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Saber ganhar e saber perder

Naçao Valente, em 18.05.22

"Fiz aquilo que tinha de fazer como treinador da instituição que sou, dei os parabéns ao campeão, coisa que não aconteceu em relação a nós”.

                               Rúben Amorim

O clube das Antas tem uma boa equipa de futebol profissional, temos de o admitir para sermos justos. Mas para além disso, todos sabemos que esse clube, para ganhar, não hesita em usar métodos que saem do âmbito da verdade desportiva, assentes no princípio do “vale tudo”, nas palavras de um antigo dirigente.

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Fazer 91 pontos na I Liga, batendo um recorde, não é tarefa fácil. Atrevo-me até a afirmar que é possível com a utilização da norma do “vale tudo”. Explicitando, essa norma inclui ganhar sempre. Significa, do ponto de vista estratégico, conseguir “inclinar o campo” a seu favor, através do controle de arbitragens, ou quando isso não acontece, usar estratagemas para as enganar, por exemplo, com os habituais “mergulhos”. É verdade que acontecem em todas as equipas, mas creio que no FC das Antas fazem parte da metodologia do treino.

Na opinião de Amorim, citada no início, demonstra-se outra característica da equipa das Antas, as atitudes ditatoriais, expressas na arrogância que demonstram, sobretudo quando perdem. Todos queremos ganhar sempre, com a ressalva que ganhar e perder faz parte do desporto. Mas essa faceta não é considerada pelo Antas, pois quando perde não sabe reconhecer a derrota e a maior valia do adversário, o que fica bem expresso na afirmação citada de Rúben Amorim.

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Esta atitude, já cimentada ao longo de várias décadas de “vale tudo”, está cada vez mais desmascarada na opinião pública, mau grado a cobertura que tem na comunicação social, que faz vista grossa, às vigarices do corruptor, ou o aplaude como um grande dirigente. Isto é possível num país de brandos costumes, onde as altas estruturas desportivas e judiciais se foram acomodando a esta realidade, e onde o poder político, de qualquer matiz, se acobarda perante o poder do futebol, enquanto controlador de consciências.

Em conclusão, saber ganhar e saber perder está na real essência do desporto. E quem não segue este princípio não o valoriza, apenas o descredibiliza, com o seu princípio do “vale tudo”.

Até quando?

publicado às 04:04

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Já não há volta a dar. Os efeitos do surto do coronavírus já se sentem em praticamente todo o desporto nacional, afectando provas de praticamente todas as modalidades. Das mais mediáticas, como o futebol, às de menor nomeada, já praticamente todas anunciaram várias medidas que visam ajudar a combater uma epidemia que se tem alastrado de forma bastante rápida um pouco por todo o mundo.

O caso mais sonante, conforme dissemos acima, passa pelo futebol, que viu esta terça-feira a Liga Portugal anuncia a disputa de todos os encontros dos campeonatos profissionais à porta fechada. Além dos jogos dos dois principais escalões disputados à porta fechada, também os jogos das competições nacionais de futsal vão ser disputadas sem público, e foi ainda determinado que "os jogos das provas nacionais seniores não-profissionais de futebol não poderão ter mais de cinco mil pessoas nas bancadas".

Para rever quem pode ir aos estádios dos jogos à porta fechada, pode consultar este nosso post.

publicado às 03:46

O que é o Sporting?

Naçao Valente, em 11.12.19

O Sporting Clube de Portugal é um clube desportivo, não é uma religião. O seu estádio é lugar para competir, não é uma igreja, muito menos uma catedral. Os seus simpatizantes são adeptos, não são fiéis religiosos.

Este é o Sporting que conheço, sempre conheci, e que corresponde à intenção dos seus fundadores. Mas há meia dúzia de anos, houve uma tentativa travada de transformar o Clube numa seita religiosa com o seu "deus", os seus santos, os seus altares, as suas rezas, os seus dogmas, os seus fiéis e os respectivos infiéis.

Todos se lembram da adoração ao suposto "deus" nas suas voltas dentro do "templo" para receber a adoração dos sempre fiéis. Todos se lembram das suas homilías, da excomunhão dos contestatários, da pregação da guerra. Todos, os que têm memória, se lembram da utilização dos ecrans do estádio para se glorificar, sobrepondo a vida privada ao próprio Clube. 

A transformação do Sporting numa religião falhou. O falso "deus" voltou à sua condição de mero humano, da qual nunca devia ter saído. Mas os seus seguidores continuam a adorá-lo, não obstante a clara evidência da sua condição humana. Estão presentes na contestação permanente à actual Direcção. Manifestam-se na rua, no estádio, nas redes sociais,com a mesma fé na "divindade" do seu ídolo.

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E mesmo que não tenha feito o milagre de ganhar um grande título, acham que fez tudo bem, porque os deuses são perfeitos e incontestáveis. Ouço-os e pasmo... Dizem: 'não ganhávamos, mas jogávamos bom futebol. O estádio estava sempre cheio. Os adeptos estavam felizes. Os infiéis derrotados. Títulos para quê? Isso é coisa de vida terrena. A nossa glória está no além'.

