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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Famalicão da 20ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 1 - 0. Golo de Pedro Gonçalves aos 19'.
"AGARRÁMO-NOS UNS AOS OUTROS" PARA AGARRAR O TÍTULO
O Sporting ultrapassou o síndroma de Famalicão e ganhou a embalagem que pode vir a ser decisiva (7 pontos) para a conquista do título nacional, quando ficam a faltar 5 jogos para o final. A importante vitória de ontem garantiu também já ao leão, o bilhete para a liga milionária dos campeões, num jogo muito tenso, com um caudal ofensivo menos generoso que o habitual em que criou poucas oportunidades, mas também não deu nenhuma a um Famalicão (Israel nem foi testado) que jogou sempre de bloco muito baixo, prevalecendo o golo do Pote marcado cedo (19') e que garantiu os 3 pontos. Pote resolveu, Trincão assistiu, Coates deu segurança, Bragança acrescentou e o Famalicão não incomodou a baliza dos leões.
DESTAQUE: SEBASTIÁN COATES (Cap) - 5 - Voltou a ser gigante, o principal culpado do Famalicão nunca ter incomodado o Franco Israel. Secou o ponta de lança adversário (Cádiz) e nunca deu hipóteses a todos os que lhe apareceram pela frente, nas bolas pelo ar ou junto à relva.
FRANCO ISRAEL - 4 - Os colegas da defesa limparam todos os lances e não lhe deixaram uma única bola difícl para que pudesse brilhar. Só mesmo as bolas fáceis e aí, esteve sempre muito atento, intervindo sem erros.
GENY CATAMO - 3.5 - Não conseguiu fazer a diferença habitual nos lances do 1x1 e quando conquistou espaço foi pouco feliz na definição.
OUSMANE DIOMANDE - 2.5 - Deixou-se levar pela precipitação na guarda ao veloz Chiquinho, cometendo vários erros desnecessários e que lhe custaram um cartão amarelo e a saída ao intervalo.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Manteve-se sempre firme e muito competente nas suas acções, principalmente nos minutos finais, quando o Famalicão subiu as linhas no tudo por tudo. Menos bem o passe longo, ainda muito descalibrado.
NUNO SANTOS - 2.5 - Conseguiu a faceta de estragar os lances todos em que interviu, por isso foi várias vezes repreendido pelos colegas que nunca perceberam se rematava ou cruzava, com a bola a passar sempre longe de toda a gente e da baliza do Luís Júnior.
MORTEN HJULMAND - 4.5 - Sempre melhor e esclarecido, como peixe na água, a cortar as linhas de passe ao meio campo famalicense, destruindo-lhe grande parte das tentativas de contra ataque. Raras vezes teve espaço para subir e apoiar o ataque da sua equipa, quando teve, fé-lo sempre com bom critério.
DANIEL BRAGANÇA - 4.5 - Voltou a mostrar que é o elemento do meio campo em melhor forma actualmente, sempre activo na reacção ofensiva e defensiva, ganhando a maioria dos lances. Um grande remate proporcionou a defesa da noite ao Luís Júnior que com a ponta dos dedos desviou a bola para a trave, negando-lhe um grande golo.
FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Liderou os períodos em que a equipa dominou perto da área adversária, rápido a pensar e a executar, carregando a bola em vários lances. Foi dele o passe que isolou Pote para o golo. Com o cansaço foi caindo de produção, mais ausente do jogo na última meia hora.
PEDRO GONÇALVES - 4.5 - Resolveu o jogo com um dos seus remates secos e certeiros depois de uma jogada bem ensaiada da equipa. Podia ter dado o 2-0, num lance em que foi pisado dentro da área, um penálti claro que o árbitro e VAR ignoraram grosseiramente.
VIKTOR GYOKERES - 3.5 - Voltou a não marcar, mas lutou sempre como um leão até ao derradeiro segundo. Menos exuberante que em outros jogos, mas manteve até final a defesa adversária sempre em alerta máximo. A jogada do golo deve-se muito a ele. Fez o passe para Trincão e depois correu em diagonal arrastando um defesa com ele.
EDUARDO QUARESMA - 4 - Excelente entrada, mostrou ao colega Diomande como se faz para marcar brincas na areia como o Chiquinho, não lhe deu hipótese.
HIDEMASA MORITA - 3 - Não trouxe quando entrou (68') o músculo e a energia que a equipa necessitava para que o meio campo não caísse para o adversário. Também teve que se agarrar aos colegas no quarto de hora final para segurarem os importantíssimos 3 pontos da vitória.
PAULINHO - 2.5 - Entrou quando a equipa já sentia dificuldades em manter o ritmo e a intensidade iniciais, recuou mais no terreno quando percebeu que era mais importante o apoio defensivo para segurar a vitória.
RICARDO ESGAIO - 2 - Pôs- se a jeito de ser expulso e deixar a equipa reduzida com ainda um quarto de hora para o final. Um lance em que percebeu que não iria ter pernas para acompanhar o avançado do Famalicão.
IVÁN FRESNEDA - 2 - A equipa já estava a vacilar nos instantes finais e com o adversário no risco total, entrou para ajudar a estancar os corredores bloqueando a profundidade ao adversário.
RÚBEN AMORIM - 6 - Saiu de Famalicão com o merecido triunfo, no jogo mais badalado do campeonato que precipitou uma atmosfera pesada e estranha pela importância que tinha nas contas do título. Afinal, foi uma viagem no tempo (20.ª jornada), para voltar ao presente com uma vantagem bem mais distante do segundo classificado e que pode vir a ser determinante na conquista do campeonato. Todos sentiram em demasia o peso dessa responsabilidade que lhes tolheu alguma da dinâmica, passando com isso a equipa por algumas dificuldades. Atento, respondeu sempre com inteligência ao que o jogo pedia. Objectivo conseguido.
ARMANDO EVANGELISTA - 2 - Deveras temeroso, optou por uma estratégia muito encolhida, de bloco baixo e junto, com contra ataques esporádicos na fé de eventuais erros da defesa do Sporting. A sua equipa nunca incomodou o guarda-redes do Sporting que não fez uma única defesa. Por sua vez viu o seu guardião evitar com grande defesa o 2-0 e também muito beneficiado por um penálti claro a ser perdoado pela equipa de arbitragem.
FÁBIO VERÍSSIMO (Árbitro) - 2 - Foi a prior arbitragem que lhe vimos fazer esta época nos jogos do Sporting, foram erros a mais, técnicos e disciplinares com maior benefício para a equipa da casa.
HUGO MIGUEL (VAR) - 1 - A Federação deveria pensar em poupar os custos do VAR nos jogos do Sporting, estarem lá na Cidade do Futebol ou não estarem é a mesma coisa. Uma grande penalidade clarissima que o VAR estava obrigado a ver e assinalar, ainda com o escândalo da agressão do Di María, que não foi expulso, bem fresco na memória de todos.
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