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A crise artificial

Naçao Valente, em 08.11.19

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A actual crise do Sporting é uma inventona. Afirmação polémica mas sustentável. A dita "crise", mau grado alguns erros de registo na gestão desportiva, não passa de uma ficção da comunicação social, com relevo para o jornalismo de tele-lixo, que estações televisivas propagam, sem vergonha e sem ética, e em função de audiências, que significam entrada de dinheiro. Dinheiro sujo, digo-o sem pejo. No entanto, estes órgãos de comunicação, não ateiam o fogo, limitam-se a expandi-lo, com ajuda de pirómanos que o alimentam.

As razões da crise

A propalada crise do Sporting tem a sua origem nos graves acontecimentos em muitos aspectos surreais, ligadas ao pré e ao pós ataque de Alcochete, já bastante conhecidos e escalpelizados. Desses acontecimentos resultou a demissão de órgãos sociais, o golpe de "estado" directivo, que colocou os náufragos da Direcção à margem da lei e da revolta da maioria dos associados, despertos de um sonho de fantasia, que, ao fim e ao cabo, não passava de um pesadelo.

Contudo, a consequência mais grave foi sofrida pelo Clube, que perdeu os melhores dos seus activos, o que significou perdas de milhões de euros, para além do desmantelamento da sua equipa principal de futebol. No rescaldo desta tragédia, uma Comissão de Gestão de curto prazo, conseguiu limitar alguns danos, e abrir a porta a da recuperação de valores para a futura Direcção.

A recuperação do valor parcial de alguns activos, através de negociações feitas em situação desvantajosa, foi a acção mais prioritária dos novos dirigentes para minimizar as perdas. Ao mesmo tempo, e de forma bem discreta, revolveram os graves problemas de tesouraria, pagando as dívidas mais urgentes ou vencidas, sem o qual o Sporting teria dificuldade em desenvolver as suas actividades. Lembro que o Clube chegou a ser ameaçado de penhora.

Durante o primeiro ano da Direcção eleita, estancou-se a situação financeira, e conseguiu-se que o futebol profissional ganhasse os dois títulos nacionais de registo, o que afastou, transitoriamente, os espectros que se recusaram a aceitar a  demissão do elenco directivo, por uma grande maioria de sócios.

No segundo ano, a nova Direcção deu continuade ao seu trabalho no sentido de assegurar estabilização económica, com a redução de custos, e a conclusão de uma reestruturação fundamental para o futuro. A resolução das principais lacunas apontadas condicionou a gestão do futebol, com desinvestimento, além de uma ou outra medida precipitada, o que se reflectiu nos maus resultados da equipa principal. Situação que não é inédita e faz parte da história do Sporting (1)e  de outros grandes Clubes.

É isto, resultados de futebol, sempre transitórios, razão suficiente para se decretar uma crise?... Não me parece correcto, nem sério. Então... se em função do descrito não existe crise real, qual a razão de esta ser artificialmente mantida na pantalha comunicacional? Claramente pelas razões apontadas no início desta reflexão. Mas outra questão se coloca. De onde se alimentam as estações de tele-lixo?

Não é dos resultados de per si. É dos espectros que recusam o lugar do esquecimento onde deviam estar, para persistirem em assombrar a vida do Sporting Clube de Portugal. "Meia dúzia" de energúmenos que insultam os dirigentes eleitos, fazem esperas nas garagens a atletas e boicotam assembleias, e ainda de alguns "abutres" sem escrúpulos.

É deste espectáculo por de mais degradante que se alimenta o tele-lixo, decretando a crise. O mais grave é que o faz com a "preciosa" ajuda dos seus tele-evangelistas, trasvestidos de sportinguistas, que fazem o mal e a caramunha. Horas e horas, dias e dias de discussões balofas. A situação financeira controlada mas não resolvida, passa ao lado. Prestam um mau serviço, ao Sporting, ao futebol, e ao desporto em geral. Merecem o meu desprezo. Deviam merecer o desprezo de todos os que vêem o espectáculo desportivo com seriedade.

