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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Vai haver público nas bancadas na última jornada da Liga NOS 2020/21. A novidade foi anunciada esta quarta-feira pela Liga portuguesa, mas haverá alguns constrangimentos: só pode ser ocupada 10% da lotação e os adeptos da casa terão de fazer um teste à Covid-19.
"O acesso aos estádios será exclusivamente destinado aos adeptos dos clubes visitados que devem apresentar, à entrada do recinto, o resultado negativo de um teste rápido para a COVID-19", lê-se no comunicado da entidade, que acrescenta que "a decisão foi tomada depois de várias reuniões da Liga Portugal e da Federação Portuguesa de Futebol com as autoridades de saúde pública e o governo, e que se intensificaram nas últimas semanas".
A decisão é oficial e "contou com a colaboração e validação da Direção Geral da Saúde", explica a Liga, acrescentando que "os jogos da última jornada da Liga NOS são eventos-teste que podem viabilizar o regresso de público aos estádios."
A 34.ª e última jornada da Liga NOS está marcada para o dia 19 de Maio, mas os horários dos jogos ainda estão por confirmar. O Sporting fecha a época 2020/21 com a recepção ao Marítimo.
A Unilabs já confirmou à Direção-Geral de Saúde que os resultados positivos à Covid-19 detetados nos testes de Nuno Mendes e Sporar, no dia 13, foram considerados clínica e laboratorialmente falsos positivos. A comunicação do laboratório para a DGS foi feita esta manhã, com conhecimento também para a autoridade regional de saúde de Alcochete.
Tanto Nuno Mendes como Andraz Sporar ainda aguardam os resultados de uma nova bateria geral de testes realizada pelo plantel do Sporting esta manhã na Academia para terem a certeza se podem ir a jogo mas, salvo resultado positivo nesta nova despistagem, ambos poderão estar ao dispor de Rúben Amorim na final da Allianz Cup, frente ao SC Braga, marcada para este sábado em Leiria.
Em consequência do e-mail enviado esta manhã pela Unilabs, a DGS vai retirar o nome dos dois jogadores do Sporting da plataforma de registo nacional de cidadãos infetados pela Covid-19.
Os leões denunciaram o caso na segunda-feira, após terem feito testes complementares noutros laboratórios. Aguardavam desde essa altura pela devida comunicação da Unilabs para a DGS. A própria autoridade nacional de saúde esperava desde quarta-feira por informação do laboratório.
Pelo meio, o Sporting decidiu avançar com uma queixa na Ordem dos Médicos contra o diretor médico da Unilabs, António Maia Gonçalves. O laboratório resistiu em assumir o erro, mas já tinha reconhecido junto do Sporting que os testes a Nuno Mendes e Sporar eram falsos positivos. Faltava que o fizesse junto da DGS, o que aconteceu apenas na manhã desta quinta-feira.
Nuno Mendes e Sporar falharam o jogo com o Rio Ave devido aos testes falsos positivos. Acabaram igualmente por ficar fora da meia-final da Taça da Liga com o FC Porto, a despeito de não estarem positivos à Covid-19, pois a DGS não autorizou que ambos fossem utilizados, sem ter na sua posse uma comunicação oficial e direta da Unilabs. Algo que o Sporting tinha desde segunda-feira, véspera do jogo.
Reportagem de Sérgio Krithinas e Vítor Almeida Gonçalves, Record
Isto é um clássico. Na questão em causa ou noutra, aparecem críticas, sentenças, quando não condenações, de quem não tem a responsabilidade de fazer. Porque quando tem de fazer, se calhar, nem a sua vida sabe governar.
No caso concreto do Grande Prémio de Fórmula 1 (Portimão), a DGS autorizou a presença de público com um determinado número de espectadores e com normas muito específicas. Quem falhou? A DGS? Não. Quem falhou foi a organização do evento, que não controlou os espectadores, além da irresponsabilidade de alguns que se aglomeraram, sabendo que isso é perigoso e não era permitido.
