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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Um ano, 3 meses e 30 dias depois da queixa do Benfica que deu origem ao processo, por alegadas ilegalidades no recurso então apresentado "aos tribunais estaduais e eventual participação/utilização irregular de jogador", o Conselho de Disciplina da FPF decidiu esta terça-feira arquivar o chamado ‘caso Palhinha’.
O processo de inquérito foi instaurado a 9 de Fevereiro de 2021, um dia após a respectiva participação, na sequência do célebre episódio do 5.º cartão amarelo (mal) mostrado a João Palhinha no jogo com o Boavista, no Bessa, no dia 26 de Janeiro anterior.
A decisão do árbitro Fábio Veríssimo, que mais tarde admitiu o erro, teria, em condições normais, afastado o médio do Sporting CP do dérbi com o Benfica, a 1 de Fevereiro. Um recurso do jogador para o Tribunal Arbitral do Desporto, com medida cautelar apreciada e deferida pelo Tribunal Central Administrativo do Sul (na impossibilidade de a mesma ser decidida em tempo útil pelo TAD), acabou, no entanto, por viabilizar a presença de Palhinha no encontro. O internacional português não foi titular, pois Rúben Amorim não preparou o jogo nesse pressuposto, mas haveria de entrar na segunda parte.
Seguiu-se uma longa ‘guerra’ judicial entre Sporting e Federação, que teve o seu epílogo em Janeiro, com uma deliberação do Supremo Tribunal Administrativo que deu razão à FPF mas deixou Palhinha sem castigo. A situação é insólita mas o processo que corria no CD da FPF só agora chega ao fim.
O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol aplicou esta terça-feira os castigos referentes ao clássico da Liga Bwin, de 11 de Fevereiro, entre FC das Antas e Sporting, deixando no ar a grande questão: podem os jogadores punidos participar em novo embate entre os dois clubes, marcado para quinta-feira e referente à 2.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal? Matheus Reis e Tabata sim; Pepe fica em 'stand by'. Mas vamos por partes...
Por terem confessado "integralmente e sem reservas" junto da Comissão de Instrutores da Liga (condutora dos processos), versa no documento publicado pelo CD, os respectivos ilícitos, o defesa e o avançado do Sporting ganharam a possibilidade de recorrer para o Pleno do referido Conselho, sempre com efeito suspensivo. Mas até nem isso é preciso para participarem no reencontro.
Ainda dentro do enquadramento para apresentarem as respectivas defesas (as partes têm dois dias, após a notificação do castigo, para requerer a documentação e um total de cinco para o recurso), é impossível que cumpram suspensão antes deste prazo se esgotar - e desta terça-feira para quinta-feira restam 48 horas; a única hipótese de Matheus Reis e Tabata falharem a visita ao Dragão seria o Sporting comunicar que não irá apresentar recurso, cenário, até ver, completamente afastado.
Em situação muito diferente está Pepe, que por não ter confessado a agressão no clássico, só tem a possibilidade de se defender junto do Tribunal Arbitral do Desporto, com pedido de providência cautelar junto do Tribunal Central Administrativo Sul.
Os timings são bastante apertados e o último tribunal não tem aceitado, nos últimos casos dirimidos, decidir favoravelmente sobre os efeitos suspensivos de um processo cautelar. Ou seja, caso o mesmo se volte a verificar, será praticamente impossível ao TAD constituir um júri a tempo de julgar um eventual recurso que possibilite ao central a sua presença no clássico de quinta-feira.
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O Sporting emitiu um comunicado, através do qual manifesta o seu profundo desagrado pelas decisões tomadas pelo Conselho de Disciplina da FPF. Segue um excerto...
O Conselho Disciplina arquivou um processo de inquérito instaurado a 8 de Fevereiro e remetido à Comissão de Instrutores da Liga no dia seguinte, que tinha por objecto uma alegada omissão de relato por parte da equipa de arbitragem de Manuel Mota, no caso da ofensa de Nuno Santos a Everton, na final da Allianz Cup, realizada a 29 de Janeiro.
O processo disciplinar ao jogador do Sporting CP continua de pé e aguarda conclusão. O arquivamento comunicado esta semana pelo organismo liderado pela cuja Cláudia Santos, diz respeito apenas ao inquérito à alegada omissão da equipa de arbitragem.
"Concluída a instrução do processo, cuja direcção e encerramento é regulamentarmente da competência da Comissão de Instrutores da Liga, esta última remeteu o processo ao Conselho de Disciplina no dia 08.03.2022, contendo proposta de arquivamento atenta a inexistência de prova de qualquer ilícito disciplinar.
No dia 15.03.2022, decidiu o Conselho de Disciplina arquivar o processo de inquérito em face da inexistência de indícios da prática de qualquer ilícito disciplinar pela equipa de arbitragem, sendo a prova produzida coerente com a probabilidade de os elementos da equipa de arbitragem não terem percepcionado a factualidade que não foi não relatada.
Acresce que, nos termos do Protocolo VAR, a utilização de 'linguagem' ofensiva, injuriosa ou grosseira não é apta, ao contrário de uma 'acção' de idêntico teor, a provocar a intervenção do vídeoárbitro em caso de incidentes não assinalados mas merecedores de cartão vermelho directo", explicou o Conselho de Disciplina.