(1) A título de exemplo, algumas das piores classificações do Sporting, entre os anos 1950 e 1990. acrescem poucos primeiros lugares, alguns segundos e muitos terceiros. 1958/59 -4º; 1964/65 - 5º; 1966/67 - 4º; 1968/69 - 5º; 1972/73 - 5º; 1975/76 - 5º; 1977/78 - 4º; 1987/88 -4º; 1988/89 - 4º; 1991/92 - 4º.

publicado às 04:03

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Ponto prévio: não fui apoiante de Varandas, mas tendo sido o escolhido em acto eleitoral, tem o meu apoio, enquanto gerir o Clube no âmbito dos limites impostos pelos Estatutos. Apoio este presidente, como apoiaria qualquer outro que tivesse sido eleito, porque acima de tudo sou sportinguista.

A situação presente

A nova Direcção assumiu funções há pouco mais de um ano. Encontrou o Clube numa situação extremamente difícil, insolvente e quase à beira da falência. Teve, em condições muito adversas, que lançar um empréstimo obrigacionista que já tinha vencido. Teve que hipotecar fundos do contrato com a NOS para pagar dívidas urgentes, para que o Sporting pudesse continuar a sua actividade. Está agora em andamento uma reestruturação que visa mantê-lo acima da linha de água. Veremos se serão necessárias outras operações de injecção de capital.

Em conclusão, parece-me que ninguém no seu perfeito juízo e com boa fé, possa vir a considerar que esta Direcção, no aspecto descrito, não esteja a fazer um bom trabalho. Mesmo na área desportiva o balanço no primeiro ano da Direcção, pode considerar-se positivo. Conquistaram-se dois títulos no futebol profissional, e ainda títulos nacionais e europeus nas modalidades ditas amadoras, que continuam a mostrar a sua pujança. E mau grado alguns maus resultados no início desta época, no futebol, ninguém pode afirmar com seriedade que algum objectivo está já perdido. Qual então a razão ou as razões da contestação instalada desde o início deste mandato directivo?

Responsáveis pela crise

A responsabilidade da crise, algo artificial, deve-se a todos os sportinguistas. Aos que que a geram e alimentam e aos que se deixam enredar nos seus meandros. Para clarificar a ideia passo a especificar:

A Direcção

A Direcção sujeita a uma permanente pressão desde a sua tomada de posse, sem o normal estado de graça,  actuando em função das circunstâncias encontradas, cometeu alguns erros, e por isso pôs-se a jeito. E se tem estado a arrumar a casa na área financeira, cometeu alguns pecados ,principalmente na gestão desportiva do futebol profissional. Sem ser capaz de mostrar firmeza, e de ir a reboque do som da bancada, tomou algumas decisões precipitadas, que culminaram na ausência de preparação desta época. Para quem, imitando os abutres com fome, lhe interessa acima de tudo que haja alimento, os erros apontados caíram "como sopa no mel".

As claques

As claques têm, em crescendo, vindo a receber múltiplos apoios financeiros, funcionando como grupos pagos e instrumentalizados por quem lhe dá os benefícios. Quando me refiro a claques, saliento a Juventude Leonina que viu durante o mandato da Direcção cessante aumentar os seus rendimentos e a sua influência, tornando-se num poder violento ao serviço de quem lhe deu os privilégios, e um contra-poder em relação a quem lhos tirou.

Varandas, apesar de outras tibiezas, teve a coragem de retirar benefícios financeiros à Juve Leo, e abriu a partir daí uma guerra com um grupo, que à margem dos Estatutos, tinha uma certa importância na gestão do Clube. Enquanto existir com a mesma orgânica, esta claque,composta por gente sem princípios e sem valores será um constante factor de instabilidade.

Os brunistas

Se Bruno de Carvalho saiu de cena por plena vontade da maioria dos associados, os seus seguidores apaniguados, que o vêem como um líder insubstituível, continuam activos, mais como uma seita religiosa, do que como adeptos sportinguistas. Acreditam na sua ressurreição tal e qual como o restaurador do paraíso perdido. Não é fácil tipificá-los mas distribuem-se por várias faixas etárias, com relevo para os que militam como guerreiros na Juve Leo. Vão desestabilizar até ao absurdo.

