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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Mais um texto publicado por mim mas da autoria de Desert Lion, que não tem disponibilidade de momento para publicar directamente. Esta explicação para evitar alguma imaginação mais fértil de surgir com a acusação - como aliás já aconteceu, por incrível que pareça - de ser eu o autor a escrever sob um pesudónimo.
*** Parece seguir o Sporting o rumo do nosso País. Depois de uma fase de demasiada estabilidade que apresentava resultados desastrosos nos últimos anos de vigência (o chamado Roquettismo), veio a revolução Brunista, a que se segue o actualmente vigente PJEC -"Processos Judiciais em Curso". Os últimos a acrescentar a longa lista (Doyen, Bojinov, Labyad, ex-quadros da SAD, etc.) são os referentes às contratações de Jeffrén e Rodrigues e a renovação de Izmailov.
Renovação de Izmailov: Era o nosso melhor jogador, aclamado pela generalidade dos sócios e adeptos. A sua renovação foi recebida com alívio, devido às notícias que o davam com um pé no rival do Norte. Acabou por ir para lá, como sabemos. Ou seja, foi contratado pelo Porto - reconhecidamente um dos clubes que melhores negócios faz na Europa - mas era coxinho. Esse foi um negócio a que nós, os sócios, chamamos então de "mais uma de Godinho": entregar um grande jogador como o Izmailov em troca de um reservista como o Miguel Lopes. Afinal, tudo o que pensávamos antes estava errado...
Contratação de Rodriguez: Se me recordo correctamente, fez uma grande época no Braga. Depois veio para o Sporting. Quando saiu de Alvalade fez mais uma grande época no Rio Ave. E fê-la apesar de estar incapacitado para a prática de futebol - vai-se lá saber como estas coisas acontecem...
Contratação de Jeffrén: Quando veio para o Sporting era, talvez, o jogador com mais cartel internacional a actuar em Portugal. Tinha sido campeão espanhol três vezes, vencedor da Champions duas vezes, campeão da Europa de sub-21 e mais uma série de títulos. Foi vista como uma grande transferência, só possível porque não era titular na super-equipa que o Barcelona tinha nessa época. Depois de sair do Sporting foi contratado pelo Valladolid - então na Primeira Liga Espanhola. Também este não estava em condições mas o Valladolid, certamente por caridade. resolveu levá-lo...
Quando se desempenham funções de decisão, assumem-se riscos. Haverá gestores mais atreitos ao risco, outros menos. Por exemplo, a actual Direcção do Sporting parece-me bastante atreita ao risco. Por exemplo, contratou Shikabala apesar de saber que a sua instabilidade competitiva poderia dificultar o controlo do balneário. E contratou mais 30 jogadores em ano e meio, apesar de saber - ou de ter a obrigação de saber - que boa parte deles serão piores do que os jovens a actuar na equipa B. Quando se pedem exames médicos a um atleta de alta competição não se pedem decisões por parte da equipa médica. Pedem-se relatórios de situação que ajudarão na tomada de decisões. Pelo que se soube recentemente, o Liverpool não contratou um jogador por este não tido exames médicos que satisfizessem os seus standards de risco tolerável. O Chelsea contratou esse mesmo jogador, certamente por entender que o risco a assumir era aceitável face a potencial mais-valia a retirar. Decidir é isto mesmo: pesar os prós e os contras e, por vezes, ir até contra aquilo que muitos consideram óbvio.
O que esperava desta Direcção era que provasse que certas contratações ou actos de gestão era feitos com o fim de beneficiar os próprios ou os amigos. Saber que foram incompetentes, que assumiram riscos demasiadamente elevados e que fizeram contratações que nunca vingaram no Sporting, não é novidade alguma e não irá, muito provavelmente, fazer história em nenhum Tribunal português.
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