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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O Benfica foi o clube português que mais pagou em comissões a empresários no último ano - entre 1 de Abril de 2020 e 31 de Março de 2021 -, segundo revelou esta quinta-feira a Federação Portuguesa de Futebol. A SAD das águias pagou 20,3 milhões de euros.
Em segundo lugar na tabela surge o FC Porto, com 15,4 milhões de euros, logo seguido pelo SC Braga, que teve de desembolsar 9,9 milhões de euros. Já o Sporting foi dos clubes da frente da tabela aquele que menos pagou em comissões: 8,5 M€. Nota ainda para o V. Guimarães, que no último ano pagou 2,3 milhões de euros a empresários.
Em comparação com os dados do período homólogo - de 1 de Abril de 2019 a 31 de Março de 2020 -, note-se que o valor pago diminuiu em todos os clubes da frente com excepção do SC Braga - que passou dos 3,3 M€ do anterior período para os actuais 9,9 M€.
Já o Benfica, que voltou a ser a equipa que mais pagou a agentes, pagou menos 13,9 M€ (passando dos 34,2M€ para 20,3 M€), ao passo que o FC Porto reduziu em 8,3 M€ (de 23,7 M€ para 15,4 M€) e o Sporting passou quase para metade, dos 15,9 M€ para 8,5 M€.
Os clubes portugueses pagaram 51,6 milhões de euros em comissões em transferências e renovações de contratos de futebolistas entre 1 de Abril de 2018 e 31 de Março de 2019, de acordo com um relatório divulgado esta sexta-feira pela FPF. Deste lote, destacam-se os três grandes - Benfica, FC Porto e Sporting -, que juntos totalizam quase 42 milhões de euros.
A SAD benfiquista foi a que mais dinheiro desembolsou em comissões, com um total de 17 883 893,02 euros, um valor que corresponde a 36 transações relativas a jogadores do plantel principal e equipa B masculina, mas também da equipa de futebol feminino, que foi constituída no início desta temporada.
O FC Porto situa-se em segundo lugar deste ranking, com 16 120 560,63 euros pagos a intermediários por 38 negócios de transferências ou renovações, enquanto o Sporting atingiu os 10 178 194 euros por 33 operações, surgindo na terceira posição.
Reportagem completa de Carlos Nogueira, Diário Notícias, aqui.
Os futebolistas da English Premier League poderão em breve ser obrigados a pagar aos empresários, mudando aquilo que é a regra actualmente, que é serem os clubes os responsáveis pelas comissões de transferências.
A medida, que pode causar uma revolução no mercado, está a ser estudada pelos líderes dos clubes do principal escalão do futebol inglês, que se irão reunir esta quinta-feira para debater o assunto. Os clubes admitem que provoque um aumento dos salários dos jogadores, mas ao mesmo tempo poderá travar a espiral crescente de comissões que os empresários estão a exigir.
De acordo com a Sky Sports, no ano passado os intermediários de futebol receberam quase 250 milhões de euros em comissões de clubes ingleses e galeses. A transferência de Paul Pogba, da Juventus para o Manchester United, por exemplo, rendeu ao empresário Mino Raiola cerca de 45 milhões de euros, pagos pelos dois clubes.
Um grupo de trabalho da Premier League consultou entretanto uma série de advogados laborais, para tentar perceber que implicações legais teria esta mudança tão radical. Esta quinta-feira, espera-se que a organização decide adoptar já as medidas ou continuar a trabalhar com a FIFA em mudanças ao sistema actual.
Excelente iniciativa que esperamos que seja alargada ao resto do mundo do futebol.
Durante a visita ao Núcleo de Sporting de Arganil, Bruno de Carvalho abordou a recém-declaração de César Boaventura que alegou ter desistido de intermediar uma eventual transferência de Adrien Silva para o AC Milan, pela exigência que 10% dos valores seriam destinados ao presidente do Sporting:
"Essa é a história mais estúpida desde a Gata Borralheira. Gostava que essas pessoas aparecessem com provas".
