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A propósito de um comunicado

Ricardo Leão, em 10.07.14
 

 

A Direcção do Sporting emitiu um comunicado, a propósito da notícia de "O Jogo" de ontem sobre Eric Dier, à qual demos relevo, e onde se afirma:"O Sporting Clube de Portugal vem repudiar a edição do jornal O Jogo, desta quarta-feira, em específico a manchete com o título “Rutura com Dier”, à qual é acrescentado que “central recusou renovação e leões querem rentabilizá-lo no mercado de verão”. Lamenta-se que seja necessário, uma vez mais, fazer um esclarecimento público sobre algo que é especulativo e não corresponde à verdade.
Esta notícia e com tamanho destaque é mais uma tentativa clara de desestabilização, pois para além de não corresponder à realidade, também não respeita minimamente a ética e deontologia jornalística, dando algo como certo e garantido sem que tenha existido qualquer comunicação oficial por parte do Sporting Clube de Portugal, nem qualquer tentativa de confirmação com o Clube.
Relembramos que o atleta Eric Dier tem contrato com a Sporting SAD, até ao final da época de 2015/2016, e o jogador desde o início da presente pré-época tem estado focado e empenhado em desenvolver da melhor forma o seu trabalho, contribuindo para o crescimento coletivo da equipa principal de futebol.
Por isto, voltamos a apelar aos Sportinguistas para que não se deixem condicionar por notícias que não são oficiais, e se informem através das plataformas de comunicação oficiais do Sporting Clube de Portugal, para obterem, sempre e apenas, a verdade."

 

Não resistimos a comentar este comunicado da Direcção de Bruno de Carvalho. Já estamos habituados a esta forma de comunicar do Sporting através da qual a Direcção desmente na maior parte das vezes aquilo que se sabe que corresponde à realidade e que se vem a confirmar dias ou semanas depois. Aliás, se os sportinguistas apenas fossem dar crédito a comunicados oficiais da Direcção, ainda hoje estariam sem saber rigorosamente nada sobre um conjunto significativo de factos que aconteceram no Sporting, que incluem desde contratações e dispensas até outras referências importantes sobre a realidade leonina e cuja divulgação apenas se verifica conforme os insondáveis desígnios temporais da política de comunicação do clube o permitam e, bastas vezes, bem a destempo. Registe-se, por outro lado, o menosprezo da Direcção de Alvalade pelo trabalho de investigação jornalístico do qual o jornal em causa é, aliás, um bom intérprete já que, como se constata dia após dia, é aquele que de forma mais rigorosa informa sobre o quotidiano leonino. 

Veremos em breve se o que é hoje a "verdade oficial" não é "mentira" amanhã. Se assim não for cá estaremos, como é evidente,"de corda à volta da garganta" a dar a mão à palmatória e a felicitar Bruno de Carvalho.

Porque, acima de tudo, o Sporting é o nosso grande amor.

 

publicado às 06:24

Onde reside a verdade ?

Rui Gomes, em 02.06.13

Acabei de fazer algo que raramente faço, e que tão cedo não repetirei, que foi visitar um blogue sportinguista que, muito indica, tem acesso directo à actual liderança do Sporting e serve como um mecanismo seu para propagar todas as desinformações e até falsidades à conveniência dos seus objectivos. Como não podia deixar de ser, a temática em discussão no espaço em questão - com as mentes inflamadas por um escrito elaborado precisamente nesse sentido - é a incrédula aceitação do que o jornal Record publicou hoje sobre a disposição contratual de Labyad, sem sequer uma única dúvida a ser suscitada quanto à veracidade da informação disponibilizada.

 

Reitero o que já escrevi num post prévio: até serem apresentadas provas irrefutáveis, não acredito de modo algum que exista uma cláusula no contrato do jogador que permita um aumento salarial de 900 mil euros para 2 milhões, com a distinta inferência de que este muito substancial aumento nem o coloca sequer como o jogador mais bem pago do Sporting, mas sim, como "um dos mais bem pagos". Aceitando esta fantasia noticiosa, poderemos então concluir que existem jogadores na equipa principal a usufruir de salários entre os 2 e 3 milhões, ou até mais. O mero conceito é ridículo e ser aceite por sportinguistas, sem a menor reflexão, é ainda pior. Associando isto à outra inverdade do presidente, alegando que os jogadores do Sporting são mais bem pagos dos que os do Benfica e os do FC Porto - apesar do relatório enviado à CMVM claramente refutar esta disposição - permite tirar ilações sobre a qualidade da informação divulgada e da credibilidade das pessoas que a divulgam.

 

Muito por este tipo de acções, há longo que perdi o respeito por Bruno de Carvalho e, por inerência, a confiança na honestidade da sua liderança, já para não evocar competência.  O presidente do Sporting - qualquer presidente - deve abandonar as estratégias finórias de campanha eleitoral que o conduziram à "cadeira" do poder e ser totalmente honesto e esclarecido perante todos, não apenas os que o elegeram, mas todos os sportinguistas que, de uma forma ou outra, constituam o universo verde e branco. Isto, se pretende reinar uma "nação" unida, caso contrário a divisão será cada vez mais acentuada, com o Sporting a sofrer as consequências. Discursar sob o aconselhamento de técnicos de informação, para se tornar mais apetecível no momento, servirá para convencer alguns mas, eventualmente, distanciará a vasta maioria. 

