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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Casa Pia AC da 2.ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa vitória por 2-1. Golos de Paulinho 3' e 61'.
VITÓRIA IMPORTANTE CONTRA UM ADVERSÁRIO BOM DE BOLA
Vitória sem grande brilho mas muito justa do leão num jogo com lances polémicos, com o VAR a validar o primeiro golo de Paulinho, estando em fora de jogo (9 cms) e não ver depois o penálti claro sobre o Marcus Edwards. Uma primeira parte com o Sporting a entrar forte e decidido na partida na busca do golo, conseguindo-o muito cedo e ficando sempre mais perto de fazer o segundo, que o Casa Pia (com uma resposta tímida e esforçada) do empate. O jogo teve uma longa paragem inesperada para permitir a entrada de uma ambulância para assistir um adepto que se sentiu mal. A paragem prejudicou o ritmo mais forte até então do Sporting e permitiu ao treinador da equipa de Pina Manique fazer ajustes nas marcações aos jogadores leoninos no meio campo. A segunda parte disputou-se com o jogo mais dividido, mas com o Sporting sempre com mais ascendente, conseguindo o golo da vitória praticamente na resposta ao golo do empate do Casa Pia. De registar a estreia do dinamarquês Morten Blom na parte final da partida e que trouxe uma maior estabilidade ao meio campo, uma preciosa ajuda para a defesa dos 3 pontos que atiram o Sporting para líder da classificação à condição.
DESTAQUE - PAULINHO - 5 - E o Paulinho mostrou os dentes (as garras). A par do Viktor sueco é o jogador em melhor forma da equipa, muito solto e rápido nas acções que executa com muita qualidade, fez 2 golos soberbos (já leva 3 no campeonato) com remates de craque e podia ter feito o hat trick em mais 2 lances de golo iminente. Está em grande.
ANTONIO ADÁN - 3 - Parece mais concentrado que em muitos jogos da época passada, fez figura a defender um remate em arco do Godwin que levantou um bruáa nas bancadas. Pareceu algo lento na resposta ao lance que resultou no golo do empate do Casa Pia.
RICARDO ESGAIO - 3.5 - É o limite que sabe fazer, jogar certinho, teve competência nas suas acções principalmente na assistência ao primeiro golo do Paulinho.
OUSMANE DIOMANDE - 3.5 - Ontem foi o mais competente dos centrais, o mais lúcido, tenta ganhar confiança com a bola no pé. Num canto na área adversária podia ter feito o 3º golo da equipa, mais concentrado teria marcado naquela cabeçada que saiu ao lado.
SEBASTIÁN COATES (CAP) - 3 - Ainda procura o seu ritmo, exibição que voltou a oscilar a exemplo do jogo da primeira jornada. Desta vez não prendeu demasiado a bola nos pés nas saídas mas exagerou nos chutões para a terra de ninguém. Passou mal em alguns lances e a equipa necessita do seu grande capitão, urge que não demore a chegar.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Também procura o seu jogo que ainda não encontrou, melhorou nos passes transversais teleguiados, mas falta ainda muitas outras coisas. Vai melhorar.
NUNO SANTOS - 3.5 - A equipa necessita do melhor do Nuno, da sua irreverência e dinâmica, viu-se a diferença quando saiu e entrou o Matheus Reis. Excelente execução na assistência para o segundo golo do Paulinho.
HIDEMASA MORITA - 2.5 - Não está a passar um bom momento, aquela zona recuada no terreno não é de todo a sua praia, tem perna muito curta que o limita a galgar espaços no timing que se exige para fechar e com isso ficam abertas crateras nas suas costas que o adversário explora com perigo.
PEDRO GONÇALVES - 2.5 - Está-lhe complicado entrar no jogo para impor a sua batuta, esforça-se bastante mas ainda não foi desta. Ou chega atrasado ou define mal o último passe. Faltou melhor esclarecimento e leitura dos lances.
MARCUS EDWARDS - 3.5 - Um bom início que prometeu, com algumas arrancadas que levaram pânico à defesa adversária, ganhou espaços livres para o remate letal ou para o passe a rasgar, mas nunca tomou a melhor decisão, algo correu sempre mal no timing da execução. Foi caindo de produção a pique e voltou a revelar lacunas a fechar os espaços sem bola e a perde-la com facilidade provocando contra-ataques do adversário.