Recorde-se o que o empresário afirmou em resposta a uma missiva de Nuno Saraiva, em que este o tinha acusado de ser um agente de Luís Filipe Vieira e do Benfica:
"No mercado do passado Verão, um empresário pediu-me para apresentar o Adrien ao AC Milan, e assim o fiz. Na altura demonstraram algum interesse no negócio. Entrei em contacto com esse empresário, para falar na repartição das comissões e saber quem tinha que ganhar. Sabendo eu as dificuldades para receber comissões no Sporting, e também que se tinha que deixar a percentagem de quem manda no clube. Perguntei como seria, ao que me foi respondido que tinha que deixar 10% da comissão para o presidente do Sporting".
Entretanto, "fonte" do Sporting informou que o departamento jurídico do Clube está a analisar a situação e que as alegações do referido empresário estão sob escrutínio dos advogados para eventual processo.
7O clubes portugueses declararam 62,6 milhões de euros (ME) em comissões pagas a intermediários, com o Benfica a ser responsável por mais de um terço, segundo o relatório divulgado hoje pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
O actual líder da I Liga pagou 21.628.572,50 euros durante o período compreendido entre 01 de Abril de 2017 e 31 de março de 2018, ainda assim um valor muito inferior ao do ano anterior, em que pagou mais de 30 ME, quase metade do total declarado.
O Sporting, terceiro classificado do campeonato, foi o segundo clube que mais dinheiro gastou em comissões relativas a transferências e renovações contratuais, no total de 14.708.520,74 euros, mais do triplo do que tinha declarado entre 2016 e 2017.
O Sporting de Braga, que no ano anterior tinha despendido pouco mais de um milhão de euros, viu este tipo de despesa disparar para 8.861.949,99 euros, tornando-se o terceiro clube com maior valor declarado, ligeiramente à frente do FC Porto, segundo colocado na I Liga, com 8.636.395,89.
Longe dos valores pagos pelos quatro primeiros posicionados do campeonato, o Vitória de Guimarães ultrapassou, ainda assim, a barreira dos quatro ME (4.130.000 euros), seguindo-se o Estoril Praia (2.460.387,42 euros) e o Belenenses (1.382.380 euros).
A FIFA divulgou esta terça-feira um relatório que apresenta o valor das comissões pagas nos últimos cinco anos aos intermediários de transferências de futebolistas, sendo que Portugal está num pódio liderado pela Inglaterra.
Desde 2013, os clubes portugueses pagaram 135 milhões de euros em comissões, apenas batidos pelos italianos, com 288,5 milhões, em ‘ranking’ liderado claramente pelos ingleses, com 410 milhões.
No total, os clubes gastaram 1,33 mil milhões de euros em comissões desde Janeiro de 2013, de acordo com dados da FIFA-TMS, a plataforma que regista as transferências internacionais.
Em 2017, os clubes pagaram 374 milhões de euros em comissões a intermediários – agentes, representantes ou outros – envolvidos em transferências de jogadores, contra os 183 milhões verificados em 2013.
Desde Janeiro de 2013, de cerca de 70 mil transferências internacionais registadas, cerca de 20 por cento foram consumadas por pelo menos um intermediário, de acordo com os números oficiais.
Durante o último período de transferências, no Verão de 2017, destacou-se o empresário israelita Pini Zahavi, envolvido no registo de transferência do brasileiro Neymar que trocou o FC Barcelona pelo Paris Saint-Germain a troco de 222 milhões de euros.
De acordo com o jornal francês L'Equipe, o agente de 74 anos teria embolsado 12 milhões de euros na operação, montante que não foi confirmado pelo clube nem futebolista.
Há guerra acesa entre empresários relativamente às comissões inerentes à transferência de Rúben Semedo para o Villarreal, no Verão.
Cátio Baldé, representante do ex-jogador do Sporting, em entrevista à Rádio Renancença esta sexta-feira, relatou a sua versão do caso, aguardando, também, que Bruno de Carvalho venha esclarecer o processo, no que diz respeito ao desempenho do agente espanhol Jose Fouto e, ainda, se se terá envolvido directamente na apropriação de uma verba que não lhe dirá respeito.