Os perdedores

A luta pelo domínio do poder no Sporting não terminou com o acto eleitoral. Logo no dia seguinte, levantaram-se várias vozes de despeito para com a Direcção eleita. É um grupo heterogéneo, com pessoas e interesses diversos, que não têm pudor em contribuir para que as coisas corram mesmo mal. José Maria Ricciardi, e os seus apoiantes, mostraram essa determinação aquando do lançamento do empréstimo obrigacionista, não abrindo portas, antes procurando fechá-las. No meio deste ninho de vespas salva-se João Benedito, que tem continuado, inteligentemente, ausente e discreto.

A comunicação social

A comunicação especialmente a televisiva, com relevo para o CMTV, utilizam o Sporting como o bombo da festa. Na CMTV, onde impera o tele-lixo, porque é o que dá maiores audiências, o Sporting ganha a primazia como tema recorrente, onde comentadores ditos sportinguistas ajudam à festa.

Nas estações de televisão em geral, a crise do Sporting é potenciada muito para além da realidade. O que se vive nesses programas supostamente desportivos, é uma realidade paralela. Salientam-se meia dúzia de tarjas, meia dúzia de "adeptos" a protestar, como em Vila das Aves, arruaceiros aos berros, os beijos do Presidente. Apesar de ser um 'fait divers' gostaria de perguntar se não há ninguém na estrutura do Sporting, que aconselhe o presidente sobre o que deve ou não dizer ou fazer em público. É que estes 'sound bites', alimentam os abutres internos e os da comunicação. 

Os adeptos 

Creio que os adeptos, tirando o desastre comunicacional e alguns erros desportivos, estão com a Direcção. Haverá um ou outro, descontente com os resultados, que se junta à oposição golpista, mas sem muito relevo. E que a oposição golpista não tome a nuvem por Juno e não embandeire em arco, insistindo, neste momento na demissão da Direcção. Quanto mais barulho fizer de forma insultuosa, mais se descredibiliza. Por este caminho não levará a água ao seu moinho. Nesta estratégia, o que falta em inteligência, sobra em estupidez.

O presente e o futuro

Esta Direcção, eleita por quatro anos, precisa de tempo. Arrumada a casa, o que está a acontecer, é preciso começar a preparar o futuro. Os sócios querem que o Clube continue a ter a maioria da SAD. Mas para que isso aconteça todos temos de remar para o mesmo lado, temos que semear para colher. Precisamente o contrário do que tem sido feito há muitos anos. Se isso não acontecer, o recurso a um investidor será uma inevitabilidade. Uma "ameaça" que paira sobre a cabeça dos grandes clubes portugueses. Mas esse é assunto para outra discussão.

publicado às 03:34

 

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Bruno de Carvalho será o novo "rei" de Alvalade, depois da coroação que teve lugar na Assembleia Geral no sábado, mas a essência nociva do personagem mantém-se intacta. O dia em que não está em pé de guerra com algo ou alguém, em nome do Sporting, não é dia útil, para ele.

 

Não satisfeito com o apelo que fez na reunião para todos os sportinguistas boicotarem todos os meios de comunicação social, deu ordens no sentido de proibir os atletas leoninos de terem contacto e prestarem declarações a jornalistas.

 

O meu colega Leão Zargo abordará este tema mais extensivamente num outro post, durante o dia, mas não podia deixar de referir que foi precisamente isto que ocorreu com a equipa feminina de atletismo após a conquista do Campeonato Nacional de Clubes de pista coberta que teve lugar este domingo, em Pombal, assim como com a equipa de ciclismo no final da Volta ao Algarve, no alto do Malhão, em Loulé.

 

Curiosamente, no entanto, Jorge Jesus deu a conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Tondela, muito embora não seja regulamentar. Porém, a RTP, SIC e TVI decidiram, num acordo conjunto, não transmitir em directo a conferência de imprensa, marcando presença apenas para gravar imagens.

