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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A possibilidade de cinco substituições num jogo de futebol, em vez de apenas três, uma ideia introduzida durante a pandemia da covid-19, foi "validada definitivamente" pelo IFAB esta segunda-feira. A decisão foi ratificada em Doha, no decorrer da Assembleia anual do órgão que regulamenta as leis do jogo.
Nas conclusões da reunião, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, disse também que continua a ser "avaliado" um sistema de detecção semi-automático do fora de jogo, que o organismo gostaria de ver implementado no Mundial'2022, entre 21 de Novembro e 18 de Dezembro.
Nos estádios, seriam colocadas 10 a 12 câmaras na parte superior do recinto, que serviriam para acompanhar os jogadores e ajudar os árbitros em dois aspectos do fora do jogo, o momento em que a bola é passada ou tocada, e a posição dos jogadores em relação à linha limite virtual.
Gianni Infantino adiantou que a avaliação tem sido "muito satisfatória", mas que serão os especialistas da FIFA a decidir se o sistema irá avançar ou não para o Mundial no Qatar, embora exista muita "confiança" de que isso aconteça.
Outras questões que saíram da reunião têm a ver com a decisão do IFAB em aumentar o número máximo de suplentes na folha de jogo, que passam de 12 a 15, mas com o critério final a pertencer aos organizadores das competições.
Quando o IFAB, comité internacional que define as leis do futebol, abriu a porta às cinco substituições, houve logo quem aplaudisse a ideia.
Dito isto, só há dois motivos para o treinador de uma equipa chamada pequena defender uma mudança que favorece os poderosos: falta de reflexão ou muita confiança nas suas habilidades, considerando as diferenças substanciais que há entre os bancos de suplentes de equipas.
A última eliminatória da Taça de Portugal demonstrou bem a desigualdade cavada pelas cinco substituições, e com detalhes irónicos. Os "maiores" entraram com as segundas linhas e puderam socorrê-las com metade do onze titular, que tinham no banco, enquanto os mais pequenos, alinhando (claro) com a equipa principal, só podiam fazer o contrário: trocar os melhores pelos suplentes habituais.
O IFAB decidiu anteontem que a medida pode passar a permanente, e há uma explicação para que as desigualdades que ela aumenta sejam ignoradas. Poder mudar meio onze em todos os jogos é um paliativo para um calendário internacional atafulhado de competições e sem consensos à vista.
Um muito breve esclarecimento para complementar o debate que decorre neste momento sobre o VAR e a sua actuação no jogo de ontem entre Sporting e FC Porto.
Em Dezembro 2019, Lukas Brud, secretário-geral do International Football Association Board (IFAB), em declarações ao jornal L'Équipe, esclareceu que "o VAR só deve actuar em situações claras e óbvias".
"Se uma situação não é clara ao primeiro olhar, então não deve ser considerada. Olhar para uma câmara de um ângulo é uma coisa, olhar para quinze câmaras, procurando encontrar algo que pode estar ou não ali, essa não era a ideia original. Não estamos à procura da melhor decisão, mas sim a tentar livrar-nos de erros claros e óbvios".
Isto não vem do IFAB, mas nem por isso deixa de ser interessante que na Austrália ouve-se na TV a conversa entre o árbitro e o VAR. Dá para imaginar que esta prática em Portugal não seria vista de bons olhos pelos principais intervenientes do futebol português.
Não há campeonato algum de topo sem situações polémicas por golos invalidados pelo VAR devido a foras de jogo milimétricos.
A imagem que publicamos é do jogo desta quarta-feira entre o Burnley e Aston Villa em que um golo foi invalidado pelo VAR à equipa visitante, porque o calcanhar do goleador estava, por milímetros, adiantado relativamente ao último oponente.
Entretanto, o Internacional Football Association Board (IFAB), organismo que regula as leis do jogo no futebol, decidiu tomar uma posição pública em relação à atuação do VAR, nomeadamente em lances de fora de jogo, manifestando que as indicações dadas para considerar um lance irregular não estão a ser bem interpretadas.
Lukas Brud, secretário-geral do IFAB, assegurou que novas directivas serão dadas no final da Assembleia Geral anual do organismo, agendada para o final de Fevereiro. O dirigente, acrescentou que no que confere aos foras de jogo, o VAR só deve intervir em "situações claras e óbvias". Mais, explicou que há um conceito de dúvida ou margem de tolerância que deve prevalecer em casos duvidosos:
"Se uma situação não é clara à primeira vista, então não deve ser considerada. Olhar para uma câmara de um ângulo é uma coisa, mas olhar a quinze, procurando encontrar algo pode estar ou não ali, essa não era a ideia original."
