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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A notícia sobre o processo Cashball já foi aqui ontem publicada e debatida, no entanto, abordamos novamente o tema caso os leitores ainda queiram contribuir com algo mais ao debate.
Começamos por transcrever as respectivas considerações de Miguel Braga, responsável pela comunicação do Clube, na Sporting TV:
"Oficialmente ainda não fomos notificados. É positivo, é bom que o Sporting não esteja envolvido em qualquer processo de corrupção, nem que seja alegadamente.
Mas isto não quer dizer que não estejamos expectantes em relação a outros processos de outros clubes, que estão em curso, e que em princípio, se as coisas decorrerem nos prazos normais da nossa justiça, nos próximos meses deveremos ter novidades".
Compreendemos muitíssimo bem ao que Miguel Braga se refere. Veremos o andamento dos processos e esperamos um desfecho num futuro não muito distante conforme à razão. Como sempre, contudo, no que concerne o futebol e a Justiça portuguesa, seria prudente esperar bem sentado.
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No mesmo sentido do post, um breve excerto da crónica semanal de Bruno Prata, em Record, intitulada "Para além das buscas":
"A Luz já foi alvo de nove buscas, sendo que foram executados quatro mandados na mais recente, o que deu azo a que alguém gracejasse que, um dia destes, a PJ ainda iria descobrir o brinco de Vítor Baptista. Alguns dos factos em examinação datam de há cinco anos e decorrem investigações há cerca de três. Ninguém sabe como tudo acabará, mas não restam dúvidas algumas, por muito que isso custe a compreender a Capristano e a outros inexoráveis e catatônicos adeptos, que o Benfica nunca sairá (totalmente) a ganhar. Mesmo que a judicatura lhe venha a conferir a ausência de culpa, isso não lhe garantirá de modo algum a inocência nos juízos da ética e da respeitabilidade. Ficará para sempre com os proverbiais telhados de vidro que noutros fóruns e noutros tempos sobreviveram ao Apito Dourado… E isso, por si só, significa a perda de uma enorme vantagem...".
O Conselho de Disciplina da Federação de Andebol de Portugal divulgou esta terça-feira, através de comunicado oficial, que arquivou o processo Cashball por não ter encontrado "indícios suficientes para determinar o prosseguimento do processo disciplinar contra qualquer clube ou agente desportivo”.
Cashball foi o nome aplicado ao caso que investigou uma denúncia do empresário Paulo Silva sobre um alegado esquema de corrupção envolvendo o Sporting Clube de Portugal e algumas equipas de arbitragem, com suposta viciação de resultados de jogos de andebol e de futebol nas épocas 2016/17 e 2017/18.
O comunicado explica em grande detalhe as razões que impediram dar seguimento a uma acusação: “No âmbito do referido processo de inquérito, foi realizado um vasto conjunto de diligências probatórias, tendo sido designadamente ouvidas mais de duas dezenas de testemunhas, incluindo 14 árbitros e pessoas não inscritas na Federação de Andebol de Portugal - e, portanto, não sujeitas ao poder disciplinar da mesma - referenciadas como tendo intervindo mais directamente nos factos participados, não se apresentando, por ora, como viável e útil a realização de diligências adicionais de prova, designadamente tendo em conta que não foi possível aceder a certos elementos protegidos pela garantia constitucional da inviolabilidade das comunicações e pelo segredo de justiça”.
O processo de inquérito pode vir a ser reaberto no futuro “caso surjam ou se possa vir a aceder a novos meios de prova”, escreve ainda o Conselho de Disciplina da Federação de Andebol de Portugal.
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