Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Linha verde para o tricampeonato (1948-49)
O olhar do guarda-redes estorilista Sebastião revela que já nada pode fazer. A bola feita seta beijou as redes da sua baliza. Em 9 de Janeiro de 1949 o Campo da Amoreira encheu-se para assistir a um emocionante Estoril Praia - Sporting. Os leões venceram por 4-2, mas os jogadores das duas equipas nunca tiraram o pé do acelerador até ao final do jogo. Nos respectivos bancos sentaram-se dois treinadores com nome feito: János Biri pelos da casa e Cândido de Oliveira pelos visitantes.
É bom que se diga que o Sporting liderava a classificação do Campeonato Nacional com três pontos de avanço sobre o Estoril-Praia, na altura o segundo classificado. Com este resultado passou para cinco pontos. Belenenses, Benfica e FC Porto vinham logo a seguir na tabela. Com a vitória consolidou-se a vantagem sportinguista e o jornalista Rodrigues Teles escreveu que “deve ter desaparecido a última esperança dos adversários do Sporting” (revista Stadium, nº 319, 12 de Janeiro de 1949).
Rodrigues Teles tinha razão, pois foi nesse jogo que os leões abriram uma linha verde para o título, tornando-se num inédito tricampeão nacional, o primeiro desde a criação do Campeonato português em 1938. Foi a última época em que Peyroteo vestiu a camisola verde e branca.
(Fotografia de Nunes de Almeida para a revista Stadium).
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.