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No final do último jogo entre o Braga e o Porto repetiram-se as cenas (mais do que) deploráveis a que os portistas já nos habituaram. Entre outras coisas, para além da falta de desportivismo, tratou-se de preparar o jogo seguinte pressionando de antemão a equipa de arbitragem que vai ser nomeada.

Sobre o comportamento de Sérgio Conceição, Luís Gonçalves e Pepe no final do jogo em Braga, ao dirigir-se à equipa de arbitragem liderada por Hugo Miguel, o diretor de comunicação do Sporting, Miguel Braga, questionou o Conselho de Discplina da FPF:

«É estranho, para não dizer outra coisa, que sempre que o FC Porto perde pontos temos este espetáculo didático para mostrar ao público português. Mas é impossível falarmos de Sérgio Conceição, Luís Gonçalves e Pepe sem falar do Conselho de Disciplina. O Nuno Santos foi suspenso por insultar um colega, o Matheus Reis foi suspenso porque fez um gesto a um colega. Agora o treinador do FC Porto insultou, gozou e enxovalhou de propósito o árbitro. Agora não há castigo? Quanto tempo vamos esperar para que seja aplicada alguma coisa a Sérgio Conceição?»

Ainda um dia destes, fingindo-se indignado, Sérgio Conceição garantiu que “não vale tudo para ganhar”. Como diz o outro, “faz o que eu digo, mas não faças o que eu faço”.

publicado às 10:49

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O Conselho de Disciplina da FPF castigou Nuno Santos com um jogo de suspensão após a confusão que se gerou no final do jogo contra o Vizela, no fim-de-semana passado.

O mapa de castigos publicado esta quarta-feira aponta para o "uso de expressões ou gestos ameaçadores ou reveladores de indignidade", neste caso o arremesso da água na direção dos adeptos minhotos, tendo também levado "as mãos aos genitais".

Segundo o Artigo 157.º do Regulemento Disciplinar da Liga (alínea d), "no caso de expressões ou gestos dirigidos contra os espectadores, com a sanção de suspensão a fixar entre o mínimo de um e o máximo de dois jogos e, acessoriamente, com a sanção de multa". Neste caso, a suspensão foi a mínima e a multa fixou-se nos 510 euros.

Ainda não sendo conhecida a posição do Sporting, a suspensão tira o jogador da recepção ao SC Braga, sábado, a contar para a 19.ª jornada do campeonato.

Entretanto, o Sporting foi multado em mais de 15 mil euros pelo mau comportamento dos adeptos. De acordo com o mapa de castigos,  foram deflagrados um total de 16 engenhos pirotécnicos, entre potes de fumo, petardos e very-lights, durante a partida.

Por fim, na sequência do acto de Nuno Santos, os adjuntos Emanuel Ferro e Vital foram expulsos e são alvos de processos. Outro, ainda, a Adélio Cândido, por ter ido ao relvado sem constar da ficha de jogo (motivo pelo qual não podia ver cartão vermelho). Nada mais consta sobre os processos que foram levantados, salvo a multa de 380 euros a Vital.

O CD instaurou um quarto processo disciplinar neste contexto ao enfermeiro Alexandre Rodrigues, que também foi expulso nos instantes finais do jogo.

Com tudo isto, o Vizela foi apenas multado em 255 euros e nada consta sobre o jogador que agarrou Nuno Santos pelo pescoço e que Fábio Veríssimo sancionou apenas com o cartão amarelo.

_________________________________________

Miguel Braga, Responsável de Comunicação do Sporting CP, reagiu nas redes sociais aos castigos do enviusado Conselho de Disciplina:

"Nuno Santos não deveria ter respondido às provocações do público. Tanto o presidente [Frederico Varandas] como o treinador [Rúben Amorim] disseram isso mesmo. Numa atitude pioneira, o CD foi célere a castigar o jogador. E noutros casos similares? Nada.