 

O outro cenário que está em curso, que até dá para rir, é o dilema dos comentadores afectos ao Sporting nos programas televisivos de desporto,  nomeadamente Manuel Fernandes, Augusto Inácio, José de Pina e Octávio Machado. Surpreendentemente, o único que falou com alguma noção da realidade foi o último:

 

"É um princípio que pode começar a ser grave para o Sporting. Os patrocinadores, os investidores, não tiveram direito a ver as marcas que patrocinam. Depois a NOS, com a qual o Sporting fez um contrato maravilhoso. Ao boicotar as audiências, está a boicotar tudo isso, porque os investidores vivem da publicidade das marcas. Estou expectante para ver os prejuízos. E mais preocupado estou com a UEFA, porque não permite situações destas. Espero e desejo que acabe depressa, porque isto viola todos os princípios e é uma decisão que pode custar caro. Se vou deixar o programa? Antes de ir para o Sporting já cá estava. Não confundo Bruno de Carvalho com o Sporting. Acho que responde à pergunta. Ninguém pode ou deve estar - ou tentar pôr-se - acima do Sporting. Muito menos o grande líder. Apoiar a equipa amanhã em Tondela é que é militância. Mas para o grande líder isso não é militância. Para ele é: ‘saiam dos programas porque eu é que mando’. Não sei se vou ser atirado aos cães ou não, nem me importo, porque sou muito duro de roer e podem partir os dentes. Somos pessoas livres."

 

publicado às 04:59

A grande mentira perpetuada

Rui Gomes, em 21.03.14
 

 

Há muitos anos atrás deixei de comprar os jornais desportivos à segunda-feira - os que tradicionalmente traziam as crónicas dos jogos de domingo - para evitar de me questionar se a reportagem que eu lia era sobre o mesmo jogo a que eu assistia, tão enorme que era a diferença. A ironia dos tempos é que pouco ou nada mudou e a grande mentira é invariavelmente perpetuada, não obstante ser perfeitamente natural haver diferenças de opinião sobre aspectos de um qualquer jogo. Quase que fico com a ideia que as pessoas esquecem-se que os jogos são transmitidos para o Mundo.

 

Não me vou dar ao trabalho de publicar as ridículas declarações de Luís Castro, mas escolhi estas três simples manchetes para ilustrar o ponto:

 

«FC Porto apurou-se para os "quartos" (...). Grande jornada,

no San Paolo, de um dragão de cara lavada» 

 

«Os jogadores (FC Porto) tiveram uma dimensão psicológica boa»

 

«FC Porto soube sofrer e esperar pelos "reforços" do banco

para matar o jogo e a eliminatória»

 

Quem assistiu ao embate do FC Porto com o Nápoles concordará com esta apreciação do treinador da equipa italiana, Rafa Benítez, por ser a que mais se aproxima da verdade:

 

«Fizemos um grande jogo. Mas, infelizmente, desperdiçámos demasiadas oportunidades de golo e, numa competição como esta, falhas deste tipo pagam-se caro. Foi um jogo de sentido único, todavia, não conseguimos passar à fase seguinte.» 

 

E, assim, se perpetua a grande mentira !

  

publicado às 04:49

É de bradar aos céus !

Rui Gomes, em 03.06.13

 

A insofrível forma como a comunicação social desportiva persegue as manchetes sensacionalistas, é de bradar aos céus. Perante o guarda-redes da Selecção Nacional em preparação para o muitíssimo importante embate com a Rússia, a preocupação primordial dos jornalistas foi saber a sua reacção às recém-palavras do presidente do clube do Norte, como se a ocorrência fosse algo fora deste mundo. Ainda insatisfeitos com esta mesquinhice, insistiram em pressionar Rui Patrício sobre a hipótese de este poder ser o seu último jogo pela Selecção enquanto jogador do Sporting. Este respondeu, e bem, que não sabe se será, mas neste momento está "apenas concentrado no jogo com a Rússia, que é super importante". 

 

A comunicação social à parte, não gostaria de ver o melhor guarda-redes português da actualidade deixar Alvalade, mas se tiver que acontecer, que seja por um bom negócio para ambas as partes e que o seu destino seja uma das equipas de topo do futebol mundial. O Rui merece-o e tem plena capacidade para enfrentar, com sucesso, qualquer desafio do género. Já tive ocasião de escrever que fiquei surpreendido pela preferência de Alex Ferguson por De Gea, quando Rui Patricio é, na minha opinião, superior, e o antigo líder do Manchester United conhece-o bem.