O incidente ocorreu na final da Allianz Cup, entre Sporting e Benfica, disputada a 29 de Janeiro, e que terminou com a vitória dos campeões nacionais por 2-1. Num momento de maior tensão, Nuno Santos terá ofendido Everton, chamando-o de "filho da p...", uma reacção que levou à instauração do processo disciplinar.
Autêntica perseguição a jogadores do Sporting. Se houvesse processos disciplinares cada vez que os jogadores se insultam uns aos outros dentro das quatro linhas, não haveriam activos suficientes para disputar os jogos.
É absolutamente notório: à medida que se aproxima a fase decisiva do campeonato, mais a Federação Portuguesa de Futebol – através do seu controverso Conselho de Disciplina – intensifica a sua bem evidente abjecta, sistemática, arrogante e prepotente perseguição ao Sporting Clube de Portugal.
Fá-lo descaradamente, mediante decisões absurdas, bizarras, polémicas e discriminatórias – alimentando a suspeita de decidir intencional e desigualmente a favor do clube ou dos clubes da simpatia pessoal dos membros do CD – desprezando o seu dever de, acima de tudo, garantir integralmente a verdade desportiva.
Tal vil comportamento reforça, de resto, o enigma de como e por quem são recrutados e nomeados os elementos que compõem os vários Conselhos da FPF, nomeadamente o de Disciplina. Quem terá, e porquê, escolhido o seu actual presidente? Pelas suas específicas e comprovadas qualificações para o cargo a desempenhar, por interesses clubistas ou por mais uma incompatível e abusiva ingerência da política no futebol? Neste caso, trata-se de uma presidente e, simultaneamente, deputada parlamentar de um partido cujo chefe, como é sabido, apoiou publicamente o anterior presidente do SL Benfica.
Tal acumulação de funções está, porém, e finalmente, prestes a extinguir-se efectivamente. Como noticiado pela imprensa (embora sem o relevo que se justificava), a Assembleia da República, baseada na recomendação da sua Comissão de Transparência, aprovou, em Julho último, uma alteração ao Estatuto dos Deputados, já oficialmente promulgada pelo Chefe do Estado, que vem a impedir os deputados de “integrar, a qualquer título, cargos executivos em organismos e clubes desportivos” – aguardando-se a respectiva.entrada em vigor no início da próxima legislatura.
Salienta-se que a resolução em referência foi aprovada com os votos de todos os partidos representados no Parlamento – com a notória excepção de um único. Adivinhe-se qual: esse mesmo... o partido da presidente do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.
Aliás, esta questão da duplicidade simultânea de funções oficiais já tinha sido causa de grande polémica e votações parlamentares nos princípios de 2020, devido, precisamente, à designação da deputada Cláudia Santos para a presidência do Conselho de Disciplina da FPF.
A alteração nesse oportuno momento da tão contestada lei ter-nos-ia poupado dois anos de um leque de decisões delirantes e aberrantes, perplexas e controversas, contraditórias e discriminatórias, ditatorialmente impostas, indiscutível e absolutamente danosas, as quais – acumuladas com sucessivos acontecimentos vergonhosos em plenos estádios do país – têm contribuído decisivamente para a queda da apreciação, interna e externa, do cada vez mais desacreditado futebol português.
Artigo da autoria do nosso estimado colaborador Leão da Guia
... E nem sequer se preocupou com o facto de o Sporting disputar hoje um jogo importante da Liga dos Campeões. Mas vindo do organismo liderado pela detestável Cláudia Santos, já era de esperar.
João Palhinha foi castigado com três jogos e Marchesín com dois, isto em virtude da confusão final no clássico entre o Futebol Clube das Antas e Sporting. No caso do médio do Sporting, em causa está a agressão "a um adversário com uma estalada", conforme descrito no relatório do árbitro João Pinheiro, ao passo que o guarda-redes dos dragões "pontapeou um adversário praticando um acto de conduta violenta".
*** Espectacular, uma "estalada" vale três jogos de castigo, enquanto que um "pontapé" só vale dois.
Segundo o mapa do Conselho de Disciplina da FPF, ambos os jogadores também terão multas a pagar: Palhinha no valor de 1.530 euros e Marchesín de 1.020.
Os efeitos práticos dos castigos vão retirar o médio dos jogos do Sporting com o Estoril (c), Marítimo (f) e FC Antas (c), neste caso a contar para as meias-finais da Taça de Portugal. Já Marchesín falha os duelos com o Moreirense (f) e o Gil Vicente (c).
Pepe e Tabata estão suspensos preventivamente e arriscam não jogar mais esta época, tudo na sequência das condutas violentas que lhes foram apontadas no jogo.
Ao contrário do que aconteceu com Palhinha e Marchesin, o avançado leonino e o central do FC das Antas estão, lê-se no documento, castigados preventivamente por dois jogos, enquanto se apura que punição efectiva merecem as agressões a dirigentes desportivos (conduta violenta), neste caso contra Hugo Viana e Luís Gonçalves, directores dos dois clubes.
Foi confirmado o castigo de um jogo a Coates, na sequência dos dois amarelos e expulsão de que foi alvo de João Pinheiro.