Há quem diga que o futebol aliena... Alienará. Mas a religião assumida de uma forma fundamentalista, aliena completamente. Os seguidores incondicionais de falsos deuses, perdem a capacidade cognitiva para distinguir o real do imaginário. E vão continuar presos na sua alienação.

É o que faz um grupo de associados que recolhe assinaturas para demitir a Direcção, sem se conhecer, pela parte desta, qualquer infracção aos Estatutos. O objectivo é claro: repor a situação vigente durante o período de desvio da essência do Clube. Se assim não fosse esperavam pelo próximo acto eleitoral para se apresentar a sufrágio.

Estas e várias outras iniciativas podem não passar de fogo fátuo. No entanto, causam perturbação e desgaste. Minam a unidade. Complicam a recuperação. Não pretendem que o Sporting seja vivido como um clube desportivo, e tudo farão para que volte a ser uma religião.

Cabe aos sócios não alienados, ou que se libertaram da alienação, não dar espaço a mais desvios. O Sporting tem de ser o que sempre foi, um clube desportivo, com altos e baixos, mas com potencialidades para continuar a ser uma referência no desporto português e internacional.

publicado às 03:49

 

O número de mulheres a praticar desporto federado em Portugal está a crescer de forma consistente nos últimos anos e, embora esteja ainda longe de um cenário de igualdade, representam já 30% dos atletas federados.

 

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De acordo com os mais recentes dados do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) a que a Lusa teve acesso, a percentagem de atletas femininas federadas no país atingiu em 2017 os 30%, uma evolução face aos 26% que se registavam em 2014. Entre os 624.001 atletas registados nas federações desportivas, 185.280 eram do sexo feminino, evidenciando um 'salto' face às 141.629 mulheres federadas três anos antes.

Entre as 59 federações observadas, apenas dezasseis registaram entre 2014 e 2017 uma diminuição no número total de praticantes federadas, sendo que somente oito destas assinalaram uma quebra superior a um ponto percentual (p.p.). As modalidades que mais mulheres perderam no período observado foram a motonáutica (-7 p.p.), os desportos de inverno (-5,78 p.p.) e o ténis (-3,71 p.p.).

Tendo em conta as estatísticas do ano passado, as modalidades com maior número de atletas federados do sexo feminino são: natação (com 36.272 mulheres), voleibol (24.365), andebol (19.844), basquetebol (17.038) e ginástica (15.899). 

Importa perceber que, nestas cinco federações, a proporção de mulheres em relação aos homens apenas era inferior a 50% no andebol (39,84%) e no basquetebol (40,75%).

 

Já no que refere à ginástica, o domínio é avassalador, com uma percentagem de 86,82 nos atletas registados na federação, enquanto natação e voleibol contabilizaram 55,38 e 55,11%, respectivamente.

Em termos relativos, o crescimento mais significativo desde 2014 vai para a federação de patinagem (12,8 p.p.) -- que inverteu a relação de forças e tornou as mulheres no 'sexo forte' da federação (8.539 contra 7.353). Já em números absolutos, o maior crescimento pertenceu à natação: de 10.597 mulheres em 2014 passaram a 36.272 em 2017.

A esfera olímpica é um dos vectores do crescimento da participação feminina no desporto. Segundo o IPDJ, dos Jogos Olímpicos Pequim2008 para o Rio2016, a representação das mulheres nas respectivas missões subiu de 30 para 45%. Tóquio2020 pode até reforçar essa realidade, pois a participação actual no plano de preparação olímpica cifra-se em 55%.

Quanto à federação de futebol, que integra ainda o futsal, é única a superar a fasquia dos cem mil atletas (167.986 homens), as mulheres federadas são já 8.363. Um incremento assinalável face às 6.007 do ano 2014, mas que revela ainda um peso muito relativo: 4,74% dos praticantes federados, apesar do crescimento da selecção feminina, que em 2017 se estreou num Europeu. 

Assim, a evolução recente dita que perto de um terço dos desportistas federados sejam mulheres. A promoção da igualdade de género transcende, inclusivamente, os registos de praticantes federados, sendo visível a participação feminina noutras áreas do movimento associativo, seja na condição de árbitras, treinadoras ou dirigentes.

 

Reportagem da Agência Lusa

 

publicado às 03:00

 

 

 

Um estudo da Sporting Intelligence indica as equipas desportivas que mais gastam com os salários dos seus atletas. Os ingleses do Manchester City lideram a lista do desporto mundial, com uma média de 6,46 milhões de euros por jogador por ano. O futebol lidera as modalidades colocando 7 equipas no "Top-12", com a "English Premier League" a mais gastadora.