 

publicado às 22:32

O Sporting e a Comunicação Social

Rui Gomes, em 08.05.13

 

Abrem-se jornais e veem-se as propostas e contrapropostas tratadas entre o Sporting e o Bruma. No dia seguinte, as condições de Jesualdo Ferreira para aceitar ficar no Clube. Penso que não será por falta de atenção da minha parte, mas não tenho a minima ideia de quanto vai ganhar o jogador "x" ou de quais as condições de trabalho exigidas pelo treinador "y", do SLB ou do FCP.

 

Não é difícil imaginar o estrago que o conhecimento dos salários e da transmissão das negociações pode ter num plantel de um clube. Aí, todos se julgam estrelas, todos acham que devem ganhar mais, criam-se invejas, desconfianças, más relações, exigências extemporâneas, e mata-se o espírito do grupo. O mesmo no que toca às negociações das condições de trabalho impostas ao treinador. Será que um jogador mantem o mesmo respeito por uma equipa técnica se souber pelos jornais que essa equipa yécnica nada terá a dizer sobre a formação de planteis ?

 

De acordo com o que nos foi prometido, estas notícias deixariam de ser veiculadas pela Comunicação Social. Isto porque, por um lado, com a nova Direcção a estrutura do Sporting passaria a estar "blindada", não havendo hipótese de se darem fugas de informação; e por outro porque se os empresários/jogadores viessem para a praça pública com essas notícias, o Sporting abandonaria de imediato as negociações com eles.

 

Está pois na hora de se dar o exemplo. A firmeza da nova Direcção tem de ser mostrada agora. O homem com quem "ninguém faz farinha" tem de dar a cara. Agora é a sério, caro Presidente Bruno de Carvalho. Agora não é só mandar umas bocas a dizer que os outros faziam tudo mal. Agora tem de decidir: negoceia ou não ? Cá estamos nós, os sócios, a aguardar o cumprimento das suas promessas.

 

* Texto da autoria de Desert Lion

 

publicado às 18:06

Comunicado do Sporting

Rui Gomes, em 02.05.13

 

O Sporting acabou de emitir um comunicado no sentido de refrear as especulações noticiosas e afins sobre os movimentos internos do Clube, nomeadamente ao que concerne a estruturação do plantel e os movimentos, quer sejam renovações contratuais ou vendas, de jogadores. Indo um pouco mais além, este comunicado terá servido para dar aviso aos empresários que os seus meios de promoção dos jogadores e outros que representam não irá mover os dirigentes do Clube no sentido pretendido pelos mesmos.

 

É um comunicado oportuno e bem claro mas, não obstante a firmeza do discurso do Conselho Directivo, bem sabemos que o Sporting do momento não negoceia assente numa posição forte e, por isso, torna-se mais vulnerável às manipulações e exigências dos empresários, especialmente em relação às renovações dos vínculos contratuais de algumas «pérolas» da formação. Até que não há nada de novo nisto, já que o Sporting há muitos anos não possui os meios adequados para contrariar as eventuais elevadas ofertas que possam surgir de emblemas com superior poderio financeiro. É óbvio que a intenção é de defender os interesses do Clube até ao ponto possível, o que faz sentido.

 

Quanto à comunicação social, nenhum comunicado vai ter o impacto desejado. Esta, pelos seus interesses comerciais, e outros, nunca deixará de publicar notícias sem fundamento concreto, conjecturas com um potencial destabilizador e outros tipos de desinformação. O Sporting, como já fez em tempos, poderá impedir o acesso às suas instalações de determinados jornalistas de certos periódicos mas, a ser justo, o Sporting precisa tanto da comunicação social como esta precisa do Clube.

 

publicado às 15:45

 

 

Jornal «A Bola»

 

- «Van Wolfswinkel vendido ao Norwich» - dia 20 às 22h43.