Neste caso, o Conselho de Disciplina entendeu que ""não se vislumbra indiciado qualquer abalo à credibilidade probatória reforçada de que gozam aqueles relatórios oficiais, pelo que se confirma o total da factualidade descrita nos relatórios, com as consequências disciplinares previstas no RDLPFP. Mantém-se, assim, inatacável toda a materialidade subjacente à decisão em campo do árbitro (Culpado de comportamento antidesportivo), pelo princípio da autoridade do árbitro [plasmado no artigo 13.º, al. g), do RDLFPF], nos exactos termos da field of play doctrine. Ademais, não se verificam os requisitos de pertinência e qualquer necessidade quanto à diligência probatória requerida de pedido de esclarecimentos, porquanto a conduta em apreço vem descrita, de forma expressa e suficiente, em sede de Relatório de Jogo".
O Conselho de Disciplina da Liga anunciou a instauração de um processo disciplinar a Matheus Reis, na sequência de actos ocorridos no jogo. De acordo com o documento, um gesto do ala brasileiro em direção a Francisco Conceição, neste caso um pirete após uma disputa de bola entre ambos junto à linha de fundo, valeu o processo disciplinar. Isto, não por constar em algum relatório oficial, mas sim por ter sido "amplamente divulgado na Comunicação Social".
Hugo Viana e o director do clube do Norte Luís Gonçalves foram castigados com 20 dias de suspensão e estão também a contas com processos disciplinares.
Sobre os múltiplos incidentes ocorridos no estádio do Dragão, o CD abriu um processo de inquérito. O processo segue agora para a Comissão de Instrutores, que irá então averiguar se existe matéria disciplinar. O referido processo de inquérito pode resultar num processo disciplinar que, por sua vez, poderá determinar a interdição do Estádio do Dragão.
Em face das várias ocorrências no jogo de sexta-feira, o Conselho de Disciplina da FPF apresentou um documento próprio e oficial no qual elenca todos os castigos, multas e ainda processos instaurados no decurso dessa partida da Liga Bwin.
Pode ler o documento na íntegra aqui.
NOTA: O Sporting estranha o nome de Sérgio Conceição não aparecer no relatório do delegado da Liga, na descrição dos incidentes na garagem do Estádio do Dragão e vai arrolar João Moreira como testemunha, pois a informação relativa à presença do treinador no local do confronto com Frederico Varandas foi-lhe transmitida por Rui Pereira, director de segurança dos leões, e não aparece mencionada no relato dos acontecimentos.
A descrição do sucedido na garagem do estádio do Dragão foi passada por Miguel Braga ao responsável pela segurança do clube, Rui Pereira, que por sua vez a fez chegar ao delegado da Liga Portugal, João Moreira. No entanto, nem o dito Rui Pereira nem qualquer outro representante do Sporting teve acesso à redacção final do documento que, sabe-se agora, não inclui a referência a Sérgio Conceição.
O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol pronunciou-se esta terça-feira sobre os processos instaurados relativamente ao Famalicão-Sporting (5 de Dezembro de 2020) e Belenenses SAD-Sporting (27 de Dezembro de 2020), aplicando quase 10 mil euros em multas, que passamos a detalhar.
Do primeiro duelo, referente à jornada 9 do campeonato, saíram sanções de 306 euros para os jogadores Luís Neto, Feddal e João Palhinha, enquanto Hugo Viana 'subiu' para os 612 €. Este processo está relacionado com os acontecimentos no túnel depois do apito final de um jogo que terminou empatado a dois golos e com muita polémica, dado o tento anulado a Coates já na compensação.
Quanto ao duelo com a Belenenses SAD, no Jamor, Rúben Amorim foi multado em 1.910 euros e o Sporting em 6.380, sendo o processo contra Emanuel Ferro, adjunto, arquivado. O CD sustenta a coima a Rúben Amorim com a inobservância de deveres e aos leões por apresentarem "um quadro técnico sem as habilitações mínimas", ou seja, pela postura do seu treinador no jogo quando ainda não estava inscrito no IV nível da UEFA.
Somando tudo, temos 9.820 euros, em decisões que, como tem sido norma, deverão ser alvo de recurso por parte dos visados - jogadores, director-desportivo e sociedade.
What else is new???
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol abriu um processo de inquérito, após uma participação do Benfica, pelo recurso do Sporting a tribunais civis que permitiu a utilização de João Palhinha, disse ontem fonte próxima do processo.
No comunicado do CD da Federação, é revelada a "instauração de processo de inquérito, por deliberação da secção profissional, de 9 de Fevereiro de 2021, na sequência de participação disciplinar apresentada por sociedade desportiva para apuramento do alegado recurso a tribunais estaduais e eventual utilização/participação irregular de jogador".
De acordo com o referido documento, "o dito processo foi enviado, ontem, à Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, ficando excluída a publicidade até ao fim da instrução".
Um processo que, até ver, parece quase não ter fim. Porventura, por estar a mexer muito, demasiado até, com os poderes instalados, aquilo que por norma apelidamos de "sistema".
O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol abriu um processo de inquérito aos falsos positivos de Sporar e Nuno Mendes no Sporting. Segundo se pode ler no comunicado do organismo, o objectivo é apurar sobre a... "alegada violação de dever de isolamento relativo à doença Covid-19, por parte de jogadores, na sequência de participação disciplinar apresentada por sociedade desportiva."
A sociedade desportiva em causa é o FC Porto. O clube do Norte contestou publicamente a pretensão do Sporting em utilizar Nuno Mendes e Sporar na meia-final da Taça da Liga, tendo inclusive ameaçado não ir a jogo. O lateral e o avançado acabaram por participar na final da prova, depois de a Unilabs ter respondido a um pedido de esclarecimento da DGS. O Sporting decidiu mudar de laboratório de análises clínicas, depois desta polémica.
