questão não tenha o bom senso de manter a equipa - jogadores e técnicos - bem distanciada da campanha eleitoral. O Sporting - e especialmente a equipa de futebol - já enfrenta adversidades suficientes e não precisa de mais confusão que só servirá para fomentar um clima de instabilidade. Carlos Severino, como tantos antes dele, está somente a demonstrar a sua sedução pelo irresistível palco disponibilizado pelo futebol e não teve a serenidade de resistir ao inerente protagonismo. Haja bom senso !
Qualquer um de nós, como adeptos, teremos a nossa opinião sobre as recém-declarações do prof. Jesualdo Ferreira ou as de qualquer outro treinador, em qualquer momento. Do nosso posicionamento da bancada até poderemos expressar publicamente essas opiniões, o que é muito diferente de um candidato à presidência do Clube optar por esse curso, em plena campanha eleitoral e mesmo em cima de um jogo muito importante. Carlos Severino, lamentavelmente, voltou a verbalizar o seu parecer sobre a forma como o treinador do Sporting lida com os seus comandos. Não lhe diz respeito e deveria reconhecer o bom senso de manter a equipa - atletas e técnicos - distanciada dos movimentos eleitorais. Não o reconhece, evidentemente. Não beneficia o Sporting nem a sua própria causa.
Acompanhado por diversos elementos da sua equipa, Carlos Severino formalizou hoje a sua candidatura. Declarou sentir-se bastante confiante porque considera o seu projecto o melhor e que está disposto a lutar até ao fim. Pretende respeitar os outros candidatos e confia que os sócios saibam decidir o que é melhor para o Sporting. À semelhança de José Couceiro, aquando da entrega da sua candidatura, Carlos Severino afirmou querer um «debate limpinho» e que «se querem mais do mesmo não votem em mim.»
Questionado sobre a possibilidade de existirem salários em atraso, o candidato afirmou que «queremos saber toda a verdade, mas se houver, de facto, ordenados em atraso, vamos colocá-los em dia.»
Só no decorrer do próximo mês de campanha eleitoral poderemos avaliar o realismo e o potencial do projecto desta equipa - não seria lógico nem justo fazê-lo agora, sem informações - mas, para já, demonstra muito mais classe e dignidade que Bruno de Carvalho, com as suas confrontações ruídosas. Aliás, deste último, só é de esperar uma campanha muito agressiva centrada em apontar culpabilidades aos dirigentes do passado, para disfarçar a ausência de soluções credíveis para o futuro.
Carlos Severino, antigo jornalista, ex-director de comunicação do Sporting e actual líder do movimento «SOS» (Salvar o Sporting) indicou hoje que é sua intenção apresentar candidatura à presidência do Sporting. Em abono da verdade, não conheço o suficiente da pessoa para opinar, com profundidade, sobre os potenciais méritos da sua candidatura. É do conhecimento público que esteve oito anos ligado ao Sporting como director de comunicação durante os mandatos de José Roquette e Dias da Cunha e, mais recente, tem aparecido ocasionalmente com comunicados, como líder de mais um dos diversos «movimentos» em torno do Sporting. Baseado nesta informação e nas suas recém-declarações, deixa-me a ideia que poderá ser mais uma candidatura do género da de Zeferino Boal, no último acto eleitoral; ou morre logo à partida ou fica pelo caminho.
Lamento verificar mais um adepto sportinguista sob a monumental ilusão de querer implementar o chamado «modelo do Barcelona» no Sporting. É uma noção completamente irrisória e distanciada de conhecimento realista. Para saber, de uma vez por todas, o Sporting já tem há anos um modelo de formação, no mínimo, tão bom como o do Barcelona e não necessita de melhorar, nesse sentido. A diferença - que o Sporting nunca conseguirá equilibrar ao nível do clube espanhol - reside com a capacidade financeira de um e do outro. O Barça dispõe dos meios para ser paciente com os jovens que forma, segurá-los logo à raiz com contratos vantajosos e, pelo mesmo motivo, introduzi-los gradualmente na equipa principal. Mesmo assim, e já escrevi sobre isto numa outra ocasião, o seu plantel actual, somente no que se refere a activos contratados do exterior, envolve um investimento superior a 200 milhões de euros, com uma média salarial, por jogador, superior a 6 milhões anuais. É nada menos do que impossível, hoje e sempre, o Sporting poder competir com esta dimensão financeira. Como Aurélio Pereira já explicou, e bem, o Sporting oferece 100 a um jovem da formação e surge um clube de fora a oferecer mil ou dez mil; como é possível segurar esse jovem ?...Temos os casos recentes de Igor Ié e Agostinho Cá, que foi precisamente o que aconteceu e o Sporting ainda acabou por receber mais de 2 mihões de euros, quase pela bondade do Barcelona, porque um dos jovens já estava sem contrato - recusou renovar - e o outro, Agostinho Cá, ficaria livre em poucos meses. Nada me exaspera mais do que ouvir adeptos do Sporting insistir nesta tese, sem o mínimo de conhecimento dos factos. E aqui temos um potencial candidato a presidente a fazer o mesmo.
A segunda questão que abordou nas suas declarações também não faz qualquer sentido. Um congresso do Sporting é útil para muitos efeitos, mas esses não incluem , nem podem incluir, discussões sobre o futebol profissional, desporto e indústria. A gestão desta esfera de actividade do Clube não pode ser exposta a debate público, com qualquer objectivo de realização. Primeiro porque muito do que ocorre no seio de uma SAD não pode ser divulgado publicamente e, segundo, porque o público, em geral, não tem conhecimentos suficientes para o efeito. Tão claro como água. Veremos o comportamento deste candidato nas próximas semanas.
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