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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O que foi ontem tão propagado por tudo quanto é espaço noticioso - e que eu nem me quis dar ao trabalho de apreciar - sobre a decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol de reavaliar um dos processos relativos ao "Apito Dourado", o chamado "Caso da Fruta", envolvendo Pinto da Costa, o ex-árbitro Jacinto Paixão, entre outros, concedendo provimento aos recursos com fundamento em ilegalidade da utilização de transcrições de escutas telefónicas como meio de prova, revogando, portanto, o acórdão de que recorreram todos os atingidos, representa, apenas e tão só, mais uma vitória para a corrupção, mais uma vitória para Jorge Nuno Pinto da Costa e associados.
A deliberação que o processo baixe ao Conselho de Disciplina "para reapreciação da prova produzida", trocado em miúdos, significa que tudo volta a uma primeira fase para, seguidamente, se arquivar o processo ou fazer-se uma nova acusação e aplicação de uma sanção. Não é necessário ser um génio em Direito para adivinhar o desfecho final !
Recorde-se que Pinto da Costa foi condenado (em 2008) a uma pena de 14 meses de suspensão do exercício das funções de dirigente, no âmbito das competições desportivas (como se isto tivesse algum impacte pragmático), e multado em quatro mil euros (considerando o seu salário que supera um milhão de euros anuais), por prática de infracção disciplinar muito grave de corrupção.
Concluíram os órgãos noticiosos que teremos agora de esperar para ver se o Conselho de Disciplina decide se há lugar para a realização de novas diligências. Pois... nem dá para esperar sentado, mas sim esquecer o todo do processo para evitar agravar o estado de espírito.
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