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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Os jogadores do Sporting cumprimentaram os do Benfica pela conquista do título de campeão nacional em 1982-83. Antes do início do jogo, no centro do relvado, o capitão Manuel Fernandes homenageou a equipa benfiquista e fez o elogio do desportivismo.
Aconteceu num dérbi lisboeta disputado em 29 de Maio de 1983, na penúltima jornada do campeonato. A situação repete-se agora em 15 de Maio de 2021, alterando-se apenas o clube que conquistou o título de campeão nacional. Como é que vai ser?
Vídeo disponível aqui.
O Sporting foi afastado, no sábado, nos quartos-de-final da Taça de Portugal de futsal feminino ao perder (3-4 após prolongamento) em Viana do Castelo, com o Santa Luzia, um jogo que ficou marcado por um gesto de fair-play muito aplaudido. Uma jogadora da equipa da casa lesionou-se e, sem conseguir andar, contou com a ajuda de Débora Queiroz e Kika, do Sporting, que a levaram até ao seu banco de suplentes.
Grande momento no jogo desta manhã de futsal entre os benjamins do Sporting e do Benfica.
Com 0-0 no marcador, o árbitro assinalou um penálti para os leões por suposta mão na bola.
No entanto, foi precisamente um jogador do Sporting quem disse ao juiz do encontro que a bola bateu na face do adversário.
Um tremendo gesto de desportivismo que deve servir de exemplo para todos aqueles que contaminam o desporto.
Chama-se Dinis o protagonista deste belo momento e merece um grande aplauso. O gesto foi agradecido pelo jovem do Benfica envolvido no lance e que já estava em lágrimas.
Acrescente-se que o jogador leonino recebeu um cartão branco pelo seu gesto de fair-play.
Sempre as crianças a dar o exemplo!!!
Vítor Damas e o desportivismo
É frequente depararmo-nos com um discurso contraditório sobre o desportivismo no futebol. Por um lado, lê-se que o futebol é uma escola de virtudes e de fair-play. Mas, também se ouve dizer que o fair-play não existe, que se trata de uma treta. Tudo isso no interior de um mesmo clube de acordo com as circunstâncias e para o exterior conforme os intervenientes.
Esta fotografia mostra o inesquecível Vítor Damas a cumprimentar Eusébio depois de um golo que este lhe marcou. Tratava-se de um derby, o Estádio estava cheio e imagina-se que o barulho seria ensurdecedor. O tempo ficou suspenso. Mas, o guarda-redes leonino agiu como sempre: um comandante entre os companheiros, um cavalheiro para com os adversários.
Nestes dias que por nós passam velozes o futebol parece dominado por uma cultura provocatória e sectária que surge frequentemente associada ao ódio e à intolerância. No entanto, apesar de tudo, o futebol tem de continuar a ser uma escola de aprendizagem de valores éticos e de exercício de uma sociabilidade saudável. Tal como Vítor Damas sempre praticou.
O Osters, clube da segunda divisão da Suécia, decidiu avançar com uma medida que tem tanto de inovadora como de surpreendente: fez uma espécie de manual de conduta para os jogadores, de modo a irradiar por completo as simulações.
"Não quero este vírus na minha equipa. Se um jogador fizer coisas como essa, não importa se ele é bom: não o quero", afirmou Johan Linberg, dirigente do Osters, ao jornal sueco "Aftonbladet", garantindo mesmo que haverá lugar a punições para os atletas que fizerem simulações nos jogos, mesmo que a equipa beneficie com as mesmas.
Linberg espera ainda que esta tomada de posição do Osters leve os clubes adversários a adoptar medidas semelhantes. "Queremos fazer a diferença e por isso estamos prontos para agir contra os nossos jogadores. Acreditamos que podemos ser influentes e que com o nosso trabalho vamos colocar pressão nos outros clubes para que adoptem posições semelhantes".
«O João hoje não fez nada mas valeu a inteligência do Kovacic, que tirou o João do jogo. E lá está fair play? Qual fair-play? Não há fair-play nenhum. Estou farto de dizer que no futebol não há fair-play e as pessoas é que se enganam, eu não. É isso que digo aos jogadores. Kovacic foi inteligente. Esta conversa do fair-play é tudo uma treta, não existe, é tudo treta. Se não ele não fazia aquilo para enganar».
Confesso que há jogos e ocasiões em que sustentam a tese de Jorge Jesus. Como indiquei na crónica do jogo, as imagens não deram para ver esclarecidamente as acções dos jogadores, nomeadamente de João Pereira, mas fiquei com a ideia que mesmo que tivesses existido alguma falta, não houve causa para o cartão vermelho.
Kovacic: «Estava a falar com ele (João Pereira) e deu-me um murro no estômago. O vermelho foi bem mostrado. É culpa dele, que posso eu fazer?».
O director desportivo do Borussia Dortmund, Michael Zorc, afirmou no final do jogo que nunca viu "nada parecido em 30 anos de futebol". "Não houve fair-play, houve confusão".
Alguém devia chamar a atenção a este cavalheiro - que pelos vistos pouco ou nada viu em 30 anos de futebol - que fair-play, entre outras coisas, também é não simular faltas e lesões para "queimar" tempo. Táctica a que o Dortmund recorreu ontem em Alvalade quando começou a sentir o resultado em perigo.
A maior confusão terá surgido cerca do minuto 85, altura em que o Sporting pressionava o Borussia Dortmund na tentativa de empatar o jogo. O anti-jogo alemão fez com que o Sporting não devolvesse a bola, como é a norma, quando esta foi atirada para fora pelo guarda-redes Burki, quando Sokratis ficou a queixar-se no chão após suposta falta de Bruno César. Schelotto continuou com o jogo e cruzou para a área, embora sem consequências.
Depois foi a vez de Bas Dost e Burki trocarem "mimos", por qualquer insatisfação do guarda-redes alemão. Por entre a confusão, Kagawa e Bruno César encostaram cabeças, a meio-campo, antes de Coates afastar o japonês.
Resumindo... nervos à flor da pele, mas o director-desportivo do Borussia Dortmund terá de ser mais criativo com os seus argumentos.
O Sporting Clube de Portugal condena e demarca-se de qualquer acto de violência dentro ou fora dos recintos desportivos.
O Sporting é uma instituição centenária promotora de princípios e valores de urbanidade e respeito pelo próximo.
O desporto tem que ser vivido como uma festa em que cada um deverá expressar livremente as suas opções clubísticas, numa base de respeito mútuo.
O Sporting Clube de Portugal é um clube hospitaleiro e, desde sempre, um dos principais promotores do fair-play nas diversas modalidades, com um importante papel na sociedade ao nível desportivo e social.
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