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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Por considerar uma questão de interesse para debate, extraí este breve excerto da crónica de Diogo Pombo, Tribuna Expresso, sobre o jogo com o Desportivo das Aves:
"Ristovski tem espanto em toda a cara. Porquê?, lê-se, nos lábios, quando pergunta para o lado. Está parvo, de tão surpreso... Acabou de ver o seu número, ao longe, na placa, quando há 23 contados e todas as probabilidades são militantes pró-Sporting: acabou de ser expulso o segundo jogador do CD Aves. O adversário está condenado a mais de uma hora de sofrimento numérico.
O macedónio, que é lateral, embala o seu espanto pelo campo fora, segue direto para o balneário, leva o presumível desgosto com ele, e entra um português de nome Jovane, que é extremo, para jogar como ala, num 3-4-3 no qual lhe compete ir, voltar, dar largura e atacar a profundidade à direita. Há uma câmara que foca um tipo, no banco, enquanto tudo acontece.
Rúben Amorim sorri, de esguelha. É uma situação estranha.
Por maior que seja o amuo de quem saiu do relvado, o treinador leonino de apenas três treinos feitos acabava de mostrar, com uma decisão, que se adapta, reage e age, que tem pulso e que, perante o teoricamente óbvio, fez algo para, na prática, o aproveitar - com mais dois jogadores em campo, preferiu ter um extremo atacante, rematador e com olho agudo para a baliza, do que ficar com um lateral cujo comportamento ofensivo habitual é acelerar até à linha e cruzar bolas".
Já sobre o jogo, adicionamos as observações de Rúben Amorim:
Análise ao jogo
"Jogo estranho com as duas expulsões e muitas paragens. Não deu para perceber muita coisa da equipa por isso e até a equipa se sentiu estranha. Jogo não tem muita história, fizemos dois golos e fomos justos vencedores. Agora é trabalhar, que precisamos muito."
Ambiente em Alvalade
"Estava muito focado no jogo. Os jogadores sentem um pouco o ambiente, o que é normal. Já tive fases assim e é normal os jogadores não estarem tão felizes a jogar com este ambiente. Cabe principalmente ao treinador mudar isso."
Jogadores têm fome?
"Jogo foi atípico e tivemos apenas dois dias de trabalho. Vamos dar tempo ao tempo. Dêem tempo aos jogadores e ao treinador. Há muito por fazer e estamos focados nisso. Espero que não haja mais mudanças (risos). Futebol é mesmo assim, tudo é mais rápido agora e as pessoas querem tudo para amanhã. Não há tempo para se viver um projeto mas é assim. A vida de um treinador é ganhar. Estamos no momento em que temos de ganhar. Os jogadores vão trabalhar comigo e os responsáveis desta exibição são os jogadores e não eu."
Esquema favorece Wendel?
"Arrependido de não ter outro ponta de lança no banco? Não. Não é por ter lá muitos que vai melhorar o jogo. Na nossa maneira de jogar basta apenas um avançado e outros a dar largura. Sobre Wendel, já o apreciava quando jogava contra ele. É muito rápido a transportar a bola e este sistema favorece-o. Tem uma característica muito boa para este sistema, que é transportar a bola para a frente."
Meta do terceiro lugar é concretizável?
"Importante é esquecer toda a gente: adversários, opinião pública... estar a meter pressão... os jogadores não têm de pensar nisso. É um jogo de cada vez e faremos metas quando o processo estiver mais estabilizado. Passo a passo vamos construindo uma equipa que será forte no futuro."
O que explica o rendimento fora e em casa?
"Não tive tempo ainda para sentir isso. É-me indiferente jogar em casa ou fora e tentarei incutir isso nos jogadores. Que os jogadores pensem apenas que é uma bola e um lance."
Francisco Geraldes esteve bem?
"É um jogador criativo. Se jogará mais ou não depende da semana que ele tiver. Fiquei muito satisfeito porque entrou com muita vontade. É mais um a contribuir para a ideia do grupo. Mas há muito a melhorar nesta equipa."
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