O que aconteceu neste evento, aconteceria mais facilmente num estádio de futebol, mesmo com metade da lotação. Se há melhor exemplo da razão da não existência de espectadores, aí está. Ou há condições logísticas adequadas para impor as normas, ou não há. Deixar isso à responsabilidade individual é como pôr a raposa a guardar o galinheiro.
A festa do Avante, e mais recente, a peregrinação a Fátima, foram exemplos positivos do cumprimento rigoroso das normas, por parte dos organizadores.
Portanto antes de se atirar pedras deve-se ter o bom senso de ver como as coisas realmente acontecem.
Texto da autoria de Nação Valente
Pelos vistos, para a Direcção-Geral da Saúde portuguesa, a questão de espectadores em eventos públicos só é um problema no futebol.
Na foto que aqui publicamos, o Concurso de Saltos Internacional (CSI) que decorreu este domingo em Esposende - e que teve início na sexta-feira, dia 11 - teve a presença de público, sem o devido distanciamento social sugerido pelas entidades nacionais de saúde, nas bancadas do Clube Hípico do Norte.
Bruno Barros, o principal organizador do concurso, em declarações à Sport TV: "A adesão do público foi uma das nossas apostas".
Nada consta da parte da DGS, assim como já aconteceu em outros eventos de registo.
ADENDA
A reacção de Graças Freitas, directora geral da saúde, ao ser confrontada com esta questão:
"Confirmei com todos os meus colegas de autoridades de saúde que a prova em questão não pediu nenhum tipo parecer a nenhuma autoridade de saúde. Não pediu à DGS, à administração regional do norte e ao seu departamento de saúde pública e também não pediu à autoridade de saúde territorialmente competente.
Não foi dado nenhum parecer por parte das estruturas da saúde e agora o caso terá de ser visto noutra sede, para se perceber o que se terá passado porque não era suposto que a prova tivesse público. Ou pelo menos que tivesse sem que as autoridades de saúde fossem consultadas, uma vez que nas orientações que existem não está previsto público nas bancadas neste tipo de provas".
De acordo com directora-geral da saúde, Graça Freitas, o regresso do público aos estádios de futebol não está a ser para já equacionado, havendo "um grande desafio pela frente" neste momento - o regresso às aulas.
No entanto, Graça Freitas garante: "Não há nenhum tabu nem preconceito contra o futebol. Temos de ver primeiro como acontece a retoma das aulas. É um movimento que vai envolver milhares e milhares de pessoas todos os dias. Temos de ver como vai ser o início do Outono e Inverno. Depois pensaremos nisso.
Sempre foi dito desde o início que a ideia é fazer as coisas de forma faseada. O público no futebol é muito desejável. Somos a favor de que a vida decorra com a normalidade possível. Mas temos de ter cautelas e fasear as coisas".
"Relativamente ao distanciamento social, o ideal são os dois metros. Mesmo se estiverem a assistir pela televisão em espaços fechados, não devem esquecer esta regra e outra, muito importante, que é a partilha de objectos como copos ou garrafas -- não fazer isso, de todo", disse ontem Graça Freitas na conferência de imprensa diária sobre a Covid-19, referindo-se à eventual concentração de adeptos junto a hotéis onde estão as equipas ou a estádios.
A responsável da Direcção-Geral da Saúde (DGS) avisou que, "na altura da comemoração dos golos, a tendência vai ser para comemorar como antes", com "contacto físico", apelando para que a celebração "sendo exuberante, mas com distância. Isto, a menos que se trate de pessoas que vivam na mesma casa".
Graça Freitas afirmou que "foi uma dura conquista a retoma do campeonato" e que "a tentativa de chegarmos ao fim será boa para todos", designadamente do ponto de vista social e económico.
"Mas temos de garantir que o que foi conquistado não pode agora retroceder por um comportamento menos prudente. E a prudência indica que temos de manter as regras", notou.