VIKTOR GYOKERES - 4 - Deixou de novo a ideia que não sabe jogar mal. Desta vez não marcou, mas é uma maquina incansável , tem um pulmão de 10 leões, é um regalo vê-lo em todo o jogo a desgastar os defesas adversários, este sueco foi um achado daqueles que pensávamos já não existir nos tempos de hoje. Oferece soluções em todas as zonas do ataque e foi decisiva a sua acção que resultou no primeiro golo.
MATHEUS REIS - 2.5 - Saiu do banco para o lugar do esgotado Nuno Santos e voltou a mostrar-se desconcentrado, cometendo erros que podiam ter saído caro, deu demasiado espaço na sua ala deixando o adversário chegar primeiro e criar perigo para a área do Sporting, levou uns valentes raspanetes do treinador. Parece pesado nas acções que lhe saem lentas (peso a mais?) .
GENY CATAMO - 3 - A sua verdadeira praia é o ataque, aí torna-se mágico e imprevisível com a bola nos pés, vê-se que vai crescer muito e depressa. Trás coisas importantes à equipa que vai necessitar dele nesta longa caminhada até Maio.
MORTEN HJULMAND - 2.5 - Havia muita curiosidade em vê-lo a actuar, entrou para o quarto de hora final e já se viu algo diferente, a equipa ficou mais estável nas transições e no jogo directo do adversário, pensa como um "6" e sabe os terrenos que deve pisar, ficou também na retina o passe seguro e com critério, não irá surpreender a sua titularidade no jogo da 3ª jornada em casa com o Famalicão.
MATEUS FERNANDES - 2.5 - Passou o deserto desde aquele penálti estúpido que provocou no Funchal, ontem reapareceu seguro principalmente na transição com a bola no pé, saindo com personalidade, veremos se é desta.
FRANCISCO TRINCÃO - 1 - Que trapalhice, entrou de novo à Maradona mas necessita de um GPS, podia muito bem ter resolvido a partida em duas transições e com os colegas a desmarcarem-se isolados na área adversária, mas preferiu passar a bola ao... guarda redes do Casa Pia. Na terceira tentativa lá fez o passe mas para...trás. O Trincão ainda vagueia pelo espaço algures da sua cabeça, teremos que ser pacientes e esperar que um dia aterre.
RUBÉN AMORIM - 3.5 - Convenhamos, ganhou na casa de um adversário difícil e muito complicado, que sabe jogar bem, veremos quantas equipas vão ganhar a este Casa Pia, mas tem ainda muitas coisas para arrumar na sua casa (equipa), ainda apresenta debilidades perigosas no meio campo, com dificuldades em fechar espaços e a ler os movimentos de transição do adversário. O sector mais evoluído é o ataque, o meio campo e a defesa necessitam ainda de muitas horas de trabalho. Ontem tentou surpreender o adversário e quase o conseguia não fosse aquela paragem tão prolongada que permitiu um "time out" ao treinador do casa Pia para fazer acertos. Foi perspicaz no timing das substituições.
FILIPE MARTINS - 3 - Foi surpreendido com aquela entrada forte do Sporting, com um ataque rápido com 5 elementos (incluindo o Nuno Santos) que forçaram a sua equipa a baixar linhas e a defender com dificuldade, foi salvo por aquela paragem prolongada, um time out que lhe chegou do céu, aí fez as devidas correcções e fechou as portas aos leões que tiveram que amansar. Deu boa réplica depois na segunda parte, mas a vitória do Sporting é indiscutível.
NUNO ALMEIDA (ÁRBITRO) - 3 - Erros maiores no critério disciplinar, demorou a descolar o cartão amarelo do bolso, só o fez depois dos gansos terem dado umas pauzadas valentes no Viktor sueco. O lance da grande penalidade sobre o Marcus Edwards é de maior responsabilidade do VAR.
HUGO MIGUEL (VAR) - ZERO - Noite para esquecer. Desta fez foi o Sporting a sair "meio" beneficiado, aleluia, "meio" porque se errou no golo mal validado, errou também depois ao não chamar o árbitro para assinalar um penálti sobre o Marcus Edwards (pisão claro dentro da área). O lance do primeiro golo mal validado aconteceu aos 3' da primeira parte, com o Sporting a ter praticamente ainda todo o tempo de jogo para voltar a marcar, estando claramente por cima do jogo e não iria de certeza desacelerar enquanto não o conseguisse. O Hugo Miguel e o colega do VAR vão agora ter que passar as areias tórridas do Sahara. Esperemos que assim seja com todos os que errarem.
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