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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Na minha maneira de ver o futebol, não existem jogos fáceis, embora saibamos que há uns mais fáceis que outros. Compete à nossa equipa, no caso o Sporting, reduzir as dificuldade não os complicando. É esse o caminho que é preciso fazer para chegar em primeiro lugar. Caminho longo, para o qual demos mais um passo seguro.
O último jogo que disputámos, considerado o jogo do título, nas análises dos especialistas e até nas discussões dos adeptos, foi apenas mais um, independentemente das dificuldades implícitas. De uma maneira deveras simplista podemos concluir que a equipa cumpriu os objectivos mínimos: não perder pontos, em relação ao adversário mais próximo, nesse jogo.
Passo a passo, como estratégia delineada, e bem, estamos já a uma distância considerável dos adversários directos. Como uma equipa construída quase a partir do zero, o Sporting está a surpreender, até mesmo os mais optimistas. Como não acontecia há muito tempo, a equipa, bem dirigida, joga com muita personalidade, com confiança, com empenho, com determinação, com humildade. Enquanto adepto, confio na sua competência, e acredito na sua eficácia.
Por outro lado, observo a reacção dos adeptos, e vejo, algum deslumbramento,(legítimo) presente em diversas manifestações, em que parece que se está a comemorar um título que ainda está longe de ser conquistado. A diferença pontual, significativa, para adversários mais próximos, não garante neste momento essa euforia. Três derrotas e cinco empates podem deitar tudo a perder, embora os concorrentes também possam perder pontos. Não nos devemos esquecer que estão quase quarenta pontos em jogo.
Bem hajam aqueles, que neste espaço, apelam à prudência: Rui Gomes, Leão Zargo, Leão do Norte, entre muitos outros. Mas não posso deixar de fazer um elogio muito especial ao Julius, como grande conhecedor do futebol, que de uma forma pedagógica, tem chamado a atenção para o excesso de optimismo, com uma paciência de catequista, salvo seja.
Estou convicto que esta equipa leonina, se continuar a manter a mesma competência, não perderá toda essa vantagem, e até poderá aumentá-la. Mas temos de ter a consciência que no futebol se pode passar de bestial a besta. Podem acontecer imprevistos, como castigos ou lesões, que impliquem alterações significativas no onze titular. E não podemos esquecer que há, pelo menos, dois ou três jogadores fundamentais que não têm substituto à sua altura.
Demos mais um passo. Outro virá a seguir. É nele que a equipa se vai concentrar. É nele que nós adeptos nos devemos concentrar, para não se dar um passo em falso. Como diz o poeta, o sonho comanda a vida, e devemos sonhar, mas com a consciência que o sonho não passa disso até se transformar em realidade. E que essa realidade, estando cada vez mais próxima, ainda depende, para se concretizar, de mais alguns passos.
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