A realidade é que a lei de fora de jogo sempre foi controversa e as várias medidas que o IFAB implementou ao longo dos anos pouco ou nada melhoraram a situação.
Agora, com o VAR operacional, há de facto casos em que erros são detectados e corrigidos, contudo, há outros tantos que só resultam em decisões polémicas.
Parece-me que a essência do problema recai fundamentalmente sobre a lei de fora de jogo. Não recomendo que seja eliminada, mas há muito que exige ser algo simplificada.
O vídeo-árbitro (VAR) é uma outra discussão e é tudo menos consensual, especialmente no futebol português, onde a credibilidade das pessoas que exercem a função está muito em dúvida.
O novo modelo do pontapé de baliza surgiu ontem em debate, com grande confusão à mistura, e eu prontifiquei-me para tentar esclarecer a questão. Para o efeito, fui directamente ao manual publicado pelo International Board (IFAB), o organismo que autorizou e implementou as novas regras agora em vigor. Não sei se consegui o que pretendia, mas adianto aqui a explicação possível.
Tradicionalmente, e há mais anos do que a minha memória regista, a bola só estava em jogo num pontapé de baliza depois de sair da área e ser tocada por um segundo jogador.
Uma outra regra que surgiu em anos mais recentes, determina que a bola só pode ser atrasada para as mãos do guarda-redes com qualquer parte do corpo, salvo os pés.
Por implementação do IFAB, efectivo dia 1 de Julho de 2019, não é obrigatório a bola sair da área num pontapé de baliza e está em jogo assim que for pontapeada. A colocação dos jogadores da equipa que efectua o pontapé de baliza, é inteiramente ao critério dessa equipa, contudo, adversários terão que se colocar fora da área até a bola ser pontapeada.
Um cenário excepcional: se o pontapé de baliza for efectuado com muita rapidez, sem os jogadores adversários terem tempo de sair da área, eles não poderão impedir a execução do pontapé de baliza mas poderão interceptar a bola.
No caso de um jogador adversário que está dentro da área quando o pontapé de baliza é executado, ou entrar na área antes da sua execução, tentar impedir o pontapé de baliza ou tocar na bola, o pontapé de baliza é repetido.
O IFAB não dá qualquer outro esclarecimento sobre esta regra, pelo menos nada encontrei no manual oficial. Também não vi qualquer referência a proibir o atraso da bola para as mãos do guarda-redes com a cabeça ou qualquer outra parte do corpo, salvo os pés, depois de este executar o pontapé de baliza.
Se de facto houve recém-decisões de árbitros a contrariar estas explicações das novas regras, só o IFAB poderá esclarecer. É possível que os árbitros tenham recebido instruções diferentes dos organismos que os supervisam.
Nota: Fica a ideia que a intenção desta nova regra é de impedir jogadores de "queimarem" tempo com pontapés de baliza incorrectamente executados (sem a bola e/ou o jogador sair da área).
À margem de um "workshop" que reuniu representantes da Alemanha, Austrália, Bélgica, China, Coreia do Sul, Espanha, E.U.A., Holanda, Inglaterra, Itália, Polónia, República Checa e Portugal, Lukas Brud, secretário do International Footbal Association Board (IFAB) - órgão que regula as leis do jogo no futebol -, adiantou algumas considerações sobre o vídeo-árbitro (VAR), reconhecendo que o início do sistema está a ser difícil, nomeadamente no que diz respeito ao não se saber ainda muito bem quando é que o árbitro assistente deverá intervir:
"Estamos a tentar algo novo. Como nenhum árbitro quer cometer um erro, eles preferem consultar novamente o assistente de vídeo, mais do que uma vez. Temos de trabalhar na harmonização internacional, é uma questão de treino e de experiência.
O vídeo-árbitro tem sido chamado a intervir demasiadas vezes, com a regulação da sua intervenção a ser mudada em breve, para inverter uma decisão clara e obviamente errada.
Relativamente ao acesso às imagens dos lances por parte do espectadores presentes nos estádios, a IFAB vai implementar uma pequena mudança, de modo a permitir a difusão dos lances polémicos nos ecrãs dos recintos de futebol".