- «Dias Ferreira arrasa Godinho Lopes por venda de Van Wolfswinkel» - dia 21 às 13h31.

- «SAD confirma negociações pela venda de Van Wolfswinkel» - dia 21 às 16h26.

 

Jornal «Record»

 

- «Godinho já negociou Van Wolfswinkel por um valor a rondar os 1o milhões - dia 20 às 23h04.

- «Godinho Lopes vendeu Ricky van Wolfswinkel aos ingleses do Norwich» - dia 21 às 06h37.

- «Cadete diz que acção de Godinho Lopes é lamentável». - dia 21 às 14h22.

- «SAD confirma negociações com Norwich por Wolfswinkel» - dia 21 às 14h58.

- «Wolfswinkel é o 31.º de Godinho Lopes» - dia 21 às 18h00.

 

Mesmo que eventualmente se confirme a venda do jogador, a verdade é que a esta hora - 20h50 - ainda não existe qualquer comunicado oficial para o efeito, tanto do Sporting como do Norwich, no entanto, estes periódicos desportivos portugueses, entre outros, noticiaram o negócio como um facto consumado, ontem, dia 20, adiantado os milhões envolvidos na transferência e outros pormenores. Não é novidade alguma, mas a irresponsabilidade da comunicação social não tem limites e, mais preocupante ainda, subsiste com total impunidade.

 

Quando primeiro li a notícia nos periódicos portugueses, decidi ignorar e investigar a questão. Fui ao site do Norwich FC e nada constava - ainda não consta - e visitei, então, um site noticioso da cidade de Norwich onde a notícia aparecia publicada. Só horas mais tarde tornei a visitar esse mesmo site e, com leitura mais cuidadosa, acabei por verificar que os ingleses estavam a noticiar somente o que os periódicos desportivos portugueses publicaram. Chama-se isto um círculo vicioso !

 

  

publicado às 20:50

O que dizem eles

Rui Gomes, em 02.03.13

 

A Bola - Clássico termina empatado.

 

Correio da Manhã - Leãozinho apaga fogo do dragão.

 

Diário de Notícias - Dragões voltam a ficar a zero em Alvalade.

 

Expresso - Sporting e FC Porto empataram sem golos, numa partida marcada pelos assobios aos ex-sportinguistas.

 

Mais Futebol - 1 ponto ganho, 2 perdidos.

 

Público - Sporting travou o FC Porto.

 

Record - Leão de raça conseguiu travar dragão.

 

Relvado - Sporting trava FC Porto em Alvalade.

 

publicado às 23:39

O que dizem eles

Rui Gomes, em 16.02.13

 

A Bola - Jovens leões dão conta do recado.

 

Correio da Manhã - Leão acorda com música do lado B.

 

Diário de Notícias - «Miúdos» fizeram a festa no aniversário de Capel.

 

Expresso - Sporting renovado sofre mas vence em Barcelos.

 

O Jogo - Sporting vence em Barcelos.

 

Mais Futebol - Na mão dos putos.

 

Público - Sporting em versão mais jovem volta às vitórias.

 

Record - Aniversariante Capel carimba os 3 pontos. 

 

Relvado - Jovens leões mostram raça.

 

publicado às 23:14

O que dizem eles

Rui Gomes, em 19.01.13
 

 

A Bola: Golpe de Patrício, magia de Carrillo.

 

Correio da Manhã: Sporting vence Beira-Mar e soma segunda vitória consecutiva na Liga.

 

Diário de Notícias: Rui Patrício voltou a ser o salvador do Sporting.

 

Expresso: Rui Patrício segura vitória do Sporting.

 

O Jogo: Jesualdo iguala Sá Pinto com bênção de Patrício.

 

Mais Futebol: Carrillo fez o golo, mas Patrício salvou dois.

 

Record: Rui Patrício pôs as mãos à massa.

 

Relvado: Sporting encarrilhou, Rui salvou.