Baldé alega que ouviu, de viva voz, da parte de Fouto, que não haveria comissão pela concretização da transferência. Mas alguém terá recebido uma verba relacionada com este assunto. Até prova em contrário, iliba tanto o Sporting como o próprio Bruno de Carvalho, mas deixa um alerta:
"Jose Fouto omitiu-me essa comissão e o Sporting sabe, é do conhecimento do Sporting. O Sporting deveria tomar uma posição, porque não está a lidar com gente séria. Pelo menos, isso.
Já quando foi o caso de Bruma, abdiquei para o Sporting de uma comissão de um milhão de euros.Tinha direito a essa comissão e deixei esse dinheiro a favor do Sporting. Agora, ele quis fazer-me passar a ideia de que não me pode pagar porque aquele dinheiro tinha destino. Disse-me que o dinheiro foi dividido por nós, eu e o presidente do Sporting. São conversas dele.
Já fiz contacto com o Sporting, pedindo esclarecimentos adicionais. Até agora, não recebi resposta. Espero que Bruno de Carvalho tome cuidado com quem lida, porque o Fouto fala muito dele. Eu tenho as minhas dúvidas sobre o envolvimento do presidente do Sporting mas é ele (Jose Fouto) que fala do nome dele".
Tudo gente séria, obviamente. De uma forma ou outra e decerto por mera coincidência, esta nova "novela" surge precisamente numa altura em que o presidente do Sporting está a ser acusado por Paulo Pereira Cristóvão de alegadas irregularidades relativas às comissões da compra do passe de Junya Tanaka, entretanto já transferido de Alvalade.
Tudo tem ou pelo menos devia ter os seus limites, mas pela continuada postura dos actuais dirigentes do Sporting, não parece ser esse o caso. Raro é o dia em que a falar de assuntos internos, o eterno rival é inevitavelmente evocado, ora para comparação, ora para crítica. Na realidade, tornou-se numa autêntica obcecação.
Seguindo esta fastidiosa regra, Nuno Saraiva, comentando o recém-divulgado relatório de transferências do Sporting, mais uma vez sentiu-se compelido a referir o pagamento de comissões pelo Benfica, como se esse outro componente tivesse qualquer relação com as contas que o Sporting apresentou. Eis o que ele teve para dizer:
«O Benfica, quando vendeu o Markovic ao Liverpool, comunicou que o tinha feito por 25 milhões de euros. Quando o Relatório e Contas foi publicado, o que verificámos? Que dos 25 milhões apenas seis entraram nos cofres! Tudo o resto foi para comissões de empresários, custos de intermediação, dispersão de passes e outras despesas. É um exemplo clássico de falta de transparência, de dizer apenas aquilo que dá jeito, com o objectivo de enganar os sócios e accionistas. Esta Direcção do Sporting não o faz, assumimos um compromisso com rigor, transparência e verdade.
O Benfica é o campeão das comissões. Pagou mais de 40 milhões em comissões nos dois últimos anos. O FC Porto pagou aproximadamente 18 milhões. O Sporting pagou 8,9 milhões. Ou seja, o Benfica pagou mais em comissões do que todos os clubes profissionais em Portugal. A pergunta que se deve fazer é esta: é isto uma prática de gestão recomendável?».
Mesmo partindo do princípio que os números que Nuno Saraiva refere são factuais, não deixa de ser ilusório minimizar o pagamento de 8,9 milhões de euros em comissões, só porque o clube da Luz pagou muitíssimo mais. Todos estes valores pecam por exagero, permitindo-nos concluir que os clubes andam a sustentar um bom número de empresários através das loucuras do mercado de transferências.
Ainda quando se trata de um bom futebolista, os danos tornam-se mais aceitáveis, mas não podemos deixar de questionar quantos milhões foram pagos em comissões pela contratação de flops. E, como bem sabemos, esta época não obstante, o Sporting tem "telhas de vidro" nesse contexto ao longo destes últimos quatro anos.
No parágrafo de abertura do post As transferências de Bruno César e Alan Ruiz sob investigação...., começo por dizer que "notícia, cuja aparente origem sendo o jornal A Bola, exige, hoje e sempre, uma boa dose de cepticismo".
