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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Desde que anunciou a decisão de rescisão, Bruno Fernandes tem sido o “saco de pancada” preferido dos inimigos do Sporting e nem a brilhante e histórica época que está a fazer, faz esmorecer aqueles que lhe querem mal.
Ver adeptos adversários a atacar este profissional custa, mas são “ossos do oficio”, agora ver sportinguistas a fazê-lo, já me parece demasiado masoquismo…
Utilizar este jogador, que se tem mostrado exímio profissional, como arma de arremesso de outras guerras, é algo que tenho dificuldade em tolerar.
Posto isto, tem surgido recorrentemente assunto sobre o “regresso” de Bruno Fernandes à equipa após rescisão e sobre os hipotéticos montantes envolvidos.
Vamos a factos:
Perante estes factos, parece-me por de mais evidente que Bruno Fernandes não recebeu qualquer incentivo adicional e nem sequer viu melhorada a sua posição contratual com o seu regresso ao Sporting.
Por isso, atacar e/ou questionar as motivações de B. Fernandes, pelo seu regresso, apenas pode ser revelador de má fé por quem o fizer.
NO ENTANTO, há que esclarecer o que levou a Comissão de Transição e o empresário a negociar uma verba na ordem dos 1,5M€.
Era do conhecimento geral que a Comissão de Transição pretendia resolver as rescisões o mais breve possível e porventura sentiu-se pressionada a aceitar pagar esta verba, ainda mais, referente a um jogador de tão alto valor como é Bruno Fernandes. Se assim foi, a Comissão apenas terá de o assumir e viver com a possivel crítica.
É natural que houvesse uma verba a pagar ao empresário, no entanto, o valor da mesma poderá deixar dúvidas no ar, nefastas caso não exista uma justificação plausível.
Quanto ao jogador, e para aqueles que questionam o porquê de ele manter o empresário, relembro que haverá um contrato em vigor e esta não será certamente uma causa que o permita rescindir.
Além do mais, há indicações que Bruno Fernandes não foi “perdido nem achado” neste capítulo das negociações, podendo ser argumentado que é um assunto da responsabilidade das partes: o seu agente e a Comissão de Transição do Sporting.
Como nota final, chamo apenas a atenção que este valor é devido, mas ainda não foi pago, sendo então plausível a actual Direcção, o jogador e o empresário, sentarem-se à mesa e esclarecerem o assunto, bem como eventualmente renegociarem a verba. Haja vontade para isso.
Adenda: Declaração, desta quarta-feira, de Miguel Rúben Pinho, da Positionumber - Sports Management, empresa que gera a carreira de Bruno Fernandes:
"O valor que mencionam é um valor devido pela Sporting SAD à Positionumber e não a Bruno Fernandes. O Bruno é um profissional de excelência, um enorme jogador que regressou ao clube sem exigir nenhuma renovação contratual e não foi premiado com nada quando regressou. Todos estes factos poderão ser naturalmente confirmados pelo Sporting".
Também Bruno Fernandes reiterou a sua posição:
"Mas qual é o agente que não ganha uma comissão hoje em dia? E foi uma das coisas pelas quais tive uma discussão com o meu agente porque eu não sabia dessa comissão e confrontei-o com isso. Confrontei-o porque o meu objectivo, e ele sabia, que o meu foco, a vir para o Sporting, seria vir com o mesmo salário, vir com as mesmas condições".
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