Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Screenshot (675).png

Os últimos minutos do 0-5 que já arrumou a eliminatória uniram Alvalade nos cachecóis no ar, gritos pujantes e palmas durante um cântico de apoio ao clube e, por arrasto, aos seus jogadores, que prosseguiu quando estes já caminhavam pachorrentamente à volta do campo e depois de Rúben Amorim trocar um abraço rápido, e só isso, com Pep Guardiola. As bancadas rejubilaram no apoio a quem se esforçou para atenuar as diferenças, para que, talvez, os mundos que separam Sporting e Manchester City se fundissem em apenas alguns pequenos territórios.

O técnico que fez de uma equipa campeã nacional e, muito mais do que isso, competitiva e relevante com constância, tem uma forma de pensar o jogo que o explica. Os processos simples e intenções claras de Rúben Amorim, ainda um novato em termos de idade média para um treinador, notam-se no Sporting e não há como crer que se deixarão de notar. Mas ele próprio, em poucas palavras, explicou quem é Pep Guardiola e o Manchester City que matura há meia dúzia de anos, sobres eles disse que era “impossível” ter um plano para “só para os bloquear”. E pareceu mesmo ser impossível.

Excerto da crónica de Diogo Pomboem Tribuna Expresso

publicado às 03:31

A Taça da Liga ficou para a equipa muito mais equipa, que colectivamente soube resolver-se e aproveitar a esburacada existência da outra. Uma vez alguém muito mais sábio do que qualquer alma que esteve ali no campo escreveu “viver é o que há de mais raro no mundo, a maior parte das pessoas existem” e os encarnados acabaram assim, simplesmente a existirem.

272903791_485962986229059_5453442199298645444_n.jp

E o Sporting, um ano depois, a viver outra vez nesta Taça da Liga, não com um só homem, mas, novamente, muito devido a Pedro Porro. Em 2021 ele marcou, em 2022 assistiu, em 2019 esta prova também foi conquistada por Rúben Amorim ainda no SC Braga e agora, perante a repetição da preponderância de um certo espanhol, uma canção de Fernando Correia Marques poderia ser facilmente adaptável a esta equipa quando for esta a prova, que agora a Liga pôs como definidora dos campeões de inverno, a pedir-lhe música. 

Excerto da crónica de Diogo Pombo, em Tribuna Expresso

publicado às 18:00

mw-1280 (1).jpg

Excelente artigo de Diogo Pombo, Tribuna Expresso, sobre o Sporting CP, em geral, e Sebastián Coates, em particular. É muito longo para ser reproduzido aqui no Camarote Leonino, mas recomenda-se a sua leitura. Para dar uma ideia, transcrevo dois parágrafos:

"Rúben Amorim chegou-lhe à convivência em Março do ano passado, as mudanças notaram-se a partir daí, embora não tanto quanto depois de feita uma pré-época com o treinador, as suas intenções, o sistema e a forma de jogar. Com ele veio uma última linha de três centrais para Sebastián Coates ser o do meio, o esteio, onde a sua lentidão e os seus movimentos algo pesados são protegidos pela teoria de que mais facilmente haverá alguém perto, na contenção, a reduzir os espaços que o uruguaio tenha de cobrir".

"Sebastián Coates ficou como o central do centro, o que muitas vezes dobra os outros dois e sobra na marcação. O sistema favorece-o, o uruguaio confortou-se e esta época tem-no demonstrado: entre defesas, é o que tem mais alívios feitos (85), tackles bem sucedidos (30) e até remates bloqueados (17) no campeonato. No número de intercepções (43), fica atrás de Nuno Mendes (54) e Luís Neto (44), mostram os dados do “WhoScored” que não servem para provar um contexto, mas existem como seu reflexo".

Muito interessante, para quem gosta de ler sobre futebol.

publicado às 03:32

 

mw-860.jpg

 

"O Atlético de Madrid fez apenas um remate na baliza e foi domado durante mais de 70 minutos por um Sporting melhor, mais intenso, mais pressionante e com alma bem maior que, por isso, ganhou.