Já Pepe e o FCP podem brincar com o CD à vontade, manipulando a verdade desportiva. Limpar amarelos enquanto lesionado no banco é uma nova forma de estar no futebol português.

Nem mesmo no futsal - com este Conselho de Disciplina também presidido por Claúdia Santos - quando o jogador Jacaré não só insultou, como incendiou as bancadas do PJR com gestos e provocações no meio da quadra".

publicado às 17:45

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Li a notícia mas ainda me levou algum tempo para verdadeiramente digerir a informação.

Depois da "tourada" em Portimão, esperávamos que surgisse alguma novidade sobre a actuação do Conselho de Disciplina da FPF relativamente à ocorrência, nomeadamente o confronto entre treinadores e demais incidentes que terão ocorrido no túnel, envolvente até de diversos jogadores.

Nada surgiu neste contexto esta segunda-feira, mas, por mera "coincidência" decerto, o organismo federativo anunciou que tinha instaurado um processo a Paulo Sérgio por críticas à arbitragem, após o jogo do Portimonense com o Santa Clara do dia 13 de Março.

De acordo com o comunicado emitido pelo CD, o procedimento disciplinar instaurado ao técnico dos algarvios surge na sequência de uma "participação disciplinar apresentada pela Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, tendo por objecto declarações proferidas em órgão de comunicação social sob o enfoque das ofensas à honra ou consideração de agentes da arbitragem".

Em causa, pelos vistos, esta declaração de Paulo Sérgio:

“Infelizmente, preferia que assim não fosse, tenho de me queixar de um lance que é claro. É um lance de grande penalidade que tem de ser marcado e são muitos lances desse género contra o Portimonense. Parece que não nos querem deixar pôr a cabeça de fora. Infelizmente, tenho de falar desse lance [alegada bola na mão de Fábio Cardoso], porque sou dos que respeita os árbitros, dos que respeita o erro, mas repito, com o sistema que existe hoje, com VAR [videoárbitro], com tudo isso, aquilo que está a acontecer com o Portimonense é vergonhoso".

O que pensar do timing desta divulgação do Conselho de Disciplina?... É para desviar as atenções da conduta do arruaceiro-mor da equipa portista ou há outra intenção?

E, além de tudo o mais, quantas vezes o dito arruaceiro já criticou a arbitragem sem levar nenhum processo disciplinar digno do nome? Isto, considerando que já foi expulso oito (8) vezes enquanto ao leme do FC Porto.

publicado às 03:02

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Isto, para dar continuidade à notícia de ontem à noite, em que o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) instaurou um processo disciplinar a João Palhinha, Zouhair Feddal, Luís Neto e Hugo Viana "por inobservância de outros deveres em jogo a contar para a Liga NOS, na sequência da convolação de processo de inquérito, tramitado na Comissão de Instrutores da LPFP".

Ao que consta agora, o pretexto para este novo processo é a  confusão registada no túnel no encontro de Dezembro em Vila Nova de Famalicão, que terminou com um empate (2-2). Num jogo de toada ‘quente’, marcado por várias picardias durante os 90 minutos e, em concreto, ao intervalo, no final da partida existiram vários despiques entre elementos das duas formações. Os jogadores terão sido identificados nessa circunstância, depois de consultadas as imagens de videovigilância.

No caso de Hugo Viana está relacionado com o facto de não ter utilizado máscara, situação que, recorde-se, levou a que já tivesse sido multado no clássico com o FC Porto no Dragão.

Palavras escasseiam para verdadeiramente descrever a fúria e a indignação que senti ao ter conhecimento deste manejo, mais um, do despravado organismo liderado por Cláudia Santos.

O jogo em questão teve lugar no dia 5 de Dezembro de 2020, e agora, passados mais de três meses, vêm com um processo, com a desculpa surreal que houve demora na recolha de provas, nomeadamente a disponibilização de imagens por parte do Famalicão.

Devem ser imagens deveras especiais e muito bem "trabalhadas" para levar este tempo todo para serem apresentadas.

