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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
É algo visível a olho nu, para qualquer adepto mais ou menos informado: Gelson Martins é um dos melhores jogadores do Sporting e vai fazer muita falta à equipa de Jorge Jesus, sexta-feira (20h30, SportTV1), no clássico no Dragão.
Certo? Certo. Mas é possível explicar essa ausência ainda de forma mais pormenorizada, recorrendo aos números de Gelson, o grande desequilibrador do Sporting, na Liga NOS, através do serviço InStat, uma plataforma de análise e observação de jogos e jogadores.
E o que dizem esses números? Gelson é, de longe, o jogador da equipa de Jorge Jesus que mais "vai para cima" dos defesas adversários, ou seja, que mais dribles faz: 176 em 24 jogos na Liga, com uma taxa de sucesso de 59% (completou 104).
À frente de Gelson na desestabilização das defesas adversárias só mesmo Brahimi, que já tentou 269 dribles, saindo-se bem em 174 deles - uma taxa de sucesso de 65%. Atrás de Brahimi e Gelson, há outro sportinguista, actualmente emprestado ao Chaves: Matheus Pereira, que já tentou 146 dribles, sendo bem-sucedido em 87 deles (60%). E, logo depois, Rúben Ribeiro, que chegou a Alvalade no mercado de inverno.
Isto quer dizer que Gelson tenta, em média, oito dribles por jogo, mesmo em jogos grandes. Foi isso mesmo que o extremo de 22 ano fez contra o FC Porto, a 7 de Fevereiro, na 1ª mão da Taça de Portugal, no Dragão (1-1): oito dribles, com uma taxa de sucesso de 63%.
No mesmo jogo, só Brahimi driblou tanto: também tentou por oito vezes ultrapassar os adversários dessa forma, mas só foi bem-sucedido em 25% das tentativas.
Mas, mesmo enganando frequentemente os adversários, Gelson não foi dos melhores em campo contra os portistas: só conseguiu acertar um de três passes "chave" (os passes que deixam um colega na cara do golo) - aspecto em que costuma ser dos melhores sportinguistas - e não conseguiu marcar, ainda que, esta época, já leve seis golos e cinco assistências na Liga.
E, do outro lado do campo, há um homem que também tem desequilibrado os ataques portistas através de passes importantes: Brahimi, claro.
Sem Gelson, é possível que o substituto escolhido por Jesus possa ser outro extremo de características semelhantes: o reforço Rúben Ribeiro - em 4º no top de dribles e em 1º no ranking de faltas sofridas - ou o jovem Rafael Leão - que já na equipa B se destacava pela média de dribles: sete por jogo.
Mas, sem Bas Dost, o Sporting terá o ataque bem mais fragilizado, enquanto o FC Porto tem outros trunfos na manga, como Alex Telles, de longe o homem que mais assistências tem na Liga portuguesa.
A fonte é a InStat, que compilou estas estatísticas sobre as acções dos jogadores do Sporting no jogo de domingo. É óbvio que não podemos confirmar ou refutar a informação revelada, mas partimos do princípio que é correcta.
Passes de ruptura. Joel Campbell fez nove passes de ruptura, cinco bem direccionados. Os restantes jogadores do Sporting somaram 16.
Cruzamentos. Autor de assistência para golo, Campbell cruzou sete vezes. Igual, nos leões, só João Pereira. Gelson tentou quatro centros.
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