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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol aplicou esta terça-feira os castigos referentes ao clássico da Liga Bwin, de 11 de Fevereiro, entre FC das Antas e Sporting, deixando no ar a grande questão: podem os jogadores punidos participar em novo embate entre os dois clubes, marcado para quinta-feira e referente à 2.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal? Matheus Reis e Tabata sim; Pepe fica em 'stand by'. Mas vamos por partes...
Por terem confessado "integralmente e sem reservas" junto da Comissão de Instrutores da Liga (condutora dos processos), versa no documento publicado pelo CD, os respectivos ilícitos, o defesa e o avançado do Sporting ganharam a possibilidade de recorrer para o Pleno do referido Conselho, sempre com efeito suspensivo. Mas até nem isso é preciso para participarem no reencontro.
Ainda dentro do enquadramento para apresentarem as respectivas defesas (as partes têm dois dias, após a notificação do castigo, para requerer a documentação e um total de cinco para o recurso), é impossível que cumpram suspensão antes deste prazo se esgotar - e desta terça-feira para quinta-feira restam 48 horas; a única hipótese de Matheus Reis e Tabata falharem a visita ao Dragão seria o Sporting comunicar que não irá apresentar recurso, cenário, até ver, completamente afastado.
Em situação muito diferente está Pepe, que por não ter confessado a agressão no clássico, só tem a possibilidade de se defender junto do Tribunal Arbitral do Desporto, com pedido de providência cautelar junto do Tribunal Central Administrativo Sul.
Os timings são bastante apertados e o último tribunal não tem aceitado, nos últimos casos dirimidos, decidir favoravelmente sobre os efeitos suspensivos de um processo cautelar. Ou seja, caso o mesmo se volte a verificar, será praticamente impossível ao TAD constituir um júri a tempo de julgar um eventual recurso que possibilite ao central a sua presença no clássico de quinta-feira.
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O Sporting emitiu um comunicado, através do qual manifesta o seu profundo desagrado pelas decisões tomadas pelo Conselho de Disciplina da FPF. Segue um excerto...
... E nem sequer se preocupou com o facto de o Sporting disputar hoje um jogo importante da Liga dos Campeões. Mas vindo do organismo liderado pela detestável Cláudia Santos, já era de esperar.
João Palhinha foi castigado com três jogos e Marchesín com dois, isto em virtude da confusão final no clássico entre o Futebol Clube das Antas e Sporting. No caso do médio do Sporting, em causa está a agressão "a um adversário com uma estalada", conforme descrito no relatório do árbitro João Pinheiro, ao passo que o guarda-redes dos dragões "pontapeou um adversário praticando um acto de conduta violenta".
*** Espectacular, uma "estalada" vale três jogos de castigo, enquanto que um "pontapé" só vale dois.
Segundo o mapa do Conselho de Disciplina da FPF, ambos os jogadores também terão multas a pagar: Palhinha no valor de 1.530 euros e Marchesín de 1.020.
Os efeitos práticos dos castigos vão retirar o médio dos jogos do Sporting com o Estoril (c), Marítimo (f) e FC Antas (c), neste caso a contar para as meias-finais da Taça de Portugal. Já Marchesín falha os duelos com o Moreirense (f) e o Gil Vicente (c).
Pepe e Tabata estão suspensos preventivamente e arriscam não jogar mais esta época, tudo na sequência das condutas violentas que lhes foram apontadas no jogo.
Ao contrário do que aconteceu com Palhinha e Marchesin, o avançado leonino e o central do FC das Antas estão, lê-se no documento, castigados preventivamente por dois jogos, enquanto se apura que punição efectiva merecem as agressões a dirigentes desportivos (conduta violenta), neste caso contra Hugo Viana e Luís Gonçalves, directores dos dois clubes.
Foi confirmado o castigo de um jogo a Coates, na sequência dos dois amarelos e expulsão de que foi alvo de João Pinheiro.
Neste caso, o Conselho de Disciplina entendeu que ""não se vislumbra indiciado qualquer abalo à credibilidade probatória reforçada de que gozam aqueles relatórios oficiais, pelo que se confirma o total da factualidade descrita nos relatórios, com as consequências disciplinares previstas no RDLPFP. Mantém-se, assim, inatacável toda a materialidade subjacente à decisão em campo do árbitro (Culpado de comportamento antidesportivo), pelo princípio da autoridade do árbitro [plasmado no artigo 13.º, al. g), do RDLFPF], nos exactos termos da field of play doctrine. Ademais, não se verificam os requisitos de pertinência e qualquer necessidade quanto à diligência probatória requerida de pedido de esclarecimentos, porquanto a conduta em apreço vem descrita, de forma expressa e suficiente, em sede de Relatório de Jogo".
