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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Em 1930-31 o Sporting não participou no Campeonato de Portugal devido a um diferendo entre a Federação Portuguesa de Futebol e a Associação de Futebol de Lisboa. Solidária com a sua Associação, a equipa leonina não se inscreveu nessa prova, estabelecendo que o triunfo no Campeonato de Lisboa seria o principal objectivo da época. O Belenenses, que tinha vencido as duas edições anteriores, era o grande rival.
Os jogos da fase de preparação decorreram da pior maneira. A morte de Francisco Stromp e do capitão de equipa Serra e Moura, muito pouco tempo depois, gerou um ambiente de consternação entre os jogadores, agravado pelas ausências forçadas de Cipriano Santos, Manuel Matias e Abrantes Mendes. Os sportinguistas não conseguiram uma única vitória no Torneio de Abertura e na tradicional Taça Benfica - Sporting, o que tornou ainda mais sombrias as expectativas dos adeptos leoninos.
Filipe dos Santos, jogador do Clube desde 1921, aos 34 anos já tinha pouco rendimento em campo, mas a sua capacidade de liderança era reconhecida por todos. Convidado para treinador, reorganizou a equipa, consolidou a dupla defensiva Jorge Vieira e Martinho de Oliveira, deu liberdade aos goleadores Abrantes Mendes e Rogério de Sousa, recuperou Varela, burilou Adolfo Mourão e lançou o extremo esquerdo Eduardo Mourinha.
Apesar da derrota em casa com o Belenenses (0-1), logo na 1ª jornada do Campeonato de Lisboa, Filipe dos Santos garantiu que nada estava perdido. Tinha percebido que a força da equipa estava na união dos jogadores que levaria à conquista do campeonato Regional, a que ele acrescentou a dedicatória do título a Francisco Stromp e a Serra e Moura. União e solidariedade, a base do sucesso colectivo.
Na fotografia, uma equipa do Sporting na época de 1930-31.
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