É por de mais óbvio que este e outros processos do género movidos contra o Sporting têm o único propósito de tentar desestabilizar e por todos e quaisquer meios ao alcance, anular a liderança do campeonato, cenário que incomoda, e muito, os poderes ocultos do futebol português.

Não sei como a Direcção do Sporting vai reagir a esta nova ocorrência, mas é de facto uma situação muito ingrata. Por um lado, deve querer responder sem "papas na língua", por outro, quererá evitar perturbar a equipa ainda mais com ruídos polémicos na praça.

Termino, por agora, transcrevendo estas considerações do meu colega Leão do Norte:

"Há alguns dias, em post anterior, escrevi:

"Podemos ter toda a força possível e imaginária, manter a "imunidade" a esta "praga de conspurcados", mas tudo tem um limite. E os adeptos do Sporting têm de interiorizar isso, principalmente porque sabemos que a "safadeza" vai continuar!".

Neste momento penso que, não só vai continuar, como se irá tornar mais "agressiva". As hipóteses para derrubar o Sporting vão passando e, na visão dos interesses ocultos, urge actuar.

Mas será que os jogadores, treinadores e directores de todos os outros clubes são assim tão bem comportados e cumpridores da lei, para só os afectos ao Sporting serem processados disciplinarmente?

A bem dizer, não é o que semanalmente nós vemos e ouvimos nas televisões. Mas para esses o Concelho de Disciplina está cego e surdo".

publicado às 03:03

A perseguição não tem pausa

Rui Gomes, em 13.12.20

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João Mário homenageado antes do jogo com o Paços de Ferreira

pelos seus 100 jogos de leão ao peito.

O Conselho de Disciplina da FPF instaurou um processo disciplinar a Frederico Varandas, Miguel Braga e ainda ao jogador João Mário pelas críticas destes à arbitragem após o jogo Famalicão vs Sporting. Segundo explicou o CD em comunicado, a decisão "tem por base participação disciplinar apresentada pelo Conselho de Arbitragem da FPF, por alegadas declarações proferidas em órgão de comunicação social".

O referido processo foi enviado à Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, "ficando excluída a publicidade até ao fim da instrução", pode ainda ler-se na nota.

Veremos o que vai sair deste processo. Qualquer eventual sanção a Frederico Varandas e Miguel Braga é de menores consequências, já o mesmo não se pode dizer de João Mário, caso venha a implicar o seu afastamento de jogos.

O que o presidente disse no final do jogo em Famalicão já é bem conhecido. Eis o que João Mário afirmou na flash-interview da Sport TV:

"Anularam-nos um golo limpo, no final, já vi o lance e não consigo ver falta. Faz parte, mas é difícil compreender esta decisão. Há que haver respeito e não houve. Acabamos por responder a algumas bocas do banco do Famalicão. Foi um bom jogo e infelizmente não nos deixaram ganhar.

Sinto orgulho por atingir a marca de 100 jogos pelo Sporting. Faltou a vitória, fizemos por isso, chegámos a marcar, mas o árbitro acabou por anular o lance".

A verdade tem um peso que nenhuma mentira pode falsificar, mas... tem o seu preço!

publicado às 03:33

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Vou tentar ser breve, porque isto refere a um assunto que dá para o proverbial "pano para mangas", com muitos metros de tecido.

O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol instaurou dois processos disciplinares a Frederico Varandas. Em causa, segundo o documento, estão as declarações do presidente do Sporting a criticar a arbitragem após o clássico com o FC Porto e ainda a acusação a Pinto da Costa.

No primeiro caso, pode ler-se que o processo... "tem por base participação disciplinar apresentada pelo Conselho de Arbitragem da FPF, por alegadas declarações proferidas em órgão de comunicação social". Recorde-se que após o jogo em Alvalade, Varandas apontou o dedo ao penálti revertido aos leões. "Sabem quando é que este penálti era revertido no Dragão ou na Luz? Nunca", disse na sala de imprensa.