Já tinha este post preparado ontem mas decidi fazer pausa para reflectir sobre a questão, mas confesso que não compreendo a razão do Conselho de Disciplina surgir agora a querer investigar seja o que for relativamente ao processo dos falsos positivos, salvo, porventura, a conduta muito suspeita da Unilabs, e sobre a qual, creio, o Sporting já fez queixa.
Já o clube de Pinto da Costa, em linha com o carácter do seu líder, é deveras transparente com a sua intenção. Quando não consegue ganhar dentro das quatro linhas recorre a todos e quaisquer meios ao alcance.
Estou para ver o que é que vai sair disto... O Sporting a ser punido e até a ter que abdicar da Taça da Liga que conquistou?
Quando se pensa que já se viu tudo do mais ridículo no futebol português, aparece sempre algo mais. É uma fonte eterna de tudo o que não deve ser!
O Conselho de Disciplina da FPF não fez pausa para celebrações da época e, pelos vistos, no primeiro dia do novo ano, revelou que instaurou novo processo disciplinar a Rúben Amorim e ao Sporting CP, e desta vez, para não discriminar, também fez alvo do adjunto Emanuel Ferro.
Segundo o mapa de castigos ontem divulgado, os processos disciplinares reportam ao jogo com o Belenenses SAD (vitória por 2-1), na 11.ª jornada, sem que o documento revele qual a razão pela qual as três partes foram alvo de processo.
Mais um "mistério" do futebol cá do burgo para desdobrar, com o Sporting CP no centro das atenções, como não podia deixar de ser.
Rúben Amorim reagiu à "novidade" na conferência de imprensa de antevisão ao jogo de hoje:
"Não me sinto perseguido. Quando somos jogadores, é verdade que pensamos isso dos treinadores, não tenho nada essa mentalidade de que estou a ser perseguido. Tenho mais visibilidade porque estou no Sporting e não tenho o nível para ser treinador principal e isso cria problemas à equipa técnica. Mas às vezes custa-me um pouco a entender. Eu e o Emanuel tivemos algumas conversas com o quarto árbitro para eu voltar para o banco, sendo um campo onde é difícil falar com a equipa eu tinha de ir quase a meio caminho para conseguir falar com o Emanuel. Mas isto é como é. Se me instaurarem o processo, o Sporting também me ajuda nessa parte (risos). Há que aceitar".
Rúben Amorim foi punido pelo Conselho de Disciplina da FPF com 6 dias de suspensão e uma multa de 3.825 euros pelo comportamento no Clássico entre o Sporting e o FC Porto.
O treinador leonino terá dito após a decisão de reverter o penálti: "Isto é uma vergonha. Vocês são uma vergonha".
A manifestação de Rúben Amorim terá sido comunicada ao árbitro, pelo quarto árbitro, que, minutos antes, ignorou os palavrões de protesto verbalizados por Sérgio Conceição. Daí que Amorim tenha sublinhado a lamentável dualidade de critérios.
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Entretanto, o Sporting emitiu um Comunicado sobre a função do VAR, em função de vários episódios adversos e, muito em especial, no que sucedeu no Sporting vs FC Porto, no passado sábado:
"O Sporting Clube de Portugal entende (sempre entendeu) que o videoárbitro (VAR) é um instrumento deveras essencial para a protecção da arbitragem e do espectáculo desportivo.
O VAR não pode voltar atrás, mas também não pode ficar parado.
A sua função não só pode como deve ser aperfeiçoada o mais possível, nomeadamente adoptando-se mecanismos que tornem a sua utilização mais uniforme e transparente.
O Sporting Clube de Portugal defende, por isso, que o protocolo do VAR seja objecto de intervenção no sentido da adopção de critérios claros e inequívocos de uniformização, que mantenham o princípio da intervenção absolutamente mínima, mas garantam que esta efectivamente não ocorra quando não pode ocorrer, e que efectivamente ocorra quando tem de ocorrer.
Defende, igualmente, que os diálogos entre o VAR e o árbitro, com o jogo parado, sejam divulgados em directo, durante a transmissão do encontro, à semelhança do que acontece noutros desportos em que as decisões tanto do VAR como das equipas de arbitragem são transparentemente explicadas a todos os intervenientes do espectáculo e aos espectadores.
Por essa razão, apresentará as suas propostas de alteração neste caminho no sentido da transparência.
O Sporting Clube de Portugal continuará a lutar pela adopção de todas as medidas que, como estas, visem proteger os árbitros e contribuir para a transparência e compreensão da sua actuação, mantendo o foco no jogo jogado, no espectáculo e na verdade desportiva.
Quem não deve, não teme".
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol revelou esta quinta-feira o Mapa de Castigos relativo à última jornada da fase de grupos da Taça da Liga.
No documento confirma-se o castigo de um jogo aplicado a Yannick Bolasie, pela expulsão por acumulação de amarelos no embate com o Portimonense. Para já, o avançado congolês está em risco de falhar o Clássico com o FC Porto, marcado para dia 5 de Janeiro.
Com a divulgação do Mapa de Castigos, o Sporting pode agora iniciar o processo de pedido de despenalização, que aliás foi anunciado por Beto Severo, logo após o apito final de João Pinheiro, em Portimão.
