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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O projecto de lei proposto pela Iniciativa Liberal para revogar o cartão do adepto foi esta quarta-feira aprovado pelo parlamento, em sessão plenária, na Assembleia da República, cerca de três meses após a implementação efectiva.
A votação, que foi assumida por 202 deputados inscritos, teve a abstenção de PSD e PS, à excepção dos deputados socialistas Pedro Bacelar de Vasconcelos, Isabel Moreira, Rosário Gamboa, Tiago Barbosa Ribeiro, André Pinotes Batista, Joana Lima, Carlos Braz e Constança Urbano de Sousa, que votaram a favor, como os restantes partidos com assento parlamentar.
Por seu turno, as propostas de lei lançadas pelo Partido Comunista Português (PCP) e pelo Chega, que visavam a mesma revogação do cartão do adepto, foram rejeitadas.
De acordo com o portal dedicado ao cartão, foram emitidos até esta quarta-feira 2.949 cartões do adepto e registados 111 promotores de eventos.
'Morre' assim uma das medidas do Governo mais criticadas pelos clubes e adeptos de futebol de Portugal nos últimos meses.
O responsável pela comunicação do Sporting, Miguel Braga, deixou alguns reparos ao Cartão de Adepto, e aconselhou as autoridades a reverem a situação:
"O Cartão de Adepto é uma decisão do Governo e o Sporting está a cumprir. A tentativa do Governo é que quem entre com tambores e bandeira deve ficar nessa zona, mas há um boicote dos adeptos com uma exceção, e temos de ver se este cartão de adepto é a forma de termos os estádios cheios. Do ponto de vista do clube há algumas limitações impostas pela própria lei. Depois o cartão de adepto só é atribuído para maiores de 16 anos. Ninguém faz as regras por maldade, mas com as bancadas vazias temos de pensar se estamos no caminho certo. No Sporting temos 177 adeptos, é um número residual, logo as autoridades devem reflectir. Devem-se juntar os clubes, e ver como é possível contornar alguns problemas.
O regresso do público era um desejo partilhado por toda a gente. É de facto pena que as condições não nos permitam ter mais público, mas é um primeiro passo. Também já caiu a narrativa falaciosa que o Sporting só vencia sem público. Neste jogo nós queríamos premiar os sócios, e daí a forma como os bilhetes foram colocados à venda. Os números ficaram aquém do que era desejado e para a próxima, numa última fase, haverá bilhetes para não sócios. Assim que for alterada a percentagem de público vamos regressar às Gamebox sem os jogos entretanto disputados".
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