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A velocidade a que as consequências da ofensiva russa na Ucrânia se verificam afecta, também, o mundo do desporto, com bruscas mudanças de posição. Se ainda ontem a FIFA anunciava que manteria a Rússia nas competições internacionais, mas sem nome, hino ou bandeira, e na sexta-feira a UEFA deliberou que selecções e clubes do país de Putin teriam de jogar os encontros em casa em estádios neutros, ambas as entidades acabam de mudar a sua posição: num comunicado conjunto, FIFA e UEFA anunciaram que as equipas russas estão suspensas de todas as competições.

“FIFA e a UEFA decidiram, em conjunto, que todas as equipas russas, sejam de selecções ou clubes, serão suspensas da participação nos torneios da FIFA e da UEFA até novo anúncio”.

Esta acção segue-se à decisão do Comité Olímpico Internacional, no sentido de impedir atletas russos e bielorrussos de competir.

A somar a esta decisão, a UEFA também revelou que cancelou o seu contrato de patrocínio com a Gazprom. A decisão, que tem “efeitos imediatos e cobre todos os acordos existentes, incluindo a Liga dos Campeões, as competições de selecções e o Euro 2024”, termina assim uma ligação profunda entre a entidade máxima do futebol na Europa e a empresa estatal de gás natural russo.

Segundo a “Reuters”, o contrato de patrocínio da Gazprom à UEFA rendia 40 milhões de euros por temporada à organização liderada por Aleksander Ceferin.

Também o Europeu de futebol feminino, agendado para Julho de 2022, em Inglaterra, deverá ser afectado pela suspensão, caso nada mude até então. A selecção russa qualificou-se para a competição derrotando, num play-off disputado em Abril de 2021, Portugal. A UEFA ainda não anunciou de que forma será preenchida a vaga da Rússia no Europeu.

publicado às 03:15

FIFA altera regras para empréstimos

Rui Gomes, em 21.01.22

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A reestruturação do mercado de transferências tem sido uma das principais bandeiras da presidência de Gianni Infantino na FIFA. A entidade máxima do futebol mundial já tinha anunciado, há várias semanas, as medidas com vista à regulamentação da actividade dos intermediários em compras e vendas de jogadores, e agora juntou a essas propostas alterações relacionada com os empréstimos.

Inicialmente, a entrada em vigor do novo regime relativo a cedências estava prevista para Julho de 2020, mas esse arranque foi atrasado devido à pandemia. Em comunicado, a FIFA indica que as regras “entrarão em vigor no dia 1 de Julho de 2022”, sendo dado “um período transição de três anos a cada Federação para garantir que as normas estão totalmente aplicadas a nível interno”.

A principal novidade do novo regulamento da FIFA quando aos jogadores cedidos – o qual, esclarece a entidade, “não se aplica aos atletas com 21 anos ou menos ou formados no clube” – diz então respeito à limitação do número máximo de entradas ou saídas por empréstimo que cada clube pode fazer. 

Assim, de 1 de Julho de 2022 a 30 de Junho de 2023, um emblema não pode ter mais do que oito futebolistas cedidos a outros clubes ou oito futebolistas cedidos por outros clubes no seu plantel. Em 2023-24, este número passará para sete, chegando ao limite máximo de seis jogadores cedidos a saírem ou entrarem do clube a partir de 1 de Julho de 2024.

A FIFA refere que o objectivo destas medidas é “desenvolver jovens jogadores, promover o equilíbrio competitivo e prevenir a acumulação de futebolistas”. Uma das principais intenções de Infantino é combater o excesso de atletas existente nos quadros de alguns dos clubes mais poderosos – o Manchester City tem, segundos dados do Transfermarkt, neste momento, 14 emprestados a outras equipas e no caso do Inter de Milão, esse número ascende a 26 cedidos.

A juntar a isto, há também um tecto na quantidade de negócios por empréstimos feitos entre dois clubes: em “qualquer momento da temporada”, uma equipa não pode ter mais do que três jogadores cedidos ao mesmo clube nem receber mais do que três atletas cedidos pelo mesmo conjunto. 

Outras regras anunciadas pela FIFA são o estabelecimento de um ano como o período máximo de empréstimo – no Sporting, Pedro Porro é um caso de uma cedência feita por duas temporadas – e a proibição de um clube ceder um jogador que já está no seu plantel emprestado por um outro conjunto.

Olhando ao impacto que estas regras poderiam ter em Portugal, nenhuma das quatro principais equipas do futebol nacional tem menos de oito jogadores cedidos a outros clubes: de acordo com o “Transfermarkt”, o Sporting tem 13, o Benfica 11 e o FC Porto e o Sporting de Braga oito – mas recorde-se que esta regra não se aplicaria a Tomás Tavares, Eduardo Quaresma ou Romário Baró, já que são sub-21.