O Conselho de Disciplina da Liga anunciou a instauração de um processo disciplinar a Matheus Reis, na sequência de actos ocorridos no jogo. De acordo com o documento, um gesto do ala brasileiro em direção a Francisco Conceição, neste caso um pirete após uma disputa de bola entre ambos junto à linha de fundo, valeu o processo disciplinar. Isto, não por constar em algum relatório oficial, mas sim por ter sido "amplamente divulgado na Comunicação Social".
Hugo Viana e o director do clube do Norte Luís Gonçalves foram castigados com 20 dias de suspensão e estão também a contas com processos disciplinares.
Sobre os múltiplos incidentes ocorridos no estádio do Dragão, o CD abriu um processo de inquérito. O processo segue agora para a Comissão de Instrutores, que irá então averiguar se existe matéria disciplinar. O referido processo de inquérito pode resultar num processo disciplinar que, por sua vez, poderá determinar a interdição do Estádio do Dragão.
Em face das várias ocorrências no jogo de sexta-feira, o Conselho de Disciplina da FPF apresentou um documento próprio e oficial no qual elenca todos os castigos, multas e ainda processos instaurados no decurso dessa partida da Liga Bwin.
Pode ler o documento na íntegra aqui.
NOTA: O Sporting estranha o nome de Sérgio Conceição não aparecer no relatório do delegado da Liga, na descrição dos incidentes na garagem do Estádio do Dragão e vai arrolar João Moreira como testemunha, pois a informação relativa à presença do treinador no local do confronto com Frederico Varandas foi-lhe transmitida por Rui Pereira, director de segurança dos leões, e não aparece mencionada no relato dos acontecimentos.
A descrição do sucedido na garagem do estádio do Dragão foi passada por Miguel Braga ao responsável pela segurança do clube, Rui Pereira, que por sua vez a fez chegar ao delegado da Liga Portugal, João Moreira. No entanto, nem o dito Rui Pereira nem qualquer outro representante do Sporting teve acesso à redacção final do documento que, sabe-se agora, não inclui a referência a Sérgio Conceição.
Quem não viveu numa ditadura, pode imaginá-la mas nunca vai conhecê-la. A experiência é a mãe de todas as coisas. Vivi numa ditadura e sei bem o que é. Por isso, quando em 25 de Abril de 1974, se iniciou o processo que levaria à construção de uma democracia em Portugal, pude ver qual a real diferença.
Ao fim de quarenta anos, temos um país melhor, mais desenvolvido, mais justo e livre. Mas os resquícios do poder ditatorial continuam a viver na mente de muita gente. No seu dia a dia, nos seus comportamentos, vêm muitas à superfície tiques ditatoriais. Digamos que a ditadura não está na Lei, mas continua nas mentalidades.
No desporto em geral, e no futebol muito em particular, os tiques de poder totalitário são constantes. Atrevo-me até a dizer, que as diversas formas de poder ditatorial ainda se encontram plasmadas na própria lei que rege o sector desportivo. Pergunto: haverá algum clube desportivo, onde se pratica, em pleno, uma verdadeira democracia?
Mas muito do que se passa nos diversos órgãos que regem o futebol, leva a questionar se ali se pratica autêntica democracia. Qual o processo que leva à composição desses órgãos? Arranjinhos, compadrios, pressões, influências?
Vem isto a propósito, mais especificamente, dos órgãos que dirigem a arbitragem. Não se parecem com corporações próprias de um poder totalitário? E os árbitros na sua actuação, que limites têm eles ao poder discricionário? Não será mais um sector onde o erro não tem consequências? Ou faz de conta que tem?
Os árbitros são necessários, como juízes, claro, para a realização do jogo. Mas será que não confundem arbitrar com tornar-se os artistas do espectáculo? Os artistas não têm que ser exclusivamente os atletas no campo? Será que sem estes, os homens do apito teriam razão para existir? Pergunta retórica.
No entanto, analisando o problema por outra perspectiva, não terão os clubes também responsabilidade, por muito do que acontece, ao aprovarem os regulamentos, que o sector da arbitragem aplica, a seu belo prazer? Ou de uma forma dogmática? Não serão os clubes que lhes dão o excesso de poder de que se queixam?
Em jeito de conclusão, pergunto simplesmente: não estará o mundo do futebol a precisar de uma revolução? Não estará o sector da arbitragem a precisar do 25 de Abril que nunca teve?
Marcel Keizer foi esta terça-feira condenado pelo Conselho de Disciplina da FPF ao pagamento de uma multa no valor de 287 euros pela expulsão diante do Marítimo.
O mapa de castigos revelou ainda as palavras em inglês que o treinador do Sporting é suposto ter proferido e que levaram à ordem de expulsão: "This shit is a joke" ("Esta m**** é uma farsa/anedota", em português).
Se de facto disse isso, até tem cem por cento razão, contudo, ficamos a pensar que se este tipo de fraseologia justifica expulsão, quantas expulsões no passado ficaram por ordenar e quantas no futuro, por idêntica causa, passarão impunes.