Termino esse mesmo post com uma outra observação "diria um cínico, alguém terá chamado a atenção da redação de o A Bola que há uma necessidade urgente de desviar atenções das já notórias emails. Assunto que tem vindo a preencher as páginas noticiosas e o tempo televisivo já há uns dias".
Com tudo isto em mente, vem-se hoje a saber que o empresário Costa Aguiar admite que foi ouvido pela Autoridade Tributária (AT) no âmbito de uma investigação que envolvia as transferências de Alan Ruiz e Bruno César para o Sporting:
«Fui chamado em Junho do ano passado e voltei lá em Julho. O caso foi encerrado há seis meses. Mandaram-me um documento da AT, e eu tenho esse documento, a dizer que estava cessada qualquer tipo de investigação. As comissões que me pagam são minhas. Não dou dinheiro a ninguém, nem por fora nem por dentro. Nunca dei um centavo a ninguém, o Sporting nunca me pediu um centavo, ninguém dentro do Sporting me pediu dinheiro. Todo o dinheiro que entra está nas minhas contas. Só tenho contas em Portugal. As facturas que passo são das minhas empresas. O dinheiro entra na minha conta. Pago os meus impostos. Se ganho muito ou pouco, é problema meu».
Informação permanente
O Sporting, como outros clubes, faz parte do grupo dos grandes contribuintes e, como tal, está sob permanente acompanhamento do Fisco. A informação prestada à AT é constante. A própria SAD, como é do conhecimento público, apresenta na CMVM e no jornal do Clube o detalhe das comissões.
Perante tudo isto e até provas em contrário, só é possível concluir que a intenção do jornal A Bola era mesmo levantar uma "cortina de fumo" para desviar as atenções da polémica em curso com as notórias e-mails. Este diário, demonstra, mais uma vez, que a sua razão de ser não é jornalismo objectivo. Não sendo novidade, sublinha essa obscura realidade.
Notícia, cuja aparente origem sendo o jornal A Bola, exige, hoje e sempre, uma boa dose de cepticismo, muito embora, diga-se, não ser virgem o surgimento de alguma exalação na praça sobre o desempenho de Costa Aguiar, e as respectivas comissões, relativamente à aquisição de activos do Sporting.
A Procuradoria Geral da República (PGR), o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e a Autoridade Tributária (AT) estão a levar a cabo uma investigação em relação às transferências para o Sporting dos jogadores Bruno César e Alan Ruiz.
Em causa está, sobretudo, o pagamento das comissões ao empresário de jogadores Costa Aguiar, bem como o circuito do dinheiro. Com o avançar das investigações do DCIAP, a AT acabou por ser também chamada de forma a fazer uma inspeção rigorosa a três entidades: Sporting, SAD e duas empresas em nome do agente (Costa Aguiar Sports, Lda e Mundial Sports, Lda). Estará, pois, tudo a ser passado a pente fino, mas as suspeições maiores recaem sobre os valores alegadamente pagos em comissões.
A BOLA apurou ainda (supostamente) que as diligências podem não ficar apenas por estes dois jogadores, pois também terão surgido dúvidas acerca das transferências de Douglas, Schelotto e Castaignos.
E se existe justa causa, tudo deve ser devidamente investigado e esclarecido, disso não temos dúvidas algumas. Dito isto, diria um cínico, alguém terá chamado a atenção da redação de o A Bola que há uma necessidade urgente de desviar atenções das já notórias emails. Assunto que tem vindo a preencher as páginas noticiosas e o tempo televisivo já há uns dias.
É lógico e compreensível que a nossa preocupação fulcral seja com o estado da nossa "casa", mas analisando um cenário mais alargado, verifica-se, a exemplo, a realidade distinta entre os clubes portugueses e os ingleses.
Enquanto que as equipas portuguesas desembolsaram cerca de 69 milhões de euros na contratação de jogadores, ou seja, na aquisição dos seus passes, os clubes da English Premier League gastaram esta época 184,3 milhões de euros só em comissões pagas a empresários de jogadores, valores verdadeiramente astronómicos.