 

Manchester City - 6,46 milhões de euros (125 mil por atleta por semana)

 

 

New York Yankees - 6,4 milhões (124 mil)

 

 

Los Angeles Dodgers - 6,2 milhões (120 mil)

 

 

Real Madrid - 6 milhões (117 mil)

 

 

Barcelona - 5,9 milhões (115 mil)

 

 

Brooklyn Nets - 5,3 milhões (105 mil)

 

 

Bayern Munique - 5,3 milhões (103 mil)

 

 

Manchester United - 5,2 milhões (101 mil)

 

 

Chicago Bulls - 4,8 milhões (93 mil)

 

 

Chelsea - 4,8 milhões (93 mil)

 

 

Arsenal - 4,7 milhões (91 mil)

 

 

NY Knicks - 4,6 milhões (90 mil)

 

 

publicado às 13:50

Falar menos e praticar mais !

Rui Gomes, em 01.04.14

 

Não tenho dúvida alguma que a vasta maioria dos leitores ficou prontamente a pensar que o título do post é em referência a Bruno de Carvalho. Embora também lhe seja aplicável, pela evidência à vista, é igualmente pertinente à actual condição da minha pessoa, muito embora em menor escala. Fui sempre muito activo no desporto, nomeadamente durante a minha juventude, como é natural, quando pratiquei um vasto leque de modalidades desde a natação ao basquetebol, o atletismo, o nosso futebol, e até o "football" norte-americano, entre outras. Com o passar dos anos algumas modalidades ficaram para trás, mas novas surgiram, a exemplo das artes marciais, prática que só abandonei por completo há relativamente pouco tempo. Através deste longo percurso, nunca gostei muito de ir para o ginásio, embora o tenha feito ocasionalmente, e para agravar o estado das coisas sou um ávido fumador. Em 2006 sofri um evento cardíaco que o bom senso indica que deveria ter servido para me obrigar a repensar a minha condição, nomeadamente o fumar. Infelizmente, não aproveitei o ensejo, para meu mal. Recordo até, com algum humor, que depois de diversas horas na urgência e testes em cima de testes, o cardiologista que me assistiu veio informar-me que teria de ser internado durante alguns dias. Embora me sentisse mais estável, aceitei perfeitamente a situação, mas a primeira ideia que me surgiu foi de pedir ao médico para me deixar sair por uns minutos antes de ser transferido para outro andar do hospital. Ele compreendeu a minha intenção, sorriu e negou prontamente a hipótese. Já no período de recuperação, o mesmo médico convenceu-me a frequentar um ginásio organizado e eu assim fiz, apesar de ter o respectivo equipamento em casa. Disse-me ele que era importante estar num programa supervisionado e adequado à totalidade das questões de saúde que me incomodam, que não apenas o coração, e à minha estatura física - 1,87m e 97 quilos, 5/10 a mais do que deveria ter, sem ser só músculo. Aderi rigorosamente durante aproximadamente quatro anos, em média quatro ou cinco dias por semana, e até gostei imenso de ver regressar a musculatura que sempre me acompanhou. Um dia, há pouco mais de um ano, acordei desmotivado e nunca mais voltei ao ginásio. Como tudo na vida, é uma questão de hábito e rotina e quando se abandona é difícil recomeçar.

  

Vem esta longa história - até possivelmente sem grande interesse para os leitores -  a propósito de um recém-divulgado eurobarómetro que indica que Portugal é um dos países da União Europeia onde os cidadãos fazem menos exercício físico ou praticam algum tipo de desporto, sendo apenas ultrapassado pela Bulgária e por Malta. Daqui, o título do post "falar menos (em desporto) e praticar mais (desporto)" !

 

Segundo as conclusões deste estudo encomendado pela Comissão Europeia, que inquiriu 28 mil pessoas entre Novembro e Dezembro do ano passado, os países do norte da Europa são fisicamente mais activos de que os do sul e do este. Na Suécia, um dos países com índices mais elevados de actividade física, 70% dos inquiridos dizem fazer exercício ou praticar um desporto pelo menos uma vez por semana, seguindo-se a Dinamarca (68%), a Finlândia (66%) e os Países Baixos (58%).

 

No fim da tabela está a Bulgária, onde 78% dos entrevistados dizem nunca fazer qualquer tipo de actividade física, seguida de perto por Malta (75%) e com Portugal (64%), a Roménia e a Itália (60% cada) a completarem a lista de países com menor índice de actividade física entre os cidadãos. No caso de Portugal, 64% dos inquiridos diz nunca fazer exercício físico e apenas 8% admite fazer desporto ou praticar exercício regularmente.

 

Para o comissário europeu do Desporto, estes resultados confirmam  necessidade de tomar mais medidas para encorajar mais pessoas a praticar desporto e actividades físicas no seu quotidiano e que as autoridades locais em particular podem fazer mais neste sentido, por ser crucial, não apenas em termos de saúde individual e do bem-estar, mas também pelos custos económicos significativos resultantes da falta de actividade física.

 

E... tem plena razão, e eu que o diga, considerando o número de horas que eu passo ao computador, em casa ou no escritório, e sempre a fumar. Em abono da verdade, as "meninas" pediram-me para eu deixar de fumar no escritório e eu respeitei o seu pedido, embora não deixe de me dar ao trabalho, e ao incómodo, de ir à rua fazê-lo.  

  

publicado às 05:10

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