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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Um Anão que fala de Crescimento
Embora exista uma matriz universal de comunicação jornalística pela qual os profissionais “desenham” a sua actividade, todos os Países têm um formato jornalístico próprio da sua inerente cultura. Mas não podemos determinar o verdadeiro significado de jornalismo sem conhecer o criador dos exordiais géneros de comunicação – Platão. Para compreender os moldes actuais de comunicação adjudicados pelo Sporting (se tal for possível), temos de compreender Saraiva. E para compreender Saraiva, temos de compreender Platão.
Um Matemático e Filósofo grego, Platão foi o tal criador da primeira Academia Superior no mundo – a Academia de Platão, que consagrava o culto às mitológicas Musas de Apolo, a Divindade. Em pessoal presunção, Platão considerava-se acima de tudo um racionalista-dualista, que por entre diversas ambiguidades que só o próprio compreenderia, designava a Poesia como “um simulacro da realidade, que limita o conhecimento do homem sobre si próprio, envolvendo-o no mundo das paixões”. Critérios àparte, Platão definiu 3 géneros de interlocução comunicativa:
#1 - Estilo “Expositivo”, com claro objectivo de ser compreendido pelo maior número de pessoas, remetendo os leitores a identificar directamente e claramente o tema central do texto, com ou sem uso de factos concretos.
#2 - Estilo “Epopéia”, numa clara fusão de Ficção com Realidade. Por exemplo, um estilo adoptado por Camões na obra “Os Lusíadas”.
#3 - Estilo “Mimesis”, deambulando entre a Tragédia e a Comédia.
Por vezes, dou por mim a adjectivar determinados comunicados emitidos pelo meu Clube como autênticas “Epopéias”. Quando a inspiração dos intervenientes está ao rubro, estas tornam-se definitivamente “Mimesis”. Mas no final do dia, não passam mesmo de “Lixo”.
Um Messias que nos fala de Grandeza
O tempo passa e deveras me convence que as instituições por vezes se instrumentalizam em mãos de pessoas “mal resolvidas”, “mal formadas” e muitas vezes “mal amadas”, que utilizam os meios à disposição para exorcizar os seus próprios males, mais do que com o propósito de libertar o males que inibem a própria instituição de crescer.
O povo fica em festa, de um modo mesmo extasiado, porque ter “foras-da-lei” incumbidos institucionalmente de receber um jogador no Aeroporto é uma tal demonstração de um qualquer poder ou superioridade, directamente inversos ao fosso que existe entre aqueles que vêm com uma missão temporária de ganhar dinheiro ou relançar a carreira, perante o desequilibrado binómio dos que tanto trabalham e pouco ganham.
A pobreza de espírito daqueles que desejaram os clubes endividados durante décadas (berravam das bancadas porque queriam mais jogadores e mais títulos e que choraram quando o Clube estava falido), hoje transforma-se claramente num holocausto canibal, em que do Clube eles próprios se alimentam. Ei-los a assumir posições de destaque sem nada darem em troca do que meras ilusões de Grandeza, quando nunca pequenos tiveram sequer o privilégio de ser. Tudo o que se executa vislumbra a auto-proclamação com laivos de propaganda, afim de convencer da sua genialidade.
Quero ver daqui por cinco anos como estará o fruto da árvore sul-africana, quando o planeamento estratégico em Alvalade apenas obedece aos padrões unipessoais de quem manda, e não elaborados num sentido organizacional que levará um dia o projecto a ter continuidade por outros. Sim, porque esta estratégia que assenta nas visões de Jesus ou de Carvalho – e não daquilo que o Sporting é, pode ou deve –, são exclusivamente destes e de mais ninguém. Leva-se mesmo a acreditar que qualquer opinião ou debate construtivo é uma autêntica “ofensa ao Estado”. Como será de todo natural, o Sporting antes deles não existia, que me leva a acreditar que quase 40 anos de Sócio foram mera ilusão que me saiu da carteira.
Um Tribunal arbitral? Deixem de ser garotos! O meu conceito de Tribunal Arbitral dentro de um Clube resume-se a episódios que se geram “dentro de um balneário” e que ficam “dentro do balneário”, onde “meninos mimados” se tornavam Homens. Edmilson que o diga. Obrigado Amigo Manolo, Bastos, Damas, Acosta e Iordanov. Tanto fizeram, mas que tão poucos souberam.
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