As verbas pagas a agentes de jogadores, aliás, têm vindo a aumentar ano após ano em Inglaterra - na temporada passada as comissões atingiram 144 milhões, pelo que esta época foi estabelecido um novo recorde. Refira-se que os clubes ingleses foram os reis do mercado esta época, com gastos superiores a mil milhões de euros.
Com tudo isto, recorde-se que entre outras fontes de receita - bilheteira e patrocinadores - os clubes ingleses beneficiam significativamente do que é proveniente das transmissões televisivas, valores igualmente astronómicos. A mero exemplo, um clube recém-promovido à Premier recebe, desta fonte, quatro ou cinco vezes mais do que qualquer um dos "grandes" portugueses. Uma realidade bem distinta !
"Então, havia acabado a mama das comissões ???... Explica lá oh Bruno !
A SAD do Sporting pagou um milhão de euros de comissão no âmbito da contratação de Aquilani, que estava livre. O valor consta do balanço das operações de mercado, feito pela Administração de Bruno de Carvalho, que surge publicado na edição desta semana do jornal do Clube.
O negócio de Teo Gutiérrez contempla igualmente comissões que podem atingir 2,2 milhões de euros, se o colombiano ficar até 2019. A mudança do River Plate para Alvalade orçou neste capítulo em 340 mil euros (10% do custo de aquisição), a que deverão acrescer mais 470 mil por cada uma das épocas do contrato (assinou até 2018 com outra de opção).
O Sporting confirma que Bruno Paulista chegou por empréstimo do Bahia (como Record noticiou, fruto da parceria com o Caála).
O investimento em Naldo - ex-Udinese -, foi de 3 milhões de euros e não de 2 milhões.
Já Bryan Ruiz custou 1,2 milhões de euros e não um milhão.
Naldo (100 mil euros) e Ruiz (12o mil euros) também implicam comissões.
João Pereira receberá, pela mesma via, o equivalente a 5% das remunerações.
Na venda de Cédric ao Southampton, foi cobrada a comissão de 600 mil euros.
Rubio foi para o Valladolid por 400 mil euros ".
Leitor: CARLOS
«O problema é que as mensagens passadas são as erradas. Pega-se nesta questão (comissões), como em tantas outras, para apontar dedos em exercícios de permanente comparação, diabolização, mas pior: constantemente lembrar males passados para eventualmente justificar defeitos presentes. Há umas semanas na entrevista aos 3 jornais foi dita nesta matéria (empresários), em abstracto, muita coisa acertada. Uma das mais acertadas: incompreensão pela "obrigatoriedade" em pagar-se comissões por todo e qualquer acto. A metáfora das laranjas é para esse efeito perfeita: se estamos a comprar jogadores temos de pagar comissões a que propósito ? Ou na renovação de contratos ? Comissões pagam-se quando se está a vender, não quando estamos a comprar. Isto é bom senso e qualquer pessoa deverá perceber. Se são "regras do jogo" pois são as regras erradas que não deveriam ser tidas como "normais". Agora pegar nisto para na praça pública (?) diabolizar empresários quando queiramos ou não, temos forçosamente de negociar com eles, é contraproducente e só serve um propósito: gestão de imagem. De que forma a diabolização de Pini Zahavi aproxima o Sporting da renovação com Tiago Ilori ?
Quando são as mensagens erradas atrás de mensagens erradas e passamos os dias nisto, a novela torna-se de facto enjoativa. As eleições já lá vão e cabe a quem lá está resolver problemas, fazer melhor que os anteriores. Não é preciso tanto falatório.»
Manuel Humberto - "Sporting Autêntico"
Comentário: Uma breve consideração minha que era para escrever no acima referido blogue - Sporting Autêntico - mas que deixo aqui. Em primeiro lugar, devo esclarecer, mais uma vez, para não haver mal entendidos, que na minha óptica o debate público desta temática só serve para deflectir atenções dos problemas do presente, já que não detecto qualquer outro efeito prático. A questão de comissões, empresários, intermediários e afins, é um problema transversal ao todo do futebol e não apenas ao Sporting. Colocar o clube no centro desta complexa contenda é injusto e, pior ainda, errado. A indústria futebol opera sob condições e regras que a razão - e muito público - desconhece, em que comissões são pagas tanto na compra como na venda de activos, renovações de contratos, empréstimos e em quase toda a actividade que envolva intermediários. A razão de ser deste estado das coisas é um debate pertinente mas que está fora do controlo do Sporting, como uma unidade singular, já que tem de ser resolvido pelo todo sob a liderança das entidades que superintendem a modalidade a nível mundial.