No que toca ao segundo processo, surgiu por "alegadas declarações proferidas em órgão de comunicação social, visando dirigente desportivo de sociedade anónima desportiva", mais concretamente por Varandas ter apelidado Pinto da Costa de "bandido".

Nota adicional, na sequência também do clássico, para a instauração de um processo de inquérito a Rúben Amorim, para "apuramento de eventuais declarações alegadamente feitas pelo agente desportivo e referidas na participação disciplinar apresentada pelo Conselho de Arbitragem, assim como modo de apurar a eventual responsabilidade disciplinar inerente à factualidade que subjaz a tais declarações e que pode associar-se a eventuais omissões do relatório da equipa de arbitragem."

- O processo relativamente aos comentários de Frederico Varandas sobre a arbitragem do jogo com o FC Porto já era esperado, não sendo, portanto, surpresa alguma;

- Deixa-me algo perplexo, no entanto, um segundo processo pelas acusações dirigidas a Pinto da Costa. Desde quando é que o Conselho de Disciplina da FPF intervém em casos que constam de troca de "bocas" entre presidentes de Clubes?

- O organismo federal levantou algum processo pelas "declarações proferidas em órgão de comunicação social, visando dirigente desportivo de sociedade anónima desportiva" por intermédio de Jorge Nuno Pinto da Costa, no que ao presidente do Sporting e da Sporting SAD diz respeito?

- Por fim, um processo de inquérito a Rúben Amorim e a causa da sua expulsão durante o clássico. É a minha memória que falha, ou o treinador do Sporting não foi já punido com seis dias de suspensão e multado em 3.825 euros?... Ou será isto relacionado com um outro aspecto do incidente?

Para terminar - e já não estou a ser tão breve como gostaria - um excerto da crónica de Eduardo Dâmaso, em Record, que toca no assunto:

"Não sei se um bandido será sempre um bandido, como disse Frederico Varandas... até porque os manuais por onde estudei direito penal defendiam o contrário, ou seja, a famosa ressocialização dos delinquentes. Mas sei que, para formar uma opinião sobre o que aconteceu no Apito Dourado, não preciso de ir ouvir as escutas nem de ouvir a canção do bandido sobre a presunção de inocência ou a falta de condenações. E também não preciso de ir ao futebol - de pertencer ou, tão só, frequentar o seu mundo - para perceber que Varandas, pessoa que não conheço, trava a luta certa contra uma claque. E que Pinto da Costa (ou Luís Filipe Vieira) nunca teria condições para fazer o mesmo e dar um exemplo de grande dignidade moral".

ADENDA

A acreditar no que é hoje noticiado por Record, o CD da FPF vai investigar a "dualidade de critérios" denunciada por Rúben Amorim. Ou seja, tudo aquilo que Sérgio Conceição disse durante o clássico e que o árbitro e quarto árbitro - este em posição ideal para ouvir tudo - ignoraram e que não resultou em punição durante o jogo nem constou no relatório.

publicado às 03:34

Quando os anjos descem à terra

Rui Gomes, em 04.10.17

 

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Para ser sincero, não é que seja um assunto que me incomoda muito, talvez por não nos oferecer nada de novo, mas sobretudo por ser apenas mais um caso entre tantos outros que vêm a debate no futebol português.

 

Ao ler as passagens citadas do acórdão do Conselho de Disciplina sobre o processo da queixa do Sporting contra o Benfica, fiquei com a sensação de que estava perante uma muito imaginativa coreografia de uma peça de teatro que anima um qualquer palco de Lisboa, porventura com o título do post "Quando os anjos descem à terra".

 

"Uma troca de palavras (...) sem conteúdo significativo." Foi assim que Artur Soares Dias descreveu a conversa com Rui Costa no intervalo do Sporting-Benfica da época passada, disputado em Abril, e que motivou uma participação disciplinar do Sporting, que acusou o director-desportivo das águias, bem como o treinador Rui Vitória e o assessor jurídico Paulo Gonçalves de "tentarem coagir" o árbitro portuense para a segunda parte.

