Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Em declarações à RDP Antena 1, esta quinta-feira, Filipe Soares Franco, ex-presidente do Sporting, considera que a estratégia seguida pelo Conselho de Disciplina, relativamente aos pedidos de despenalização de cartões amarelos ou vermelhos erradamente exibidos aos jogadores, mais não é do que uma tentativa de sacudir a água do capote, por parte do órgão presidido por Cláudia Santos:
"Já pedia para o Dr. José Manuel Meirim voltar outra vez ao Conselho de Disiciplina. Ele, pelo menos, tinha um critério algo objectivo. Este não é um critério objectivo, é fazer jurisprudência sobre uma frase que, ainda por cima, é inglesa e que permite ao Conselho de Disciplina não actuar, mesmo quando há erros grosseiros, praticados pelos árbitros e os próprios reconhecem que praticaram erros grosseiros", referindo-se à 'field of play doctrine', que privilegia o princípio da autoridade do árbitro sobre a decisão tomada no momento do lance e que tem vindo a ser adoptado, em casos similares, por este Conselho de Disciplina.
"O cartão amarelo que é dado ao João Palhinha, no Bessa, é completamente ridículo. Nem falta foi. Aquilo é um lance normal entre dois jogadores em que não há falta. E, não havendo falta, muito menos poderia haver amarelo".
Segundo o que está a ser noticiado esta segunda-feira, o Sporting terá formalmente pedido uma explicação sobre a razão que levou o apitador Tiago Martins a mostrar cartão amarelo a Adrien Silva, ficando este impedido de jogar na última e potencialmente decisiva jornada do campeonato.
Já aqui comentámos o lance em questão, em que, na nossa opinião, nem falta existe, muito menos causa para sanção disciplinar. Jorge Jesus, na conferência de imprensa pós-jogo, também manifestou a sua indignação relativamente à tomada de decisão, alegando, até, com razão de ser, diga-se, que Tiago Martins sabia muito bem que Adrien Silva estava em risco.
Confirmando-se e atendendo ao todo das circunstâncias, acho que o Sporting faz bem em exigir a explicação, muito embora esta não venha a alterar a situação. Poderá, no entanto, comprometer este árbitro que, como já referimos no nosso outro escrito, beneficiou de uma ascensão meteórica à primeira categoria da arbitragem nacional, deixando um cínico a pensar que existe uma dívida de gratidão para com alguém nos corredores do poder.
Será igualmente interessante saber o relatório do observador António Manuel Silva Costa (categoria ObsC1a) da Associação de Futebol de Aveiro.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.