No sentido oposto, encontram-se o Tondela, que tem no seu plantel oito emprestados, ou Portimonense e Famalicão, cada um com sete cedidos na sua equipa.

publicado às 03:30

"Proposta pode matar o futebol"

Rui Gomes, em 10.09.21

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Em recém-entrevista ao jornal britânico The Times, o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, afirmou que está preparado para avançar com um boicote à realização de um Campeonato do Mundo de dois em dois anos, ideia avançada recentemente pela FIFA.

"Podemos decidir simplesmente não disputar a prova. É uma proposta que pode matar o futebol. Penso que isto nunca irá acontecer, dado que vai contra os princípios básicos do futebol. Espero sobretudo que ganhem noção. Até agora, não houve qualquer abordagem apropriada. Ninguém sequer falou connosco, ninguém se encontrou connosco, ninguém nos ligou, ninguém nos enviou uma carta, nada. Só sei o que leio nos jornais".

Para o dirigente máximo do organismo que superintende o futebol europeu, o modelo de Campeonato do Mundo deve manter-se inalterado, com a realização da competição de quatro em quatro anos, algo que "aumenta o valor da prova".

Ao que consta, a confederação sul-americana (CONMEBOL) está ao lado da UEFA nesta questão.

O francês Arsène Wenger, antigo treinador e actual director de desenvolvimento de futebol da FIFA, defendeu recentemente a ideia de realizar um Mundial a cada dois anos, a partir de 2028.

Um observador um pouco cínico diria que por este andamento vamos chegar ao dia em que as provas domésticas deixarão de existir só para dar lugar às competições que a FIFA e a UEFA vão inventando.

publicado às 03:00

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O assunto já foi ontem aqui debatido e, na realidade, não sei se há algo mais a acrescentar à conversa, salvo, porventura, conjecturar sobre a eventual decisão que o jogador terá de tomar muito em breve.

Matheus Nunes foi esta sexta-feira convocado por Tite para a selecção do Brasil. O médio do Sporting CP integra a lista de nove jogadores que o seleccionador brasileiro decidiu chamar à 'canarinha' face à impossibilidade de contar com algumas das principais figuras brasileiras, que competem na Premier League, na La Liga e na Serie A italiana.

O Brasil prepara-se para disputar a tripla jornada de qualificação sul-americana para o Mundial'2022. Na próxima quinta-feira, a 'canarinha' irá defrontar o Chile. Três dias depois, no domingo (dia 5), defronta a Argentina e termina este ciclo em São Paulo, no dia 9, frente ao Peru.

Recorde-se que Matheus Nunes estava entre os 40 possíveis eleitos de Fernando Santos para os próximos compromissos da Seleção Nacional, mas acabou por não integrar a lista final do selecionador português:

"Não estava no lote dos 40 antes do Campeonato da Europa. Na altura não estava apto. Está apto há um mês, mas é um jogador que observámos algumas vezes. Estava nestes 40, é um jogador observado, como muitos outros. Podemos dizer que estava nos 40...".

O jogador celebrou esta sexta-feira o seu 23.º aniversário e em reacção à convocatória escreveu na sua página do Instagram: "Melhor presente que podia receber".

Frase algo ambígua e por isso não necessariamente indicativa que aceitará o convite.

A escolha entre representar Portugal ou Brasil apresenta prós e contras e Matheus terá de reflectir bem antes de tomar uma decisão que será irreversível.

Entretanto, a decisão unilateral da FIFA de estender o calendário de jogos da Conmebol em Setembro e Outubro por dois dias, de 9 para 11 dias, ignorando as alternativas viáveis propostas pela Word Leagues Forum, não está a ser bem recebida na Europa, com várias ligas a recusar libertar jogadores.

Neste sentido, a A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) assegurou ontem que irá apoiar os clubes que rejeitem ceder jogadores às selecções além do prazo inicialmente previsto pela FIFA.

"A LPFP será solidária e apoiará as sociedades desportivas que decidam não libertar os jogadores além do período inicialmente estabelecido pela FIFA, numa posição idêntica à concertada pelas ligas no seio do World Leagues Forum", lê-se em comunicado.

Ainda que "Os responsáveis do futebol das sociedades desportivas do futebol profissional e a LPFP decidiram, em conjunto, manifestar de forma veemente o seu repúdio pelo procedimento adotado pela FIFA no alargamento das janelas de Setembro e de Outubro de libertação de jogadores para as seleções da CONMEBOL".

Sendo assim, parece que há uma decisão a ser tomada pelo Sporting e por os outros clubes portugueses que têm nos seus quadros jogadores convocados para as diversas selecções.

Eis o que Rúben Amorim teve para dizer sobre esta questão:

“Ultrapassa-me um pouco. É positivo todas as federações se juntarem [impossibilitando saída dos jogadores para jogos internacionais], porque os clubes ficam prejudicados. O meu papel é saber se vão estar disponíveis para o Porto, para procurar outras soluções. Mais do que isso não posso dizer, não sei bem o que um clube pode fazer para impedir um jogador de ir à selecção. Enquanto treinador, a minha maior preocupação é ganhar ao Famalicão. Caso não estejam disponíveis para o FC Porto jogarão outros. Precisamos dessas oportunidades para ver outros jogadores.”

publicado às 03:17

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A justiça norte-americana concedeu à Fundação FIFA uma indemnização de 171 milhões de euros pelos prejuízos resultantes de “décadas de esquemas de corrupção” de ex-funcionários, informou o organismo que tutela o futebol mundial.