 

O Conselho de Disciplina arquivou recentemente a queixa em questão, absolvendo o trio de benfiquistas, baseando-se sobretudo nos depoimentos de Artur Soares Dias e dos delegados da Liga ali presentes - também eles foram alvos de participação do Sporting por alegada omissão nos respectivos relatórios.

 

"Confirmo ao intervalo a existência de uma troca de palavras no túnel com elementos do Benfica e do Sporting, no meu entender sem conteúdo significativo relevante para mencionar esses fatos no relatório, assim como acontece na maioria dos jogos, onde os elementos da equipa evidenciam as sua razões de discórdias das decisões tomadas no primeiro tempo", começou por descrever Soares Dias.

 

"Em nenhum momento a minha atitude foi diferenciado entre os elementos das duas equipas, mantendo o diálogo e a calma habitual de forma a naturalizar os ânimos que por norma são emocionantes e fervorosos neste tipo de jogos", prosseguiu o árbitro, salientado que a sua conduta "teria sido a mesma caso a conversa tivesse ocorrido em pleno relvado". "Termino realçando que em nenhum momento me senti condicionado, nem senti que tivesse sido posta em causa a minha competência, uma vez que o diálogo foi cordial e normal", garantiu.

 

Os delegados da Liga, por sua vez, acabaram por confirmar que Rui Costa e Artur Soares Dias "conversaram acerca de alguns lances mais controversos ocorridos na primeira parte do jogo. Diálogo este que, que ocorreu de forma normal, tranquila, calma, aberta e igual a tantas outras conversas que ocorrem semanalmente nos estádios de futebol", explicaram, garantindo que "nunca ocorreu qualquer tentativa de 'pressionar, coagir e influenciar o discernimento da equipa de arbitragem para a segunda parte do jogo' como fantasiosamente pretende fazer passar a participação disciplinar efectuada pela Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD".



Dois penáltis em causa

 

Reinaldo Teixeira, coordenador dos delegados da Liga, também foi ouvido, pois estava no túnel de Alvalade e foi indicado como testemunha. "O sr. Rui Costa interpelou o árbitro principal da partida, dizendo-lhe num tom cordial e respeitoso algo como 'Ò Artur, o que é que é preciso para marcar penáltis? São logo dois', respondendo ato contínuo o referido árbitro 'Ó Rui, essa é a tua opinião, eu não vi penáltis nenhuns'", consta do acórdão divulgado esta terça-feira pelo Conselho de Disciplina.

 

"Nesse momento chegam dois elementos da equipa do Sporting, nomeadamente Raul José, treinador-adjunto, e Nélson, treinador de guarda-redes, que se dirigem a Rui Costa, afirmando 'Joguem à bola, não reclamem'. A esta afirmação o sr. Árbitro responde dizendo 'A conversa não é convosco, posso conversar com este Senhor?'. E com esta resposta do Sr. Árbitro os referidos elementos da Sporting SAD dirigiram-se para o seu balneário", conta Reinaldo Teixeira.

 

Segundo a mesma testemunha, nesse momento já estavam na zona do túnel Luís Filipe Vieira e Paulo Gonçalves. Este último "não emitia opinião, estando um pouco mais afastado do local onde os agentes desportivos dialogavam".

 

"O presidente Luís Filipe Vieira dirigia-se somente aos seus jogadores com as seguintes expressões 'É hora de descanso. Vamos para o balneário. Balneário, balneário', ao mesmo tempo encaminhando-os para o referido balneário", conta.

 

Quanto às palavras de Rui Costa, Reinaldo Teixeira considerou que as palavras ditas ao árbitro Soares Dias "não" visaram condicionar, pressionar ou colocar em cousa a competência do referido árbitro. "Mais esclareceu que conhece o sr. Rui Costa há muitos anos e que noutros jogos já assistiu a intervenções do sr. Rui Costa, aí sim, agressivas e impróprias. Neste caso em concreto, assistiu somente a um diálogo correto, cordial e respeitoso", pode ler-se no acórdão.

