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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não foi surpresa alguma o anúncio por parte da Associação das Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL) de suspender o memorando de entendimento com a UEFA, em protesto contra as alterações ao formato da Liga dos Campeões, que beneficiam as quatro federações europeias mais poderosas.
O sueco Lars-Christer Olsson, presidente do organismo, teve isto para dizer sobre a tomada de decisão que teve lugar em Zurique, esta sexta-feira:
«Não temos alternativa a não ser suspender o actual memorando de entendimento. A margem do voto proporcionar-nos-á tempo suficiente para negociar com a UEFA e já temos um encontro marcado com Aleksander Ceferin, o novo presidente.
Os responsáveis de 22 das 23 Ligas presentes na reunião votaram pela suspensão do acordo com a UEFA, que se manterá em vigor até 15 de Março de 2017, sendo a Itália a única a votar contra a posposta de suspensão.
Acredito que seja possível reverter as alterações ao formato da Liga dos Campeões, aprovadas pelo anterior executivo, e isto será uma prioridade do meu mandato».
Com a suspensão do acordo com o organismo regulador do futebol europeu, as várias ligas europeias podem agendar jogos das suas competições nacionais para os dias dos encontros da Liga dos Campeões, ainda que nenhuma tenha anunciado, até agora, a intenção de o fazer.
A Associação das Ligas Europeias Profissionais de Futebol (EPFL) recusou esta segunda-feira, em Madrid, a criação de uma Superliga europeia, defendendo a manutenção dos méritos desportivos como critério de participação nas provas internacionais.
“A EPFL é fortemente contra a criação de uma Superliga Europeia e qualquer formato de competição que poderia destruir o sonho básico e objectivo de qualquer das nossas centenas de clubes competir ao mais alto nível e, possivelmente, ganhar uma competição europeia. Devemos manter o sonho vivo para todos os clubes”, justificou o presidente.
Lars-Christer Olsson defende o sistema actual, baseado em méritos desportivos, através dos quais os melhores clubes a nível nacional se qualificam para competições europeias de clubes organizada pela UEFA.
Mais do que criar uma Superliga europeia, o dirigente sueco sublinhou que a preocupação da EPFL e dos vários agentes do futebol deve ser a de “concentrar os seus esforços para garantir uma melhor redistribuição da riqueza entre todos os clubes e criar um maior equilíbrio competitivo no futebol europeu. A EPFL está pronta para desempenhar um papel activo em qualquer discussão com a família do futebol a esse respeito".
O associação entende que a actual turbulência na governação do futebol internacional representa uma “oportunidade única” para o futebol restaurar a sua credibilidade e criar o equilíbrio adequado entre todas as principais partes interessadas.
Dentro deste contexto, as ligas reforçam a sua “vontade para colaborar e compartilhar sua experiência e conhecimento” com a nova presidência da FIFA, liderada por Gianni Infantino, e a futura da UEFA em todos os assuntos relacionados ao futebol profissional.
As ligas reiteram ainda o seu desde sempre desejo de serem plenamente consultadas em qualquer processo de tomada de decisões que afectam as competições nacionais e os seus calendários.
Ando, de há uns tempos a esta parte, a tentar compreender a missão pessoal de Bruno de Carvalho, que o leva a percorrer os quatro cantos da Europa para participar em colóquios e em reuniões com líderes de diversas instituições ligadas ao futebol. Digo pessoal, pela dificuldade em determinar a especificidade dos benefícios para o Sporting Clube de Portugal.
Deslocou-se à Suécia na semana passada e esta segunda-feira esteve em Paris, onde reuniu com o presidente do organismo denominado "Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL), Frédéric Thiriez, e com o secretário-geral Georg Pangl. A anunciada missão: "para discutir o presente e o futuro do futebol nas suas várias dimensões".
Pela informação divulgada, é possível apurar que fundos, a centralização dos direitos televisivos e a organização das ligas de futebol profissional foram as principais temáticas em discussão. O que já não é tão transparente é a hipotética contribuição deste organismo nesse sentido, tanto quanto ao futebol europeu, em geral, como ao Sporting, em particular. É, fundamentalmente, uma organismo político associado ao futebol, sediado na Suíça - com 31 países membros - no seu actual modelo fundado em 2005, o qual, através de acordos protocolares assinados com a UEFA, em 2009 e 2012, está subjugado ao seu Comité Executivo, sem qualquer autoridade e com o mandato único de apresentar recomendações.
De qualquer forma, sinto um genuíno interesse em compreender exactamente o que pretende Bruno de Carvalho com o todo deste seu jornadear, que, como bem sabemos, também já incluiu visitas a Joseph Blatter e Michel Platini. Isto, em termos pragmáticos e não demagógicos, evidentemente.
Será lógico assumir que as despesas - viagens, estadas em hotéis, etc. - são assumidas pelo Sporting. O que não deixa de ser curioso, considerando que quando chegou a Alvalade implementou regras para monitorizar o fotocopiador utilizado pelos funcionários administrativos.
Por falta de melhores explicações, limito-me parafrasear o meu colega Leão Zargo: "O Bruno com as suas viagens procura notoriedade pessoal. Creio que todos os presidentes do Sporting pretenderam notoriedade, mas nenhum se compara a este."
Poderá não explicar a verdade total, mas não está longe do alvo.
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