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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Sem ser bem claro a que propósito, Fernando Oliveira - presidente do Vitória de Setúbal - voltou a comentar os "resgates" imprevistos de Ryan Gauld e André Geraldes, situação que gerou tensão entre os dois clubes:
«Foi uma infelicidade do Sporting. Aceito que dirigentes tenham dias bons e dias maus. No dia do jogo, um vice-presidente que lanchou comigo prometeu que os jogadores continuavam. Fizeram mal, porque demos provas de que os jogadores beneficiavam em estar aqui.
O João Mário esteve uma época e regressou para ser vendido por um valor recorde para o Inter Milão. Quando o fomos buscar, ele nem sempre jogava na equipa B. Alguns dos entendidos até diziam na altura que ele era um jogador com pouca intensidade. Não nos preocupámos e o jogador evoluiu.
Não entendemos o desejo de tirarem os jogadores daqui para os emprestarem ao Chaves uma equipa que tem os mesmos objetivos. É um atrevimento e uma falta de respeito.
Mesmo assim, o que pedimos foi que fosse feito um comunicado conjunto com cada equipa a assumir as suas responsabilidades e colocávamos uma pedra sobre o assunto. O Sporting não quis».
É fútil comentar mais esta absurda tomada de decisão da exclusiva responsabilidade de Bruno de Carvalho. Mais um caso em que o ego impediu o cérebro de reflectir, com as consequências à vista. Muito típico deste presidente.
Fernando Oliveira, presidente do Vitória de Setúbal, em declarações à Antena 1 esta terça-feira, não deixou dúvidas quanto à indisponibilidade do clube sadino para facilitar a vida ao Sporting, relativamente ao regresso de Ryan Gauld e André Geraldes:
«Os jogadores são nossos durante a época. Tiraram-nos daqui porque o árbitro marcou um penálti que não devia. Na minha óptica foi penálti. Se fosse para regressarem ao Sporting, nem retorquíamos. Fazíamos o que aconteceu com o Rúben Semedo, a quem fizeram um ultimato e no dia a seguir estava em Lisboa. Mas tudo bem, foi para jogar em Alvalade. Estes não. Tiraram-nos daqui para serem colocados no Chaves e achamos que foi uma ofensa. Quem não sente não é filho de boa gente.
Dizem que ficou um mal-estar por afirmações de pessoas do Vitória. Não concordo com esses argumentos. Chegaram a dizer que o nosso fisioterapeuta agrediu o médico do Sporting, que passou pelo nosso clube e tem a melhor relação com o nosso fisioterapeuta. Cumprimentaram-se, são amigos e trabalharam juntos. São coisas inexplicáveis. Nem sei como se argumentam coisas tão difíceis de engolir. É o futebol que temos e são as pessoas que temos».
Fernando Oliveira, presidente do Vitória de Setúbal, ainda mantém alguma esperança de ver Rúben Semedo acabar a época no Bonfim, aguardando uma tomada de decisão final do Sporting:
«Tínhamos conhecimento que, caso contratassem outro jogador, o Semedo ficava. Infelizmente ele já se está a treinar no Sporting. Digo infelizmente porque gostaríamos que ele cá estivesse, é algo que nos desgosta bastante. Mas ele é jogador do Sporting, o futebol é assim… Lamento bastante, é um jogador importante na estrutura da equipa e vai-nos fazer muita falta.
Havia rumores segundo os quais o Sporting dispensaria o jogador se contratasse um central. Parece-me que isso não está a acontecer… Aguardamos que o Sporting faça o ponto de situação, mas não estamos aqui para complicar.
O Sporting tinha de se pronunciar em determinada data, que foi ultrapassada, mas não vamos por aí. Se nos quiséssemos chatear um bocadinho, podíamos fazê-lo, mas não é o nosso propósito.
É prejudicial para o Semedo ir para a equipa B do Sporting, aqui podia fazer uma época inteira e projectar-se como o João Mário, que também estava no anonimato no Sporting e valorizou-se aqui.»
Já comentei esta situação num post de ontem, por não fazer grande sentido. Agora, com a chegada confirmada de Sebastián Coates, é por de mais evidente que Rúben Semedo não vai encontrar espaço na equipa principal como defesa-central e, se admitirmos a hipótese de ele jogar na posição "6", recorde-se que temos William Carvalho e Aquilani para essa função. Não vislumbro em que outra posição poderá vir a ser utilizado por Jorge Jesus.
Este caso foi mal gerido desde o primeiro dia. Rúben Semedo não devia ter sido chamado sem o todo da situação ser devidamente esclarecido. Na eventualidade - como alguns leitores já sugeriram - de isto ser uma medida de represália pela contratação falhada de Suk, é um erro, porque quem vai acabar por ser prejudicado é o jogador e potencialmente o Sporting.
O presidente do Vitória de Setúbal, Fernando Oliveira, em declarações à Antena 1, esta quarta-feira, sobre a recém-transferência de Suk Hyun-Jun para o FC Porto, garantiu que tinha propostas superiores, que esbarraram na vontade do jogador:
«Estávamos a negociar o Suk com o Sporting, entre as duas Direcções, e com o FC Porto, através do seu empresário. A proposta do Sporting era muito superior à do FC Porto, mas fomos surpreendidos com a atitude do Suk, que nos disse que só jogava no FC Porto.
Lamentavelmente não pudemos satisfazer as nossas pretensões, mas o Suk nem sequer quis conversar com o Sporting. Tínhamos também uma proposta de Inglaterra, que era o dobro da do FC Porto, mas ele disse que não se treinava mais, pois só queria jogar no FC Porto»
O futebol está cheio destas histórias que só o passar do tempo vem a esclarecer. Não sei se Suk seria uma mais-valia para o Sporting, mas sei que uma pessoa prudente pondera todas as opções e não fecha portas a ninguém. Pior que ser iludido, é iludir-se, sozinho.
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