Salvo haver um impedimento técnico que eu desconheça, não dá para compreender a razão do Conselho Disciplinar aplicar o referido castigo, tendo imagens à sua disposição para verificar que o lance foi uma autêntica farsa ensaiada pelo jogador algarvio e que a subsequente decisão do apitador João Pinheiro, a penalizar uma acção que não pode ter visto, porque não existiu, é, para ser muito simpático, ridícula e vergonhosa.
O Sporting já recorreu ou vai recorrer da decisão e veremos então o desfecho. Tendo em conta que se trata do futebol português, tudo é possível.
Nota: Através da sua conta no Twitter, Bolasie reagiu, com algum humor, ao anúncio do castigo que lhe foi aplicado: "Portanto, vou falhar o próximo jogo muito importante da equipa... vá lá rapazes, onde está o espírito de Natal?".
O Conselho de Disciplina da FPF multou o Sporting em 18,489 mil euros, consequência de alguns acontecimentos no encontro com o Vitória de Guimarães, no passado dia 27 de Outubro.
"Entrada e permanência de materiais pirotécnicos no recinto desportivo"... custou ao conjunto verde e branco 1913 euros, enquanto "comportamento incorrecto do público", que deflagraram "tochas" e "potes de fumo" valeu uma coima de 3188 euros.
A maior fatia ‘do bolo’ chegou pelo "arremesso de objecto sem reflexo no jogo", que valeu uma multa de 10 mil e 200 euros. Os restantes 3188 euros devem-se a "agressões graves a espectadoresdores e outros intervenientes", que, segundo consta no comunicado do CD, "pelas 21h00, nos corredores inferiores dos sectores 414 e A16, um adepto foi agredido por dois indivíduos pertencentes ao subgrupo casuais do Sporting".
Ler esta patética missiva de Luís Gestas - um dos sete pigmeus amestrados que sustentam o lunático presidente na cadeira da presidência - fez-me lembrar uma frase que li algures, que me parece pertinente a este momento e á pessoa:
"A vergonha não é mais que a preciosíssima capacidade do homem de relacionar os seus comportamentos com as exigências daquela suprema consciência, que nos foi deixada de herança pela história da humanidade".
Consideração que passa a léguas da consciência de Luís Gestas, não sendo, por isso, menos adequada. Eis o seu texto de Facebook, numa aparente tentativa de retaliação pelo recém-texto dos três elementos demissionários do Conselho Directivo de Bruno de Carvalho, já aqui transcrito no Camarote Leonino:
"Sofri no último mês pressões para abdicar daquilo que os sócios me conferiram, a honra de servir o Sporting Clube de Portugal.
Não sei o que ofereceram aos meus colegas demissionários mas eu não estou à venda.
Basta!
Basta de dirigentes partidários tentarem-me com empregos. Basta dos meus melhores amigos servirem de intermediários.
Basta de ofertas de dinheiro.
Basta de ameaças físicas.
Estou farto!
Estou cansado!
Mas sei o que se passa e porquê querem isso. Se alguém se subjugou a outros partidos eu não me vergo. Não utilizem triplos abraços para me sensibilizar, o templo, esse é para combater a tirania e não para se compactuar com ela.
Já deu para ver que têm medo dos sócios, mas são eles os únicos donos do clube e nunca os irei trair. Nenhum dinheiro nem nenhum emprego me fará passar a responsabilidade de ter entregue o clube a quem só o quer para proveito financeiro.
Nestes 5 anos não ganhei um euro no Sporting, mas ganhei, ganhei o orgulho de servir este clube e construir aquilo que todos diziam impossível.
Por isso, se o Álvaro quer apropriar-se do clube, que seja por vontade dos sócios, nunca será com a minha demissão.
"Para fazerem mal ao Sporting primeiro vão ter de me matar".
Confesso que fiquei na dúvida sobre o real autor deste texto, tão em consonância com as usuais verbosidades do suspenso presidente. Em qualquer caso, vai parar ao mesmo, já que há muito que é evidente que ninguém à volta de Bruno de Carvalho está autorizado a pensar por sua própria cabeça, partindo do princípio que haverá, entre eles, um cérebro merecedor de aproveitamento.
Este é o comunicado emitido hoje pelo rastejante lunático do presidente, reforçado pelos sete "anões" do Conselho Directivo.
Não estou disposto a escrever o "livro" que seria necessário para devidamente comentar tudo o que é declarado nesta missiva, mas deixo uma simples pergunta a todos:
Depois de mais de cinco anos de mentiras deste presidente, com acentuado acréscimo nas últimas semanas/meses, como é humanamente possível acreditar seja no que for que ele diz/escreve agora?
No que diz respeito ao Estatutos do Sporting, é deveras espectacular que só o golpista e os "anões" é que possuem a capacidade intelectual para ler e interpretar as regras que regem o Clube.
Já o disse em comentário e reitero agora, que muito mais do que estar agarrado ao poder, só por si, Bruno de Carvalho teme as consequências, para a sua pessoa, com o Sporting CP a ser gerido por outras pessoas num futuro próximo. O epicentro da "tempestade" é mesmo esse e o que o motiva a fazer tudo e mais alguma coisa, legal ou ilegal, para impedir essa ocorrência.
Eis o comunicado:
1. Hoje ouvimos falar em providências cautelares para suspender, de imediato, a actual Direcção das suas funções.
Queremos esclarecer que estando o Clube em normal actividade, sendo que este ano já é o melhor da nossa história no que respeita a títulos europeus e nacionais, estando as contas equilibradas e registando-se nos últimos 5 anos um crescimento de 60.000 Associados, não consideramos credível que um tribunal considere não ser dos superiores interesses do Clube a continuação de uma Direcção que tem no currículo os melhores resultados desportivos e financeiros de sempre.