 

Os árbitros-auxiliares Paulo Soares e Rui Licínio, bem como João Pinheiro - quarto árbitro - corroboraram todos estes testemunhos.

Imagens de videovigilância não desmentem

 

O Conselho de Disciplina viu também as imagens do sistema de videovigilância. "Ainda que pontualmente a conduta dos agentes desportivas ora em causa se possa aproximar, ali ou acolá, de revelar maior exaltação, julgamos que não têm as mesmas nem a virtualidade de colocar em causa 'a palavra' dos agentes de arbitragem, quanto a factos por si diretamente percecionados e no exercício das suas funções, nem sequer de romper as malhas de qualquer ilícito disciplinar.

 

Por isso, e considerando que todos os factos apurados se traduzem num manifestar de discordância relativamente a decisões da equipa de arbitragem num quadro de respeito pelo árbitro, afiguram-se suficientes para afastar a prática de qualquer ilícito disciplinar ou, no mínimo, sustentar uma dúvida razoável sobre a conclusão essencial do cometimento, pelos arguidos, das infracções pelas quais vinham indiciados".

 

publicado às 04:36

 

O Conselho de Disciplina (CD) teve uma quinta-feira preenchida e mandou instaurar um total de seis processos disciplinares. Dois deles, resultam de participações do Sporting contra elementos do Benfica.

 

O processo n.º 64 tem como alvos Rui Vitória, Rui Costa, Paulo Gonçalves e a SAD encarnada pelos eventos no túnel ao intervalo do «derby» de Alvalade. A novidade aqui é que também o árbitro Artur Soares Dias e os delegados da Liga, Rui Manhoso e Manuel Castelo, têm processo disciplinar, por, no entender do Sporting, não terem relatado a alegada coação de responsáveis do Benfica ao juiz da partida.

 

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O outro processo disciplinar que atravessa a Segunda Circular é a Luís Filipe Vieira e também por queixa do Sporting. Neste caso, estão em causa as declarações do presidente do Benfica após o dérbi, em que recordou Vale e Azevedo ao falar de Bruno de Carvalho.

Ambos os processos são instaurados automaticamente, já que resultam de participações de um clube. Agora, compete à Comissão de Instrutores da Liga conduzir a investigação. 

 

Um dos outros processos abertos é a Francisco J. Marques, director de comunicação do FC Porto, e à sociedade portista. Neste caso, resulta de ação direta do CD e tem como motivo as declarações do responsável dos dragões, que apontou o órgão de disciplina como "ponta-de-lança do Benfica".

 

E assim anda a guerra da Segunda Circular, ameaçando não ficar por aqui.

 

publicado às 04:15

Uma autêntica palhaçada !!!

Rui Gomes, em 13.02.13

 

Duas decisões do Conselho de Disciplina da FPF que reflectem a autêntica palhaçada que é o futebol português, algo, aliás, que não deve surpreender ninguém. Óscar Cardozo, por agressão a um adversário e por conduta para com o árbitro, que também pode ser considerada agressão, de acordo com a Lei 12, das Leis do jogo da FIFA, é punido com um (1) jogo de suspensão. A outra irrisória decisão, absolve o FC Porto por ter utilizado três jogadores frente ao V. Setúbal para a Taça da Liga, menos de 72 horas depois de os três terem jogado pela equipa B frente à Naval, alegando o organismo que o regulamento não é extensível a jogos a contar para a Taça da Liga. Depreende-se, então, que os jogos da Taça da Liga não são jogos oficiais, uma vez que o regulamento visa abranger todos os jogos oficiais. Isto é somente o futebol português, onde as leis que são para uns, não são para outros.

 

 

publicado às 14:45

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