 

O problema é que marcou apenas um (1-0) dos três golos que precisava e, por isso, a vitória real dos números é (bem) menor do que a vitória moral das sensações".

 

Crónica de Diogo Pombo, jornal Expresso, disponível aqui.

 

publicado às 03:39

 

Sporting-na-Champions.jpg

 

Basta um telemóvel, uma aplicação básica de edição de imagem e criatividade para se fazer o que, no outro dia, encontrei algures numa rede social — era uma montagem dividida ao meio, com quatro fotografias de cada lado, para mostrar quem era o melhor passador, o melhor driblador, o melhor rematador e o melhor organizador de jogo do Real Madrid e do Barcelona (peço-vos paciência, que isto já deverá fazer sentido). À esquerda, cada categoria tinha um jogador distinto do clube da capital espanhola mas, à direita, todas as quatro divisórias tinham fotografias do mesmo rapaz, batizado pelos pais de Lionel Messi.

 

A montagem tem a sua piada, mas a mensagem subliminar que dela se retira para este texto é que, no Barcelona, há uma pessoa que é cada vez maior do que o clube que tem como lema “més que un club” e que, neste século, já ganhou a Liga dos Campeões por quatro vezes.

 

Esse pequeno argentino, futebolista genial, pode ter sido a primeira coisa a vir à cabeça quando, há duas semanas, o Sporting ficou a saber com quem vai partilhar o grupo na competição — porque há poucas coisas piores no mundo do futebol do que jogar contra os catalães, ainda mais quando, na única vez em que se encontraram, o Sporting sofreu duas derrotas, oito golos e uma goleada caseira (2-5, em 2008/09) para amostra. Com Messi a marcar, ainda por cima.

 

Mas, como a miscelânea de pontos, rankings e coeficientes colocou o Sporting no pior dos potes (4) para o sorteio, na sina dos leões também calhou a Juventus. E os italianos, hexacampeões no seu país, finalistas vencidos de duas das últimas três edições da Champions, cheios de estrelas, têm Paulo Dybala, outro pequeno argentino, jogador genial, que é para eles o que Messi é para o Barcelona. É o começo e o fim de tudo o que de bom eles fazem com a bola. Ou seja, perante dois gigantes mais apetrechados em jogadores, dinheiro, prestígio, títulos e probabilidades, o Sporting terá de olhar nos olhos da equipa que sobra, o Olympiacos.

 

Os gregos têm 19 campeonatos ganhos nos últimos 21 anos, diz-se que são empurrados pelo ambiente do estádio cheio, estão habituados a dominar, a controlar e a ganhar na terra deles, mas, na Liga dos Campeões, só saíram vivos da fase de grupos em três épocas desde 2007. E o bom para o Sporting é a teoria, que parece estar do seu lado quando os gregos estão do outro.

 

O clube de Alvalade terá melhores jogadores, melhor treinador e melhor equipa do que o Olympiacos, que esta época gastou €13,3 milhões em contratações, menos de metade dos quase €28 milhões investidos pelos leões. Pelos números em que nos fiamos antes de a bola rolar no campo, o Sporting tem quase a obrigação de vencer os gregos na primeira jornada da fase de grupos (terça-feira, 19h45, SportTV5). Mesmo que a partida seja em Atenas e que haja André Martins, Diogo Figueiras, Mehdi Carcela ou Felipe Pardo, caras conhecidas do futebol português, a vestirem à Olympiacos.

 

Ali não há um ‘mega-hiper-extraordinário-craque’ que centralize tudo e que monopolize montagens de fotografias. Portanto, em caso de vitória, e presumindo que haverá um derrotado no jogo Barcelona-Juventus, o Sporting pode começar a Champions como líder e com meio caminho feito para, se não conseguir contrariar a teoria com a prática, acabar pelo menos na terceira posição, que equivale à Liga Europa.

 

Diogo Pombo, jornal Expresso

 

publicado às 12:00

Comentar

Para comentar, o leitor necessita de se identificar através do seu nome ou de um pseudónimo.




Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Taça das Taças 1963-64



Pesquisar

  Pesquisar no Blog



Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D




Cristiano Ronaldo