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Em causa está uma situação entre Eliseu e Diogo Viana, que levou o Sporting, em 22 de Agosto, a pedir a elaboração de auto de flagrante delito à Comissão de Instrutores da Liga de clubes, que por sua vez o remeteu no dia seguinte para o CD, concluindo que no lance em que o jogador do Benfica acaba por pisar o adversário houve "prática de jogo violento (...) punível com pena de suspensão a fixar entre o mínimo de um e o máximo de quatro jogos".

Na sequência disto, o CD recebeu em 23 de Agosto as respostas solicitadas ao árbitro do jogo, Rui Costa, e ao vídeo-árbitro, Vasco Santos. O primeiro explicou que viu "o jogador do Belenenses a cortar a bola pela linha lateral e um choque que (...) pareceu normal", não considerando qualquer acção faltosa. "Em campo não me apercebi ter existido qualquer agressão ou prática de jogo violento", acrescentou o juiz, que mandou recomeçar o jogo com lançamento lateral a favor do Benfica.

Vasco Santos confirma que analisou o lance e que entendeu não haver motivos para sancionar Eliseu: "Após ter visto o referido lance, através de diversas imagens que me foram disponibilizadas, entendi no momento não ter existido qualquer agressão ou prática de jogo violento por parte do jogador do Benfica naquela sua acção. Por esse motivo não comuniquei com o árbitro para lhe sugerir que visse as imagens do mesmo".

O órgão liderado por José Manuel Meirim considera que, "se a um agente de arbitragem não compete avaliar actos ou omissões de agentes e aplicar as normas constantes do Regulamento Disciplinar, ao Conselho de Disciplina, por sua vez, por via de regra, não lhe cabe aplicar as leis do jogo", competência da equipa de arbitragem.

"Nos casos em que um determinado 'lance de jogo' seja observado e avaliado pelos agentes de arbitragem, não será o Conselho de Disciplina que, sobrepondo-se àquele juízo qualificado, irá determinar se ocorreu, ou não, uma violação intolerável das Leis do Jogo quando estas tenham um cariz vincadamente técnico", acrescenta o CD na sua fundamentação.

Sublinhando o "papel fulcral [do árbitro] na determinação da existência ou não de infracção disciplinar", o órgão disciplinar entende que "não é ao Conselho de Disciplina que competirá saber, por si, o que é uma 'entrada física ao corpo do adversário que coloque em risco a integridade física desse adversário'" conforme descrito artigo 154.º do regulamento disciplina, sobre "prática de jogo violento e outros comportamentos graves".

"O Conselho de Disciplina, para poder dar como verificada a infracção disciplinar (...), não pode nunca prescindir da apreciação que os agentes de arbitragem fazem dos 'lances de jogo', à luz das Leis do Jogo, em que haja contacto físico, nomeadamente aquela que se prende com a ocorrência, ou não, de prática de jogo violento", lê-se ainda.

O Conselho de Disciplina conclui que, tendo em conta que nenhum dos árbitros considerou ter havido infracção às leis do jogo, "fica prejudicada a verificação dos pressupostos de que depende a prática da infracção disciplinar prevista e sancionada pelo artigo 154.º, nº 1 (...), nomeadamente a existência, no caso e para além de qualquer dúvida razoável, da 'prática de jogo violento'".

"Nestes termos e com os fundamentos expostos, o Conselho de Disciplina - Secção Profissional - da Federação Portuguesa de Futebol considera inexistirem indícios claros da prática de infracção disciplinar, pelo que decide arquivar o auto", lê-se na decisão.
 
 
Autor: Lusa
 
 
ADENDA: Reacção do Sporting, através de uma missiva de Nuno Saraiva:
 
«Quando, com base na homilia de um padre, se arquiva uma agressão destas, fazendo tábua rasa de tudo aquilo que foi dito pelo próprio Conselho de Arbitragem que reconheceu a agressão que deveria ter sido punida com ordem de expulsão, e ignorando a unanimidade de todos os especialistas, creio que não é preciso dizer mais nada. Com esta decisão, que significa a morte dos autos de flagrante delito e o tirar de tapete à Comissão de Instrutores da Liga e ao próprio Conselho de Arbitragem, escancara-se a porta à anarquia. Somar esta decisão à jurisprudência de quatro jornadas de absoluta impunidade resume-se a uma palavra: Vergonha!».
 
Reacção do FC Porto, através do director de comunicação Francisco J. Marques:
 
«Se o árbitro Vasco Santos, coordenado em tempos por Adão Mendes, não consegue avaliar o lance de Eliseu, é demasiada incompetência. É um lance tão evidente, tão visível, que nenhuma equipa se pode sentir tranquila. Acho que é incompetência absoluta evidente. Não pode arbitrar jogos. Se ele não vê aquilo, como é que vê algum tipo de lance? O árbitro de campo não viu, pronto, lamenta. Todos nós compreendemos isso. O videoárbitro, se não vê é por manifesta incompetência. Se não viu este lance, não presta».
 

publicado às 04:43

 

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O processo sumário a Eliseu vai ser decidido na reunião semanal da próxima terça-feira do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.


O Sporting requereu na passada terça-feira à Comissão de Instrutores da Liga a abertura de um auto de flagrante delito ao jogador pelo lance em que agrediu o jogador do Belenenses, Diogo Viana, no jogo no Estádio da Luz.

A Comissão de Instrutores só remeteu na passada quarta-feira o processo sumário para o Conselho de Disciplina que agora tem entre um e cinco dias para decidir o caso.

 

Exemplo clássico de justiça "célere", mas muito conveniente, tendo em conta que o Benfica visita o Rio Ave este sábado e garante assim que Eliseu esteja disponível para o jogo.

 

Deve ter sido um caso de despacho por email vagaroso !

 

publicado às 06:11

Por onde andava o vídeo-árbitro ?

Rui Gomes, em 22.08.17

 

 

Aos 60' do Benfica-Belenenses, disputado no sábado, Eliseu entrou de forma dura sobre Diogo Viana mas não foi admoestado pelo árbitro Rui Costa (marcou falta a favor das águias), que também não recebeu indicação do vídeo-árbitro (VAR) Vasco Santos para mostrar o cartão vermelho ao lateral-esquerdo encarnado. Recorde-se que esta é uma das fases do jogo em que o VAR pode intervir.

 

Esta segunda-feira, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol admitiu que Eliseu devia ter sido expulso contra o Belenenses.

 

E a propósito do VAR no Estádio da Luz...

 

Um dos lances que mais polémica causaram no arranque do campeonato foi o golo anulado a Ricardo Horta na Luz, no jogo entre Benfica e SC Braga. Acontece que nenhuma imagem foi clara o suficiente para analisar se há fora-de-jogo ou não, algo que a Federação Portuguesa de Futebol espera corrigir com mais câmaras em todos os estádios. Neste sentido, a FPF espera ver a Liga com um papel mais activo, no sentido de garantir imagens de todos os ângulos para que o julgamento do VAR seja igual em todos os relvados e a verdade desportiva saia beneficiada.

No entanto, a Liga está, de certa forma, com as mãos atadas, uma vez que não pode decidir quanto à posição e quantidade das câmaras. Isto, porque os direitos televisivos não estão centralizados e, por isso, os operadores e os clubes é que têm a decisão final nesse aspecto. Aquilo que é pretendido pela FPF é uma maior colaboração entre todos os agentes para que o VAR continue a ser optimizado.

 

publicado às 04:09

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