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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A escrita de um homem é, invariavelmente, um reflexo autêntico da sua mentalidade e da sua maneira, por vezes oblíqua, de pensar e dizer as coisas, procurando naufrágios quando em terra se encontra. Não sei se esta frase tem autoria alheia, mas surgiu-me ao ler um oblíquo escrito - para ser simpático - em um outro blogue, onde o malsucedido autor diz o seguinte, pela sua lamentável tentativa de explicar a derrota do Sporting no Torneio de Golfe realizado hoje: «O golge é um desporto da elite que Bruno de Carvalho quer afastar do Sporting. A derrota é, por isso, lógica.»
Nunca fui amante de golfe mas, para o caso, até nem é relevante. Em que século existe o autor deste escrito e até que disparatado extremo se pretende propagar a retrocessiva e sectária mentalidade em voga ?... Esta ordem de pensamento está em linha com o que Daniel Sampaio declarou na recém-entrevista ao Diário de Notícias, quando atribuiu os actuais problemas do Sporting ao facto do clube ter sido fundado por um visconde. Será percepção errada minha ou haverá causa para sentir nisto arcaicos sintomas ideológicos ?
Na cidade de Toronto, Canadá - onde ao longo dos anos manti a minha principal base - existe um dos maiores sindicatos de trabalhadores de construção civil da América do Norte, se não do Mundo - uma boa percentagem composta por luso-canadianos - cujo principal evento anual é precisamente o torneio de golfe. Ficarão eles gratos, de certo, ao saber que por esse mero facto já são considerados como a «elite» da sociedade.
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