Em recém-comunicado, a FIFA refere que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América entregou a referida quantia, como justa compensação “pelos prejuízos sofridos pela FIFA, CONCACAF e CONMEBOL”, resultantes de várias “décadas de esquemas de corrupção”.

O valor foi retirado das contas bancárias de antigos funcionários dos três organismos que estiveram envolvidos em esquemas de corrupção no futebol e que foram criminalmente acusados.

Fico muito feliz por saber que dinheiro que foi ilegalmente desviado do futebol está a ser devolvido para ser utilizado com o devido propósito. Felizmente, já ultrapassámos esse infeliz período e é óptimo ver um significativo financiamento ser colocado à disposição da Fundação FIFA, que pode ter um impacto positivo em muitas pessoas do mundo do futebol, particularmente através de programas comunitários e para jovens”, observou o presidente da FIFA, Gianni Infantino.

O valor indemnizatório foi remetido para o Fundo Mundial de Remissão do Futebol, sob alçada da Fundação FIFA, para ajudar a financiar projectos relacionados com o futebol.

publicado às 03:02

FIFA pretende alterar as Leis do Jogo

Rui Gomes, em 19.07.21

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A FIFA está apostada em revolucionar o futebol e encontra-se neste momento a testar várias novidades num torneio de jovens a decorrer na Holanda, o chamado Future of Football Cup, que conta com a presença de PSV, AZ, RB Leipzig e Club Brugge.

Ao todo são cinco novas medidas, que poderão no futuro passar à realidade nos principais campeonatos mundiais. No final deste teste, refira-se, a FIFA avaliará o impacto das medidas testadas e avaliará a possibilidade de fazer alguma chegar ao International Board, de forma a mudar as regras.

Cinco medidas estão a ser considerada nesta altura.

- Dividir o jogo em dois períodos de 30 minutos, havendo paragens do cronómetro a cada interrupção, como sucede no basquetebol ou futsal.

Há muito que alguns de nós argumentamos que o tempo de jogo não deve ser controlado pelo árbitro e que o cronómetro deve ser parado a cada interrupção. Esta medida peca por tardia, já que não é a primeira vez que é proposta e não implementada.

Enquanto sou cem por cento a favor da utlização do cronómetro, já não tenho a mesma convicção quanto à redução do tempo de jogo para 60 minutos. Preferia que ficasse nos actuais 90, no mínimo 80, muito embora o tempo útil aumente significativamente.

A paragem do cronómetro não vai eliminar as simulações de lesão que visam em muitos casos apenas afectar a fluidez de jogo do adversário, mas, pelo menos, essas simulações não vão "queimar" tempo.

Esta medida, se implementada, vai aumentar significativamente a duração da transmissão televisiva. É impossível prever com exactidão esse aumento. A exemplo, na NHL, onde o jogo é dividido em três períodos de vinte minutos cada, a transmissão nunca dura menos de duas horas e meia, com intervalos e publicidade.

- Realização dos lançamentos de linha lateral com os pés;

Discordo. Não vejo benefício algum nesta alteração. Implementada, o actual lançamento da linha lateral passa a ser na realidade um livre.

- Deixa de ser obrigatório passar a bola para um colega tanto nos lançamentos de linha lateral como cantos e pontapés de baliza. Basicamente, os jogadores podem sair a jogar sempre que a bola abandona o terreno de jogo.

Não faz sentido, nem vejo benefício algum. Potencial para criar confusão com o jogo em andamento.

- Aplicar uma suspensão temporal de cinco minutos sempre que um jogador vir o cartão amarelo, ao jeito do futsal. Se o jogador for alvo de um segundo cartão a regra continua a ser a actual: é expulso.- aplicar uma suspensão temporal de 5 minutos sempre que um jogador vir o cartão amarelo, ao jeito do futsal. Se o jogador vir um segundo cartão a regra continua a ser a atual: é expulso.

Fundamentalmente, concordo com esta ideia, mesmo reconhecendo que os cartões nem sempre são justos. Exemplos não faltam, nomeadamente em Portugal, onde os critérios são muito subjectivos. Por outro lado, não se deve perder de vista que uma equipa jogar com superioridade numérica durante cinco minutos no futebol, não tem o mesmo impacte do que acontece no futsal ou no hóquei. Ou seja, o jogador é punido, sem dúvida, mas a vantagem para o adversário é mínima.

Num caso de um amarelo ao guarda-redes num lance de penálti - ou em qualquer outro lance - a situação complica-se, em que esse guarda-redes terá de sair do relvado e ser substituido durante cinco minutos. Para entrar o suplente, terá de sair outro jogador.