Também não tem a menor credibilidade que isso aconteça na Sporting SAD, pois esta Administração foi a única na história do Clube a apresentar um mandato positivo e a apresentar, já esta época, contas positivas. Uma SAD que tem em mãos um empréstimo obrigacionista, que tem conseguido não parar mesmo perante todos os ataques que tem sofrido, e uma contratualização jurídica das melhorias da reestruturação financeira que também conseguiu não parar perante todas as adversidades, mostra estar a assegurar o normal funcionamento da SAD. Para além disso, tem em mãos negociações de compras e vendas de jogadores da SAD na preparação da próxima época, assim como o Clube está a fechar os planteis das restantes 54 modalidades.
Não terá qualquer credibilidade uma decisão de tribunal que se pronuncie a favor da destituição de uma Direcção e Administração, por causa de processos de rescisão sem sentido e por chantagens de que, se sairmos, voltam a ter condições psicológicas para ficar ou ser negociados. A lei é muito pragmática e não pode decidir com base em chantagens ou no diz que disse. Tem de se cingir a factos, e esses apontam todos para que os superiores interesses do Clube e da SAD seja a manutenção da actual Direcção e Comissão Executiva da SAD.
2. Apelamos novamente aos jogadores que apresentaram as rescisões para refletirem bem no conteúdo das mesmas, nas implicações desportivas e financeiras, e nas denúncias caluniosas que estas encerram, e para que voltem atrás nos dias que a Lei lhes permite. E voltamos a apelar a todo o plantel para que tenha muita serenidade, para não se deixar manipular e para que tenham umas boas férias, limpem a cabeça de uma época que nos frustrou a todos e ficarem prontos para mostrarem, na próxima época, que com Atitude e Compromisso continuamos todos com o objectivo de levar o Sporting CP a ser Campeão.
3. Em face de notícias tornadas hoje públicas, reiteramos que condenamos quaisquer actos de violência e todas as formas de coação, pelo que todos os atletas das 55 modalidades do Sporting CP, bem como equipas técnicas e elementos do staff, que sejam alvo de ameaças, a si ou às suas famílias, devem comunicar de imediato os factos à Administração da SAD e à Direcção do Sporting CP, para que sejam tomadas todas as medidas necessárias à sua protecção.
4. Sobre o assunto da transferência de Rui Patrício, escusam de existir mais comunicados da Gestifute ou actuações circenses dos cartilheiros. Fazemos esta pergunta simples para um simples sim ou não da Gestifute: A Gestifute exigiu ou não, para que a transferência de Rui Patrício se fizesse, mais de 7 milhões de euros para liquidar acertos de contas que eles acham devidos por cláusulas que existiam nos contratos de renovação de Rui Patrício e de Adrien Silva no tempo de Godinho Lopes? Basta de tantas mentiras e manipulações! Pediram esses 7 milhões ou não?
5. Queremos aqui deixar uma palavra de força ao presidente do Vitória de Guimarães e seus atletas, treinadores e staff que, conforme já foi publicamente confirmado pelo Presidente e pelo treinador Pedro Martins, também sofreram um acto hediondo, criminoso e terrorista na Academia em Guimarães, com cerca de 50 indivíduos encapuçados, com tochas e que bateram violentamente em todos. Tudo foi relatado às entidades respectivas que, infelizmente, não deram a relevância que foi dada no caso de Alcochete quando, apesar das supostas dimensões dos Clubes, os seres humanos são todos iguais. É também de louvar a atitude destes treinadores, atletas e staff que se mantiveram em treino na sua academia, em actividade e não apresentaram qualquer rescisão.
6. Queremos desde já voltar a afirmar que a constituição da Mesa da Assembleia Geral Transitória está suportada na Lei. Não basta a ignorância para se falar. Os estatutos mais a lei e a jurisprudência são claros, e o que foi feito é absolutamente legal, tal como todas as decisões seguintes da MAG transitória.
7. Não entendemos nem aceitamos esta continuação de tentativa de golpe por parte dos antigos órgãos sociais que se demitiram, MAG e CFD do Clube. Já estão marcadas eleições para esses 2 órgãos para 21 de Julho. Se já não se identificam com este projecto ganhador, então devem deixar os Associados decidir os novos órgãos sociais, MAG e CFD, nessas eleições.
8. Uma AG para destituição tem preceitos legais e regulamentares que podem ser cumpridos pelos associados a qualquer momento. A de dia 23 estava ferida na sua legalidade, mas podem os Associados cumprir esses preceitos e entregar à MAG transitoria ou à nova MAG que será eleita dia 21 de Julho para o efeito. Não se retirou qualquer possibilidade de dar a voz aos Associados, nem lhes foi retirado qualquer direito. Relembramos que a AG do próximo dia 17 também tem um ponto, que estava no programa eleitoral sufragado, e os Associados terão a possibilidade de dizer tudo e de colocarem todas as questões que acharem pertinentes. Esperamos que os Associados tenham ficado esclarecidos de vez sobre estes assuntos, quer por este comunicado, quer pelas 3 sessões de esclarecimento que foram realizadas de Norte a Sul, em Portugal continental, onde durante um total de 18h a Direcção respondeu a todas as questões que lhe foram colocadas com frontalidade, sinceridade, lealdade e sentido de responsabilidade. Todos aqueles sportinguistas que andam de programa em programa a dizer mal de tudo no Sporting, ou mesmo nas redes sociais, demonstrando uma irresponsabilidade total e falta de sentido de defesa dos superiores interesses do Clube, não apareceram em nenhuma sessão de esclarecimento, o que demonstra claramente a falta de argumentos ou de vontade de ser esclarecido, mas sim e apenas estarem motivados pelo ódio e pela tentativa de assaltar o poder a todo o custo.
