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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Evaldo esteve ao serviço do Deportivo da Corunha na época passada e agora vai-se apresentar para os trabalhos do Sporting no dia 1 de Julho. Afirmou o seu empresário Renato Moura: «Neste momento não temos qualquer indicação em contrário. Ou seja, no dia 1 de Julho o Evaldo apresentar-se-á na Academia em Alcochete. Não recebemos qualquer abordagem do Sporting sobre a situação do jogador. Está focado em voltar e é isso que vai acontecer.»
Evaldo dos Santos Fabiano, 31 anos, fez 15 jogos como titular e um como suplente utilizado - acumulando 1209 minutos de jogo - ao serviço do Deportivo. Tem contrato com o Sporting até 30 de Junho de 2014.
Só mais um caso por resolver - entre tantos outros - a escassos dias da pré-época começar.
No embate de hoje da Liga espanhola entre o Sevilha e o Deportivo da Corunha - vencido pela equipa da casa por 3-1 - estiveram em campo mais jogadores portugueses do que em muitos jogos da Liga Zon Sagres, sete no total. Para o Deportivo: Sílvio, Zé Castro, Bruno Gama, Diogo Salomão, Nélson Oliveira e Pizzi. O guarda-redes Beto para o Sevilha. Dito isto, não sei bem qual a implicação da equipa derrotada ter sido a que se fez representar pelo maior número de jogadores lusos.
Domingos Paciência só durou um mês ao lemo do Deportivo da Corunha. Após 6 jogos - 1 vitória, 1 empate e 4 derrotas - houve um acordo entre as partes para a sua saída. Estou com enorme curiosidade de ver as explicações dos sapientes do universo sportinguista para mais esta contrariedade sobre um técnico que fez muito e prometeu mais ainda, enquanto ao serviço do emblema minhoto mas que, desde esse ponto, esgota soluções em pouco tempo, sob a pressão de apresentar resultados imediatos. A evolução da sua carreira que o viu chegar a Alvalade foi meritosa e face às realizações, lógica. Todos ou quase todos adeptos do Sporting aprovaram a sua contratação, mas a um determinado ponto viu-se que estava esgotado de soluções. Há qualquer coisa que não é de fácil explicação. Ainda hoje insisto que a sua saída do Sporting não se ficou a dever apenas a resultados desportivos de menor agrado. Acima de tudo, não consigo distanciar-me do intrigante desinteresse de Pinto da Costa sobre um filho da casa. A lógica, onde lógica existe, na ocasião, dava Domingos Paciência como treinador do FC Porto e não o então inexperiente André Villas-Boas.
Conforme já aqui publicado no Camarote Leonino, Domingos Paciência foi apresentado na segunda-feira, dia 31 de dezembro, como o novo treinador do último classificado da «La Liga», o Deportivo da Corunha, assinando um contracto válido até ao fim da época.
Esta é uma múltipla boa notícia para o Sporting, já que vai-se ver desobrigado de lhe pagar o balanço do seu contracto que era válido até 30 de junho de 2013, aproximadamente 350 mil euros. Ainda mais melhor, fez-se acompanhar por três dos seus adjuntos - Miguel Cardoso, João Carlos e Sérgio Vieira - todos eles que também estiveram em Alvalade e usufriam de salário durante o exacto mesmo período.
Ninguém pode culpar Domingos Paciência de defender os seus interesses - foi despedido pelo Sporting, não de demitiu - no entanto, pela sua apresentação em Corunha fez uma declaração que despertou o meu interesse: «Acredito no meu trabalho. Quero trabalhar, quero estar no activo...tive outras oportunidades, para outros campeonatos, mas preferi esperar.» Sabe-se que uma dessas ofertas foi do Olympiacos - posição que acabou por ser preenchida por Leonardo Jardim - e o Domingos recusou pelo salário inferior relativamente ao do Sporting ou, então, não lhe agradou ir para um clube onde conquistar o título não é apenas um objectivo, é o único objectivo. Claro, sentiu-se confortado em saber que mensalmente iria receber cerca de 60 mil euros do Sporting. Agora, não deixa de ser algo curioso, aceita a posição num clube a meio da época, que está em último lugar no campeonato espanhol, com 12 pontos em 17 jogos, embora se admita que o salário oferecido supera o do Sporting. Poderá ser um risco bem calculado ou algum receio da parte de Domingos de aceitar desafios superiores. Para ser justo, sem conhecimento concreto de causa, deve-se lhe dar o benefício da dúvida.
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