- Possibilidade de fazer substituições ilimitadas.

Mixed feelings nesta questão. Acho que teria de ver o efeito na prática, para então avaliar. Actualmente é permitido inscrever 18 jogadores na linha de jogo, o que significa que seria então possível fazer sete substituções.

Na realidade, o facto destas medidas estarem a ser consideradas agora, não significa que possam vir a ser implementadas num futuro próximo, até porque quem tem a palavra final nesta matéria é o International Board.

O que escrevi neste post são apenas as minhas opiniões. O leitor é livre de dar a sua!

publicado às 09:03

Veremos o que vai sair daqui!

Rui Gomes, em 09.04.21

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Arsène Wenger, o actual director de desenvolvimento global da FIFA, admitiu, esta quinta-feira, num programa digital do organismo gestor do futebol a nível mundial, que o próximo Campeonato do Mundo terá um sistema de detecção automática de foras de jogo.

"Penso que o detetor automatizado dos foras de jogo estará pronto para [o Mundial] 2022. Automaticamente, será enviado um sinal imediato ao árbitro auxiliar, que terá um relógio com uma luz vermelha, que lhe transmite se existe ou não fora de jogo em determinado lance", afirmou o antigo treinador francês.

Arsène Wenger justifica a eventual implementação de um método totalmente inovador de detecção de posições irregulares em campo com a demora da tomada de decisão, por vezes, do videoárbitro.

"Actualmente, espera-se, em média, um minuto, mas por vezes ultrapassa o minuto e meio ou ainda mais, se o lance for de difícil avaliação. Este sistema pretende colocar à disposição os fora de jogo automáticos, com a informação a chegar directamente ao árbitro auxiliar".

A FIFA já havia, recorde-se, testado o sistema semiautomático de detecção de fora de jogo no Mundial de Clubes de 2019. O Campeonato do Mundo de 2022 vai realizar-se no Catar entre os dias 21 de Novembro e 18 de Dezembro.

NOTA: Não obstante toda esta tecnologia, parece-me que tem forçosamente de haver um bom número de câmaras televisivas em cada recinto e muito bem posicionadas. Sabemos, de antemão, que em Portugal vários recintos não oferecem essas condições, a exemplo da recém-trafulhice obrada pelo VAR e AVAR em Moreira de Cónegos. 

publicado às 04:18

O antigo presidente da FIFA Joseph Blatter foi banido uma segunda vez pelo Comité de Ética, agora por um período de seis anos e oito meses, devido a irregularidades financeiras ocorridas durante os seus mandatos, anunciou o organismo, em comunicado, esta quarta-feira.

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A cerca de sete meses de terminar a primeira suspensão, Blatter foi novamente condenado pela FIFA, por, alegadamente, ter recebido subornos e bónus irregulares em contratos celebrados em 2010, e terá também que pagar uma multa no valor de um milhão de francos suíços (cerca de 900 mil euros) ao organismo que rege o futebol mundial.

Na condenação está igualmente incluído Jérôme Valcke, secretário-geral da FIFA durante os mandatos de Blatter, que foi suspenso por idêntico período (seis anos e oito meses).

As novas condenações entram em vigor quando expirar o prazo das primeiras suspensões. O castigo de Blatter termina em Outubro deste ano, enquanto o de Valcke ainda vai durar até Outubro de 2025.

Actualmente com 85 anos, Blatter está internado num hospital suíço e, no início do ano, chegou a estar em coma induzido durante uma semana, devido a problemas relacionados com uma cirurgia cardíaca realizada em Dezembro de 2020.

Sepp Blatter foi presidente da FIFA entre Junho de 1998 e Dezembro de 2015.

publicado às 03:45

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Onze clubes deveras históricos das cinco principais ligas europeias - Espanha, Inglaterra, Alemanha, Itália e França -, com mais cinco equipas desses países convidadas, trabalham na possibilidade de criar uma SuperLiga de 16 equipas para começar em 2021. A ideia há muito que vem a ser discutida e esta quinta-feira a FIFA voltou a ser muito dura com essa possibilidade.

A FIFA, no entanto, adverte que "a qualquer clube e jogador implicado numa competição dessa natureza não seria permitido participar em prova alguma organizada pela FIFA e confederação correspondente".

Em causa estaria uma sanção que impediria inclusivamente os futebolistas participarem nos jogos das respectivas selecções.

"Segundo os estatutos da FIFA e das Confederações, todas as competições devem ser organizadas ou reconhecidas pelo organismo competente ao seu nível correspondente; isto é pela FIFA a nível mundial e pelas Confederações a nível continental.

Neste sentido as confederações reconhecem o Mundial de Clubes da FIFA, com o seu formato actual e novo, como a única competição mundial de clubes, enquanto a FIFA reconhece as competições de clubes organizadas pelas confederações como as únicas competições continentais de clubes", pode ler-se em comunicado assinado pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, e dos líderes das seis confederações.

