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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Bryan Ruiz não consegue ser um jogador consensual, pela positiva, entre sportinguistas, mas evidencia-se de forma notável ao serviço da selecção do seu país. Tanto assim é que a Confederação da América do Norte (CONCACAF) anunciou esta quarta-feira que foi eleito o melhor futebolista do ano de 2016.
Aos 31 anos, Bryan Ruiz conquistou o troféu pela primeira vez na sua carreira e sucedeu ao avançado mexicano Javier Hernández, vencedor em 2015 e que também estava na corrida.
Na eleição, o capitão costa-riquenho e avançado do Sporting ficou à frente de Christian Bolano (Vancouver Whitecaps) e Keylor Navas (Real Madrid), seus compatriotas, dos norte-americanos Christian Pulisic (Borussia Dortmund) e Clint Dempsey (Seattle Sounders) e do mexicano Hirving Lozano (Pachuca).
Keylor Navas foi eleito melhor guarda-redes e Óscar Ramirez, seleccionador da Costa Rica, melhor treinador.
No futebol feminino, a norte-americana Alex Morgan venceu o prémio de melhor jogadora e a sua colega compatriota Ashlyn Harris foi considerada a melhor guarda-redes. Amélia Valverde, seleccionadora da Costa Rica, foi eleita melhor treinadora.
Bryan Ruiz é um dos nomeados para a eleição de melhor jogador da CONCACAF de 2016 e ontem liderava a votação, com 35% dos votos, embora com o mexicano Hirving Lozano, do Pachuca, com 30%, a aproximar-se. O golo de Campbell aos Estados Unidos também vai a votos para melhor do ano e tal como o colega, o sete leonino lidera a votação (35%). A votação dura até 9 de Janeiro.
Não é que no passado mais distante não tenham existido casos de corrupção no futebol - há registo de vários - mas tudo leva a crer que eram ocorrências raras e excepcionais, que talvez não tenham provocado causa para alarme como muito do que consta hoje em dia, num enquadramento desportivo em que os interesses do futebol indústria superam o jogo em si, e que, cada vez mais, provocam a suspeita que a traição à verdade desportiva marca presença com uma frequência alarmante.
Isto, a propósito de uma reportagem noticiosa que me chegou a atenção, sobre um caso corrente na Confederação CONCACAF, pela disputa do apuramento para o Mundial 2018, que envolveu El Salvador directamente, o Canadá e as Honduras indirectamente.
O Canadá venceu El Salvador por 3-1, em jogo realizado em Vancouver no dia 6 de Setembro. Para os canadianos, acabou por ser um caso de muito pouco, muito tarde, para lhes assegurar o apuramento. No entanto, a ocasião foi marcada por denúncias de "incentivos financeiros", através dos próprios jogadores de El Salvador. Em causa estaria um aliciamento com o objectivo de premiar três resultados diferentes desta selecção (uma vitória, um empate ou uma derrota pela margem mínima), sabendo-se que uma derrota pesada frente ao Canadá, conjugada com um triunfo do México contra as Honduras, afastaria esta da próxima fase de qualificação.
A Federação de Futebol de El Salvador acabou por identificar o autor da reportada proposta, sendo ele o empresário - e antigo presidente do Alianza FC - Ricardo Padilla, também ele salvadorenho. O próprio, em declarações ao jornal La Prensa, já veio a confirmar esta versão da ocorrência:
"Ofereci-lhes dinheiro para ganharem ao Canadá. Porquê ?... Porque me dá pena que os adeptos da nossa selecção sofram tanto com ela. Um jogador até me disse que poderiam estar a favorecer as Honduras e eu respondi-lhe que até podia ter razão, e que fizessem o que entendessem".
O caso reacendeu em El Salvador o incidente de 2013, em que 14 internacionais foram afastados do futebol por envolvimento num esquema de viciação de resultados.
A FIFA, que entretanto revelou estar a analisar a ocorrência, recusou fazer qualquer comentário nesta altura.
Como já foi referido, em campo o jogo terminou com 3-1 a favor do Canadá, que fechou o Grupo A da CONCACAF no terceiro lugar, com sete pontos, um atrás das Honduras, que, surpreendentemente, assegurou um empate com o México, também no último embate desta fase. Só os dois primeiros, sendo México o líder, se qualificam para a próxima fase.
Com isto - e muito mais - até nem será necessário um cínico para questionar a verdade desportiva no futebol Mundial.
Bryan Ruiz, jogador do Sporting Clube de Portugal e «capitão» da selecção da Costa Rica, foi nomeado para "Melhor Jogador da CONCACAF".
Os restantes finalistas: Andres Guardado (PSV) - Clint Dempsey (Seattle Sounders) - Cyle Larin (Orlando City) - Hirving Lozano (CF Pachuco) - Javier Hernandez (Bayer Leverkusen) - Jesus Corona (FC Porto) - Michael Bradley (Toronto FC) - Oribe Peralta (Club America) e Rodolph Austin (Brondby).
Pode votar aqui até ao dia 18 de Janeiro.
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