A Federação Portuguesa de Futebol e a Liga Portugal informaram esta quarta-feira que nove estádios foram aprovados pela Direção-Geral de Saúde para receber jogos de futebol no imediato. São eles: Cidade do Futebol; Estádio José Alvalade; D. Afonso Henriques; Dragão; Estádio João Cardoso; Estádio do Marítimo; Municipal de Braga, Estádio da Luz e Portimão Estádio.
"Quanto aos estádios Bonfim, Capital do Móvel, Cidade de Barcelos, do Clube Desportivo das Aves, do Bessa e do Rio Ave, a DGS indicou um conjunto de correções de que terão de ser alvo para que possam ser novamente vistoriados pelas autoridades de saúde", surge explicado.
Ao que também consta, o Rio Ave está a fazer obras a fim de satisfazer as exigências e o V. Setúbal mantém a confiança que o Bonfim será eventualmente aprovado.
Entretanto, a Liga também reuniu nesta quarta-feira para discutir assuntos relacionados com a segurança dos encontros na retoma do campeonato, segundo o próprio organismo comunicou. As directoras executivas Sónia Carneiro e Helena Pires estiveram à conversa com o Superintendente Luís Elias, que representou a PSP, e com o Ponto Nacional de Informação sobre Futebol (PNIF).
Com o regresso da competição a ser considerado um "grande desafio para as forças de segurança", a reunião teve também como objectivo prioritário abordar "possíveis medidas de contenção com vista a evitar os ajuntamentos de adeptos nas imediações dos estádios ou locais de permanência das equipas".
Certo é que na próxima semana volta a haver nova reunião para aprofundar a discussão quanto a todas as questões de segurança em torno da retoma da Liga.
A Liga anunciou que as vistorias já terminaram e que será agora realizado um relatório. Será a Direcção-Geral da Saúde a aprovar os recintos.
Já se sabe que a I Liga voltará a ser disputada a partir de dia 4 de Junho, mas ainda falta saber onde. A Liga e a Federação Portuguesa de Futebol, juntamente com "uma empresa especializada", já realizaram vistorias aos estádios e, agora, será entregue um "relatório descritivo", e será a Direcção-Geral da Saúde a aprovar quais os recintos aptos para receber as últimas 10 jornadas, sendo certo que os jogos "só decorrerão nos estádios aprovados pela DGS", de acordo com o comunicado da Liga, publicado esta sexta-feira.
Tanto a Liga como a FPF também anunciaram que "já definiram a estratégia e o plano de comunicação exigidos pelo parecer técnico" da DGS, de forma a "garantir que os adeptos conhecem os planos de contingência dos clubes e as normas e orientações da DGS".
Segundo o comunicado, "a estratégia definida utilizará a capacidade de comunicação dos diversos agentes desportivos para promover junto da sociedade civil a necessidade de cumprir as medidas da DGS" no combate à Covid-19.
Graça Freitas afirmou este domingo que, caso os testes às equipas de futebol derem um número elevado de casos positivos de Covid-19, terá de ser equacionada pelas autoridades “a avaliação de risco”:
“É uma situação muito complexa, conciliar o retorno da actividade do futebol com regras sanitárias e de segurança. É difícil definir linhas vermelhas. Se os testes feitos às equipas derem um número elevado de casos positivos, terá forçosamente de ser equacionada pelas autoridades de saúde de nível local, regional e nacional a respectiva avaliação do risco em concreto”, disse a Directora-Geral da Saúde, na sua conferência diária sobre a evolução pandemia.
“De acordo com os resultados, está prevista a intervenção da autoridade de saúde. Qualquer decisão de avaliação do risco e de medidas em concreto envolve os três níveis: local, regional e nacional. As regras vão ser cumpridas, aguardemos os resultados e depois vamos avaliar os riscos”, acrescentou.
Recorde-se que três jogadores do V. Guimarães tiveram, este sábado, resultados positivos à Covid-19, nos testes efectuados pelo clube.
Estes são os primeiros casos detectados em jogadores de equipas da I Liga de futebol.
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