Recorde-se que a partir do momento em que se começou a falar da possibilidade de existir uma Superliga Europeia, várias foram as vozes críticas a surgir de imediato. Uma delas foi a do presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes. "A hipótese de uma espécie de Superliga Europeia merece o meu total desacordo e repúdio. Discordo porque ela viola todos os princípios de mérito desportivo. Pelo que se sabe, seria uma espécie de clube, autoproclamado, de privilegiados. Merece o meu repúdio porque o Mundo vive neste momento o seu maior desafio, pelo menos do último século, e a última coisa de que necessita é da exacerbação do egoísmo", referiu em Novembro de 2020 o também vice-presidente da UEFA, destacando que "a Superliga não terá em Portugal e na FPF nenhum apoio possível".

No mesmo dia, Aleksander Ceferin (UEFA) demonstrou igualmente total oposição à ideia. "Os princípios de solidariedade, promoção, relegação e a abertura das ligas não são nem podem ser negociáveis. É precisamente isso que faz com que o futebol europeu funcione e que a Champions seja a melhor competição desportiva do Mundo", lembrou. De resto, outra fonte da UEFA adiantou que "uma Superliga de 10, 12 ou mesmo 24 equipas se tornaria inevitavelmente monótona".

publicado às 03:16

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O presidente da FIFA, Gianni Infantino, saiu em defesa do VAR, considerando que o novo sistema “está a ajudar o futebol”, e rejeitou que esteja a “prejudicar ou danificar” o desporto.

É preciso ter em conta que o VAR só foi introduzido há dois anos e não há vinte anos. Está a ajudar o futebol, não o está a prejudicar ou danificar. A importância do VAR não pode ser confundida por algumas decisões erradas que podem ter sido tomadas em determinado momento.

Os erros que têm acontecido são sobretudo por falta de experiência. Eu acredito que o VAR está em boas mãos. É preciso evoluir através das informações que são recebidas em todos os jogos. Com essas informações, é possível discutir melhorias".

Gianni Infantino abordou ainda o actual calendário de competições, formatado devido à pandemia da Covid-19, com praticamente todos os clubes a terem de disputar dois jogos por semana.

“No futuro próximo, será necessário que todas as partes envolvidas no futebol discutam e debatam a criação de um calendário harmonioso que tenha em consideração a saúde dos jogadores. É preciso proteger selecções, clubes e o futebol mundial”.

Bem... um discurso muito positivo, mas há determinadas realidades que contrariam o seu optimismo.

Admite-se que o VAR tem tido alguns aspectos muito benéficos, mas não podemos ignorar que cada país lida com as suas próprias circunstâncias, e em Portugal tem-se verificado que os erros de registo não se devem apenas a falta de experiência dos homens do apito. Há vários casos de pura incompetência e ainda outros que, como sempre, nos levam a suspeitar a imparcialidade e objectividade das decisões tomadas.

No que ao calendário competitivo diz respeito, a realidade é que o número de jogos tem vindo a aumentar ano após ano, nomeadamente devido ao alargamento de algumas provas e à criação de outras, e ainda há escassos dias a UEFA revelou que pretende aumentar significativamente o número de jogos da Liga dos Campeões. Relativamente a selecções, a razão de ser da Liga das Nações é muito discutível.

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publicado às 03:03

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O jornal 'Público' avança esta quarta-feira que o Benfica financiou a compra de um jogador pelo V. Setúbal, tendo assinado com os sadinos um contrato de direito de preferência ilegal aos olhos da FIFA.

Em causa está um negócio de 2019 quando o V. Setúbal pagou 1,25 milhões de euros pela contratação do marroquino Khalid Hachadi. Deste valor, 800 mil euros foram para o Olympique Club Khourigba, 150 mil para o jogador e 300 mil euros para a conta de um empresário como comissão de intermediação. Mas quem terá financiado a transferência, segundo aquele jornal, foi o Benfica que assinou com os sadinos um contrato de direito de preferência ilegal aos olhos da FIFA, pagando 900 mil euros: entre outras cláusulas, o documento previa que se Hachadi fosse transferido para um terceiro clube, rescindisse por mútuo acordo ou por justa causa, sem conceder ao Benfica o direito de preferência, os encarnados seriam compensados com 1,5 milhões de euros (ou 6,5 milhões caso fosse transferido para o FC Porto, Sporting ou SC Braga).

O contrato, que não foi registado como compete na plataforma Transfer Matching System da FIFA, infringe o regulamento que dita que "nenhum clube poderá celebrar um contrato em que qualquer contraparte desse contrato, bem como terceiro, adquira a capacidade de influenciar, em temas laborais ou de transferência, a independência, as políticas ou o desempenho das equipas desse clube".

publicado às 12:45

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Uma versão mais simples do videoárbitro (VAR) e uma abordagem que se estenda "a todos os níveis do futebol" está a ser estudada por um grupo de trabalho da FIFA, informou esta terça-feira o organismo, em comunicado, acrescentando a possibilidade de redução nos requisitos mínimos tecnológicos.

