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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Esta acção não é exclusiva a Danilo Pereira, pelo contrário, é muito comum no futebol e mais vezes do que não passa impune.
Um qualquer jogador comete uma falta flagrante - no caso de Danilo, agarrou o adversário pela camisola - e depois protesta por o árbitro assinalar falta. O jogador do FC Porto ainda foi mais longe e deu uma palmada na banderinha de canto para acentuar o seu desagrado. Foi expulso ao ver o segundo amarelo do jogo.
Decisão correcta do árbitro que devia verificar-se com mais frequência.
Entretanto, Danilo deve ter levado um "puxão de orelhas" que o levou a publicar uma mensagem nas redes sociais:
"Peço desculpa pela minha atitude irresponsável e desnecessária no lance do segundo cartão amarelo. São atitudes que não se podem repetir! Contudo, estou bastante feliz e satisfeito pela vitória".
"Não percebo o porquê desta guerra. Estão a negociar desde Novembro e foi o FC Porto que mostrou mais interesse em mim".
Danilo Pereira a reagir à troca de farpas e acusações entre Bruno de Carvalho e Carlos Pereira. Até aqui tudo bem, uma explicação plausível se é mesmo isto que o jogador acredita. No entanto, "burrou a pintura" com a segunda frase da sua declaração:
"Os jogadores que vêm para o FC Porto sabem o que é representar o FC Porto e não é o dinheiro o motivo, mas sim estar numa grande instituição como esta".
Poderá ser o discurso mais politicamente correcto, perante a sua entidade patronal, mas teria sido mais honesto e certeiro se tivesse afirmado que de há uns anos a esta parte o clube do Norte tem valorizado muito melhor os seus activos, em um bom número de casos a conduzi-los a contratos milionários fora fronteiras.
Para ser sincero, não é com grande entusiasmo que volto a abordar este confuso e aparentemente complexo caso, mas pelas notícias deste fim de semana e ainda desta segunda-feira, acho que não pode ser totalmente ignorado.
Foi hoje noticiado a existência de um suposto contrato assinado pelo Marítimo e o Sporting, em que as condições da hipotética transferência do Danilo Pereira para Alvalade são estipuladas. Segundo o acordo, o Sporting pagará 4,5 milhões de euros ao emblema do Funchal, ficando, deste modo, detentor da totalidade dos direitos económicos do jogador.
O alegado entrave à finalização do negócio surge pela aparente obrigatoriedade por parte do Marítimo em pagar 1,350 milhões de euros à empresa «Onkant BK» que, pela transferência do atleta para o clube madeirense em 2013, terá ficado com direito a 30 por cento de uma futura venda.
Ainda, segundo a comunicação social, que o Marítimo apenas pretende pagar 500 mil euros à referida empresa, imputando o restante valor ao Sporting, que, presume-se, terá recusado, face ao acordo existente entre as partes.
Este cenário surge em directo contraste com as recém-declarações de Carlos Pereira - presidente madeirense - que fez saber que estava tudo acordado no que aos clubes diz respeito e faltava somente a decisão de Danilo Pereira sobre qual o clube que pretendia representar.
Creio que existem outras informações pertinentes ao caso que não são do domínio público, porque o todo deste processo não faz grande sentido. Se de facto existe um contrato assinado entre os dois clubes, não vejo como o Marítimo possa pretender fazer exigências adicionais. No entanto, a palavra final será sempre do jogador, uma vez que ninguém o pode obrigar a ir para onde ele não deseja.
Devo admitir, desde já, que não prestei atenção a Danilo Pereira durante a época o suficiente para ter uma opinião completamente formada sobre a qualidade do jogador, mas quando começo a ver tantas "andanças" carnavalescas em torno da sua hipotética transferência, o meu primeiro instinto é de virar as costas à contratação.
Declarações de Carlos Pereira - presidente do Marítimo - este sábado:
O negócio Danilo, da parte do Marítimo, está praticamente fechado. Ele é que ainda não se decidiu. E quer decidir este fim de semana o emblema que vai representar na próxima época.Eu continuo a dizer que o euro é igual a norte e a sul. Se for para o Porto, até poderei lá levá-lo. Se for para Lisboa idem aspas. Não há que misturar situações do passado. Negócio é negócio. O próprio Danilo vai definir o rumo que quer.
Será então possível depreender que os valores do negócio para o clube madeirense não diferem mediante o eventual destino do jogador. Pela óptica deste, existirão considerações salariais a ponderar e, porventura, também de ordem técnica.
Limito-me a perguntar: será que vale a pena ?
Um dos pasquins dos Cofina noticia que o Sporting vai avançar com uma proposta por Danilo Pereira e Derley, ambos do Marítimo. Segundo fontes "anónimas", o Sporting está disposto a oferecer Wilson Eduardo e Iuri Medeiros por empréstimo e Vítor Silva a título definitivo, para baixar os valores exigidos pelo clube da Madeira, que está a pedir 1,5 milhões de euros pelo médio e 4 milhões de euros pelo avançado.
Danilo Pereira
- natural da Guiné-Bissau
- 22 anos
- médio
- fez parte da sua formação no Estoril e no Benfica
- chegou ao Marítimo no Verão de 2013 do Roda da Holanda, onde jogou por empréstimo do Parma
- tem contrato até 2016
- 44 internacionalizações pelos escalões jovens de Portugal
- participou em 31 jogos esta época, 28 como titular e 3 como suplente utilizado, acumulando 2364 minutos de jogo (26,2 jogos)
Derley
- natural do Brasil
- 26 anos
- avançado
- chegou ao Marítimo no Verão de 2013 do Madureira, clube que milita no Campeonato Brasileiro Série C
- tem contrato até 2017
- participou em 33 jogos esta época, sempre como titular, acumulando 2672 minutos de jogo (29,6 jogos) e marcando 17 golos, 15 dos quais na I Liga.
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