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Que Crescimento? Que Grandeza?

Drake Wilson, em 08.09.16

 

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Um Anão que fala de Crescimento

 

Embora exista uma matriz universal de comunicação jornalística pela qual os profissionais “desenham” a sua actividade, todos os Países têm um formato jornalístico próprio da sua inerente cultura. Mas não podemos determinar o verdadeiro significado de jornalismo sem conhecer o criador dos exordiais géneros de comunicação – Platão. Para compreender os moldes actuais de comunicação adjudicados pelo Sporting (se tal for possível), temos de compreender Saraiva. E para compreender Saraiva, temos de compreender Platão.

 

Um Matemático e Filósofo grego, Platão foi o tal criador da primeira Academia Superior no mundo – a Academia de Platão, que consagrava o culto às mitológicas Musas de Apolo, a Divindade. Em pessoal presunção, Platão considerava-se acima de tudo um racionalista-dualista, que por entre diversas ambiguidades que só o próprio compreenderia, designava a Poesia como “um simulacro da realidade, que limita o conhecimento do homem sobre si próprio, envolvendo-o no mundo das paixões”. Critérios àparte, Platão definiu 3 géneros de interlocução comunicativa:

 

#1 - Estilo “Expositivo”, com claro objectivo de ser compreendido pelo maior número de pessoas, remetendo os leitores a identificar directamente e claramente o tema central do texto, com ou sem uso de factos concretos.

 

#2 - Estilo “Epopéia”, numa clara fusão de Ficção com Realidade. Por exemplo, um estilo adoptado por Camões na obra “Os Lusíadas”. 

 

#3 - Estilo “Mimesis”, deambulando entre a Tragédia e a Comédia.

 

Por vezes, dou por mim a adjectivar determinados comunicados emitidos pelo meu Clube como autênticas “Epopéias”. Quando a inspiração dos intervenientes está ao rubro, estas tornam-se definitivamente “Mimesis”. Mas no final do dia, não passam mesmo de “Lixo”.

 

Um Messias que nos fala de Grandeza

 

O tempo passa e deveras me convence que as instituições por vezes se instrumentalizam em mãos de pessoas “mal resolvidas”, “mal formadas” e muitas vezes “mal amadas”, que utilizam os meios à disposição para exorcizar os seus próprios males, mais do que com o propósito de libertar o males que inibem a própria instituição de crescer.

 

O povo fica em festa, de um modo mesmo extasiado, porque ter “foras-da-lei” incumbidos institucionalmente de receber um jogador no Aeroporto é uma tal demonstração de um qualquer poder ou superioridade, directamente inversos ao fosso que existe entre aqueles que vêm com uma missão temporária de ganhar dinheiro ou relançar a carreira, perante o desequilibrado binómio dos que tanto trabalham e pouco ganham.

 

A pobreza de espírito daqueles que desejaram os clubes endividados durante décadas (berravam das bancadas porque queriam mais jogadores e mais títulos e que choraram quando o Clube estava falido), hoje transforma-se claramente num holocausto canibal, em que do Clube eles próprios se alimentam. Ei-los a assumir posições de destaque sem nada darem em troca do que meras ilusões de Grandeza, quando nunca pequenos tiveram sequer o privilégio de ser. Tudo o que se executa vislumbra a auto-proclamação com laivos de propaganda, afim de convencer da sua genialidade.

 

Quero ver daqui por cinco anos como estará o fruto da árvore sul-africana, quando o planeamento estratégico em Alvalade apenas obedece aos padrões unipessoais de quem manda, e não elaborados num sentido organizacional que levará um dia o projecto a ter continuidade por outros. Sim, porque esta estratégia que assenta nas visões de Jesus ou de Carvalho – e não daquilo que o Sporting é, pode ou deve –, são exclusivamente destes e de mais ninguém. Leva-se mesmo a acreditar que qualquer opinião ou debate construtivo é uma autêntica “ofensa ao Estado”. Como será de todo natural, o Sporting antes deles não existia, que me leva a acreditar que quase 40 anos de Sócio foram mera ilusão que me saiu da carteira. 

 

Um Tribunal arbitral? Deixem de ser garotos! O meu conceito de Tribunal Arbitral dentro de um Clube resume-se a episódios que se geram “dentro de um balneário” e que ficam “dentro do balneário”, onde “meninos mimados” se tornavam Homens. Edmilson que o diga. Obrigado Amigo Manolo, Bastos, Damas, Acosta e Iordanov. Tanto fizeram, mas que tão poucos souberam. 

 

publicado às 12:00

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