9. É totalmente falso que, alguma vez, Jorge Jesus tenha sido despedido, que lhe tenha sido oferecida a renovação de contrato ou que o treinador tenha feito qualquer tipo de chantagem com uma possível rescisão por justa causa. São mais mentiras para ir alimentando esta campanha de calúnias, difamações e chantagens, a que nenhuma instituição pode ceder.
O Conselho Directivo do Sporting CP e a Comissão Executiva da Sporting SAD
Conselho Directivo
do Sporting CP
Bruno de Carvalho
Carlos Vieira
Rui Caeiro
Alexandre Godinho
José Quintela
Luís Gestas
Luís Roque
Comissão Executiva
da Sporting SAD
Bruno de Carvalho
Carlos Vieira
Rui Caeiro
Guilherme Pinheiro
Para ser sincero, fui alertado para o recém-comunicado do Conselho Directivo do Sporting por uma publicação do Record, publicação essa que fui obrigado a reler duas vezes, só para ter a certeza que não eram os meus olhos que me estavam a enganar. Mesmo agora, na preparação do post, não quero acreditar no que estou a ler.
O leitor manifestará a sua opinião, decerto, mas sem sequer ponderar os quês e porquês de Direito, acho que chegou a altura de Jaime Marta Soares, como presidente legítimo da Mesa da Assembleia Geral, exigir intervenção judicial.
O comunicado dos usurpadores - nas circunstâncias, acho que é o termo mais adequado - está disponível aqui, mas para os efeitos deste post limito-me a transcrever a reportagem do Record, que descreve o escandaloso cenário em síntese:
O Conselho Directivo do Sporting anunciou esta sexta-feira de madrugada a convocação de uma Assembleia Geral Ordinária para 17 de Junho e ainda uma Assembleia Geral Eleitoral para a Mesa da Assembleia Geral (MAG) e para o Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD), neste caso para 21 de Julho. Ao mesmo tempo, a direcção leonina garante que a AG de destituição que estava agendada para dia 23 de Junho "não se realizará".
Após a renúncia em bloco da MAG e do CFD, o Conselho Directivo tomou a deliberação de substituir a Mesa da Assembleia Geral demissionária e ainda Jaime Marta Soares por uma Comissão Transitória da MAG, composta por três elementos (Elsa Tiago Judas, Trindade Barros e Yassin Nadir Nobre), que por sua vez decidiu "substituir o CFD demissionário por uma Comissão de Fiscalização" de cinco pessoas: José Maria Subtil de Sousa, Miguel Varela, Sérgio Félix, Fernando Carvalho e Pedro Miguel Monteiro Carrilho.
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol instaurou um processo de inquérito, na sequência da denúncia anónima, feita à Procuradoria Geral da República, por alegada corrupção no Estoril-FC Porto.
"O processo foi enviado hoje à Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profisional, mantendo-se em segredo até ao fim da instrução", informou esta terça-feira o organismo federativo.
O jogo tinha sido supenso no dia 15 de janeiro, por motivos de segurança, e foi retomado no dia 21 de Fevereiro, com os dragões a virar o resultado (1-0) para 1-3.
Dias depois foi feita uma denúncia sobre um pagamento dos portistas aos canarinhos, no valor de 784 mil euros. Tanto o Estoril como o FC Porto repudiaram a notícia, mas os dragões confirmaram o pagamento e justificaram que se tratou de uma acerto de contas entre as duas entidades, relativas a transferências de jogadores, como Carlos Eduardo ou Licá.
O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) arquivou a exposição apresentada pelo Benfica contra o Sporting, no que diz respeito a uma alegada quebra unilateral e ilegal do contrato de empréstimo de Ryan Gauld e André Geraldes ao Vitória de Setúbal.
Em finais de Janeiro deste ano, após a polémica partida da fase de grupos da Taça da Liga, entre Sporting e Vitória, decorrente do corte de relações institucionais entre os dois emblemas, os leões decidiram "resgatar" o médio escocês e o lateral português.
As águias apresentaram queixa, argumentando quebra contratual unilateral e ilegítima do Sporting. A SAD encarnada invocava, na altura, o o ponto 5 do artigo 78.º, que define que "não são admissíveis cláusulas que prevejam a possibilidade de, por iniciativa unilateral do clube cedente, ser imposto ao clube cessionário o termo do contrato de cedência antes do prazo contratualmente fixado".
Todavia, o entendimento do CD da FPF foi diferente, concluindo-se pela "inexistência de indícios da prática de qualquer infracção disciplinar" e, por consequência, arquivando-se o processo.
Ficamos com a ideia que esta decisão do Conselho de Disciplina dará ensejo a mais uma email ou duas do clube da Luz, em virtude da sua óbvia preocupação com os termos das cedências do Sporting.
Comunicado do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol
1. O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, pela natureza das suas competências, tem por regra a não intervenção pública.
