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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Estamos a viver um momento que não vivíamos há muito tempo; estarmos no primeiro lugar da principal prova nacional, com um avanço pontual significativo. Creio que muito pouca gente, nas suas melhores previsões, imaginaria esta situação, tendo em conta o ponto de partida, e muitas outras condicionantes.
Tenho vindo, tal como muitos outros sportiguistas, a usar a sensatez, evitando entrar em deslumbramentos. É extremamente positivo ter mantido durante um tempo considerável dez pontos de avanço, mas este avanço, numa prova tão longa, e em que a contabilização assenta em três pontos por jogo, não é uma margem assim tão grande, quando ainda estão muitos pontos em disputa.
Portanto, moderação tem de ser a palavra de ordem, sem deixar de ter total confiança na equipa que nos tem surpreendido pela positiva. Pelo que já fez e pelo que precisa de fazer, precisa do nosso apoio incondicional. E estou convencido que este grupo unido e solidário está a fazer tudo, para ganhar este campeonato, e para dar essa alegria aos adeptos.
Pode-se pedir esforço, entrega, empenho. Não se pode é exigir que sejam perfeitos, e que não possam ter, melhores ou piores momentos. Nenhuma equipa consegue manter o seu máximo nível durante uma prova longa. Além disso, é preciso ter consciência que não temos um conjunto de galácticos. É um grupo com cerca de metade de atletas razoáveis e experientes, e de outra metade de jovens, alguns até com a idade de júnior, e com grande potencial, mas que não são jogadores feitos.
Por isso, custa-me ler análises que por aqui aparecem, a criticar a equipa e a sua direcção, após um jogo com um empate que foi injusto, e onde se pode dizer que não imperou a verdade desportiva. Todos nós temos a tendência para botar “faladura”, sobre tudo e mais umas botas, sobre qualquer assunto, sobre o qual geralmente até somos ignorantes. No futebol esse desiderato atinge o expoente máximo. Porque falar é fácil, para quem não tem que fazer. Porque quando tiver que fazer, pia mais fino.
Este grupo de 'leões' que nos espicaça as emoções e nos põe os nervos em franja, está a dar o seu melhor. Não devemos esquecer que quando entram em campo têm do outro lado onze adversários. E pode-se argumentar que têm que ganhar porque os outros são mais fracos. Mas não é bem assim. Os outros também sabem jogar, com uma agravante, quando jogam contra a nossa equipa, contra o primeiro classificado, fazem o jogo das suas vidas. E os nossos têm que o fazer em todos os jogos. E convém não esquecer que são humanos, e não máquinas. Há alturas que o muito querer, pode não significar poder.
Quando entramos na recta final, a nossa equipa, que vale como grupo, irá lutar jogo a jogo com todo o empenho. Haverá coisas a corrigir, há sempre. Mas uma equipa que ainda não perdeu nesta prova, merece não só o nosso apoio, mas também o nosso respeito. Não vai haver nenhum jogo fácil. Temos de confiar nesta equipa, ainda em crescimento. Não pode ser uma equipa só para o imediato, mas para o futuro. Se falhasse e todo o projecto podia ficar em causa. Vi, neste blogue, críticas despropositadas, mas vi ainda pior nas redes sociais; muitas facas afiadas. Os sportinguistas têm de continuar alerta e unidos.
Como já afirmei na crónica do jogo, estou em sintonia com Marco Silva ao raciocinar que o início da segunda parte de menor qualidade por parte do Sporting, deve-se a excesso de confiança. Com três golos de vantagem ao intervalo, os jogadores ficaram a contar com um "passeio" pelos segundos 45 minutos, esquecendo que um jogo só termina quando o árbitro dá o apito final.
A próxima jornada oferece um obstáculo muito díficil ao Sporting, pela visita ao terceiro classifcado V. Guimarães, que está a fazer um bom campeonato. Marco Silva terá igualmente uma decisão difícil entre mãos: depois do jogo diante o Marítimo e tendo em consideração o golo que marcou, o treinador terá que se decidir entre Fredy Montero e Slimani para o onze inicial, partindo do princípio que o argelino já estará recuperado dos problemas físicos que o afastaram do embate com o Marítimo.
Creio que a aposta do treinador recairá sobre Slimani, pela sua mais imponente presença física na área e pela pressão que exerce na defesa adversária.
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