 

publicado às 00:46

O que NÃO dizem eles

Rui Gomes, em 07.01.13
Não é novidade alguma que a comunicação social desportiva portuguesa é tudo menos isenta no seu jornalismo, invariavelmente com niveis de profissionalismo abismais. Só uma pessoa muito distraída ou desinteressada é que não tem conhecimento da crise de resultados desportivos do Sporting que, por natureza, precipitarão discussão sobre o desempenho do seu treinador, neste caso, Franky Vercauteren. Na ausência de notícias concretas, cada um dos periódicos cá do burgo aborda hoje a temática e dá a sua versão do estado das coisas, inferindo a existência de qualquer fonte de informação, anónima ou imaginária.
O pasquim do clube da Luz, com o seu usual mais «venenoso» discurso, «noticia» que Vercauteren «está preso por um fio» mas que Jesualdo Ferreira, apesar das pressões, «não quer liderar a equipa.» Já o Record, diz o óbvio, ou seja, não diz nada: «Os maus resultados no Sporting e a presença de Jesualdo Ferreira na estrutura do futebol fazem com que a posição de Vercauteren em Alvalade esteja em risco, mas, para já, o treinador só cairá se apresentar a demissão.» É praticamente o mesmo que dizer que quem se atirar à água vai-se molhar. Grande novidade, de facto.
O outro pasquim da família Cofina, o Correio da Manhã, como sempre, alega que «soube» qualquer coisa, neste caso que o Sporting está à espera de que Vercauteren «dê o passo e peça a demissão» e, por fim, o jornal O Jogo, por norma um pouco mais equilibrado na sua abordagem ao Sporting, noticia que houve uma reunião após o jogo com o Paços de Ferreira e que a decisão sobre Vercauteren está dependente do resultado do próximo jogo com o Olhanense. Como se não estivesse já antes do jogo com os pacences ou qualquer outro jogo.
Resumindo e concluindo, os esforços colectivos destes órgãos da comunicação social servem apenas para dar uma NÃO notícia e o leitor fica a saber exactamente o mesmo que sabia antes de ler as linhas dos banais escritos.
 

publicado às 11:42

As inevitáveis manchetes

Rui Gomes, em 05.01.13

 

* A Bola - «Pacences confirmam grande momento e afundam leão.»

 

* Record - «Ano novo e o mesmo leão sem rumo.»

 

* O Jogo - «Paços vence em Alvalade.»

 

* Correio da Manhã - «Sporting derrotado em casa pelo Paços de Ferreira.»

 

* Diário de Notícias - «Leões dão mais um passo atrás numa crise sem fundo.»

 

* Mais Futebol - «Dia normal no escritório.»

 

* Relvado - «Sporting continua sem acertar passo.»

 

publicado às 22:06

Sobre as declarações de Manuel José - que já comentei no prévio post, pelo menos as partes que entendi serem mais pertinentes - os periódicos desportivos cá do burgo adaptam manchetes diferentes para projectar o desejado sensacionalismo:

 

 

* «A Bola» - «Jesualdo colocou a carreira em risco. Izmailoz faz lembrar Aimar. Se sair, não se perde nada.»

 

* «Record» - «O Sporting não vai ser campeão com Jesualdo. Se Izmailov sair, não se vai perder grande coisa.»

 

* «Diário de Notícias» - «Manuel José percebe que os jogadores queiram sair de Alvalade e diz que não é impensável o Sporting descer de divisão.»

 

* «Correio da Manhã» - «Sporting pode descer de divisão.»

 

* «O Jogo - Jesualdo vai estragar a sua carreira e não devia ter aceite o convite do Sporting».

 

Concordei, completamente, com as suas apreciações mais enquadradas no foro técnico, já as que adianta sobre Jesualdo Ferreira - não obstante a incerteza quanto aos resultados da sua contribuíção ao Sporting - faz-me lembrar o mesmo Manuel José que criticou impiedosamente Paulo Bento, deixando a ideia de existir algum sentimento de rancor, porventura, por não ter sido convidado.  Convite esse, caso lhe tivesse sido endereçado, quero crer que teria aceite e, então, sem a preocupação de «estragar» a sua carreira. Quanto à comunicação social, cada periódico publica a sua interpretação do mesmo evento, por outras palavras. Nada de estranhar, portanto, como já há longo nos habituámos.

 

publicado às 18:44

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