O exercício da função disciplinar, qualquer função disciplinar, quer-se serena e reservada.
Situações há, todavia, em que o órgão disciplinar do futebol português não só pode como deve pronunciar-se publicamente mediante a emissão de comunicado.
O Conselho de Disciplina, na época desportiva que se encontra a quinze dias do seu final, já o fez, embora, naturalmente, em casos contados.
2. A emissão de um comunicado como a que agora se efectiva sendo excepcional deve fundar-se em razões ponderosas e objectivas, que reclamem a tomada de uma posição pública junto de todos os operadores do futebol e, acima de tudo, perante aqueles que vêem nessa modalidade desportiva uma referência quase diária, isto é, os adeptos, os amantes do desporto e o público em geral.
3. Hoje toda a imprensa confere assinalável destaque a um conjunto de declarações e factos, de diversa natureza e origem.
Refere-se ainda a investigação do Ministério Público e do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.
Assim sendo, perante este retrato público, não pode o Conselho de Disciplina deixar de se exprimir, em nome da confiança que devem merecer as instituições desportivas que exercem o poder disciplinar junto de um, como vimos, vastíssimo universo de entidades e pessoas.
4. Na sequência das primeiras declarações e notícias sobre o mesmo objecto, que tiveram lugar a 6 e 7 do corrente mês, o Conselho de Disciplina determinou no dia 8, a abertura de um processo de inquérito para apurar a possibilidade de, a partir delas, se configurar ou não a prática de alguma infracção disciplinar.
Tal despacho foi, de imediato, remetido à entidade com poder instrutório disciplinar exclusivo, a Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.
Ontem, perante novas declarações e notícias, foi determinado anexar esses elementos ao processo de inquérito.
O mesmo sucederá amanhã perante as notícias de hoje e sempre assim será quando o Conselho de Disciplina tomar conhecimento de elementos relativos ao objecto do inquérito.
Esclareça-se, aliás, que ao Conselho de Disciplina não chegou, até a este momento, qualquer denúncia, participação, queixa, seja de quem quer que seja ou mesmo anónima.
O Conselho de Disciplina agiu de imediato, perante as declarações e notícias públicas, como lhe impõe a lei e os regulamentos, não se demitindo das suas funções a coberto da necessidade do impulso de outros.
5. No momento em que nos encontramos a cerca de duas semanas do início de uma nova época desportiva, seria bom que os procedimentos disciplinares, relativos ao passado, se encontrassem a findar.
Não é assim e por diversas razões, muitas delas de natureza processual e erigidas em nome da garantia de defesa dos próprios agentes arguidos.
6. Tal, contudo, não deve ser um entrave a que o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol e todos os operadores do futebol, desde logo, também, a Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, façam todos os esforços que são reclamados por todos aqueles que verdadeiramente amam o futebol como modalidade desportiva que se desenrola em conformidade com os valores desportivos.
Todos, no espaço das suas competências, devem isso ao futebol e, nesse sentido, apela-se a que todos tenham um empenhamento redobrado de molde a afastar de forma célere, não só o manto de suspeitas que escurece o universo das competições profissionais, mas ainda para que todos os procedimentos disciplinares, independentemente da sua natureza ou objecto, venham a alcançar a mais rápida resposta final possível, de modo a que tais competições se disputem, desde o dealbar da época desportiva 2017/2018, num ambiente de regularidade e estabilidade.
O Conselho de Disciplina reafirma, uma vez mais, esse propósito de sempre.
Cidade do Futebol, 15 de Junho de 2017
José Manuel Meirim
O Conselho de Disciplina da FPF anunciou esta quinta-feira a abertura de processo disciplinar ao treinador do Benfica - bem como ao vice-presidente Domingos Almeida Lima e ao director de comunicação Luís Bernardo - na sequência das queixas apresentadas pelo Sporting. Quanto às participações sobre o comportamento de Jonas e Samaris no clássico, o organismo federativo decidiu não avançar com qualquer processo.
Recorde-se que segundo a participação, o Sporting queixou-se de declarações de Rui Vitória de 18 de Fevereiro, antes do jogo com o Braga. Segundo a reclamação, o treinador do Benfica comete infracção ao expor que "ele será o vector de pacificação dos seis milhões de adeptos, avisando o árbitro que este deverá ser comedido, ameaçando-o que não deverá brincar com o trabalho dele e dos seus jogadores".
O vice-presidente Domingos Almeida Lima e o director de comunicação Luís Bernardo também foram alvo de queixas:
O primeiro por declarações a 23 de Março em que "questiona a parcialidade de Conselho de Disciplina, Comissão de Instrutores, FPF, LPFP";
O segundo por comunicado "onde por diversas vezes e em diversos termos se pronuncia sobre parcialidade da justiça desportiva, entidades decisórias e investigatórias".
Nuno Saraiva reagiu, publicando um longo texto na sua página de Facebook, onde deixou várias criticas ao presidente do Conselho de Disciplina (CD), José Manuel Meirim, e ao próprio organismo.
Entre outras acusações, afirma "No fundo, o que o professor Meirim está a promover é a cultura de que o douto Conselho não pode ser incomodado com pequenos delitos ou infracções - se assim for esses compensam -, porque o palco só deve ser ocupado pela grande criminalidade".
E termina... "Apetecia-me fazer um desabafo, mas porque não sei a cor do lápis do professor Meirim, o melhor é guardá-lo para mim".
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