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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Foto de Catarina Morais/Kapta
Arbitragem é um tema que raramente abordo nos meus textos e se o faço hoje, deve-se às circunstâncias algo excepcionais do embate de ontem entre o Sporting e o Arsenal, a contar para a 3.ª jornada da fase de grupos da Liga Europa.
O Sporting perdeu o jogo e nada vai alterar esse resultado. Nem eu pretendo desculpar a derrota com a arbitragem, muito embora o Sporting tenha sido claramente prejudicado.
O primeiro incidente polémico do jogo ocorreu aos 32', num lance em que Fredy Montero estava em posição para se isolar e foi agarrado por Sokratis Papastathopoulos, defesa central grego do Arsenal. Caso para a marcação de um livre e expulsão do jogador dos 'Gunners'.
Mesmo admitindo que o árbitro não viu claramente o lance, o mesmo não aconteceu com o árbitro de baliza que está posicionado de frente para os jogadores. Nunca saberemos o impacte deste lance no jogo, caso a falta tivesse sido devidamente assinalada.
A título de curiosidade, fui encontrar esta foto numa crónica crítica do árbitro publicada no jornal inglês Evening Standard.
Não vou adiantar todos os detalhes de outros lances controversos, mas no golo do jogo, o marcador Danny Welback está em posição irregular no início do lance; há uma falta sobre Nani passível de grande penalidade, e o mesmo acontece com Coates, já nos descontos. O próprio defesa leonino devia ter sido expulso por agressão.
Com o resultado desta partida, o Arsenal assume a liderança do Grupo E, com 9 pontos, seguido pelo Sporting com 6, Vorskla 3 e Qarabag em último lugar ainda sem pontuar. Na próxima jornada, a ser realizada no dia 8 de Novembro, o Sporting viaja até Londres para defrontar novamente o Arsenal.
A qualidade da exibição do Sporting ontem em Alvalade é obviamente subjectiva. Entre o post do jogo e os respectivos comentários, já deixei clara a minha opinião e não pretendo agora revisitar esse tema.
Dito isto, o debate com os leitores levou-me a uma lamentável conclusão. Ao longo das últimas semanas, muito tem sido dito e escrito sobre o desempenho de José Peseiro, ao leme da equipa. Enquanto eu pensava que a crítica era apenas focada no treinador e a sua actual existência no Sporting, verifico agora que a questão vai muito além, nomeadamente que há "sportinguistas" que desesperam pelo insucesso competitivo da equipa.
Qual a agenda, será caso para análise individual, mas torna-se por de mais evidente que pelo menos alguns desses "sportinguistas" ainda não voltaram as costas ao reinado do lunático presidente destituído, que, pelos vistos, é agora figura central como comediante na televisão. Tão cómico é ele, que ousa clamar que sozinho faria um balneário "cair", sem a ajuda de terroristas de claques. Algo o perturba... imenso!
P.S.: Esta foi a primeira vitória de sempre do Arsenal em Portugal.
Aos 60' do Benfica-Belenenses, disputado no sábado, Eliseu entrou de forma dura sobre Diogo Viana mas não foi admoestado pelo árbitro Rui Costa (marcou falta a favor das águias), que também não recebeu indicação do vídeo-árbitro (VAR) Vasco Santos para mostrar o cartão vermelho ao lateral-esquerdo encarnado. Recorde-se que esta é uma das fases do jogo em que o VAR pode intervir.
Esta segunda-feira, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol admitiu que Eliseu devia ter sido expulso contra o Belenenses.
E a propósito do VAR no Estádio da Luz...
Um dos lances que mais polémica causaram no arranque do campeonato foi o golo anulado a Ricardo Horta na Luz, no jogo entre Benfica e SC Braga. Acontece que nenhuma imagem foi clara o suficiente para analisar se há fora-de-jogo ou não, algo que a Federação Portuguesa de Futebol espera corrigir com mais câmaras em todos os estádios. Neste sentido, a FPF espera ver a Liga com um papel mais activo, no sentido de garantir imagens de todos os ângulos para que o julgamento do VAR seja igual em todos os relvados e a verdade desportiva saia beneficiada.
No entanto, a Liga está, de certa forma, com as mãos atadas, uma vez que não pode decidir quanto à posição e quantidade das câmaras. Isto, porque os direitos televisivos não estão centralizados e, por isso, os operadores e os clubes é que têm a decisão final nesse aspecto. Aquilo que é pretendido pela FPF é uma maior colaboração entre todos os agentes para que o VAR continue a ser optimizado.
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