O sistema de vídeo-árbitro foi implementado esta época em Portugal, Alemanha e Itália, tendo o antigo chefe do centro de controlo do VAR na liga alemã, Hellmut Krug, sido despedido em Novembro, por alegadamente ter favorecido o Schalke 04. A Liga espanhola também já anunciou a utilização do sistema a partir da próxima temporada.
O International Board (IFAB) está a analisar mais uma possível alteração às regras do futebol e, desta vez, pode afectar o desempate por grandes penalidades. A ideia surgiu na última reunião do organismo, que aconteceu no início deste mês.
Um estudo mostra que, em 60 por cento das vezes, a equipa que faz o primeiro pontapé ganha e o IFAB quer testar um fórmula em que os pontapés da marca de grande penalidade sejam batidos de forma alternada.
O modelo a testar é semelhante ao utilizado nos “tie-breaks” de ténis: uma equipa bate o primeiro, a adversária bate dois e a série mantém-se de dois em dois, até se atingir os cinco pontapés.
O método é vulgarmente designado por "ABBA" e Stewart Regan, membro do IFAB e director-executivo da federação escocesa, disse acreditar que "o método ABBA vai acabar com a tendência estatística. É algo que agora vamos testar".
Tendo em conta que a execução de grandes penalidades envolve vários componentes, físicos e mentais, não estou a ver justificação para alterar as regras do jogo só porque as estatísticas indicam que quem executa a primeira grande penalidade ganha, em 60 por cento das vezes. Acho que há questões muito mais importantes no futebol que o IFAB deveria ponderar alterar.
Conforme divulgámos aqui, o "International Football Association Board" (IFAB) iria realizar a sua reunião anual em Belfast, Irlanda do Norte, no dia 28 de Fevereiro, e assim aconteceu. Uma das alterações às Regras do Jogo que constavam da Ordem de Trabalhos, era a eliminação do chamado "triplo castigo", actualmente em vigor, em que numa situação de grande penalidade assinalada, o jogador pode ser expulso e, ainda, ser punido com um jogo de suspensão.
Entre outras deliberações, o IFAB optou pela extinção do "triplo castigo", alteração que a FIFA deverá implementar a partir do dia 1 de Junho de 2015. O organismo explicou que depois de intenso debate, o Board "acredita que o triplo castigo é demasiado severo e que seria conveniente eliminar o jogo de suspensão que actualmente faz parte do Código Disciplinar da FIFA."
Por outras palavras, em situações em que o árbitro decidir assinalar grande penalidade e mostrar o cartão vermelho ao jogador que cometeu a falta, este não sofrerá castigo adicional, na forma de um jogo de suspensão.
Sobre outras propostas às Regras do Jogo, foi deliberado que o debate relativamente ao recurso às imagens para tomar decisões de arbitragem foi adiado.
A proposta quarta substituição em jogos que vão a prolongamento, vai ser analisada com "mais pormenor", assim como a possibilidade de um jogador poder sair e regressar a campo no mesmo jogo.
O «International Football Association Board» submeteu a aprovação da FIFA uma alteração às leis do jogo relacionada com um caso que ocorreu o ano passado em que um jogador marcou golo directamente de uma bola ao solo numa situação de «fair-play». Esta alteração estipula que nas bolas ao solo, o jogador que tocar na bola, se obtiver um golo na baliza adversária, o golo não pode ser validado, recomeçando o jogo com um pontapé de baliza e se obtiver um golo na própria baliza, o jogo recomeça, com um pontapé de canto.
Esta parte da lei é clara e justa, já o mesmo não poderei dizer com a segunda parte da mesma lei, que indica que para que seja validado um golo nestas circunstâncias, é preciso que a bola, depois de pontapeada, toque, antes de entrar na baliza, num colega ou num adversário.
O que impede o jogador que primeiro toca na bola, de passá-la a um colega bem posicionado e este marcar então golo ?... A lei diz que se a bola tocar num colega, depois de pontapeada, o golo será validado. Não faz sentido, inclusive a parte que refere «tocar num adversário». Na minha opinião, o que a lei deveria estipular é que a bola só está em jogo, depois do primeiro jogador tocar nela (pontapear), quando um adversário assumir controlo da bola. É espantoso como algumas das alterações em anos mais recentes só contribuiram para uma maior amibiguidade na interpretação das Leis do Jogo e consequente polémica pelas decisões dos árbitros.
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