O grupo denominado 'Inovação e Excelência' apresentará brevemente à FIFA e ao IFAB - órgão regulador das Leis do Jogo - recomendações para colocar em 'marcha' a reforma pretendida, no sentido de simplificar o VAR.

"Existe a necessidade de criar sistemas mais acessíveis e que permitam o recurso ao assistente de vídeo na arbitragem a todos os níveis do futebol".

Na mesma nota, o organismo diz também estar a estudar um desenvolvimento tecnológico semiautomático para a questão do fora de jogo, no sentido de tornar a análise dos mesmos o mais eficaz possível.

Tudo muito bem..., mas teremos de esperar para ver as medidas inovadoras que vão ser propostas e eventualmente implementadas. Não há dúvida alguma que o recurso ao VAR necessita urgentemente de ser melhorado, mas também é igualmente verdade que estes "grupos de trabalho" da FIFA nem sempre vêm à luz com inovações de excelência. Aliás, há aspectos das leis do jogo que urgem há anos ser alteradas mas que a FIFA e/ou o IFAB recusam efectuar.

Não sendo novidade alguma, há em tudo isto uma realidade incontornável: enquanto o ser humano participar no processo decisional vamos ter erros e quaisquer novas medidas que venham a aumentar a participação humana, em vez de a reduzir, tornar-se-ão ainda mais susceptíveis ao erro, especialmente em países como Portugal onde os critérios de decisão são inconstantes e vulneráveis a influências alheias.

publicado às 17:00

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A FIFA aprovou, esta quarta-feira, o regulamento do Plano de Apoio Covid-19, que disponibiliza mais de mil milhões de euros ao futebol em todo o mundo, através de um sistema de doações e empréstimos, com rigorosos requisitos de acesso.

De acordo com o documento, cada federação membro irá receber, na terceira fase do plano, uma doação de cerca de 850 mil euros, para “proteger e retomar” a actividade no futebol profissional, de formação e amador em cada país, mais cerca 400 mil para o sector feminino.

Este apoio é destinado a ajudar a reiniciar competições, garantir a participação das equipas nas competições, contratação de recurso humanos, manutenção de infra-estruturas de futebol e ainda o pagamento de despesas administrativas e operacionais”, explicou o organismo.

Cada uma das 211 federações membro terá também disponível um empréstimo sem juros até pouco mais de quatro milhões de euros, mas para isso tem que passar por um processo rígido de acesso, como também apresentar condições claras de retorno do montante adquirido, com a FIFA a criar um comité de supervisão.

Este Plano de Apoio é um grande exemplo de solidariedade e compromisso no futebol num momento sem precedentes. Quero agradecer aos meus colegas por aprovarem a decisão de prosseguir com esta importante iniciativa em benefício de todas as federações membros e confederações”, disse o presidente da FIFA, Gianni Infantino.

As confederações (CONMEBOL, CONCACAF, UEFA, AFC, CAF e OFC) vão receber cada uma doação de 1,7 milhões de euros e podem receber até 3,4 milhões por empréstimo.

publicado às 04:00

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Rui Gomes, em 17.06.20

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Para assinalar os 50 anos do Campeonato do Mundo de 1970, no México, a FIFA fez umas montagens hilariantes com Cristiano Ronaldo, Pogba, Salah, Lionel Messi, Kylian Mbappé e Neymar. Os seis jogadores aparecem de bigode e com visuais daquela altura. Curiosamente, Argentina e França não se conseguiram qualificar para esse Mundial.

publicado às 03:47

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Um total de 441 futebolistas pediram apoio à FIFA desde fevereiro devido a salários em atraso após os clubes em que jogavam terem deixado de existir ou competir, disse, esta segunda-feira, o organismo de cúpula do futebol mundial.

Segundo o comunicado da FIFA, 89% dos casos registaram-se no continente europeu, ou seja, mais de 390 jogadores.

O fundo, de mais de 14 milhões de euros, existe desde Fevereiro em parceria da FIFA com o Sindicato internacional de jogadores (FIFPro), com o objetivo de garantir "uma rede de segurança importante" para futebolistas que não recebam os rendimentos devidos.

publicado às 03:46

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A FIFA quer permitir até cinco substituições, com mais uma em caso de prolongamento, para lidar com a expectável sobrecarga de jogos no regresso das equipas às competições, interrompidas devido à pandemia do novo coronavírus, anunciou ontem organismo.

A medida faz parte de um plano temporário divulgado pela FIFA e visa evitar lesões, dada a potencial sobrecarga física nos jogadores, já que as competições ainda em aberto terão de ser concluídas no mais breve espaço de tempo possível.

Esta proposta abre a possibilidade aos organizadores das competições a opção de permitir que as equipas possam efectuar cinco substituições, em vez de apenas três nos 90 minutos de jogo, e uma sexta em eliminatórias que sejam decididas no prolongamento.

