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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O guarda-redes português Miguel Santos, actualmente ao serviço dos romenos do Astra Giurgiu, teve ocasião de defrontar Marcel Keizer durante a sua estada de ano e meio na Holanda e quando este era o técnico da equipa B do Ajax. Eis algumas considerações suas sobre as ideias de jogo do provável novo treinador do Sporting:
"O Ajax B era uma equipa extremamente dominadora, corria riscos, tinha uma saída de bola curta e uma atitude ofensiva muito grande", recordou o guardião luso, em alusão à temporada de 2016/17, em que a formação secundária do clube de Amesterdão terminou a II Liga holandesa em 2.º lugar, com 93 golos marcados (e 54 sofridos) ao longo das 38 jornadas.
Foi precisamente o sucesso dessa campanha que levou Keizer à equipa principal do Ajax, onde replicou "o mesmo estilo" exibido na época anterior ao comando dos bês, tendo ajudado a potenciar jovens como os já internacionais holandeses Justin Kluivert, Donny van de Beek, Frenkie de Jong e Matthijs de Ligt.
Apesar das diferenças entre o futebol português e o holandês, Miguel Santos acredita que o modelo de jogo do técnico de 49 anos "pode ter sucesso" em Portugal. "Está tudo na confiança, para se correr riscos. Talvez numa equipa B e numa liga secundária haja menos pressão. Mas quando chegas à equipa principal e tens pela frente jogadores mais habilidosos e experientes, cada erro é fatal. Podes pagar mais pelos erros numa I Liga".
Sobre o homem Marcel Keizer, Miguel Santos confessa desconhecimento: "Nunca entendi o holandês, por isso sempre estive à parte."
Resumo de um artigo de David Pereira, no Diário de Notícias
Nota: Já referimos num outro texto aqui publicado, que Marcel Keizer foi despedido do Ajax em Dezembro 2017, após apena seis meses de serviço. Na altura do despedimento o Ajax ocupava o 2.º lugar no campeonato, atrás do PSV Eindhoven, e já levava 51 golos marcados e 16 sofridos, em 17 jogos, uma média de 3 golos marcados por jogo, clara evidência do estilo ofensivo que Keizer aparentemente impõe nas suas equipas.
Por qualquer motivo não muito claro, e apesar deste registo, a administração do Ajax não gostou como a equipa estava a ser conduzida. Só isso pode explicar o despedimento, especialmente num campeonato que não é reconhecido pelo seu futebol defensivo.
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