Um dos motivos que clubes pagam comissões pelas compra de activos, é que frequentemente empresários são mandatados pelos próprios para percorrer o mercado e encontrar o tipo de jogador que o clube pretende, averiguar as suas características, condições, contactar clubes que são proprietários dos seus direitos económicos,etc.. Dando-se a eventualidade de negócio, entra em cena o empresário do jogador, que não é necessariamente o mesmo a quem o clube mandatou a incumbência de o descobrir.
O outro assunto que merece comentário relaciona-se com a circunstância de Pini Zahavi em relação ao Sporting, como a de Jorge Mendes em relação a outros clubes. É evidente que não é uma situação salutar, pelo ponto de vista do clube, ter um empresário a representar um grande número dos seus jogadores, nomeadamente os formados. Isto é perfeitamente compreensível, mas o que parece que passa despercebido neste debate incendiário em voga, é que este cenário está totalmente fora do controlo do Sporting, ou de qualquer outro clube, já que o jogador é livre de escolher quem o representa e não é o Sporting que o pode privar, moral e legalmente, desse seu direito. Por conseguinte, tem de lidar com esse empresário, quer queira quer não, seja quem ele for, se pretende comprar, vender ou renovar com o jogador. Tão simples como isto !
Esta é a manchete do "quasi-oficioso" pasquim do clube de Carnide que, hoje em dia, surge, surpreendemente, como forte aliado da nova Direcção do Sporting, pela publicação de informações transparente e habilmente colocadas para desinformar sportinguistas:
«São valores que estão a deixar o novo Conselho de Administração da SAD de boca aberta e que serão certamente alvo de estudo por parte da auditoria de gestão que foi prometida e será levada a cabo pela Direcção presidida por Bruno de Carvalho»
«É certo que nestes 12 milhões de euros poderão estar também englobadas negociações tendo em vista a renovação contratual de jogadores ou mesmo a contratação de jovens para a equipa B. Mas atendendo à situação deficitária da SAD, os novos responsáveis não deixam de questionar como foi possível pagar tanto dinheiro a empresários...»
O artigo pode ser lido, na íntrega, aqui, e sem mais comentário, transcrevemos a análise de leitores do mesmo:
"Mais nuvens de fumo lançadas sobre os adeptos. Estes eram os tais que iriam blindar o clube e nada se saberia na imprensa. Foi precisamente o contrário, não me lembro de uma direcção andar a vazar tanta coisa para a imprensa como esta. É com um intuito sujo de ludibriar, mentir aos adeptos (...) esta campanha com o objectivo de enganar os desavisados, que anda há alguns dias a ser lançada na praça pública. Faço as perguntas: Que gente é esta que tenta enganar constantemente os adeptos ? ... Como é que alguém pode apoiar um indivíduo que assenta o seu «modus operandi» na falácia ?."
* Leitor: Haja Luz
"De facto, é impressionante a sistemática colocação de informações nos jornais levada a cabo pela Direcção do Sporting. É uma ironia que que quem diabolizou a comunicação social a utilize como instrumento essencial no processo de gestão diária. Uma análise breve dessa informação revela que a realidade é laboriosamente transformada e direccionada para obter o efeito desejado.
Assim preparam-se os sportinguistas para as decisões que vêm a seguir, mantém-se um estado permanente de alerta, impede-se a análise serena e racional do que é fundamental e prepara-se a exclusão dos que serão anunciados como falsos sportinguistas. É uma estratégia suicidária e que revela a incapacidade de organizar, planear e desenvolver um modelo de gestão desportiva de carácter estruturante e adequado à realidade do Sporting."
* Leitor: António
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