A preocupação máxima a esse respeito é que a frequência de jogos acima do normal [após um longo período de paragem] possa aumentar o risco de possíveis lesões, devido à sobrecarga nos jogadores”, refere o comunicado da FIFA.

O Manchester City, por exemplo, enfrenta um intenso programa nas três competições em que ainda se encontra e se os jogos puderem se reiniciar com total segurança nas próximas semanas os ingleses terão que disputar 19 em pouco mais de dois meses.

Em período idêntico de tempo, a Juventus, também poderá ter que disputar cerca de 20 jogos – 12 para terminar a Série A italiana, até 6 na Liga dos Campeões e ainda mais 2 da Taça de Itália.

A proposta deve ser validada pelo International Board (IFAB) - entidade responsável pela alteração às regras do futebol - e prevê que as cinco substituições sejam efectuadas no máximo das três paragens no jogo autorizadas para fazer as alterações.

publicado às 04:00

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A FIFA divulgou esta terça-feira um documento com as recomendações para os clubes e ligas mundiais, relativamente à melhor forma de lidar com contratos e com o mercado de transferências depois da disrupção causada pelo Covid-19.

Contratos

Sobre os contratos que tinham validade até ao original final de época ou que começavam no inicio de época original, a FIFA recomenda que a data seja alterada conforme o as novas datas de final/início de época, ou seja, se o contrato acabava na data original de época (30 de Junho) deverá ser prolongado até ao novo final de época, o mesmo deverá acontecer nos contratos que começam na nova época.

Contratos de trabalho durante a paragem das competições

A FIFA recomenda que jogadores e clubes encontrem uma solução que agrade às duas partes país a país e Liga a Liga.

"Apesar de ser da responsabilidade das entidades nacionais encontrar a solução que se adapte melhor às circunstâncias do país, a FIFA recomenda que seja analisado todos e quaisquer aspectos de todas as situação de forma justa, incluindo tendo em conta as medidas governamentais para apoiar clubes e jogadores", escreve a organização.

Contudo, se um acordo não for alcançado entre as partes e o assunto chegar à FIFA, o organismo já deixou explicados os pontos que serão tidos em conta nessa análise:

- Se existiu uma tentativa genuína do clube de alcançar acordos com os jogadores;

- Qual é a situação económica do clube;

- A proporcionalidade de qualquer ajustamento ao contrato dos jogadores;

- A receitas dos jogadores depois de um ajustamento contratual;

- Se os jogadores foram tratados de forma justa entre si.

Janelas de transferências

A FIFA sublinha ainda a sua total flexibilidade em ajustar as janelas de mercado conforme necessário e de forma a adaptarem-se às novas circunstâncias.

Assim sendo, o organismo que comanda o futebol mundial está disponível para alterar as duas principais janelas de transferências para 'encaixarem' nas novas datas de final de época e início da próxima.

Além de tudo isto, a FIFA deixa ainda o aviso que "irá tentar garantir, onde for possível, um nível geral de coordenação e irá ter em consideração a necessidade de proteger a regularidade, a integridade e o funcionamento correcto das competições, para que os resultados desportivos não sejam injustamente afectados".

publicado às 05:02

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América - o equivalente ao Ministério Público português - acusou três administradores de Media e uma empresa de marketing desportivo por vários crimes relacionados com a atribuição dos Mundiais de futebol da Rússia e Catar, incluindo fraude eletrónica, lavagem de dinheiro e subornos para garantir direitos de televisão e marketing, revela a edição de hoje do New York Times (NYT).

As suspeitas em relação a irregularidades nas votações para a organização destes Mundiais já existiam, mas é a primeira vez que a justiça de um país afirma que a votação para o Qatar e para a Rússia está repleta de ilegalidades.

No documento da acusação, publicado na segunda-feira, surgem três novos nomes, bem como uma sociedade.

Jack Warner, antigo presidente da CONCACAF (Confederação de futebol da América do Norte, Central e Caraíbas), terá recebido cinco milhões de dólares (cerca de 4,6 milhões de euros) para votar favoravelmente à Rússia em 2018.

Em Dezembro de 2010, a Rússia superou na votação final pela organização do Mundial 2018 a concorrência de Portugal/Espanha, Inglaterra e Bélgica/Holanda.

Ainda de acordo com o procurador de Brooklyn, Richard Donoghue, o pagamento a Jack Warner, então vice-presidente da FIFA, terá sido feito através de uma rede complexa de intermediação de empresas, numa acusação que inclui também Rafael Salguero.

Salguero, que foi presidente da Federação de futebol da Guatemala e membro do comité executivo da FIFA, é acusado de ter recebido um milhão de dólares (cerca de 920.000 euros), em troca do seu voto à Rússia.

A procuradoria de Brooklyn avança também com subornos em troca de votos para o Mundial do Qatar, que decorrerá em 2022, e entre os visados estão o antigo presidente da Confederação Brasileira Ricardo Teixeira e o ex-presidente da CONMEBOL (Confederação sul-americana) Nicolas Leoz, falecido em agosto de 2019.