Além do mais, Marcel Keizer não terá dito nada directamente ao apitador porque estava bem longe dele. O "gracejo" terá sido comunicado pelo quarto árbitro.
O treinador de guarda-redes Nélson Pereira, que também foi expulso, vai pagar 765 euros de multa, depois de ter saído do banco e protestar com a equipa de arbitragem através de gestos, segundo o mapa de castigos.
Já o director desportivo, Hugo Viana, que terá sido muito mais expressivo, paga o mesmo que Keizer, 287 euros, depois de já no final do jogo se ter dirigido ao apitador: "A primeira falta do Coates nem sequer era falta, quanto mais amarelo", referiu, acrescentando posteriormente: "És um arrogante, tens a p*** da mania, não vales um c******".
E assim anda o futebol português, ou talvez... apenas o futebol do Sporting.
A English Premier League anunciou esta quinta-feira que vai penalizar com dois jogos de suspensão simulações de lesão ou mergulhos na grande área. Em comunicado, foi explicado o seguinte:
«Os jogadores que mergulhem ou simulem lesões vão enfrentar uma suspensão de dois jogos a partir desta época. A Liga só poderá impor a suspensão se a decisão do painel for unânime».
O organismo explicou ainda que as imagens dos jogos serão analisadas todas as segundas-feiras por um painel de três elementos, formado por um ex-dirigente, um ex-treinador e um ex-jogador.
A novidade é mesmo a implementação do processo, uma vez que a medida foi aprovada pela Federação Inglesa de Futebol e referida no Camarote Leonino neste post, no dia 18 de Maio de 2017.
A Federação Inglesa de Futebol (F.A.: Football Association) aprovou, esta quinta-feira, a introdução de castigos a aplicar a jogadores que efectuem simulações com o intuito de conquistar grandes penalidades ou promover a expulsão de adversários. A medida foi carimbada no comité anual do organismo.
Desta forma, as suspensões podem ir até dois jogos de inactividade, sendo que a decisão final será tomada por um painel constituído por um ex-árbitro, um antigo jogador e um antigo treinador. Todavia, os castigos só serão aplicados sempre e quando haja uma votação unânime entre os três agentes da F.A..
Pela explicação disponibilizada, não é claro se o lance a punir terá primeiro de ser alvo de acção disciplinar do árbitro, designadamente através de cartão amarelo.
Uma medida inovadora a ponderar para aplicação no futebol português, muito embora seja algo surpreendente que a F.A. venha a implementar esta introdução disciplinar sem o selo de aprovação da FIFA, nomeadamente do International Board.
Reunião do Conselho Disciplinar de 30/11/2016
Disciplina
Comunicado Semanal de Castigos a Patinadores e outros
Campeonato Nacional Séniores 1ª Divisão
0037/16 Sporting CP 6 - CD Paço Arcos 4
Sporting Clube de Portugal, foi punido(a) com, Falta de Comparência, Derrota, Resultado de 0-10 e Zero Pontos, multa de €530,00 (quinhentos e trinta euros), Nos termos do disposto no Artº 36º-A nº 14 do RGHP-FPP , nos termos do(s) artigo(s) 61º 2 e artigo 20º 2 e 3 , 28º 3, do Regulamento de Justiça e Disciplina.
Utilização irregular de patinador.
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Campeonato Nacional Séniores 1ª Divisão
0037/1617 Sporting CP 6 - CD Paço Arcos 4
José Diogo M. P. Barreiros Macedo, patinador do Sporting Clube de Portugal, foi punido(a) com oito dias de suspensão de actividade a contar da data da presente notificação, - Suspensão da execução da pena de inactividade pelo período de 15 dias (Artº 41º RJD-FPP), Nos termos do disposto no Artº 36-A nº 14 RGHP-FPP, nos termos do artigo 61º 3.1, do Regulamento de Justiça e Disciplina.
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Campeonato Nacional Séniores 3ª Divisão
0936/16 CD Boliqueime - Sporting CP “B”
Sporting Clube de Portugal, foi punido(a) com, Falta de Comparência, Derrota, Resultado de 0-10 e Zero Pontos, multa de €1060,00 (mil e sessenta euros), Nos termos do disposto no Artº 36º-A nº14 do RGHP-FPP, nos termos do(s) artigo(s) 61º 2 e artigo 20º 2 e 3, 28º 3, do Regulamento de Justiça e Disciplina.
Utilização irregular de patinador.
A confirmar-se e pela inexistência de uma justificação lógica, alguém no departamento de hóquei em patins do Sporting cometeu erros inadmissíveis, especialmente a este nível de competição.
Que eu tenha conhecimento, o Sporting ainda não comentou esta situação. Vamos esperar para tentar compreender melhor o que ocorreu.
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