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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Reconheço perfeitamente os princípios fundamentais em que se assenta a existência das equipa B, nomeadamente para permitir uma maior rotação de jogadores e, sobretudo, no caso específico do Sporting, potenciar jovens para eventualmente integrarem a formação principal.
Dito isto, não vejo de bons olhos a rotatividade dada a determinados jogadores do plantel principal, apenas e tão só porque não mostraram o suficiente para merecer permanência no nível superior - um género de apostas falhadas - e, então, por falta de melhores alternativas, são "despromovidos" para a II Liga, onde lhes é dada prioridade de tempo de jogo sobre os jovens que se encontram naquela fase crucial de desenvolvimento que requer não só treinamento mas também participação com regularidade em competição.
No caso em particular da equipa B leonina temos verificado a integração de Welder, que ainda lá continua, Iván Piris, durante o período de adaptação ao Sporting e ao futebol português - veremos o seu destino após o regresso de Jefferson -, Salim Cissé que, em princípio, era uma aquisição para a equipa principal, reconhecendo-se no entanto a sua juventude, e depois o uso intercalado de jogadores já com idade avançada, como Marcelo Boeck, Magrão e mais recente Vítor Silva apenas por não terem alinhado o suficiente em jogos da I Liga, a exemplo do que aconteceu este domingo no embate em Alvalade contra o Moreirense - vitória do Sporting, por 3-2, com um "bis" de Cissé - em que estes três foram automaticamente incluídos no onze inicial. Mesmo considerando que Ricardo Esgaio, Betinho e João Mário encontram-se ao serviço da selecção de sub-21, o Sporting dispõe de muitos outros para colmatar a sua ausência.
Desde o primeiro dia que a promoção de Abel Ferreira à segunda equipa me incomodou, por a considerar prematura, e, a ser sincero, gostaria de ter a opinião de um experiente técnico de formação quanto aos prós e contras desta rotatividade dos seniores em detrimento dos jovens. Com isto, não viso menosprezar a orientação de Leonardo Jardim que até tem chamado jovens com regularidade a treinar com a equipa principal - a exemplo de Carlos Mané que também hoje fez parte do onze inicial contra o Moreirense - mas por muito que ele trabalhe na promoção de jovens, a sua responsabilidade primordial é a equipa principal e, como já inferi, não considero Abel Ferreira o seu complemento ideal.
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