Vários inquéritos foram abertos em vários países, em relação a suspeitas de corrupção na atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022, e nos Estados Unidos a acusação envolve 45 pessoas, no chamado caso ‘Fifagate’, com 26 dos quais com Jack Warner, de 77 anos, cuja extradição foi pedida pelos Estados Unidos, mantém-se em Trindade e Tobago, com o seu recurso contra o pedido ainda no supremo tribunal, em Londres, mas que constitui a mais alta jurisdição do direito trinitário.

Este dirigente é também acusado de ter vendido o seu voto na atribuição do Mundial de 2010 à África do Sul, e já no último ano foi condenado a pagar 79 milhões de dólares à CONCACAF, enquanto Rafael Salguero já cumpriu três anos de prisão domiciliária, após colaboração com a justiça.

O brasileiro Ricardo Teixeira continua no Brasil e fora da jurisdição norte-americana.

A investigação e acusação que foi divulgada esta segunda-feira também aponta ‘baterias’ à multinacional norte-americana 21st Century Fox´, da qual os executivos Hernan Lopez e Carlos Martinez terão feito pagamentos à CONMEBOL para a obtenção de direitos televisivos.

publicado às 17:00

FIFA atenta às reduções salariais

Rui Gomes, em 06.04.20

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A FIFA está a preparar uma forma de balizar as reduções salariais aos jogadores que os clubes têm começado a aplicar um pouco por todo o mundo a devido à Covid-19.

De acordo com a Agência Reuters, o grupo de trabalho criado pelo organismo máximo do futebol mundial após o início da pandemia está atento a essa questão, depois de já vários clubes terem avançado para regimes de lay-off e rescisões contratuais.

A questão dos cortes salariais dos jogadores adquiriu novas proporções fruto da resistência à medida demonstrada pelos jogadores da Premier League inglesa, medida contudo aceite noutros países, como a Alemanha ou Espanha, onde os jogadores já aceitaram reduções temporárias nos respectivos vencimentos.

A FIFA já terá emitido um documento no qual pede aos clubes "proporcionalidade" nos cortes e reitera a atenção a outros pontos que já tinham sido tornados públicos, como os contratos de jogadores que chegam ao fim em junho e que, por sugestão do organismo que tutela o futebol mundial, devem sem prolongados até à data que for entretanto definida para o fim da época, devendo depois ser também definidos novos prazos para o período de transferências.

O documento em questão, ainda assim, admite a aplicação prática de algumas medidas, salvaguardando, no entanto, e sobretudo, a intenção de evitar grandes discrepâncias entre Ligas semelhantes e clubes dos mesmos campeonatos. Assim, a FIFA pede que clubes, Ligas e jogadores alcancem plataformas de acordo colectivas.

Com este apelo, a FIFA pretende garantir que nenhuma das partes sai mais prejudicada do que outra pela crise causada pela pandemia COVID-19, que paralisou quase por completo O futebol mundial.

Ainda no mesmo documento são considerados vários cenários, perante possíveis decisões unilaterais que visem alterar contratos e que não se coadunem com as leis em vigor nos países. Para a FIFA, tais decisões só serão reconhecidas quando consideradas razoáveis, cabendo tal consideração ao Comité de Resolução de Litígios da FIFA, ou ao Comité do Estatuto dos Jogadores, que terão sempre em consideração, na avaliação de cada caso, a situação económica do clube, a proporcionalidade dos cortes e o rendimento líquido com que o jogador irá ficar.

publicado às 05:45

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Gianni Infantino, presidente da FIFA, em recém-entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, sustentou que o futebol só regressará quando a crise sanitária provocada pela pandemia da Covid-19 for ultrapassada, e que será uma oportunidade para ‘reformar’ este desporto:

“Faz falta estudar o impacto desta crise. Agora é difícil, não sabemos quando voltaremos à normalidade, mas foquemo-nos antes nas oportunidades. Talvez possamos reformar o futebol mundial, dar um passo atrás, com formatos diferentes. Menos torneios, mas mais interessantes.

Talvez com menos equipas, mas muito mais próximas [na qualidade]. Menos jogos para proteger a saúde dos jogadores, mas mais equilibrados. Não é ficção científica. Há que calcular os prejuízos, ver como cobri-los.

A saúde está em primeiro lugar e tanto as Federações como as Ligas devem seguir as recomendações dos governos, com o jogo a regressar apenas quando isso for possível.

Demonstrámos espírito de cooperação e solidariedade com a Europa e América do Sul. Temos que ter em consideração o calendário das selecções, no estatuto dos jogadores, nas contratações, proteger os contratos”.

Em relação ao Mundial de clubes, alargado a 24 equipas, Gianni Infantino adiantou que “logo se verá” se a primeira edição, que deveria acontecer em 2020, “se realizará em 2021, 2022 ou 2023”.

publicado às 03:15

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