 

Na minha vida profissional em tempos de outrora, e na sensível esfera de actividade em que então operava, seguíamos um "modus operandi" muito simples e efectivo: a partir do momento que a primeira inverdade era detectada, o perpetrador perdia toda a credibilidade e a recuperação da mesma, se jamais, requeria um comportamento com um grau de cumprimento excepcionalmente convincente, ao limite. Ainda hoje, na minha vida particular, respeito e sigo este modelo de interacção que tão bem me serviu profissionalmente.

  

publicado às 16:28

Ponte de ligação aos leitores

Rui Gomes, em 17.05.13

 

«Perdeu-se provavelmente em Couceiro um grande presidente e que tinha os meios que nos permitiriam encarar o futuro com mais optimismo. Continuo a achar insano que uma pessoa, primeiro, destabilize a direcção anterior e depois se candidate e ganhe a presidência de um clube com as dificuldades do Sporting, sem os meios necessários. É um suicídio pessoal e profissional. Se Bruno de Carvalho não tiver realmente os meios que apregoou, teremos eleições (de novo !) no ano que vem. Ninguém aceitará (talvez nem alguns dos seus fanáticos apoiantes) o que terá que suceder para o Sporting cumprir os termos da reestruturação financeira e viver só com o que tem, com tudo o que isso implica.»

 

* Leitor: António Manuel

 

publicado às 05:51

A acalmia aparente

Rui Gomes, em 03.05.13
 
Tenho vindo a reflectir as recém-palavras de Carlos Barbosa da Cruz - tema de um post aqui no Camarote Leonino - advogado e antigo membro do Conselho Leonino que publica um artigo de opinião semanal no jornal Record. Analisando o momento do Sporting e reiterando o seu apreço pelo trabalho de Jesualdo Ferreira, este sportinguista disse o seguinte sobre a actual Direcção: "O clube também está agora mais estável, maisc organizado e mais competente, mas tenho dificuldade em atribuir créditos a uma Direcção que entrou há tão pouco tempo e com um caderno de encargos pesado. Aquilo que a actual Direcção se defronta não é culpa dela, sejamos justos nessa parte." 
Como apoiante de José Couceiro, até compreendo perfeitamente a sua intenção de não parecer um crítico com interesses alheios, mesmo não atribuindo créditos à nova liderança, como indica. No entanto, sinto alguma dificuldade em raciocinar o fundamento da sua análise quanto à actual alegada estabilidade, organização e competência do Clube. A sensação de acalmia deve-se, em grande parte, à notável recuperação da equipa profissional e dos recentes resultados desportivos, que são suficientemente agradáveis para não levantar ânimos de discórdia. Tudo o resto em relação a operações estruturais e organizacionais - pela evidência à vista - não passa de um processo «cosmético» para projectar precisamente um cenário de recuperação e progresso que não corresponde à realidade.
Como já foi citado neste espaço, em diversos escritos, a estrutura do futebol continua, no mínimo, muito nebulosa. A continuidade de Jesualdo Ferreira, contrário às últimas informações noticiosas, ainda está longe de ser assegurada e tudo o resto relativamente ao «staff» da Academia e da formação ainda está por esclarecer, com muitas dessas pessoas incertas sobre o seu futuro no Clube. Como os específicos do princípio de acordo com os credores - a Banca - não foram divulgados, os sócios do Sporting têm plena razão para se sentirem apreensivos em relação ao efeitos que vão recair sobre o futebol do Sporting, em geral, e da equipa principal, em particular.
Quanto ao Clube, em si, além de comunicados de pouco contexto e efeito e algumas operações de carácter «cosmético», nada é conhecido. As diversas promessas eleitorais caíram num vazio e resta alimentar a esperança que o futuro próximo traga algumas novidades de relevo. No final do dia, a acalmia aparente é isso mesmo, aparente, e pela não existência de uma oposição efectiva, dentro e na periferia do Clube, a família sportinguista aguarda preocupada mas pacientemente que a nova liderança se revele. As démarches que se têm verificado por parte dos simpatizantes do "Bruno" não têm tido o mínimo de impacto, salvo ofender muitos sportinguistas com direito a palavra e opinião. A opção destes em agir de uma forma mais construtiva e civil tem a ver com a sua apreciação pelos superiores interesses do Sporting e não por temerem recorrer ao seu direito a liberdade de expressão. Os dias aproximam-se muito rapidamente em que o Conselho Directivo vai forçosamente ter de mostrar que a sua função não passa somente por enviar recados à plateia, porque como Carlos Barbosa da Cruz diz, e bem, o caderno de encargos é pesado e não pode ser ignorado.
 

publicado às 16:55

Eleições no final da época

Rui Gomes, em 01.02.13

 

O Conselho Directivo do Sporting emitiu um comunicado, manifestando, inequivocamente, a sua disponibilidade para eleições antecipadas no final da época futebolísica. De certo que esta consideração não vai ser ponderada, salvo pelos sócios, se a Assembleia Geral extraordinária se realizar, uma vez que o único objectivo é fazer cair o órgão directivo, o mais breve possível, para criar um vazio que será de imediato preenchido pelos amigos da Mesa da AG em uma comissão de gestão, que se poderá manter até seis meses. Neste entretanto, todos os esforços serão focados em «abrir caminho» para a inevitável candidatura do notório candidato derrotado. Mas não é uma conspiração ou um «golpe de estado», somente um processo «democrático»!

 

publicado às 23:28

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