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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
*** Houve um problema técnico, entretanto corrigido, que impediu comentários no post. Pedimos desculpa aos estimados leitores.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Manchester City, para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, que resultou numa derrota por 0-5.
Jogo sem história, tal foi a superioridade do Manchester City numa noite que terminou decepcionante para o Sporting. A equipa ousou entrar a jogar de frente, olhos nos olhos com os ingleses, mas a tremenda eficácia dos Citizens foi espectacularmente mortífera; em quatro oportunidades fizeram quatro golos (consentidos) ainda antes do intervalo e logo aí ficou sentenciada a eliminatória. Ficaram ontem bem evidentes as sequelas que o duríssimo jogo do Dragão causou nos jogadores do Sporting: muito desligados, tolhidos e deveras erráticos na reacção aos movimentos e passes com elevada precisão da equipa do Guardiola. O ataque também nunca aproveitou os escassos espaços que o adversário concedeu. Domingo será o regresso à terra para enfrentar o Estoril e claro o regresso às notas positivas,.
DESTAQUE - ADEPTOS DO SPORTING - 6 - O momento mais alto do Sporting no jogo e que está a correr os quatro cantos do mundo, foi dado pelos adeptos no estádio, quando de forma inesperada a poucos minutos do final da partida, se levantaram das cadeiras abanando os cachecóis bem no ar e cantando a bons pulmões um dos hinos mais ouvidos no apoio à equipa, foi um momento de arrepiar e que os jogadores e treinador jamais irão esquecer nas suas vidas.
ANTONIO ADÁN - 2 - Noite muito fria e exibição gelada. Não foi o Adán que conhecemos, seguro e imponente e para maior azar ainda levou com dois golos no ângulo da sua baliza, mas em outros dois podia e devia ter feito melhor.
PEDRO PORRO - 2.5 - Acabou por ser o melhor da defesa, mas pouco afoito nas saídas. O Guardiola estudou bem o Sporting e sabia que o Porro era uma das fontes de energia da equipa e não lhe deu espaço, quando o teve decidiu quase sempre mal.
GONÇALO INÁCIO - 2 - Mais um jogo para o seu crescimento. Muito comprometido na abordagem aos lances, evidenciou excesso de nervosismo e com isso nunca se soltou em todo o jogo.
SEBASTIÁN COATES - 2 - Com avançados muito rápidos, eficazes nos passes curtos e nos movimentos de rotura à sua frente, sabemos que não é de todo a sua praia. Foi uma noite de tortura.
MATHEUS REIS - 2 - Desastrado, descontrolou-se várias vezes na decisão dos espaços que tinha que ocupar, noite para esquecer.
RICARDO ESGAIO - 2 - Depois daquela noite da batalha que viveu no Porto e ter que levar a seguir com o Riyhad Mahrez ao vivo pela frente, foi missão quase impossível para as suas limitações, principalmente quando teve que usar o pé esquerdo.
JOÃO PALHINHA - 2.5 - Foi uma das notas positivas da equipa, mas faltou-lhe sempre algo mais, deixou quase sempre tudo a meio, na transição nunca conseguiu furar a teia que o adversário montou no meio campo. Entre ele e o Matheus Nunes esteve sempre espaço a mais e foi vê-los a passar.
MATHEUS NUNES - 3.5 - O melhor elemento da equipa, merecendo um rasgado elogio do Guardiola no final do jogo. Antes de chegar o peso dos golos do City, estava a ser o melhor jogador em campo, muito desequilibrador em várias zonas do terreno onde abriu espaços para a transição, mas nunca teve o apoio que merecia dos colegas da frente. Com o terceiro tiro eficaz do adversário e com sentimento visível de frustração atirou a toalha ao chão.
PEDRO GONÇALVES - 2 - Deu continuidade à má fase em que tem vindo a atravessar, conseguiu alguns espaços para chegar perto da área do City mas depois perdeu-se a pensar como definir e acabou desarmado.
PABLO SARABIA - 2 - Exibição discreta e inconsequente, raramente a bola lhe chegou e quando a teve nunca decidiu bem, faltou-lhe maior frescura física.
PAULINHO - 2 - Foi 'engolido' nas poucas vezes que chegou a ver a bola perto de si. Os seus movimentos normais de recuo para procurar o apoio, foram também sempre bem anulados.
MANUEL UGARTE - 2.5 - Missão muito ingrata, entrar no jogo com a equipa já a perder por 4 golos de diferença, foi para ajudar a minimizar o sofrimento dos colegas e conseguiu várias dobragens com sucesso, mas o adversário já optava pelo controle da posse de bola mais longe da área do Sporting.
BRUNO TABATA - 1.5 - Entrou com o resultado já feito e para a missão de reduzir os espaços no meio campo, era hora de minimizar os estragos.
ISLAM SLIMANI - 1.5 - Entrou simplesmente para ganhar ritmo.
LUÍS NETO - 1.5 - A substituição usual quando é hora de sair o Pedro Porro e o Esgaio está à esquerda e passa para o corredor direito.
RÚBEN AMORIM - 2 - Pois... uma goleada em casa é sempre duro para todos e para o treinador também. Está a fazer o seu trajecto e a aprender. Uma lição que o Guardiola lhe deu na leitura do antes e no durante do jogo do Sporting. Aprendeu o que é defrontar uma das melhores equipas do mundo no conhecimento da ocupação dos espaços no terreno. Aprendeu que terá que impor outra dinâmica nos seus jogadores e não ir com um meio campo menos preenchido, com isso provoca mais espaços para quem é terrivelmente eficaz no passe e na movimentação. Manter o que de melhor sabem fazer? Sem dúvida, mas com a inclusão de alguns ajustes perante um adversário tão poderoso.
PEP GUARDIOLA - 6 - Não brincou em serviço, levou o jogo em Alvalade muito a sério, exigindo aos seus jogadores o máximo de concentração e eficácia na pressão alta às saídas do Sporting. Quando via que um dos seus jogadores não cumpria no posicionamento, ia aos arames com ele de forma bem visível. Deu espectáculo com um futebol dinâmico, pleno de intensidade e acima de tudo muito eficaz, depois teve a sorte de tudo lhe correr à feição. Equipa de excelentes executantes mas também muito bem trabalhada, não é por acaso que goleou quase todos os adversários que defrontou esta época.
SRDJAN JOVANOVIC (Árbitro) - 5 - Boa arbitragem, deixando correr o jogo sem querer ser protagonista. Verdade que teve um jogo fácil de dirigir, mas também ajudou para que assim acontecesse.
MARCO FRITZ (VAR) - 5 - Uma única dúvida, o lance do primeiro golo pareceu irregular. Não deu para para ver bem as imagens em pormenor e, curiosamente, não mostraram as linhas virtuais do fora de jogo. Vamos acreditar que decidiu bem.
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